LABORATÓRIO DE GESTÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE

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ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA – EAD
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
HELEN FABIANI PONTES DE AGUIAR
REDE HEBE CAMARGO DE COMBATE AO CÂNCER: O QUE É E COMO
FUNCIONA ESSE PROGRAMA
SÃO PAULO
2015
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
REDE HEBE CAMARGO DE COMBATE AO CÂNCER: O QUE É E COMO
FUNCIONA ESSE PROGRAMA
HELEN FABIANI PONTES DE AGUIAR
Monografia apresentada à Escola Nacional de
Saúde Pública Sergio Arouca/Fiocruz como prérequisito para a obtenção do título de Especialista
em Gestão de Redes de Atenção à Saúde.
Orientadora: Danyelle Monteiro Cavalcante
SÃO PAULO
2015
HELEN FABIANI PONTES DE AGUIAR
REDE HEBE CAMARGO DE COMBATE AO CÂNCER: O QUE É E COMO
FUNCIONA ESSE PROGRAMA
Aprovada em _____ de _____________ de 2015.
Banca Examinadora:
___________________________________________________________________
Nome, Instituição
___________________________________________________________________
Nome, Instituição
___________________________________________________________________
Nome, Instituição
Dedico este trabalho
Ao meu filho, Caio, que soube compreender os
momentos que tive deixar de estar ao seu lado
para me dedicar aos estudos.
Ao meu esposo, Mário Sérgio, pela paciência,
carinho e amor.
Aos meus pais, Julio e Erlinda, que sempre me
incentivaram a estudar e buscar conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar a Deus, pois sem ele já mais teria chegado até aqui.
A minha família por sempre me apoiar, me incentivar e compreender os meus momentos de
ausência.
Aos meus colegas do DRS XII, em especial a Michelly Costa Amaral, Interlocutora da Rede
de Oncologia.
A minha orientadora, Danyelle Monteiro Cavalcante, pela dedicação neste momento tão
importante do curso.
RESUMO
A Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer é um projeto inovador do Estado de São Paulo,
que esta sendo testado e aperfeiçoado em duas Regiões de Saúde, para depois ser implantado
em todo o Estado. O objetivo desta Rede é aumentar e regionalizar o atendimento para o
tratamento da doença no estado e garantir acesso rápido e de qualidade aos pacientes. Por ser um
projeto novo e que muitos ainda não conhecem, este trabalho tem por finalidade descrever o
que é, como funciona e quais as dificuldades encontradas para a implantação da Rede Hebe
Camargo. Para isso foram realizadas pesquisas em sites de artigos científicos, pesquisas em
documentos impressos e oficiais sobre o assunto. Esse trabalho observou que a Rede Hebe
Camargo possui ainda há muitos desafios a vencer para que atinja o seu objetivo. Até o
momento as RRASs que estão sendo pioneiras na implantação dessa Rede estão encontrando
muitas dificuldades, mas também evoluíram muito no acesso e regulação do tratamento do
câncer.
Palavras-chave: Rede Hebe Camargo, Regulação, Câncer.
ABSTRACT
The Hebe Camargo Network Against Cancer is an innovative project of the State of São
Paulo, which is being tested and refined in two health regions, only to be deployed throughout
the state. The aim of this network is to increase and regionalization of the care for the
treatment of disease in the state and ensure quick access and quality for patients. Because it is
a new project and many people still don’t know it, this study aims to describe what it is, how
it works and what the difficulties encountered in the implementation of Hebe Camargo
Network. For this were carried out research in scientific articles sites, research in printed and
official documents on the subject. This study observed that the Hebe Camargo Network still
has many challenges to overcome to reach your goal. By the time the RRASs being pioneers
in the deployment of this network are finding many difficulties, but also evolved a lot in the
access and regulation of cancer treatment.
Keywords: Hebe Camargo Network, Regulation, Cancer.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES, TABELAS, ABREVIATURAS E SIGLAS
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1. Redes Regionais de Atenção à Saúde e respectivas DRS e Regiões de Saúde, estado
de São Paulo, 2012. .............................................................................................................. 12
Figura 2. Mapa da RRAS 7 ...................................................................................................... 16
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Estrutura do Estado de São Paulo segundo RRAS, DRS, Regiões de Saúde, número
de municípios e população residente .................................................................................... 13
Quadro 2. Estimativas para o ano de 2014 das taxas brutas de incidência por 100 mil
habitantes e do números de casos novos de câncer, segundo sexo e localização primária .. 15
Quadro 3. Estimativa de casos novos de Câncer na RRAS 7. .................................................. 17
Quadro 4. Qtde Estabelecimentos Habilitados por Região de Saúde (CIR) e Habilitação,
Setembro de 2015 ................................................................................................................. 20
Quadro 5. Referências Oncológicas Clínica e Cirúrgicas na RRAS 7, junho de 2015. .......... 28
Quadro 6. Referências interRRAS....................................................................................... 29
LISTA DE SIGLAS
AME – Ambulatório Médico de Especialidades
CACON – Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia
CIB – Comissão Intergestores Bipartite
CID – Classificação Internacional de Doença
CIR – Comissão Intergestores Regional
CROSS – Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde
DRS – Departamento Regional de Saúde
ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
INCA – Instituto Nacional do Câncer
HRLB – Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua
OMS – Organização Mundial da Saúde
RCBP - Registro de câncer de base populacional
RHC - Registro de câncer de base hospitalar
RRAS – Rede Regionalizada de Atenção à Saúde
SADT – Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico
SES – Secretaria de Estado da Saúde
SUS – Serviço Único de Saúde
UNACON – Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 10
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................ 11
2.1 DESCRIÇÃO DA REGIÃO ...................................................................................................................... 11
2.2 REDE DE ONCOLOGIA ......................................................................................................................... 18
2.3 REDE HEBE CAMARGO DE COMBATE AO CÂNCER...................................................................... 21
3 OBJETIVOS....................................................................................................................... 24
3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 24
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................................... 24
4 METODOLOGIA .............................................................................................................. 25
A metodologia do presente trabalho consistiu em fazer uma revisão bibliográfica referente ao
tema proposto. A revisão bibliográfica é o processo de busca, análise e descrição de um corpo
do conhecimento em busca de resposta a uma pergunta específica. ........................................ 25
Como o objetivo do trabalho é descrever a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer foram
realizadas busca em sites como: Lilacs, Scielo e Google, usando os descritores: Rede Hebe
Camargo, regulação, câncer e rede de oncologia. .................................................................... 25
5 RESULTADOS .................................................................................................................. 26
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 34
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ........................................................................... 35
8. ANEXOS ............................................................................................................................. 38
10
1. INTRODUÇÃO
De acordo com o INCA o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no
mundo e no Brasil isso não é diferente (BRASIL, 2014). Possuímos dados que não são
suficientes para conhecer a atual realidade dos pacientes oncológicos, pois os indicadores
usados no Brasil – RHC e RCBP, não fornecem dados fidedignos uma vez que não são
alimentados corretamente. No Estado de São Paulo, alguns indicadores confirmam esta
situação, o que torna necessário a adoção de estratégias eficazes para o controle da doença e a
organização de uma rede regionalizada e hierarquizada de serviços que garanta atenção
integral à saúde da população (SES/DRS IV e DRS XII, 2015).
