CÁRIES RADICULARES NA TERCEIRA IDADE: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO Stefano Frugoli Peixoto a Fernando Luiz Brunetti Montenegro b Resumo Embora aconteça também nos países desenvolvidos, o ritmo de crescimento da população idosa será mais acelera- Revisão de literatura sobre a prevalente cárie radi- do nos países em desenvolvimento, causando, nestes lo- cular na população idosa e fatores relacionados a esta cais, sério impacto social, visto que historicamente, os paí- doença. Pode-se concluir que os idosos, principalmente os ses industrializados estruturam-se socioeconomicamente institucionalizados, têm alto risco para desenvolver cáries antes de terem a sua população envelhecida, ao passo que, radiculares; que o consumo exagerado de carboidratos, nos países em desenvolvimento, ocorre exatamente o con- diminuição do fluxo salivar e falta de informação preventiva trário, afirma Santos (2008) ². contribuem muito para aumentar os níveis das cáries radiculares; que a educação em saúde oral para pacientes ido- A referida transição demográfica trouxe como con- sos e seus cuidadores e familiares é o melhor meio de se sequência uma transição epidemiológica de um modo geral manter os resultados dos tratamentos curativos; que o uso na Saúde, e, como não poderia deixar de ser, na Saúde abrangente do flúor e a análise oclusal são essenciais para Bucal. o sucesso clínico; que a durabilidade, estética e categoria de risco para a doença devem ser consideradas antes de A Odontologia, consequentemente, possui um selecionar o tipo de material restaurador e que um controle papel de extrema relevância no bem estar dos idosos, uma de placa realizado com eficiência minimiza o aparecimento vez que a saúde oral e a geral estão estreitamente inter- destas lesões bem como aumenta a vida útil das restaura- relacionadas; porém, não devemos esquecer que o profissi- ções sobre elas aplicadas. onal que quer dedicar-se ao tratamento deste grupo deve Descritores: Gerontologia, Odontogeriatria, Cáries Radicu- ter conhecimentos aplicados de Gerontologia, particular- lares, Idosos. mente os concernentes à Geriatria e à Psicogeriatria. A interdisciplinaridade com outros profissionais, como cuidadores, médicos, psicólogos, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais, os quais têm um importante papel nas orientações e ações em saúde geral e oral, Introdução também é fundamental, salientam Carvalho e Papaléo (2005) ³. A longevidade do ser humano em todo o planeta vem aumentando no decorrer dos séculos, existe previsão As lesões de cárie de raiz e as deletérias conse- que se torne ainda maior nas próximas décadas. Isto se quências de sua evolução são muito frequentes em idosos, deve, entre outros, ao avanço tecnológico da Medicina, à e os profissionais de saúde, podem intervir no sentido de ênfase cada vez maior aos tratamentos preventivos na área minimizar ou mesmo prevenir esta afecção que diminui a da saúde e à mudança cultural, principalmente urbana, le- qualidade de vida de uma população que atualmente é, em vando a esta transição demográfica: a humanidade que sua maioria, significativamente negligenciada pelos serviços anteriormente era caracterizada, em essência, por um gran- públicos e privados de odontologia, particularmente em de número de nascimentos e por um grande número de nosso país. óbitos, passa a ser vista com menor taxa de fecundidade e também de mortalidade (2002)¹. a Especialista em Odontogeriatria pela Associação Brasileira de Odontologia – SP; Mestre em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; Cirurgiãodentista do Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia “José Ermírio de Moraes” (IPGG). b Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP); Mentor do Portal do Envelhecimento pela Pon tifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); Professor da Universidade de Guarulhos; Responsável pela Saúde Bucal do CSE Paula Souza/FSP e da Casa de Velhinhos Ondina Lobo; Cirurgião-dentista do Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia “José Ermírio de Moraes” (IPGG). 