MÓDULO I – DOMÍNIO CONEXO 2 COMUNICAÇÃO DICAS PARA PREPARAR UMA BOA APRESENTAÇÃO ETAPAS DA FALA 2 4 6 MÓDULO III – BIOSSEGURANÇA E EMERGÊNCIAS MÉDICAS 8 BIOSSEGURANÇA EMERGÊNCIAS MÉDICAS EMERGÊNCIAS MÉDICAS – INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 8 11 17 Módulo I – Domínio Conexo Comunicação Leda Vasconcellos – [email protected] Barreiras da comunicação Emissor Psicológica: medo, timidez, preocupação, estresse, descontentamento Perceptual: concepção do mundo e da pessoa, formação cultural e religiosa, preconceitos Fisiológica: dores, deficiência auditiva e visual Receptor Agressivos: o emissor não deve ser agressivo igual. Ex.: conversar com o aluno fora de sala. Não precisa ser sobre a agressividade. Tímidos: precisam de mais tempo para se adaptar a novos ambientes. Não expô-los à turma. Apáticos: interação com os alunos (perguntas, discussões). Recursos áudiovisuais. Falantes: dar aula em frente a eles, chamar atenção, perguntar diretamente a eles, pedir silêncio. Perguntadores: deixar 10min no fim da aula para esclarecimento de dúvidas. Conversar com ele separadamente. Na primeira aula, é interessante fazer pactos: uso ou não de celulares, computador, conversas paralelas, sugestões, ar-condicionado. Mensagem Tipos de linguagem e de vocabulário, sequência lógica, velocidade da fala, dicção. Muito ruído (entra e sai de alunos, temperatura extrema, celulares, barulhos da rua) NUNCA dar aula com pouca luz! Chamar a atenção dos alunos (perguntas, fotos interessantes) quando a aula for depois do almoço ou à noite. Tipos de comunicação Comunicação verbal Comunicação não-verbal (tem mais credibilidade por ser inconsciente) Comunicação em público Falar em público é uma conversação intensificada. Como falar bem? Falar o necessário, de maneira fácil, com começo, meio e fim. Falar sobre um assunto que domine Preparar com antecedência Ensaiar (tempo da aula) Ver quem é o público Ser você mesmo (treinamento, ensaio) – dar exemplos, contar casos A comunicação sempre tem a intenção de persuadir. Persuasão Argumento Emoção Razão Convencer Para uma boa oratória Voz: deve ser clara e limpa (volume adequado ao ambiente, tom compatível com a emoção e a mensagem, dicção precisa, modulação variada). Exercício para a voz Aquecimento Trrr (breve) Brrr (breve) Ahammm (ohmmm) – bem nasal (comprido) AAAAAA Uhmmm (mastigando) TrrrAAA/EEE/III/OOO/UUU MmmAAA/EEE/III/OOO/UUU Trrr Palavras com articulação exagerada Desaquecimento Trrr Brrr Bocejo forçado Trrr Gestos Devem acompanhar o fluxo da fala Devem ser acima da linha da cintura Variados (mais expressão) A partir do ombro Eliminar gestos de autocontato (esfregar mãos, cruzar braços) e com objetos (anel, relógio, caneta) Posturas de repouso: mãos dadas, na linha do cotovelo ou ao longo do corpo. Evitar gestos acima da cabeça (a não ser em plateias grandes), braços cruzados, atrás do corpo, mãos dadas abaixo da cintura. Evitar segurar laser pointer sem precisar usar. Postura Em pé Cabeça e tronco retos Peso apoiado nas duas pernas Distância entre os pés de +- 1 palmo Não apoiar pés no salto do sapato Não cruzar pernas Movimentação Iniciar ao centro da sala, caminhar durante o desenvolvimento da fala de forma cuidadosa, olhando sempre para a plateia. Se ficar no extremo direito, olhar para o canto esquerdo e vice-versa. Esperar um tempinho em cada canto da sala. Orientação corporal Orientar o corpo sempre para todo o público, mesmo que a fala esteja direcionada para uma só pessoa. Expressão facial Olhar Olhar para toda plateia Distância Íntima ‹ Pessoal ‹ Social ‹ Pública Na distância íntima, não precisa olhar diretamente para a pessoa durante o discurso Toque Lugares permitidos socialmente: braços e parte superior das costas. Existem pessoas que não gostam de ser tocadas, por isso, é melhor não tocar em ninguém. Aperto de mão: completo (curvatura do dedão com curvatura do dedão), firme. Sorriso e olhar. Dicas para preparar uma boa apresentação Tipos de apresentação Preparado (melhor usado em palestras, apresentações) Lido Improvisado Decorado Objetivo Deve-se ter em mente qual o objetivo da sua comunicação (informar? Persuadir? Entreter? Fazer marketing pessoal?). Conforme o objetivo, a apresentação deverá ter uma abordagem diferente. Para persuadir, o discurso terá muitas figuras