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, com o intuito de organizar a Rede de
Atenção Oncológica do Estado de São Paulo e mapear os pacientes oncológicos e ampliar a
acessibilidade aos serviços foi criada a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer. Esta rede
foi criada em março de 2013 pelo Governo do Estado de São Paulo como o objetivo de
aumentar e regionalizar o atendimento para tratamento do câncer no Estado, garantindo
acesso rápido e de qualidade aos pacientes (SES, 2015).
A Rede Hebe Camargo é uma iniciativa pioneira para integração de serviços de alta
complexidade que oferecem tratamento ao paciente com câncer no Estado de São Paulo e é
formada por 71 hospitais, que seguem os mesmos protocolos de atendimento oferecido pelo
ICESP, o que unifica e padroniza ainda mais o atendimento, buscando atuar de forma
coordenada para levar assistência de qualidade à população (SES, 2015).
Por esta Rede ser um serviço novo é importante apresentá-lo de forma clara para que
todos conheçam o que é, para que foi criado, como funciona e quais as dificuldades
encontradas na operacionalização da mesma.
11
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 DESCRIÇÃO DA REGIÃO
As RRASs são caracterizadas pela formação de relações horizontais organizadas,
sistematizadas e reguladas entre a atenção básica e os demais pontos de atenção do sistema de
saúde (BOMBARDA, 2012).
O Estado de São Paulo é formado por 645 municípios e, de acordo com o IBGE a
população estimada para 2015 é de 44.396.484. Para atender toda sua população na área da
saúde o Estado foi dividido em 17 Redes Regionais de Atenção à Saúde – RRAS, conforme
Figura 1 e Tabela 1 abaixo, que são definidas como arranjos organizativos de ações e serviços
de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio
técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado em um determinado
território (SES, 2015).
12
Figura 1. Redes Regionais de Atenção à Saúde e respectivas DRS e Regiões de
Saúde, estado de São Paulo, no ano de 2012.
Fonte: SES/SP.
De acordo com Bombarda (2012) a divisão do Estado em RRAS busca garantir a
universalidade e integralidade da assistência o mais próximo possível da residência do
paciente. Os critérios utilizados para a definição das RRAS foram:
- Existência de capacidade instalada com suficiência na atenção básica, na média
complexidade e parte da alta complexidade;
- Garantia de economia de escala;
- População entre 1 milhão a 3,5 milhões de habitantes;
- Manutenção da unidade das Regiões de Saúde definidas pela Deliberação CIB nº
153/2007, fazendo ajustes, se necessário.
O desenho das RRAS não são necessariamente coincidentes com as áreas de
abrangência das divisões administrativas regionais da SES/SP, como exemplo temos a DRS 1
13
– Grande São Paulo que foi dividida em seis RRAS e a RRAS 7 que é formada pelas DRSs
IV e XII.
As RRAS são compostas por Redes Temáticas (urgência e emergência, maternoinfantil, Oncologia, entre outras), que podem ser definidas como pontos de atenção
articulados entre si para promover a integralidade do cuidado. Assim, as RRAS têm como
objetivos integrar serviços e organizar sistemas e fluxos de informações para dar suporte às
atividades de planejamento e definição de fluxos no território (Bombarda, 2012).
Quadro 1. Estrutura do Estado de São Paulo segundo RRAS, DRS, Regiões de Saúde,
número de municípios e população residente.
RRAS
DRS
1
2
3
Grande São Paulo
4
5
6
Baixada Santista
7
Registro
8
Sorocaba
9
Bauru
10
Marília
11
Presidente
Prudente
12
Araçatuba
REGIÃO DE SAÚDE
Grande ABC
Alto Tietê
Franco da Rocha
Mananciais
Rota dos Bandeirantes
São Paulo
Baixada Santista
Vale do Ribeira
Itapetininga
Itapeva
Sorocaba
Vale do Jurumirim
Bauru
Polo Cuesta
Jaú
Lins
Adamantina
Assis
Marília
Ourinhos
Tupã
Alta Paulista
Alta Sorocabana
Alto Capivari
Extremo Oeste Paulista
Pontal do Paranapanema
Central do DRS II
NÚMERO
DE
MUNICIPIOS POPULAÇÃO*
7
2.551.328
11
2.663.739
5
517.675
8
986.998
7
1.710.732
1
11.253.503
9
1.664.136
15
273.566
13
451.399
15
272.676
20
1.518.941
17
277.385
18
593.319
13
279.326
12
319.496
8
155.097
10
128.287
13
236.188
19
361.514
12
217.871
8
124.548
12
125.690
19
380.077
5
56.088
5
92.616
4
67.721
11
278.351
14
São José do Rio
Preto
13
Araraquara
Barretos
Franca Ribeirão
Preto
14
Piracicaba
15
Campinas
São João da Boa
Vista
16
Campinas
17
Taubaté
Dos Lagos do DRS II
Dos Consórcios DRS II
Catanduva
Santa Fé do Sul
Jales
Fernandópolis
São José do Rio Preto
José Bonifácio
Votuporanga
Central do DRS III
Centro Oeste do DRS III
Norte do DRS III
Coração do DRS III
Norte-Barretos
Sul - Barretos
Três Colinas
Alta Anhanguera
Alta Mogiana
Horizonte Verde
Aquífero Guarani
Vale das Cachoeiras
Araras
Limeira
Piracicaba
Rio Claro
Campinas
Oeste VII
Baixa Mogiana
Mantiqueira
Rio Pardo
Brangança
Jundiaí
Alto Vale do Paraíba
Circuito Fé - V. Histórico
Litoral Norte
V. Paraíba - Região Serrana
TOTAL
12
17
19
6
16
13
20
11
17
8
5
5
6
10
8
10
6
6
9
10
7
5
4
11
6
11
11
4
8
8
11
9
8
17
4
10
645
190.489
250.483
291.575
44.269
100.705
110.626
649.787
91.718
184.091
285.700
131.724
146.949
355.884
268.546
140.721
386.704
146.942
116.161
393.431
807.106
127.452
309.911
332.852
532.227
237.594
1.665.989
1.137.302
302.331
262.825
208.625
416.655
811.964
975.338
450.280
281.779
557.197
41.262.199
Fonte: SES
Nota: (*) Os dados de população referem-se ao Censo 2010.