8 pH mais alto. O pH crítico para a ocorrência da cárie em Materiais e Métodos cemento e/ou dentina é de aproximadamente seis; contudo, Este artigo fornece um panorama geral sobre a nos casos de lesões em esmalte é ao redor de 5,5. As le- cárie radicular, afecção bucal frequente nos pacientes ido- sões podem, ainda, solapar o esmalte adjacente, alertam sos. Trata-se de uma revisão de literatura onde foram pes- Fonzi et al.(1984) 8. quisados artigos de diversas comunidades e países, tanto desenvolvidos como em desenvolvimento. Além disso, fo- Dentre os fatores predisponentes para o desenvol- ram consultados um compêndio de Geriatria e um de Odon- vimento da cárie radicular está a diminuição na capacidade togeriatria, especialidade da Odontologia que estuda a saú- olfativa e gustativa, tornando menor a percepção dos quatro de bucal de pacientes idosos. São discutidos os fatores sabores primários (salgado, doce, amargo e ácido), o idoso causadores e predisponentes da doença, assim como as passa a consumir uma maior quantidade de sal e de açúcar. terapêuticas preventiva e curativa da cárie radicular. Além disso, começa a haver uma perda da eficiência mastigatória, levando-o a modificar seu padrão alimentar, muitas vezes para uma dieta com menor poder nutricional. O idoso tem também uma diminuição do trânsito gástrico, pois ocor- Resultados re uma atrofia da mucosa que absorve os nutrientes e uma diminuição das enzimas que atuam no processo digestório. Com a idade, ocorre uma série de mudanças no A dificuldade digestiva gerará desconforto ao ancião, sendo organismo, às vezes fisiológicas (conhecidas como advin- um estímulo a mais para que este consuma alimentos de das da senescência), às vezes patológicas (decorrentes da menor consistência, principalmente carboidratos, normal- senilidade). mente pouco nutritivos e bastante cariogênicos, relatam Tais alterações deveriam ser atentadas por aqueles profissionais que de algum modo têm contato com Brunetti e Montenegro(2002) ¹. o paciente idoso: saber das condições da saúde geral e do aspecto fisiológico normal de um paciente geriátrico é im- Também é discutido o papel das lesões cervicais portante, visto que podem interferir no planejamento e na não cariosas. Conforme Kliemann, in Brunetti e Montenegro terapia odontológica dos idosos (2002) ¹. (2002) ¹, as lesões cervicais não-cariosas (LCNCs) são patologias que ocorrem na área do colo dentário, de etiologia Idosos institucionalizados ou hospitalizados têm, não-bacteriana, que causam perda irreversível da estru- de uma maneira geral, um estado de saúde bucal mais po- tura dentária, e que podem ser diferenciadas em: abrasão bre do que idosos ativos, favorecendo o surgimento da cárie (geralmente associada à escovação traumática), erosão de raiz. Dificuldades motoras e falta de motivação e/ou (normalmente provocada por consumo exagerado de ali- conhecimento dos cuidadores e outros profissionais no que mentos ácidos e/ou por regurgitações recorrentes) e abfra- tange aos cuidados de higiene oral parecem ser problemas ção, que é a flexão do dente que ocorre notadamente no comumente ligados a pacientes em tais situações, como limite amelo-dentinário, ocasionada por sobrecarga oclusal, relatam Ueberschär e Günay(1991) 4 e Jonhson e Almqvis devido à concentração de esforços na área cervical. Provo- (2003) 5. Outros fatores de risco que merecem ser citados, ca trincas e, como consequência, desestruturação local com segundo Fedele e Sheets (1998) 6, são a diminuição do perda gradual de esmalte, dentina e cemento. As LCNCs, fluxo