O câncer no peritônio, que acomente Hebe, é considerado raro

Propaganda
Hospital AC Camargo
16/08/2012
Revista VIP Brasil Online - RJ
Tópico: HOSPITAL AC CAMARGO
Editoria: -
Pg: 00:00:00
O câncer no peritônio, que acomente Hebe, é considerado raro pelos
especialistas
NÃO ASSINADO
Tanto o câncer quanto o tratamento utilizado para combatê-lo (principalmente a
quimioterapia) podem trazer como sequelas dificuldades severas na alimentação.
Principalmente em estágio avançado, o tumor “rouba” nutrientes essenciais do paciente e
frequentemente é preciso interna-lo para fazer a reposição, de forma artificial, das
substâncias perdidas.
Este procedimento é chamado de “suporte metabólico” ou “suporte nutricional” e está
sendo oferecido à apresentadora Hebe Camargo , 83 anos, internada – sem previsão de
alta – no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Desde janeiro de 2010, Hebe enfrenta um câncer no peritônio, localizado nas
membranas que revestem o intestino. Anteriormente, ela já havia sido hospitalizada por
conta de obstruções intestinais que impediam a digestão e a absorção completa dos
nutrientes contidos nos alimentos.
“Além de dificultar o processo digestivo, em alguns casos, a doença também provoca
náuseas e vômitos. Além disso, o câncer pode alterar o paladar, causando gosto
metalizado na boca e intolerância aos sabores doces”, explica nutricionista especializada
em oncologia do Hospital A.C Camargo, Thais Manfrinato Miola.
“Tudo isso dificulta a alimentação e, em alguns casos, provoca desnutrição. Em quadros
mais avançados, é preciso internar o paciente para fazer o suporte metabólico. As
substâncias oferecidas ao corpo de forma artificial (ou pela veia ou pelo nariz) são
definidas de acordo com as necessidades de energia individuais. É preciso não
comprometer o intestino, caso haja alguma obstrução, mas garantir que os nutrientes
cheguem à circulação sanguínea do paciente”, completa a especialista.
Segundo explica o oncologista da rede Oncomed, Leandro Ramos, o suporte nutricional
é necessário, especialmente, em estágios avançados da doença.
“É o momento em que o câncer deixa de ser o foco do tratamento e os médicos se
empenham em tratar do paciente em si”, diz ele.
A nutricionista Thais reforça que a alimentação é peça chave na recuperação do doente
de câncer, pois reforça o sistema de defesa do organismo. A alimentação artificial,
apesar de necessária, só é permanente em casos extremos.
“Normalmente, o suporte nutricional é provisório e pode ser até complementar à
alimentação normal. Após a reposição de nutrientes, o paciente volta a se alimentar de
forma gradativa, começando pelos líquidos, seguindo para os pastosos e finalmente
voltando às comidas sólidas.”
. A incidência desta doença no País é de 5 casos para cada 100 mil habitantes. Para
efeitos de comparação, a taxa de câncer de mama no Brasil é de 52 casos a cada 100
mil pessoas, ou seja, dez vezes mais recorrente.
Download