A definição dos territórios das Redes Regionais de Atenção à Saúde foi feita de
maneira que tivessem suficiência na atenção básica, média complexidade e parte da alta
complexidade e são constituídas por uma ou mais Regiões de Saúde. Isso para possibilitar a
15
efetivação da integralidade do cuidado de uma determinada rede temática, sendo que seus
pontos de atenção poderão se localizar no território de uma ou mais RRAS (BOMBARDA,
2012).
A Rede Hebe Camargo está inserida neste contexto, uma vez que as referências são
definidas primeiramente dentro da Região de Saúde, depois os pacientes são referenciados
dentro da RRAS e caso ela não consiga atender este paciente serão buscadas referências em
outras RRASs. É importante que o tratamento seja realizado o mais perto possível da
residência do paciente, em especial, no caso do paciente oncológico onde o tratamento é
muito desgastante (OLIVEIRA, 2013).
A estimativa do INCA, era de 54.320 casos novos de câncer em homens e 50.150
casos novos em mulheres, excluindo as neoplasias de pele não melanoma, conforme tabela 2
(BRASIL, 2014).
Quadro 2. Estimativas para o ano de 2014 das taxas brutas de incidência por 100 mil
habitantes e dos números de casos novos de câncer no Estado de São Paulo, segundo sexo e
localização primária*.
Estimativa de Casos Novos
Localização Primária da Neoplasia
Homens
Mulheres
Maligna
Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta
Próstata
17.830
85,24
Mama Feminina
16.160
73,21
Colo de Útero
1.880
8,53
Traqueia, Brônquio e Pulmão
4.130
19,75
2.690
12,18
Cólon e Reto
5.520
26,4
6.040
27,38
Estômago
3.430
16,42
1.900
8,6
Cavidade Oral
3.450
16,49
1.050
4,74
Laringe
2.120
10,15
120
0,53
Bexiga
2.310
11,07
600
2,71
Esôfago
1.860
8,88
480
2,19
Ovário
1.550
7,03
Linfoma de Hodgkin
320
1,52
260
1,17
Linfoma não Hodgkin
1.410
6,73
1.640
7,42
Glândula Tireoide
90
0,46
1.840
8,32
Sistema Nervoso Central
1.190
5,69
1.060
4,83
Leucemias
1.180
5,63
1.030
4,69
Corpo do Útero
1.900
8,6
Pele Melanoma
830
3,97
1.010
4,59
Outras localizações
8.650
41,37
8.940
40,51
16
Subtotal
Pele não Melanoma
Todas as Neoplasias
54.320
25.700
80.020
259,72
122,88
382,61
50.150
22.030
72.180
227,26
99,83
327,09
* Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10.
FONTE: INCA 2014.
A RRAS 7 é constituída por duas DRSs, sendo a DRS IV – Baixada Santista composta
por 9 municípios e DRS XII – Registro composta por 15 municípios, totalizando uma
população de 1.937.702 habitantes, conforme figura 2 abaixo.
Figura 2. Mapa da RRAS 7.
Fonte: SES/SP
As duas regiões possuem contrastes importantes: os municípios da área de abrangência
do DRS IV possuem alta densidade demográfica, grandes aglomerados urbanos que
quadriplicam durante o período do verão e com uma economia crescente; já os municípios da
DRS XII, possuem baixa densidade demográfica, características geográficas que propiciam o
isolamento territorial com grande extensão de área rural e de preservação ambiental que
inibem o crescimento econômico. Esses contrastes representam um desafio quando se trata de
planejar e ofertar uma assistência à saúde equânime e integral (SES/DRS IV e DRS XII,
2015).
17
Para a RRAS 7 a estimativa é de um total de 4.777 casos novos de câncer na RRAS 7,
não considerando os casos de pele não melanoma, sendo 4.108 casos novos na área de
abrangência do DRS IV - Baixada Santista e 668 na área de abrangência do DRS XII –
Registro, excluindo as neoplasias de pele não melanoma, conforme tabela 3 (SES/DRS IV e
DRS XII, 2015).
Quadro 3. Estimativa de casos novos de câncer na RRAS 7.