de linguagem. Para marketing pessoal, discurso breve, conciso. Assunto Deve atingir o objetivo e ir ao encontro dos interesses e necessidades dos ouvintes. Deve ser desenvolvido de uma forma clara e lógica. Falar sobre um tema atual. Deve cativar os ouvintes. Caso o assunto seja antigo, dar exemplos atuais para despertar o interesse dos ouvintes. Falar sobre um tema no qual tenha amplo conhecimento. Escolher um assunto que goste. Ter tempo para pesquisar. Falar de um assunto desconhecido pelo auditório. Corresponder o título da palestra com seu conteúdo. Ouvintes Motivo. O que e quanto os ouvintes já sabem sobre o assunto? Quanto os ouvintes gostariam de ouvir? Qual o interesse dos ouvintes sobre o assunto? Qual o ânimo dos ouvintes durante a apresentação? Características do público. Quantas pessoas vão escutá-lo? Quem são? Perguntar diretamente para os ouvintes ou para quem o convidou para dar aula. Local Local da apresentação (fácil acesso, trânsito intenso, estacionamento próprio ou não, tempo de antecedência). Características do auditório (tamanho, como são as cadeiras, recursos audiovisuais: computador, projetor, som e acústica, local das tomadas, microfone...). Data e hora Preparar sua apresentação com antecedência para evitar ansiedade e nervosismo. Outras informações importantes Confirmar o nome correto e cargo ou posição hierárquica das pessoas que irão compor a mesa diretora. Verificar se existe um fato ou informação que deveriam ser evitados, devido à presença de uma pessoa ou um grupo delas. Recursos audiovisuais Microfone Pedestal: deixar o microfone abaixo do lábio; posicionar o tripé de modo a não tropeçar. Ao girar o rosto para a plateia, girar todo o corpo junto, sem se distanciar ou aproximar do microfone; Com fio: cuidado para não movimentar a mão que segura o microfone; Sem fio; Lapela: cuidado para não bater no peito; Headset. Sempre tenha um plano B! Pen-drive, CD, laptop, tópicos no papel em letras grandes (caso a luz acabe). Pode segurar o papel na linha da cintura e olhar de vez em quando. Projetor Utilizar apenas os tópicos mais importantes; Cuidado com os recursos de som e imagem em flash; Evitar voltar os slides. Repetir imagem nos seguintes; Apresentar o conteúdo em partes (mudanças na cor, surgir a frase, desaparecer a frase); Verificar extensão dos fios até a tomada; Adquirir ponteira (laser e troca slide) ou só o laser (Microsoft – ponteira com timer vibratório); Iniciar a fala após alguns segundos da apresentação da tela (não ler!); Não apagar todas as luzes da sala; Sempre ilustrar. Quadro de giz e quadro branco Dividir o quadro em três partes: Data Nome do professor Evitar falar enquanto escreve; Matéria Traços fortes e tamanho grande; Experimentar pincel e apagador antes da aula; Evitar ficar olhando para o quadro; Apagar o conteúdo que já foi falado. Matéria Anotações Videotape Vídeos curtos; Verificar antes da aula se não tem problemas; Usar o filme no momento oportuno (condizente com o tema); Verificar se está sendo visto por toda a sala. Etapas da fala Discurso 1. Sorrir, cumprimentar 2. Agradecer a oportunidade de... Repetir o tema 3. Contar um fato – dar uma opinião depois (importante!) Introdução (começo) Vocativo – cumprimentar Introdução – cativar Desenvolvimento (meio) Proposição Desenvolvimento Conclusão (fim) Primeiro digo o que vou dizer. Depois digo. Para acabar, digo o que disse. Vocativo Cumprimentar. Objetivo: chamar a atenção dos ouvintes para sua presenças. Deve ser de acordo com as circunstâncias e com o grau de formalidade da ocasião. A hierarquia deve ser respeitada. Várias pessoas com nível hierárquico elevado: cumprimentar todos generalizando a fala. Ex.: boa noite a todos. Introdução Cativar. Formas recomendadas: Falar sobre o momento presente; Dar uma informação que cause impacto positivo (indicado em plateias apáticas); Citar o benefício do assunto (sempre agrada); Contar uma história interessante – de preferência relacionada com o desenvolvimento (sempre agrada); Contar uma novidade; Fazer uma reflexão; Fazer uma pergunta para a plateia responder – enfatizar que é uma pergunta (dê preferência para a plateia levantar a mão para evitar bagunça). Dê tempo para a plateia responder; Fato bem humorado; Fazer uma citação; Elogiar o auditório (não forçar! Elogiar