salivar ou xerostomia, as superfícies radiculares ex- apesar de não induzirem diretamente a uma lesão de cárie postas, a radioterapia em cabeça e pescoço, a deficiência radicular, aumentam sobremaneira a proximidade da polpa física ou cognitiva, a síndrome de Sjögren, o diabetes, a com o meio bucal. Consequentemente, uma sequela de pobre higiene oral, o uso de medicamentos e a dieta rica em acidente vascular encefálico, ou doença de Parkinson, den- carboidratos. tre tantos comprometimentos sistêmicos comuns na terceira idade, enfim, que prejudiquem a realização de uma boa A cárie radicular pode desenvolver-se velozmente. Burgess e Gallo (2002) 7 escovação ou mesmo autolimpeza, seriam intercorrências relatam que a desmineralização é altamente predisponentes para a instalação de lesões de cerca de duas vezes mais rápida nas superfícies radiculares cárie radicular, cuja evolução pode ser ainda mais deletéria do que no esmalte, pois aquelas têm metade do conteúdo do que nos casos convencionais (onde não há concomitan- mineral do que este último, e também porque ocorre em um temente a presença de LCNC). 9 higienização apropriada pode levar ao aparecimento da A abfração, muitas vezes inobservada, é uma alte- cárie radicular. ração comum na terceira idade, pois grande parcela dos idosos já perdeu ao menos um elemento dental no decorrer Em relação ao tratamento as caries radiculares da vida, compromentendo assim a harmonia oclusal e ortognática. Fedele e Sheets(1998) 6 e Burgess e Gallo(2002) diversas são as opções apresentadas. Na terapêutica pre- 7 salientam que, se o dente em questão também é atingido ventiva, desde o abastecimento das comunidades com água por abfração, a não eliminação do fator causal, id est, o fluoretada, ao dentifrício com flúor e à disseminação de ori- ajuste da oclusão, proporciona grandes chances de insu- entações relacionadas à higiene oral. Na curativa, muitos cesso do tratamento restaurador, independentemente da preferem o uso de cimentos de ionômero de vidro resino- retenção conferida ao preparo cavitário. A utilização de pla- modificados, compômeros, resina composta fotopolimerizá- cas de mordida e o ajuste oclusal, através do preenchimen- vel. Mesmo o tradicional amálgama de prata é o material de to dos espaços protéticos, desgastes e tratamento periodon- eleição de alguns autores. tal ou mesmo avulsão de elementos com mobilidade irreverA idéia de controle da dieta cariogênica é propaga- sível nos parecem ser de grande valia, portanto, na conserVale lembrar que a da por alguns autores, mas a alteração do padrão dietético sensibilidade dentária é diminuída nos idosos, podendo do idoso pode não ser tarefa fácil, uma vez que ela tende a proporcionar ao paciente uma menor importância dada por ser a mesma da sua juventude, como proferem Carvalho eles às lesões cervicais. Filho; Papaléo Netto (2005) 3. Partindo desta premissa, vale vação da zona cervical dos dentes. relevarmos a utilização de substitutos do açúcar, que é aconselhada por Fedele e Sheets(1998) 6. Já De Los San- Ainda deve ser considerada a consequência da 9 hiposalivação, pois as propriedades diluente, lubrificante, tos et al. (1994) remineralizadora, antibacteriana e tampão da saliva muito similares que liberassem flúor como tratamento alternativo contribuem para a resistência às cáries. Todavia, doenças de grupos de risco. Parece ser alternativa de valia, pois o como a síndrome de Sjögren e outras alterações causadas idoso possui o hábito de chupar balas, na tentativa de aliviar nas glândulas salivares, como as advindas da radioterapia o desconforto produzido pela hipossalivação, segundo Stee- em pacientes com neoplasias, diminuem ou mesmo impe- le et al. (2001) ¹º. sugeriram o uso de goma de mascar ou dem a produção de saliva, levando a uma desmineralização dos tecidos duros