Total
de
casos
Localização Primária
novos
da Neoplasia Maligna
Taxa
Taxa
Taxa
Taxa RRAS
Casos Bruta Casos Bruta Casos Bruta Casos Bruta
7
Próstata
691 85,24
117 84,96
808
Mama Feminina
646 73,21
100
0,73
746
Colo de Útero
75
8,53
12
8,8
87
Traqueia, Brônquio e
Pulmão
160 19,75 107 12,18
27
19,6
17
12,46
311
Cólon e Reto
214
26,4
241 27,38
36
26,14
37
27,13
528
Estômago
133 16,42
76
8,6
23
16,7
12
8,8
244
Cavidade Oral
134 16,49
42
4,74
23
16,7
6
4,4
205
Laringe
82
10,15
5
0,53
14
19,16
1
0,73
102
Bexiga
90
11,07
24
2,71
15
10,89
4
2,93
133
Esôfago
72
8,88
19
2,19
12
8,71
3
2,2
106
Ovário
62
7,03
10
7,33
72
Linfoma de Hodgkin
12
1,52
10
1,17
2
1,45
2
1,46
26
Linfoma não Hodgkin 55
6,73
65
7,42
9
6,53
10
7,33
139
Glândula Tireoide
4
0,46
73
8,32
1
0,72
11
8,06
89
Sistema Nervoso
Central
46
5,69
43
4,83
8
5,8
7
5,13
104
Leucemias
46
5,63
41
4,69
8
5,8
6
4,4
101
Corpo do Útero
76
8,6
12
8,8
88
Pele Melanoma
32
3,97
40
4,59
5
3,63
6
4,4
83
Outras localizações
335 41,37 357 40,51
57
41,39
55
40,33
804
Subtotal
2.106 259,77 2.002 227,23 357 268,18 311 155,42 4.776
Pele não Melanoma
996 122,88 880 99,83 169 122,72 136 99,73 2.181
Todas as Neoplasias 3.102 382,65 2.882 327,06 526 390,9 447 255,15 6.957
Estimativa de Casos Novos - RRAS 7
DRS IV - Baixada Santista
DRS XII - Registro
Homens
Mulheres
Homens
Mulheres
Fonte: Plano da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas – RRAS 7
18
2.2 REDE DE ONCOLOGIA
De acordo com Kuschnir (2014) rede constitui-se num conjunto de unidades de
diferentes perfis e funções, organizadas de forma articulada, responsáveis pela provisão
integral de serviços de saúde à população de sua região. Para uma rede seja efetiva, três
questões são centrais: cobertura, ou seja, a oferta de ações e serviços deve ser suficiente para
atender à maior parte das necessidades de saúde da população da região, incluídas as
relacionadas a serviços de maior complexidade; responsabilização conjunta pela atenção ao
usuário; coordenação assistencial, composta tanto pela articulação entre níveis assistenciais
quanto pelos mecanismos de gestão clínica.
De acordo com Santos (2011) a rede de atenção oncológica foi criada pelo Ministério
da Saúde tendo como objetivos a geração, disseminação, articulação e implantação de
políticas e ações de atenção oncológica, devendo compreender projetos, instituições e pessoas
interessadas na viabilização de estratégias de âmbito nacional, regional ou local que venham a
contribuir para a consolidação de um sistema de saúde equitativo e eficaz.
Segundo o INCA o câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que
têm em comum o crescimento desordenado de células que se dividem rapidamente e que
invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se por outras regiões do corpo, e tendem a ser
muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores ou neoplasias
malignas. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo
(BRASIL, 2014).
Em 2005, foi lançada a Política Nacional de Atenção Oncológica que passou a tratar o
câncer como um problema de saúde pública, conforme orientação da Organização Mundial da
Saúde – OMS. O objetivo era focar no diagnóstico precoce e na prevenção, ao invés de se
concentrar no tratamento das fases mais avançadas (BRASIL, 2013).
Em novembro de 2012 foi sancionada a Lei nº 12.732, que dispõe sobre o primeiro
tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo de sessenta
dias para o seu início, após o diagnóstico. Esta Lei entrou em vigor em maio de 2013
(BRASIL, 2012).
19
Em fevereiro de 2013, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 252, de 19 de
fevereiro de 2013, que instituiu a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças
Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS . A Portaria nº 874, de 16 de maio de
2013, instituiu a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção
à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS
(BRASIL, 2013).
A Portaria nº 140, de 27 de fevereiro de 2014, redefiniu os critérios e parâmetros para
organização, planejamento, monitoramento, controle e avaliação dos estabelecimentos de
saúde habilitados na atenção especializada em oncologia e define as condições estruturais, de
funcionamento e de recursos humanos para a habilitação destes estabelecimentos no âmbito
do Sistema Único de Saúde - SUS. Em 01 de abril de 2014 foi editada a Portaria nº 483, que
redefiniu a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do
Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece diretrizes para a organização das suas linhas de
cuidado, entre elas a oncologia. Esta Portaria trouxe mudanças no modelo de atenção à saúde
e a qualificação da atenção integral às pessoas com doenças crônicas. Ela revoga a Portaria nº
252 e trata dos princípios da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas
(BRASIL, 2014).
De acordo com o Ministério da Saúde, no ano de 2014, o Brasil tinha 280 pontos de
atenção habilitados em oncologia, sendo 10 na Região Norte, 51 na Região Nordeste, 20 na
Região Centro-Oeste, 135 na Região Sudeste e 64 na Região Sul.
O Governo do Estado de São Paulo com o objetivo de estabelecer critérios técnicos e
científicos para orientar a Rede de Atenção Oncológica no Estado publicou a Resolução SS nº
91/2011, em setembro de 2011, que instituiu o Comitê Estadual de Referência em Oncologia
(SES, 2011).
Segundo Madi (2014), em março de 2012 foi publicado o Plano de Atenção
Oncológica do Estado de São Paulo.
Atualmente o Estado de São Paulo conta com 96 serviços habilitados em oncologia,
conforme demonstrado na Tabela 4.