só se acreditar no elogio, senão soa falso); Reconhecer as qualidades do adversário ou concorrente (usar em plateia hostil); Prometer que será breve (se o ambiemtne ou horário pedir brevidade!) Formas desaconselhadas: 1. Pedir desculpas pela falta de preparo sobre a matéria 2. Chamar atenção sobre problemas físicos e/ou de saúde 3. Contar piadas (desaconselhado) 4. Usar chavões ou frases feitas 5. Tomar posições favoráveis ou contrárias a assuntos polêmicos 6. Fazer perguntas ao auditório quando não deseja ser respondido Desenvolvimento Proposição = tema É a parte em que você apresenta o assunto à plateia. Você vai apresentar seus argumentos para atingir seu objetivo (persuadir, informar...) Sua fala deve ser clara e coerente. É importante falar com entusiasmo e fazer o auditório participar (em público menos formal). Ilustrar, comparar, contar o retrospecto da história, interpretações ideológicas, casos clínicos... É a maior parte do discurso. Conclusão Reafirmar o conteúdo principal da fala (resumão do assunto); Resumir os principais pontos da fala; Dizer um pensamento ou uma frase célebre; Levantar uma reflexão (evitar usar quando o assunto é dado pela primeira vez); Pedir para que os ouvintes ajam de acordo com a proposta do discurso; Elogiar o auditório. Formas desaconselhadas: 1. “Era só o que tinha para dizer” 2. Evitar comentários, fisionomia e postura autodepreciativos. Módulo III – Biossegurança e Emergências Médicas Biossegurança Cristiane Van Leeuwenhoek – inventor do microscópio Pasteur – teoria microbiana das doenças Tyndall – tindalização Koch – agentes etiológicos Fleming – descobridor do antibiótico (penicilina) 1920 Hepatite B – pode desenvolver o vírus da hepatite D, o que pode levar a uma cirrose hepática fulminante. Bochecho com clorexidina – diminuição de microorganismos em aerossóis. Varredura úmida – evita a suspensão dos microorganismos depositados no chão. A viabilidade do vírus da hepatite A e B é de semanas. Já a do HIV é de minutos (até 1h). Imunização: Hepatite B 3 doses: 2ª. dose 30 dias após da primeira dose. 3ª. dose 6 meses após a primeira. 1 dose de reforço após 5 anos. Testes Anti-HBs, Anti HBe, Anti-HBc (1 mês) Tríplice Viral Dose única na infância Vacinação contra rubéola – evitar em mulheres grávidas ou que queiram engravidar antes de 3 meses da vacinação. BCG (Tuberculose) Dose única em crianças com menos de 1 ano. Dupla bacteriana Reforço a cada 10 anos. Staphylococcus aureus – resistentes à maior parte dos antimicrobianos. Tratamento com Vancomicina (antimicrobiano pouquíssimo usado por causa de sua alta toxicidade). Biossegurança Conjunto de medidas empregadas com a finalidade de proteger a equipe e os pacientes no ambiente clínico. Estas medidas preventivas têm como objetivo a redução dos riscos ocupacionais. Cadeia asséptica – Sistema BEDA de Controle de Infecção Barreiras Esterilização Desinfecção Assepsia Barreiras: Avental/jaleco Aerossol, gotas de sangue e saliva – protegerr a roupa do dentista e de sua equipe; Procedimentos cirúrgicos – avental estéril Contaminado – lavagem com hipoclorito ou lysoform (10 a 30min) ou aquecimento a 70ºC. Máscaras e respiradores Reduz a inalação do aerossol contaminado e a mucosa da boca e nariz; Substitui as máscaras sempre que estiverem úmidas ou ao final de cada paciente – descartáveis; Se houver produção de muito aerossol, a superfície externa da máscara tornase fonte de bactérias patogênicas ao invés de barreira; As máscaras tradicionais não protegem o profissional contra a tuberculose. Gorro Óculos de proteção Alta-rotação, partículas de dente ou materiais de restaurações são removidos da boca e podem ser arremessadas para o olho do profissional; Luvas Proteção do profissional, da equipe e pacientes; Descartadas após o atendimento de cada paciente; Não substitui a lavagem das mãos; Sobre-luvas – procedimentos fora do campo cirúrgico, de uso único; Luvas estéreis; Luvas de borracha – lavagem de materiais Anti-sépticos Anti-sepsia: uso de substâncias químicas para destruir a maioria dos microrganismos patogênicos; Não tem ação esporocida; Odontologia: importante coadjuvante terapêutico – reduz 75 a 99 dos mo. Na cavidade bucal. Descontaminação dos tubetes – fricção com álcool a 70%, PVPI 10 ou gel de digluconato de clorexidina a 