do dente, e consequentemente ao rápido Lo et al. (2006) ¹¹ observaram um bom comporta- progresso das lesões de cárie radicular. Não devemos nos mento do cimento de ionômero de vidro de alta resistência esquecer, porém, que a diminuição do fluxo salivar ocorre ativado quimicamente associado à técnica operatória atrau- fisiologicamente na senescência, devido a uma substituição matic restorative treatment (ART), sugerindo como alternati- das células acinosas, que são produtoras de saliva, por va no tratamento das lesões de cárie radicular em idosos tecido gorduroso ou conjuntivo. Além disso, muitos dos institucionalizados ou outros grupos de risco, notadamente medicamentos ingeridos pelos idosos também causam a onde há dificuldade de acesso a serviços odontológicos diminuição do fluxo salivar, sendo os mais comuns os anti- convencionais. depressivos, os anti-histamínicos, os diuréticos, os antihipertensivos, os anticolinérgicos e os antineoplásicos. Brazzelli et al. (2006) ¹² foram alguns dos autores que estudaram sobre o tratamento de cáries com gás ozô- E por fim, a influência do uso das próteses nio, que tem sido sugerido como meio de reversão, imobili- dentárias. Os profissionais de saúde bucal e os próprios zação ou diminuição de progresso das lesões, seguido de pacientes idosos tentam diminuir os reveses causados pela aplicação de soluções fluoretadas. perda de dentes, comum nas idades mais avançadas, através das próteses dentárias. Tanto as próteses parciais re- Burgess e Gallo (2002) movíveis(PPRs) como as próteses parciais fixas (PPFs) 7 apregoam que a terapêu- tica, seja preventiva ou curativa, deve ser realizada de reintegram o ancião socialmente e na família, e melhoram a acordo com o risco dos pacientes desenvolverem a cárie capacidade mastigatória, entre outros benefícios, como bem radicular. Estes autores classificam os pacientes como indi- salientam Brunetti e Montenegro(2002) ¹. Porém, a falta de víduos com baixo, médio ou alto risco de contraírem a 10 a afecção (Vide Quadro 1). Quadro 1 - Orientações de Burgess e Gallo (2002) 7 sobre tratamento da cárie radicular. Categoria Condições Opções preventivas de risco Baixo Materiais restauradores *Sem histórico de cárie nos últimos três anos *Reforçar programa preventivo *Selantes *Boa higiene oral *Retorno anual *Resina composta *Não comprometido por medicamentos *Amálgama *Não usuário de PPR ou de aparelho ortodôntico fixo Médio *Uma lesão de cárie nos últimos três anos *Aconselhamento nutricional *Resina composta *Raízes expostas *Bochechos diários com fluoreto *Ionômero de vidro resi- de sódio neutro no-modificado *Aplicação tópica de flúor profis- *Compômeros *Higiene oral razoável *Manchas brancas ou sional desmineralização *Dentifrício fluoretado *Visitas irregulares ao dentista *Retorno semestral *Usuário de PPR ou de aparelho ortodôntico fixo *Comprometido por medicamentos ou fisicamente Alto *Mais de duas lesões de cárie nos últimos três *Mensuração e monitoramento *Ionômero de vidro resi- anos da contagem de Streptococcus no-modificado mutans *Grande número de raízes expostas *Aplicação de clorexidina duas *Alta contagem de Streptococcus mutans vezes ao dia *Pobre higiene oral *Modificação da dieta com acon- *Fóssulas e fissuras profundas selhamento nutricional *Consumo frequente de açúcar *Recomendação do uso de balas *Uso inadequado de flúor tópico ou gomas com xilitol *Visitas irregulares ao dentista *Bochechos diários com fluoreto de sódio neutro e 1,1% de gel de *Inadequado fluxo salivar fluoreto de sódio *Fisicamente comprometido *Retorno trimestral 11 *Agentes adesivos ionômero de vidro *Núcleos *etc. e A terapêutica preventiva, através de orientações sobre nutri- Discussão ção e higienização bucal ao idoso e aos cuidadores/ Convém citar Henriksen et al. (2004) ¹³, que afirma- familiares