20
Quadro 4. Quantidade Estabelecimentos Habilitados por Região de Saúde (CIR) e
Habilitação, Setembro de 2015
U
Unacon Unacon
N
Serviço
Unacon com Unacon com com
exclusiva
Região de Saúde
A
isolado
Serviço de Serviço de Serviço de
de
(CIR)
C
radioterapia
radioterapia hematologia oncologia oncologia
O
pediátrica pediátrica
N
C Cacon
A
com
Hospital
C Serviço geral com
O
de
cirurgia
N oncologia oncológica
pediátrica
Alto do Tietê
-
1
-
1
-
-
-
-
1
Mananciais
-
-
-
-
-
-
-
-
1
Grande ABC
1
2
1
-
1
-
-
-
2
São Paulo
-
3
2
2
1
2
3
4
2
Central do DRS II
Central do DRS
III
Coração do DRS
III
-
-
1
1
-
-
-
-
-
-
-
1
1
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
Baixada Santista
-
1
1
-
1
-
-
1
-
Norte - Barretos
Vale
do
Jurumirim
-
-
-
-
-
-
-
1
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
Bauru
-
-
1
1
1
-
-
-
-
Polo Cuesta
-
-
1
1
1
-
-
-
-
Jaú
-
-
-
-
-
-
-
1
-
Bragança
Reg
Metro
Campinas
-
-
-
-
1
-
-
-
-
-
-
2
1
-
1
1
-
-
Jundiaí
-
-
1
1
1
-
-
-
-
Três Colinas
-
-
-
-
-
-
-
1
-
Assis
-
1
-
-
-
-
-
-
-
Marília
-
-
-
1
1
-
-
1
-
Tupã
-
1
-
-
-
-
-
-
-
Araras
-
1
-
-
-
-
-
-
-
Limeira
-
-
1
-
-
-
-
-
-
Piracicaba
-
-
2
1
-
-
-
-
-
Rio Claro
-
1
-
-
-
-
-
-
-
Alta Sorocabana
1
1
1
2
1
-
-
-
-
Vale do Ribeira
-
1
-
-
-
-
-
-
-
Aquífero Guarani
-
-
-
-
1
-
1
1
-
Baixa Mogiana
-
1
-
-
-
-
-
-
-
Mantiqueira
-
-
1
-
-
-
-
-
-
Catanduva
São José do Rio
Preto
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1
1
-
1
-
-
Sorocaba
Alto Vale
Paraíba
-
-
1
1
-
1
-
-
-
1
2
-
1
-
1
-
-
-
do
21
Circ.
da
Fé/V.Histórico
V. Paraíba-Reg.
Serrana
Total
-
-
1
-
-
-
-
-
-
-
-
1
1
-
-
-
-
-
3
18
20
17
11
5
6
10
6
Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde d Brasil - CNES
2.3 REDE HEBE CAMARGO DE COMBATE AO CÂNCER
De acordo com Oliveira (2013) o Estado de São Paulo apresenta um sistema
fragmentado de atenção à saúde, que se organiza através de um conjunto de hospitais
habilitados em tratamento oncológico, porém isolados, e que, consequentemente, possuem
dificuldades de realizar as contra-referências necessárias para a manutenção de vagas para
atendimento dos novos casos de câncer que incidem sobre a população. Com a publicação da
Lei 12.732, que fixa o prazo máximo para o início do tratamento do câncer no SUS em 60
dias, tornou-se mais evidente a necessidade de se criar uma estrutura de regulação para
garantir o acesso dos pacientes oncológicos às estruturas de saúde nos prazos adequados.
Esses fatores aliados aos estudos iniciados pelo ICESP e dado prosseguimento pelo
Comitê Estadual de Referência em Oncologia deram origem a Rede Hebe Camargo.
Para criar esta Rede foi necessário realizar um diagnóstico da real condição do
tratamento do câncer em São Paulo. Com o diagnóstico em mãos chegou-se a conclusão que
era necessário criar um sistema de regulação inteligente que reconheceria detalhadamente a
estrutura de atendimento disponível no Estado (SES, 2011).
Com base no relatório emitido pela Secretaria Executiva do Comitê Estadual de
Referência Oncológica a Regulação passou a acontecer baseada em dados completos e
atualizados que servem de subsídios para processos decisórios, rápidos e transparentes.
Atualmente, a Regulação Oncológica é operacionalizada pela Central de Regulação de Oferta
de Serviços de Saúde (CROSS) e se dá por meio de critérios técnicos definidos nos
Protocolos para Encaminhamento de Pacientes (MADI, 2014).
22
De acordo com Madi (2014), a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer foi
inaugurada no dia 08 de março de 2013, após vários anos de trabalho e a previsão é que esta
Rede seja implantada em três fases, a primeira seria a adequação estrutural dos serviços,
depois a qualificação das unidades participantes e a terceira seria a expansão da Central de
Regulação. A fase de expansão da Central de Regulação será implantada em quatro etapas: 1º
etapa: RRAS 1 a 7, com 29 hospitais; 2º etapa: RRAS 8 a 12, com 16 hospitais; 3º etapa:
RRAS 13 a 15, com 19 hospitais e 4º etapa: RRAS 16 e 17, com 7 hospitais. A Rede é
composta por 71 instituições credenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para
tratamento do câncer no Estado de São Paulo.
Seguindo as orientações da Portaria nº 140, do Ministério da Saúde, a Rede Hebe
Camargo é composta por três tipos de serviços:
- UNACON – Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia: Prestação
de atenção especializada em oncologia, consultas e exames para acompanhamento,
diagnóstico diferencial e definitivo de câncer e tratamento por cirurgia, oncologia clínica e
cuidados paliativos relativamente aos cânceres mais prevalentes no Brasil; além disso, é
obrigatória a referência formal para radioterapia de seus usuários.
- CACON – Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia: Prestação de
atenção especializada em oncologia consultas e exames para acompanhamento, diagnóstico
diferencial e definitivo de câncer e tratamento por cirurgia, radioterapia, oncologia clínica e
cuidados paliativos relativamente a todos os tipos de câncer, incluindo os hematológicos, não
obrigatoriamente os da criança e adolescente. O estabelecimento de saúde deve possuir
condições técnicas, instalações físicas exclusivas, equipamentos e recursos humanos
adequados e realizar atenção especializada em oncologia para crianças e adolescentes.
- Hospital Geral com Cirurgia de Câncer de Complexo Hospitalar: Prestação de
assistência cirúrgica ao adulto, consultas e exames para o diagnóstico diferencial e definitivo
de câncer e tratamento cirúrgico e acompanhamento, relativamente aos cânceres mais
prevalentes no Brasil.
De acordo com a proposta de implantação da regulação oncológica do Estado de São
Paulo o fluxo do paciente na Rede Hebe Camargo funcionará da seguinte forma:
23
1º A central de regulação recebe as solicitações de atendimento via internet. Nesse
sistema será possível o acompanhamento das solicitações, aceites e justificativas de
complementações de informações médicas seja em tempo real.
2º A avaliação dos casos será feita de forma sistematizada a partir de Protocolos de
Aceite pré-pactuados por patologia. Os casos que não possuírem protocolos de aceite
(patologias raras) serão avaliados pontualmente.
3º Após a avaliação os pacientes serão encaminhados para tratamento nas referências.