4% Clorexidina 0,12% - anti-sepsia intra-oral (antes de qualquer procedimento) 2 ou 4% - anti-sepsia extra-oral e das mãos Iodóforos São bactericidas, tuberculicidas, viruscidas (largo espectro). Lavagem de material I – Descontaminação - remover a sujeira mais grosseira; - imergir o material em ácido peracético 0,2% a 0,35% por 15min (substitui o glutaraldeído). É achado em dentais. Em 30min de imersão, esteriliza. Colocar uma travessa menor perfurada dentro de outra maior e tampada. Não usar em ultra-som ou materiais em alumínio, porque é corrosivo. II – Limpeza - remoção física da sujidade, com água adicionada de sabões e detergentes; III – Secagem do material e inspeção do material IV – Embalagem Após a moldagem: lavá-lo com água corrente e desinfetá-lo com hipoclorito de sódio a 1 % por 10min (borrifar ou imergir) e envolvê-lo em papel toalha umedecido, mantendo-o fechado em saco plástico. Emergências Médicas ASA I – saudável ASA II – alteração sistêmica leve ASA III – doença controlada ASA IV – doença não controlada ASA V – morte eminente em 24h ASA VI – morte cerebral Fisiologicamente, liberamos 7microgramas de adrenalina por minuto. Em situação de estresse, sobe para 280µg por minuto. Um tubete de anestesia com vasoconstritor 1:100.000 tem 18µg de adrenalina (ou 9µg em 1:200.000). Aplicação lenta, porque se cair diretamente em vaso sanguíneo a resposta será menos tóxica. Nível de glicose no período pós-prandial (depois de alimentar): por volta de 160mg/dL. Após 3-4 horas da última alimentação, o nível deve voltar ao normal (abaixo de 100mg/dL). Hipoglicemia é abaixo de 60mg/dL. Em paciente com angina, administrar isordil sublingual. Se a angina continuar, é diagnóstico diferencial para infarto. Caso isso ocorra, peça para o paciente mastigar 3 AAS infantil. Pode administrar o AAS juntamente com o isordil. Kit de emergência Medidor de glicose Isordil Oxigênio Adrenalina (1 ampola 1:1000) Glicose (sachê sublingual) Aspirina 100mg (AAS infantil) Corticoide (betametasona) oral e injetável Anti-histamínico (oral e injetável) Bombinha para asma (salbutamol) Esteto e esfigmo (digital com manguito – cinta no braço) Marca: GTech Seringas e garrote Máscara para ventilar (mascarilha – descartável) Em caso de emergência médica: vítima inconsciente Avaliar a responsividade: chacoalhar e falar alto com a vítima. Se não responder, está inconsciente. Pedir consentimento para atendimento (em vias públicas). Se a pessoa está inconsciente, o consentimento está implícito. PABCD Position - posicionar a vítima (barriga para cima, horizontal) Airway – checar vias aéreas (mão espalmada na testa, dois dedos no mento – hiperextensão do pescoço e protrusão da mandíbula. Não fazer em pacientes em trauma: queda maior do que a própria estatura; submersão em piscina, pois pode ter batido a cabeça; efeito chicote) Breathing – chegar respiração – 10 segundos (movimentação torácica, ver, ouvir, sentir) Circulation – checar pulso – 10 segundos (na cavidade carotídea) Definitive Care – cuidado definitivo e/ou remoção (geralmente em 2min, o paciente volta. Sempre cronometrar o tempo a partir do desmaio) Caso não volte em 2 ou 3min, provavelmente é porque entrou em quadro de hipoglicemia aguda. Administrar glicose intravenosa ou sublingual. Lembrar de manter a vítima de lado quando for administrar a glicose sublingual para não aspirar. Paciente que faz uso de corticóide crônico não tem liberação fisiológica de cortisol. Então em caso de estresse (procedimento odontológico), é melhor pedir risco cirúrgico para aumento da dose de corticóide para evitar insuficiência adrenal aguda. Sintomas de insuficiência adrenal aguda: alteração ou perda da consciência. Administrar dexa ou betametasona em via intramuscular. Emergências Médicas Associadas a uma desordem no estado geral do paciente Complicações independentes de doenças pré-existente Profissionais de saúde devem reconhecer as emergências; Instituir medidas de pronto atendimento (suporte básico de vida – manter o paciente viável até o suporte avançado de vida); Compete ao CD instituir medidas de pronto atendimento no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente (Lei 5081, de 27 de agosto de 1966). Socorrista – carteirinha com validade de dois anos devido a mudanças de protocolos. Situações de emergência: Prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente. Corrente da vida: Reanimação_Primeiros socorros + RCP + cuidados intensivos. Iniciar RCP em 0 a 4min da parada cárdio-respiratória. Em odontologia temos urgência, é necessário atendimento rápido, mas sem risco de morte. Importância da anamnese – obtenção de informações úteis para o diagnóstico e planejamento odontológico. Ajuda a estabelecer o perfil do paciente que será tratado sob sua responsabilidade, evitando emergências médicas. Adrenalina 1:100.000 = 10 microgramas por ml. No tubete, 18 microgramas. Sinais Vitais: PA, freqüência cardíaca (pulso), freqüência respiratória. Em casos de infecção, medir a temperatura. Usuários de cocaína: adrenalina e noradrenalina aumentadas, a injeção de anestésico local pode causar infarto. Deve estar sem uso há 24/48 horas. Citanest. (prilocaina com felipressim). A maioria das alergias é ao conservante bissulfito, presente em vaso constritor amina adrenérgica. Bissulfito é muito usado na indústria alimentícia. Perguntar ao paciente se é alérgico a algum alimento. Também o paciente asmático pode apresentar reação cruzada. Metahemoglobinemia pode ser desencadeada pela prilocaina em pacientes anêmico. Evitar Prilocaina em idosos, gestantes e anêmicos. Metilparabeno – presente em produtos de higiene pessoal (filtros solares) AINES – apresentam várias interações medicamentosas Contraceptivo oral + antimicrobiano = eficácia reduzida em dois níveis. Aumenta metabolismo hepático e secreção. Antidepressivo – fluoxetina aumenta dopamina, pacientes apresentam aumento da atividade motora noturna (apertamento). Os pacientes que estão em tratamento de doenças crônicas, devem ser feito contato com médico. Em caso de uso de anticoagulantes, o medico pode trocar por heparina injetável de meia-vida curta (12h). Às vezes suspende por 12 horas, faz a cirurgia e retoma. Jada.v.68,p.334-342,1964 Arq. bras. cardiologia 2007 88(5)545,551,507-513 Avaliação de sinais vitais: PA, pulso, respiração, temperatura (infecção), peso e altura (crianças). Nunca fazer procedimentos eletivos com PA acima de 160/100. O risco de AVC quadruplica. Deve-se sedar e deixar em repouso em caso de urgência, para só depois executar o atendimento. Focos de infecção alteram a glicemia. Urgência hipertensiva – captopril sublingual (porém a resposta é imprevisível). Não é recomendada a administração de captopril pelo dentista. Pode haver uma queda brusca da pressão e causar danos cerebrais na vítima. Avaliação de sinais vitais: Pulso carotídeo ou radial (qualidade no ritmo e freqüência), PA, frequência respiratória (não avisar ao paciente. O normal é de 10 a 12x, a criança pode ir até 24x). Síndrome da hiperventilação – zumbido no ouvido, formigamento, descontrole das extremidades podendo simular uma convulsão (respirar em um saco). Classificação da PA: É patológico a partir de 14/9. Estudo longitudinal americano mostrou que pacientes jovens que apresentaram pressão de 12/8 ficaram hipertensos mais velhos em 90% dos casos. Atendimento de hipertensos: Certifique-se que ele tomou seu medicamento, marcar para a manhã (no segundo período), avaliar sempre a PA. Betabloqueadores não seletivos não combinam com vasoconstritor adrenérgico (pico hipertensivo). Evitar jejum (principal causa de perda de consciência), especialmente no diabético. Hipoglicemia aguda: agitação, convulsão, perda de consciência, parada respiratória, coma, morte. Aparelhos para medição rápida de glicemia. Valores normais em jejum menor que 100mg/ml. Quando medida após alimentação e está maior que 200mg/ml, existe alteração metabólica e paciente deve ser encaminhado ao médico. Questionar ao paciente diabético se a doença está sendo bem controlada. Exame mais fiel é a hemoglobina glicada. Pega oito semanas. Resultado até 4,5 ou 5% é sinal que a glicose ficou abaixo de 200. Acima disso, o risco fica aumentado. Anestesia local com técnica adequada. O paciente não deve sentir dor. Usar vasoconstritor. Paciente estressado sente mais dor, usar meios ansiolíticos. A maior parte das emergências ocorre durante ou imediatamente após o ato anestésico. Por isso, a sedação por qualquer via é recomendável. A emergência mais comum é a síncope (desmaio), também é a mais benigna. Emergências em adultos são diferentes