Laboratório de Eletricidade S,J.Troise Exp. 1 - Curva característica de bipolos 1.1 Fundamentos: V seja aplicada sobre ele. Nestas condições o bipolo será atravessado por uma corrente I a qual depende do potencial aplicado V . Chama-se curva característica do bipolo à curva que mostra a relação existente entre V e I . A determinação dessa curva é feita variando-se o potencial sobre ele aplicado e Consideremos um bipolo B e imaginemos que um potencial medindo-se a correspondente corrente elétrica que por ele atravessa. Para isto deve-se montar o circuito abaixo, tomando-se as seguintes precauções: • a) A fonte de potencial deve estar inicialmente desligada e ajustada de tal forma que ao ser ligada forneça potencial mínimo (normalmente zero). Para isto deve-se girar seu botão de ajuste totalmente para a esquerda. • b) Todos os instrumentos de medida devem estar em suas maiores escalas de medida. • c) Observe atentamente a polaridade da fonte e dos instrumentos de medida. 1.2 Curva característica de bipolos lineares - Resistor - Lei de Ohm Estudares agora um bipolo linear que consiste de condutor formado por uma mistura de material isolante impregnado de impureza condutora cuja concentração define a sua resistência . Este condutor é chamado resistor. 1.2.1 Procedimento Experimental: 1.2.1.1 ( ) Monte o circuito abaixo utilizando como bipolo o resistor de forma tubular existente sobre a bancada. Lembre-se de manter a fonte de potencial em 0 V durante o processo de montagem. Anote as informações gravadas pelo .fabricante sobre o corpo do resistor no quadro abaixo . Figura 1-1 1.2.1.2 ( ) Ligue a fonte e cuidadosamente aumente o potencial fornecido por ela até que o voltímetro que mede o potencial sobre o resistor indique 1,0V. Meça a corrente indicada, V (V) I (mA) R= V (Ω ) I 0,0 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 Tabela 1-1 Página 1 de 3 Laboratório de Eletricidade S,J.Troise 1.2.1.3 ( ) Ajustando a fonte, varie o potencial sobre o resistor de 0,5 em 0,5V medindo a corrente em cada caso, anotando os valores obtidos na tabela acima. 1.2.1.4 ( ) Complete a tabela, calculando, para cada valor do potencial, a razão V . Você observará que essa razão permanece I constante o que é uma característica de um bipolo linear. O valor dessa razão é a resistência do resistor. 1.2.1.5 ( ) Num papel milimetrado faça o gráfico de VxI . Você deve obter um comportamento linear. Trace então a reta que melhor se ajusta aos pontos lançados. 1.2.1.6 ( ) A partir da reta obtida, determine a resistência que é dada pela declividade da reta. 1.2.1.7 ( ) Compare o valor obtido com o valor nominal indicado pelo fabricante. Este valor poderá ser lido diretamente no corpo do resistor através do faixa colorida ou então estar numericamente impresso. 1.2.1.8 ( ) Repita então os procedimentos cima para o outro resistor que se encontra sobre a bancada, preenchendo a tabela 2 abaixo V (V) I (mA) R= V (Ω) I 0,0 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 1.2.1.9 ( ) No mesmo papel milimetrado, utilizando as mesmas escalas, trace a curva característica do segundo resistor e observe que as duas curvas têm declividades diferentes, correspondendo a resistências diferentes. 1.2.1.10 ( ) Para os dois resistores você deve estar concluindo que a relação resistência do resistor, ou seja, 1.3 V =R I ou ainda, V I é constante e o valor desta constante é a V = R ⋅ I . Este resultado é conhecido como Lei de Ohm. Curva característica de um bipolo não linear - A lâmpada incandescente Consideraremos agora um bipolo não linear que consiste de uma lâmpada incandescente, ou seja, de um bipolo constituído por um fio muito delgado que, sob a ação da corrente elétrica incandesce, emitindo luz. 1.3.1 Procedimento experimental: 1.3.1.1 ( ) Monte o mesmo circuito utilizado anteriormente, substituindo o resistor por uma lâmpada. 1.3.1.2 ( ) Ligue a fonte e cuidadosamente aumente o potencial até que o voltímetro indique 1,0V aplicados sobre a lâmpada. Meça a corrente indicada, anotando o potencial e a corrente na tabela abaixo. V (V) I (ma) 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 Página 2 de 3 R= V ( Ω) I Laboratório de Eletricidade S,J.Troise 9,0 10,0 1.3.1.3 ( ) Ajustando a fonte varie o potencial sobre a lâmpada de 1,0 em 1,0V medido em cada caso a corrente, anotando os valores na tabela. Cuide para que o potencial não ultrapasse 12V pois esta é o potencial máximo de trabalho da lâmpada. 1.3.1.4 ( ) Num papel milimetrado faça o gráfico de V × I . Você deve observar o comportamento não linear da lâmpada. Trace então a curva que melhor se ajusta aos pontos lançados. 1.3.1.5 ( ) Complete a tabela, calculando a razão V . I Você observará que esta razão não é constante, que confirma que a lâmpada não tem comportamento linear. 1.3.1.6 ( ) Como este bipolo não é linear, você não pode falar na resistência da lâmpada pois ele varia em função do potencial e da corrente sobre a mesma. Por esta razão define-se a resistência aparente da lâmpada em cada ponto como sendo a declividade da curva característica naquela ponto. 1.3.1.7 ( ) Determine então a resistência aparente da lâmpada para valores indicados na tabela . V 1.3.1.8 ( ) Faça então o gráfico de R aparente ( Ω ) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 R aparente × V . O resultado colocará em evidência que a resistência de uma lâmpada incandescente cresce com o aumento do potencial aplicado sobre ele. Na realidade o aumento do potencial provoca o aumento da corrente e este produz um aumento da temperatura, ou seja, a resistência da lâmpada incandescente aumenta com a temperatura do material. 1.4 Relatório: Siga as instruções contidas no anexo correspondente. Página 3 de 3