4º Após término de tratamento a regulação da Rede Hebe Camargo irá marcar a
consulta de acompanhamento tardio na unidade solicitante (através de pactuação prévia) e
garantirá que o paciente iniciou seu acompanhamento na unidade de contra-referência antes
de dar baixa no Sistema.
A regulação oncológica, contemplando a integração da Rede Oncológica, em
consonância com o Plano Estadual de Saúde SES 2012-2015, prevê a implantação de um
Registro Eletrônico dos atendimentos aos pacientes oncológicos da Rede Hebe Camargo de
Combate ao Câncer. Este sistema integrativo entre os hospitais que compõe a rede trará como
vantagem: rastreabilidade dos pacientes; possibilidade de gerenciamento dos casos; avaliação
qualitativa dos serviços em relação aos protocolos estabelecidos e aos desfechos clínicos;
indicadores de tempos e intervalos de atendimento e sinalização de necessidades de ampliação
específica (por patologia); redução do número de exames repetidos (laboratório e imagem) e
possibilidade de execução de estudos clínicos multicêntricos (MADI, 2014).
Com a implantação da Rede Hebe Camargo busca-se o uso racional dos recursos da
saúde com o objetivo de assegurar o tratamento mais adequado para cada paciente, o mais
próximo de sua casa possível.
24
3
OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Descrever o Programa Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, criado no estado
de São Paulo.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-
Relatar o histórico de implantação da rede;
-
Descrever os fluxos utilizados por esta rede;
-
Identificar quais serviços fazem parte desta rede na RRAS 7;
-
Informar o funcionamento da regulação desta rede;
-
Descrever as dificuldades encontradas para operacionalização desta rede.
25
4 METODOLOGIA
A metodologia do presente trabalho consistiu de revisão bibliográfica referente ao
tema proposto. A revisão bibliográfica é o processo de busca, análise e descrição de um corpo
do conhecimento em busca de resposta a uma pergunta específica.
Foram realizadas busca em sites como: Lilacs, Scielo e Google, usando os descritores:
Rede Hebe Camargo, regulação, câncer e rede de oncologia.
Além desses sites também foram realizadas pesquisas sobre o tema em sites da
Secretaria de Estado de São Paulo e Ministério da Saúde.
26
5 RESULTADOS
A previsão era de que a Rede Hebe Camargo fosse implantada na RRAS 1 a 7, mas
devido a sua complexidade, neste primeiro momento ela foi implantada como um projeto
piloto apenas nas RRAS 1 e RRAS 7. A RRAS 1 é a Região do Grande ABC, faz parte do
DRS 1, compreende 7 municípios e possui uma população de 2.551.328 habitantes. Já a
RRAS 7 é formada pelos DRS IV e DRS XII, possui 24 municípios e uma população de
1.937.702 habitantes.
A Regulação da Rede Hebe Camargo é operacionalizada pela Central de Regulação de
Oferta de Serviços de Saúde (CROSS), que segue protocolos que definem quais as condições
e informações necessárias para encaminhamento de um paciente. Baseados nesses dados, os
técnicos da CROSS foram capacitados para poderem reconhecer as condições de cada caso e
encaminhar ao serviço mais qualificado para dar continuidade à assistência.
O paciente para ser inserido na Rede Hebe Camargo deve ter o diagnóstico realizado
nas unidades de saúde do seu município. A confirmação do diagnóstico deve ser feita por
meio de exame anatomopatológico obtido por biópsia ou procedimento cirúrgico e, para
alguns tipos específicos de tumor com alta suspeita clínica foram criadas regras especiais que
permitem o acesso a Rede com exames de imagem e laboratoriais, que estão descritos no
protocolo de encaminhamento (Anexo).
Devido à falta de SADTs nos 15 municípios abrangidos pelo DRS XII, a quantidade
de diagnósticos realizados pela Atenção Básica é pequena. O paciente com suspeita de câncer
atendido pela Atenção Básica é encaminhado para confirmar o diagnóstico no Ambulatório
Médico de Especialidades - AME, Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua - HRLB ou
Hospital São João. Após confirmar o diagnóstico esses serviços inserem o paciente na Rede
Hebe Camargo. Nos casos em que a Atenção Básica realiza o diagnóstico eles são
responsáveis pela inserção do paciente na Rede.
Segundo o ICESP, também, estão previstos protocolos de rastreamento, que consiste
formulação de diretrizes para que o diagnóstico do câncer seja realizado o mais precocemente
possível. O objetivo é que as instituições sigam o mesmo protocolo de detecção da doença.
Nesse material, estão presentes três tipos de câncer com indicação de rastreamento: colorretal,
mama e colo de útero. Isso porque esses tumores são os mais prevalentes na população e têm
cientificamente comprovado, ganho de sobrevida se diagnosticado precocemente.
27
De acordo com os protocolos é necessário seguir uma sequência de procedimentos
para que o processo seja eficiente, sendo eles:
 Identificação
 Avaliação
do paciente, seu diagnóstico e condições clínicas;
das necessidades imediatas e recursos provavelmente necessários para seu
tratamento;
 Identificação
das unidades de serviço capacitadas para realizar o tratamento e
avaliação quanto à distância da residência do paciente;
 Reconhecimento
de vagas disponíveis nas unidades mais qualificadas para o
tratamento;
 Agendamento
de consulta / solicitação de vaga;
 Comunicação
à unidade solicitante / paciente.
A seleção da unidade da Rede que deverá receber o paciente segue critérios técnicos
claros e objetivos, perfil do usuário e características da instituição – já validados por todos os
hospitais que integram a Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer.
Embora já exista um sistema, Registro de Câncer de Base Hospitalar – RHC, que tem
como uma de suas finalidades contribuir para a melhoria da assistência prestada ao paciente
através do planejamento institucional, como base no perfil epidemiológico da clientela, ele
não é alimentado corretamente. Como a Rede Hebe Camargo uma das exigências para se
inserir o paciente na Rede é o preenchimento do RHC e o uso de CID.
A regulação do acesso à assistência é uma das faces do SUS e está diretamente ligada
a descentralização. Atua ao mesmo tempo otimizando os recursos assistenciais disponíveis e
na busca para garantir a melhor alternativa assistencial em face das necessidades de atenção e
assistência à saúde, desde o acesso aos meios para realizar o diagnóstico até a adoção da
alternativa terapêutica adequada. O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno, no caso do
câncer, são fundamentais para uma ação de saúde eficaz e a regulação tem papel importante
com impacto na sobrevida e na qualidade de vida do paciente.