particularmente em idosos com doenças de base. Sistema nervoso autônomo simpático: “fuga e luta”, o adulto reprime e a criança libera. Recomendações básicas: Manter a calma (você comanda sua equipe); Diagnóstico diferencial, com base nos principais sinais e sintomas. Procure estabelecer um diagnóstico diferencial nas situações de caráter emergencial; Saber quando e para quem pedir socorro (bombeiro ou SAMU, bombeiro é leigo treinado, o SAMU tem alguns médicos nas ambulâncias. SAMU 192, bombeiro 193); Instruir a equipe e tenha os números de telefone à mão; Reciclar conhecimentos – esteja treinado para executar as manobras de suporte básico de vida. Se o desmaio levar mais que 3min, provavelmente não é um desmaio simples, devese pensar em hipoglicemia. Em decúbito lateral, aplicar glicose sublingual (o ideal é endovenosa). Alterações de consciência: Lipotímia, síncope, hipotensão ortostática, hipoglicemia. Lipotímia precede a sincope, menos prevalentes temos AVC Hipotensão ortostática é comum em grávidas. Hipoglicemia é mais comum em diabéticos. A principal causa de perda transitória de consciência no consultório é decorrente de uma súbita diminuição do fluxo sanguíneo e oxigenação cerebral causada por fatores precipitantes, (sincope vaso vagal, nervo vago inunda o coração com acetilcolina). Emergência benigna por ser de curta duração. Como prevenir emergências médicas: Avaliar o grau de ansiedade do paciente Pacientes com doença sistêmica – anamnese dirigida Evitar estímulos visuais Não empregar expressões que parecem tranquilizar Não estar em jejum nas sessões Posição supina ou semi-supina Anestesia local atraumática Eficiente controle de dor através da anestesia local O que fazer: Vítima consciente: Converse com o paciente, colocar em posição confortável e sua cabeça para trás, elevar levemente os pés em relação a cabeça. 2 a 3min para recuperação, dispensar com acompanhante. Vítima inconsciente: Colocar em posição supina, PABC (sinais vitais presentes), elevar os pés em relação à cabeça. Se o paciente não se recuperar em 2 a 3min, pode ser hipoglicemia. Ou acionar o serviço médico ou tentar resolver o problema. Se tiver o medidor casual de glicose, medir. Colocar no oxigênio (3 a 4L/min), monitorar sinais vitais. Hipotensão Ortostática Queda brusca e excessiva da PA Alteração de posição: quando o paciente fica em pé levanta repentinamente Fatores pré-disponentes Idade, defeitos venosos nas pernas, gravidez, paciente mantido deitado por um longo período, períodos de convalescença, medicação (diuréticos ou vasodilatadores). Pode-se atender gestantes em decúbito lateral esquerdo O que fazer: Como a síncope, a recuperação deve ser tão rápida quanto no desmaio simples. Encaminhar para avaliação pra evitar recidiva. Diabetes: Insulinoterapia: coadjuvante para alguns pacientes, Hipoglicemiantes orais: interação com AINEs, aumento do hipoglicemiante livre, pode causar hipoglicemia.Além disso os AINES são nefrotoxicos. Hipoglicemia aguda: glicemia abaixo de 60mg/dl Sobredose de insulina Sobredose de hipoglicemiante Interação com potenciação dos efeitos hipoglicemiantes Jejum prolongado Ingestão de álcool Sinais e Sintomas: Estágio Precoce- náuseas, fome,diminuição da função cerebral Estágio Avançado- sudorese taquicardia,ansedade, hipotermia Estágio tardio- Inconsciencia convulsões, hipotensão, hipotermia morte Glicose endovenosa- 1 ampola de 20mg por ml Como prevenir: anamnese! Diabéticos Controle adequado da doença, alimentação, redução do estresse, manter solução açucarada à disposição durante o atendimento. Pode ser açúcar refinado, porém como a sacarose é um açúcar complexo demora mais para responder. Com o paciente ainda consciente, pode administrar gel de glicose sublingual. Paciente não responsivo: posição supina, ABC, ampola de glicose endovenosa 25% (como alternativa embeber a gaze em glicose , amarrar com fio e colocar embaixo da língua). Colocar o paciente em decúbito lateral. Chamar o socorro. Só dispensar o paciente depois de socorrido. Cetoacidose Agravamento da hiperglicemia. Perda de água e minerais, elevada concentração de copos cetônicos, causando acidose tecidual, diminuição da função cerebral e coma diabético. Instalação lenta do quadro (semanas), a sua ocorrência no consultório é rara. Sintomas: aumento de