é o melhor meio de se manter os resultados dos ram que a cárie é um problema de menor monta para os tratamentos curativos; idosos. Nem a idade, nem a quantidade de dentes remanescentes na boca foram fatores determinantes para a evolução das cáries. Mesmo depois de instaladas, as lesões podem ser Relatam inclusive que tais conclusões tratadas de modo conservador, principalmente com a utiliza- foram similares nas diferentes regiões geográficas estuda- ção de fluorterapia de diversas formas: bochechos, géis, das, todas na Noruega. Seria importante mencionar que os dentifrícios, balas ou pastilhas que liberem flúor; países escandinavos ou, mais precisamente, os países nórdicos (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia) A análise oclusal dos dentes envolvidos deve fazer estão entre os melhores do planeta no sentido socioeconô- parte do estudo dos casos previamente aos procedimentos mico e, como não poderia deixar de ser, também no âmbito restauradores, para evitar um deslocamento prematuro das de saúde geral e bucal. Desta feita, uma boa parcela dos restaurações; trabalhos escandinavos, a despeito de sua conhecida qualidade, se realizada com indivíduos habitantes daquela regi- Havendo necessidade de dentística restauradora, ão, podem não servir de parâmetro para o que se desenrola o amálgama, as resinas compostas e os cimentos de ionô- no restante do globo. mero de vidro podem ser usados, de acordo com as necessidades prioritárias do caso: durabilidade, estética e grau de A indicação de próteses é relevante no processo risco para a doença cárie; da doença. Fonzi et al.(1984) 8 e Nevalainen et al.(2004) 14, são alguns dos autores que afirmam que as PPRs favore- A observada alta incidência de carie de raiz na cem, de algum modo, o aparecimento das cáries radicula- terceira idade pode ser bastante minimizada com um con- res. Porém, Brunetti e Montenegro (2002) ¹ relevam que trole constante do acúmulo de placa bacteriana, o que tam- uma indicação adequada pode fazer das PPRs as próteses bém aumentará a vida útil das restaurações já instaladas. de eleição o idoso, especialmente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, nos quais o custo das próteses fixas e implantes osseointegrados é proibitivo. Dentre as vantagens, quando comparada às PPFs, estes estudio- Referências Bibliográficas sos citam a maior rapidez na confecção, custo expressivamente menor e a facilidade de higienização (não somente da prótese, mas inclusive dos dentes pilares), notadamente 1. Brunetti RF, Montenegro FLB. Odontogeriatria: quando a idade do paciente é bem avançada e/ou há pouca noções de interesse clínico. São Paulo: Artes Mé- expectativa de vida. dicas; 2002. Conclusões 2. Santos ACB. O ano novo para o velho brasileiro. Gaz Mercant 2008; 87(23749):A-3. Pacientes idosos têm alto risco de desenvolver lesões de cárie radicular, principalmente os institucionaliza- 3. Carvalho Fº. ET, Papaléo Nº. M. Geriatria: fundamentos, dos; clínica e terapêutica. 2ª. ed. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte: Editora Atheneu; 2005. O grande consumo de carboidratos por esta faixa etária é um importante fator que predispõe ao surgimento e 4. Ueberschär M, Günay H. Wurzelkaries-Inzidenz unter evolução das lesões de cárie de raiz, somado a outros co- AmF/SnF2 – Mundspülung. Dtsch Zahnärztl Z 1991;46 mo a diminuição do fluxo salivar e a desinformação preven- (8):566-8. tiva; 12 5. Johnson G, Almqvist H. Non-invasive management of superficial root caries in disabled and infirm patients. Gerodontology 2003;20(1):9-14. 6. Fedele DJ, Sheets CG. Issues in the treatment of root caries in older adults. J Esthet Dent 1998;10(5):243-52. 7. Burgess JO, Gallo JR. Treating root surface caries. Dent Clin North Am 2002;46(2):385-404. 8. 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