Com a implantação da regulação, os usuários do SUS conseguem a garantia de um
atendimento com mais equidade no acesso e este é o principal objetivo da Rede Hebe
28
Camargo no estado de São Paulo. O Comitê Estadual de Referência em Oncologia é
responsável pela idealização e implementação de projetos para operacionalizar de forma
criteriosa a Regulação Oncológica no estado.
Com o Plano de Oncologia da RRAS 7 e a implantação da Rede Hebe Camargo foram
definidas as referências hospitalares dentro da Região e fora dela, conforme tabelas 5 e 6.
Conforme demonstra o Quadro 5 a RRAS 7 possui cinco hospitais que estão inseridos
na Rede Hebe Camargo e são referências para o atendimento ao paciente diagnostica com
câncer na região. Desses hospitais quatro pertencem ao DRS IV e um ao DRS XII. Os
pacientes da RRAS 7 que forem diagnosticados com câncer dos grupos de ossos e tecidos
moles, plásticas e casos que necessitem de reconstrução de cirurgia cabeça e pescoço serão
encaminhados para RRAS1.
Os pacientes que estão na área de abrangência do DRS XII serão encaminhados para o
DRS IV em casos de pulmão e brônquio, sistema nervoso central e medula espinhal,
oftalmologia, onco pediatria, dermatologia, hematologia e mama (somente para reconstrução).
29
Quadro 5. Referências Oncológicas Clínica e Cirúrgicas na RRAS 7
Ginecologia
Hospitais
Gestão
Urologia
Beneficência
Portuguesa
Municipal
Hosp. Santo
Amaro
Municipal
Santa Casa
de Santos
Municipal
Itanhaém/
Monguaguá/
Peruíbe/ P.
Grande/
Santos/ S.
Vicente
Itanhaém/
Monguaguá/
Peruíbe/ P.
Grande/
Santos/ S.
Vicente
Hosp. Reg.
Dr. Leopoldo
Bevilacqua HRLB
Estadual
Útero
Bertioga /
Cubatão /
Guarujá
Ovário
Bertioga /
Cubatão /
Guarujá
Mama
Santos/
Itanhaém/
Peruíbe
Bertioga /
Cubatão /
Guarujá/
DRS XII somente
reconstrução
DRS XII (sem
reconstrução)
Santos/ S.
Vicente
Bertioga/
Cubatão/
Guarujá
DRS XII
Próstata
Cir. Aparelho Digestivo
Hosp.
Guilherme
Álvaro
Estadual
Bexiga, Rim,
Pênis,
Testículo
Mongaguá/
P. Grande /
S. Vicente
Itanhaém/
Mongaguá/
Peruíbe/ P.
Grande
Cubatão/
Mongaguá/
Itanhaém/
Peruíbe/
Guarujá
Esôfago,
Estômago,
Pâncreas,
Fígado,
Intestino,
Ânus
Cubatão/
Mongaguá/
Itanhaém/
Peruíbe/
Guarujá
Santos
Colorretal
Itanhaém/
Mongaguá/
Peruíbe
S. Vicente
Bertioga/
Cubatão/
Guarujá
DRS XII
DRS XII
Bertioga/
Santos/ Praia
Grande/ S.
Vicente
DRS XII
Bertioga/
Praia
Grande/ S.
Vicente
DRS XII
Praia
Grande/
Santos
DRS XII
Onco Pediatria
Neuro
Ortopedia Cir. Torácica Cir. Cab. e Pescoço
30
Cav. Oral,
Hipofaringe,
Orofaringe,
Cav. Nasal,
Nasofaringe,
Tireoide
DRS IV
Reconstrução
Pulmão e
Brônquio
Guarujá/ S.
Vicente/
Bertioga/
DRS XII
Cubatão/
Mongaguá/
Itanhaém/
Peruíbe
Praia
Grande/
Santos
Referencia para a RRAS 1
Sist. Nervos
Central e
Medula
Espinhal
Itanhaém/
Mongaguá/
Peruíbe/ S.
Vicente
Oftalmo
Plástica
Referencia para a RRAS 1
Cirurgias:
Neuro,
Oftalmo,
hematologia
Hematologia
DRS XII
Referencia para a RRAS 1
Ossos e
Tecidos Moles
Derma
DRS IV
Bertioga/
Guarujá/ P.
Grande/
Santos/
Cubatão/
DRS XII
RRAS 7
RRAS 7
RRAS 7
Bertioga/
Guarujá/
Itanhaém/
Mongaguá/
Peruíbe/ S.
Vicente
Cubatão/
Praia
Grande/
Santos/ DRS
XII
Fonte: Plano da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas – RRAS 7
O Quadro 6 mostra a quantidade de pacientes que são atendidos atualmente na RRAS
1, a quantidade de casos novos previstos e a quantidade desses casos novos que serão
encaminhados a partir de 16/04/2015 para a RRAS 1. Foi pactuado cm a RRAS 1 que a
RRAS 7 terá 12 vagas para casos de câncer do grupo de ossos e tecidos moles, sendo 8 para o
DRS IV e 4 para o DRS XII, e 76 vagas para o grupo de pele e cirurgia plástica, sendo 73
vagas para o DRS IV e 3 para o DRS XII.
31
Os demais casos que eram encaminhados para a RRAS 1 serão atendidos nos hospitais
da RRAS 7.
Quadro 6. Referências inter RRAS.