temperatura corporal, vermelhidão, hiperventilção, dor de cabeça, boca seca, poliúria, polidpsia, distúrbios do TGI, letargia, hálito cetônico, característico de fruta podre. O que fazer: Se não houver aparelho de medição de glicose, tratar como hipoglicemia. Se não melhorar, confirma o diagnóstico de Cetoacidose. Chamar socorro. AVE (não mais AVC) - Acidente Vascular Encefálico Paciente com história de hipertensão ou aterosclerose avançada. O estado de inconsciência é precedido por dor de cabeça, náusea vômito (em jato), dificuldade ou perda fala, paralisia de um dos lados do corpo. Dê assistência no local e chame o socorro. Não ponha no carro. Medidas de Pronto-atendimento: Elevar o encosto da cadeira Chamar socorro médico de urgência Insuficiência Adrenal Aguda Interrupção abrupta dos corticosteróides em pacientes sob tratamento crônico. Medidas de pronto atendimento: Corticóide endovenoso se for hidrocortisona (dexa ou beta podem ser IM) Serviço médico de urgência Emergências Médicas – Interações Medicamentosas Rogério Heládio Lopes Motta – [email protected] Interação medicamentosa entre hipoglicemiantes e AINEs. Usar antiinflamatórios esteroidais. Choque anafilático – administrar adrenalina intravenosa. Lidocaína com epinefrina (adrenalina) – primeira escolha em pacientes gestantes. Prilocaína com felipressina (Citanest, Citocaína) – primeira escolha em pacientes usuários de propranolol (é legal para pressão). Fenilefrina (Novocol) – nunca usar Articaína – evitar fazer bloqueio. Há grande possibilidade de causar parestesia. Pode ser usado em pacientes com hipertensão Mepivacaína – não é padrão ouro como a lidocaína Pacientes com pressão alta e sem histórico de cardiopatias podem estar em uso de AINEs. Suspender o uso e preferir corticóides. O uso de anfetamina também pode causar aumento da pressão. Os sintomas de endocardite bacteriana aparecem em torno de 15 dias, porque a infecção tem instalação lenta. Nunca usar Eritromicina. Nunca usar Clavulin em pacientes com hepatopatias. Em pacientes com alergia a penicilina, escolher Azitromicina Antibioticoprofilaxia – 2g 1h antes e 1g 6h depois do procedimento. Dificuldades Respiratórias Obstrução das vias aéreas Hiperventilação Crise aguda de asma Obstrução das vias aéreas: manobra de Heimlich (introduzida em 1974) Pacientes de maior risco: Bebês, crianças e idosos; Pessoas sedadas Alcoólatras crônicos Usuários de outros depressores do SNC Em bebês: tapa com a parte tenar da mão (“calcanhar” da palma da mão) por 5 vezes, depois fazer inspeção com o dedo em forma de anzol indo do rebordo até a garganta. Em adultos: manobra de Heimlich. Por trás da vítima, com uma perna entre as pernas da vítima, dedo polegar dobrado e posicionado entre o apêndice xifoide e o umbigo. Pressionar fortemente de baixo pra cima de 5 a 10 vezes. Paciente inconsciente, com uma pupila dilatada e a outra não é sinal de AVC. É contra-indicado fazer sedação inalatória com óxido nitroso em pacientes com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). Exemplo: enfizema pulmonar, bronquite crônica. Pacientes asmáticos: perguntar se é alérgico a algum alimento/cosmético. Pode ser sedado com óxido nitroso. Dormonid é perigoso. Ter no consultório somente 2 tipos de vasoconstritores: epinefrina (adrenalina – tem bissulfito) e felipressina. Tubetes de plástico têm metilparabeno. Pacientes alérgicos a enlatados, salgadinhos tipo Elma Chips, creme ou pomada, filtro solar é por causa do bissulfito presente nos produtos. Geralmente pacientes asmáticos têm alergia a bissulfito. Pico de liberação de cortisol endógeno é entre 10h e 11h da manhã. É melhor marcar cirurgias mais invasivas nesse horário. Melhor posição para atendimento de um asmático: corpo apoiado de frente no encosto da cadeira com os braços da vítima bem relaxados. Pedir para fazer auto-aplicação da bombinha. Crise aguda de asma – chamar socorro (SAMU) Se o quadro de asma não melhorar, aplicar 0,3mL de adrenalina via intramuscular. Em crianças com até 30kg, usar 0,1mL a cada 10kg. Pacientes mais robustos, usar 0,5mL. Associar com administração de oxigênio – 5 a 7 litros por minuto. Caso o efeito da adrenalina passar (dura em torno de 10min) e o socorro não tiver chegado, aplicar outra ampola. Oxímetro: normal está por volta de 95% de saturação de oxigênio. Abaixo de 91%, está em crise. Controle da dor em pacientes asmáticos: Escolher corticoides! Evitar AINEs, AAS. Cuidado com Tylenol (porque contém bissulfito de sódio). A articaína tem grande difusibilidade óssea. Ótima alternativa para anestesia infiltrativa na mandíbula (Septanest). ! Seringas SAGIMA: auto-aspiração muito eficaz. Doses máximas de sal anestésico 2% Adultos 70kg = 300mg 8 tubetes Crianças 1 tubete/10kg Lidocaína e Mepivacaína 2 e 3% (adultos e crianças – 4,4mg/kg) Prilocaína 3% (adultos e crianças – 6mg/kg) Articaína 4% (adultos – 7mg/kg crianças 4 a 12 anos – 5mg/kg) 3% Adultos 70kg = 300mg 5 ½ tubetes Crianças ½ tubete/10kg Adultos 70kg = 400mg 7 ½ tubetes Crianças 1 tubete/10kg Adultos 70kg – 490mg 7 tubetes Crianças – 50mg/10kg 2/3 tubete/10kg Bupivacaína 0,5% (adultos – 1,3mg/kg) Não deve ser usado em crianças menores que 12 anos A desinfecção dos tubetes deve ser feita com fricção da embalagem com álcool, PVPI ou gel de clorexidina. Não deve ser feita imersão dos tubetes. Para pacientes saudáveis (ASA I): 1 tubete/10kg – anestésicos com vasoconstritor epinefrina ou felipressina Não ultrapassando 8 tubetes em 2% 5 tubetes em 3% A injeção deve ser dada em torno de 2min a cada tubete. Dicas: www.sbh.org.br Revista Saúde (Ed. Abril) – Julho 2008 PerioNews – artigos na íntegra Cebrid – sinais e sintomas de usuários de drogas ilícitas Paciente em convulsão: manter em decúbito lateral. Após a crise, liberar vias aéreas (hiperextensão do pescoço). Sempre verificar primeiro se paciente está respirando para, então, verificar pulso. Nimesulida tem efeito hepatotóxico! Evitar associação com paracetamol! Protocolo medicamentoso pré e pós-cirúrgico: Dexametasona 4mg 1h antes do procedimento Dexametasona 4mg 24h depois do procedimento Dipirona como analgésico Cuidado com pacientes que fazem uso de propranolol! Usar prilocaína! Vioxx – aumenta o risco de infarto por agir na Cox2 (que tem ação nas paredes do endotélio) Pacientes em uso de propranolol, inibidores da ECA (captopril), diuréticos (clorana, furosemida) precisam de prostaglandinas dos rins. Nunca usar AINEs. Pode ocasionar pico hipertensivo. Usar Decadron ou Celestone. Administração de corticoides antes da cirurgia diminui a probabilidade de choque anafilático. Protocolo para anti-inflamatório e analgésico Esteroidal + dipirona Se não resolver, Esteroidal + dipirona + AINE Se não resolver, Esteroidal + dipirona + Analgésico de ação no SNC (Tylex) Não usar AINEs quando paciente usa lítio, digoxina. Pacientes que relatam alergia a antialérgicos = alergia ao bissulfito (presente em ampolas de vidro). Em caso de reação alérgica, administrar 1 comprimido de 25mg de anti-histamínico por dia durante 3 dias. Choque anafilático (chamar socorro) – adrenalina intra-muscular 0,3mL – 1:1000 Dor no Peito – Angina Pectoris Na dor por constipação intestinal (gases), a intensidade da dor aumenta com a respiração mais profunda. Causas da angina pectoris (4”E”s): - Estresse - Exercício - Exagero alimentar - Exposição ao frio A dor tem curta duração: 2 a 3min Movimentos respiratórios não intensificam a dor. Alívio com repouso ou uso de drogas (isordil) – vasodilatadores coronarianos, via sublingual. Se a angina não melhorar em 5min ou recidivar após medicação, o paciente está enfartando. Viagra X Isordil = associação perigosa Em pacientes com quadro de angina, é melhor sedá-lo (Frontal ou Valium) antes do procedimento odontológico, porque certamente passará por estresse. Crise hipertensiva: reflexo vagal – liberação de acetilcolina direto no coração = bradicardia. Tentativa de o corpo baixar a pressão arterial. Pressão arterial alta e frequência cardíaca baixa. A dor do infarto dura mais que 30min. Nitroglicerina = isordil ou sustrate Óxido nitroso é um gás analgésico! Administrar em pacientes infartados. MONA (conduta em caso de infarto) Morfina intravenosa (só médicos) Oxigênio Nitroglicerina Aspirina (3 comprimidos de 100mg) Dormonid 5mg intra-muscular – administrar para acalmar o paciente A RCP somente mantém a vítima viável até a chegada do desfibrilador. Só em casos de submersão, choque elétrico e asfixia que pode haver ressuscitação com RCP. Se verificar que a taquicardia está com o ritmo irregular ou vítima com bradicardia, não faça nada e chame socorro.