DRS de
DRS de
Ocorrência Residência
VI
RRAS 1
XII
Grupo
Cabeça e pescoço
Ginecologia
Ossos e partes moles
Pele e Cirurgia Plástica
Sistema linfático
Urologia
Total
Cabeça e pescoço
Cirurgia Torácica
Quantidade
Soma de
Soma de
de casos
quantidade quantidade
novos
existente
de casos pactuados
novos
16/04/2015
12
0
24
4
8
8
23
30
73
4
59
114
50
81
6
6
0
0
38
0
Esôfago-gastro duodenal e
vísceras anexas e outros
órgãos intra-abdominais
Iodoterapia
Mastologia
Oncologia Pediatrica
Ossos e partes moles
Pele e Cirurgia Plástica
Sistema linfático
Hematologia
Neurocirurgia
Oftalmologia
Total
5
2
5
25
0
3
2
0
2
0
50
5
4
5
25
4
3
2
9
4
1
106
0
0
0
0
4
3
0
0
0
0
7
Fonte: Plano da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas – RRAS 7
Como a Rede Camargo ainda é um projeto piloto, as duas RRAS que estão
trabalhando com a Rede estão enfrentando algumas dificuldades, tais como:
- Regulação dos pacientes com neoplasia benigna – a Rede Hebe Camargo neste
momento ainda não faz regulação de pacientes com neoplasias benignas. Há um perspectiva
de organização após a implantação da Rede em todo o Estado.
32
- Baixa implantação da Rede Hebe nas Redes Regionais de Atenção a Saúde - RRAS –
por ser um projeto piloto a Rede não foi implantada no Estado todo, somente nas RRAS 1 e
RRAS 7.
- Regulação dos pacientes que iniciaram o tratamento em algum serviço – Há
resistência de alguns profissionais oncologistas na adesão dos protocolos de tratamento e
encaminhamento. O serviço referência que inicia o tratamento oncológico, seja cirúrgico,
quimioterápico ou radioterápico, é responsável pelo paciente e pelo seu tratamento, exceto em
casos de radioterapia previamente pactuados durante a construção dos Planos das RRAS. Em
casos mais complexos que necessitam de reconstrução, o paciente é novamente inserido na
Rede com relatório médico, com a solicitação de encaminhamento, para uma unidade
referência de reconstrução para aquele tipo de câncer.
- Dificuldades com o sistema CROSS/Rede Hebe Camargo – embora tenham sido
realizados diversos treinamentos com os agendadores dos municípios e com os prestadores,
porém, ainda há dificuldade em trabalhar com o sistema e de manter os agendadores treinados
na função.
- Articulação entre as especialidades e entre os serviços – há dificuldade na interrelação entre as especialidades, entre o município e os serviços de oncologia, e os serviços
que fazem parte da Rede Hebe Camargo;
- Alinhamento dos protocolos de encaminhamento da rede com os serviços de saúde
da Atenção Básica e UNACOM/CACON – embora a Rede tenha protocolos que determinam
as especificidades de encaminhamento, ainda há resistência de alguns profissionais e serviços
para utilizá-lo;
- Dificuldades dos serviços municipais de saúde em adequar aos protocolos pela falta
de oferta de SADTs – na RRAS 7, em especial na área de abrangência do DRS XII, onde os
municípios são pequenos e não possuem estrutura adequada nem serviços para realização de
diagnóstico;
- Organização do fluxo dos pacientes para formalizar o atendimento dos pacientes –
ainda existe resistência, de alguns profissionais médicos, em seguir o fluxo correto da rede;
casos de pacientes que começam a fazer tratamento em serviços da Rede Hebe Camargo sem
estarem inseridos na Rede.
33
O não atendimento dos fluxos e protocolos pode estar relacionado a não participação
dos profissionais envolvidos na elaboração dos mesmos. Para que os protocolos sejam
atendidos e os fluxos respeitados há a necessidade de uma ampla discussão com as pessoas
que farão uso deles para sejam feitos os ajustes necessários, além da necessidade da
intervenção da gestão para que os mesmos sejam cumpridos.
A contra-referência que está prevista na Rede Hebe Camargo terá que ser realizada de
maneira planejada, pois a maior dificuldade no sistema de referência e contra-referência é a
falta de confiança do especialista em devolver o paciente para Atenção Básica e da
dificuldade do médico da Atenção Básica em receber este paciente uma vez que na maioria
das vezes ele não possui a estrutura necessária para acompanhá-lo.
A Rede tem finalidade de regular os pacientes formalmente e melhorar o acesso ao
atendimento, bem como conhecer os pacientes oncológicos do Estado de SP. As dificuldades
apontadas são de conhecimento dos Interlocutores da Rede de Oncologia dos DRSs e da
Secretaria de Estado da Saúde que monitoram e avaliam a evolução da Rede Hebe Camargo,
buscando sempre dar suporte e soluções aos problemas que surgem no decorrer da
implantação e funcionamento.
34
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Rede Hebe Camargo dentro da RRAS 7 possui unidades com diferentes perfis e
funções, conforme conceito de rede, porém ainda está faltando articulação entre os serviços
para que ela ofereça atendimento integral ao paciente.
As maiores dificuldades com relação a implantação desta Rede estão ligadas as
pessoas, pois exige uma mudança cultural. O trabalho por meio de protocolos e sistemas,
padronizados e formalizados de acesso para que os pacientes com câncer tenham maior
acesso, e sejam direcionados ao serviço de saúde adequado a sua necessidade é muito
importante e deve ser implantado e amplamente discutido, com os profissionais, em todas as
instituições envolvidas.
Sugere-se que sejam realizadas capacitações com os profissionais das várias instâncias
as quais a Rede Hebe Camargo perpassa, desde aqueles que inserem o paciente no sistema até
os médicos, sejam eles da Atenção Básica ou da Rede Hospitalar, para que todos entendam
qual o objetivo e a importância da elaboração e utilização dos protocolos e fluxos
estabelecidos.
É necessário que o fluxo de referência e contra – referencia sejam publicizados, e
amplamente discutido, para que conte com encaminhamentos mais rápidos.
Para o fluxo da linha de cuidado funcionar de fato é necessário que tenha maior
comunicação entre as unidades e que a regulação facilite esse acesso, já pactuado. Para isso
mecanismos de avaliação e monitoramento são muito valorosos. E devem atuar coordenado e
organizando a linha desde a atenção básica até as várias unidades, de diferentes
complexidades abrangidas pela Rede.
,
35
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. BOMBARDA, Fátima Palmeira. Redes Regionais de Atenção à Saúde. Secretaria de
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no
âmbito
do
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Único
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(SUS).
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para
organização,
planejamento,
monitoramento,
controle
e
avaliação
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condições estruturais, de funcionamento e de recursos humanos para a habilitação destes
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8. ANEXOS
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