O plano real e a globalização dos donos do mundo

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O plano
real e a
globalização
dos donos do
mundo
A política do
entreguismo
José Carlos Sanches
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ÍNDICE
BOOKMARK
INTRODUÇÃO
O PLANO REAL
ÀS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES
O PLANO REAL E ULISSES GUIMARÃES
MINISTRO RUBENS RICÚPERO
APÓS AS ELEIÇÕES
AS ELEIÇÕES DO SEGUNDO MANDATO
ONDE COMEÇOU O PLANO REAL
ERMÍRIO DE MORAES, DELFIM NETTO E JÔ SOARES
MOEDA FORTE
O SUBEMPREGO E A VALE DO RIO DOCE
MARGARETH THATCHER, DIFERENTE DE TONY BLAIR
A POUPANÇA INTERNA E OS BANCOS
AS VIAGENS DE FCH E COLLOR E A ISONOMIA SALARIAL
AS NOVAS GERAÇÕES
A REVOLUÇÃO FRANCESA
O SUBSÍDIO AGRÍCOLA, AS 530 MEDIDAS PROVISÓRIAS DE FHC
E A ECO-92
OS MAGNATAS DA WALL STREET
A BUROCRACIA
MINISTROS JOSÉ SERRA E SÉRGIO MOTTA
A CIÊNCIA, A EXPLOSÃO EM ALCÂNTARA E A OAB
CRESCIMENTO DA ECONOMIA E AS MULTINACIONAIS
JOVENS NÃO EMPREENDEDORES E A ESPERANÇA
LULA
RENDA, DIVISÃO DE BENS DE CAPITAL E A POBREZA
DILMA ROUSSEFF
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JUSCELINO KUBISTCHEK E O FARAÓ AKHENATON
JOHN KENNEDY, BILL CLINTON E BARACK OBAMA
A LEI DE COLARINHO BRANCO E O MAU EXEMPLO
O PROTECIONISMO E OS PARAÍSOS FISCAIS
A U.E., O MERCOSUL E CRISTINA KIRCHNER
A HORA É CHEGADA
INTRODUÇÃO
A ambição desmedida dos poderosos da Terra impera
largamente na globalização, como um componente denso
da personalidade humana. A ciência e a tecnologia falham
na tarefa de fazerem felizes os seres humanos. Em pleno
século XXI, o homem não varreu de si o egoísmo e o
orgulho, duas chagas que lhe trouxe grandes angústias à
sua alma. Não cuidou do seu lado transcendental como era
de se esperar, não poucos corrompendo por todos os
cantos do planeta, numa ganância revestida de hipocrisia,
apenas no intuito de amealhar divisas para si, com
prosperidade individual de dominação material e egoística,
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insensata e perversa. E, justamente os países mais ricos e
com maior cota de tecnologia, que poderiam dar bons
exemplos de justiça na vivência do dia a dia, donde
provem o problema de maior relevância, por
menosprezarem e prejudicarem os mais fracos, com
relação à economia, à ciência, à educação e etc. Ao invés
de socorrer os aflitos em suas acerbas dores, levando-lhes
conhecimento e apoio, através de escolas e atitudes
fraternas, saquearam suas divisas com manobras espúrias
e de tapeações covardes, maquiando índices e coeficientes
econômicos e administrativos em torno de todo o planeta.
A ingenuidade das massas coletivas planetária inspirou
uma globalização, que resultaria numa zona de conforto
norteada pelo principio da fraternidade, onde haveria de se
ter compreensão dos valores éticos e morais.
Vislumbrando um mundo livre da opressão e longe da
corrupção, a humanidade fez suas contas no relógio do
tempo esperando ansiosamente esse dia chegar. Mas,
ludibriada pelos donos do mundo, ela mira seus sonhos
cada dia mais distantes, difícil de ser realizado, e chora no
Paul do trabalho árduo, a fim de não perder o encanto das
promessas do princípio, esperançosa de que o resultado
seja revertido. Ultimamente, é que estão abrindo os olhos.
Quem tem olhos de ver que veja.
E o Brasil, embora o avanço realizado na economia
deixa muito a desejar, com uma péssima distribuição de
renda, governos corruptos, políticos embriagados do poder
e uma gama de funcionários públicos dos escalões mais
altos sem responsabilidade em suas funções, que deveriam
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honrar, principalmente no poder judiciário, só se salvando
uma parca presença de homens honestos e incorruptos.
A corrupção tem contaminado uma larga escala de
órgãos do governo.
Com o fruto de detidas e criteriosas observações,
discorremos neste livro como foi o plano real e as suas
consequências. Por que as empresas estrangeiras se
sobreporão às nossas, tragando quase todo o parque
industrial brasileiro, na sua voraz ganância e a preços
módicos, em sua maior parte dos investimentos com
dinheiro do BNDES. E, além disso, impondo um cabresto
na consciência do povo brasileiro, para que não ousassem
ver mais longe, e não reagisse a tempo de eles
abocanharem tudo, na globalização dos poderosos.
A temática da economia é de difícil análise... A
economia mundial é uma engenharia de tessitura
complicadíssima, que envolve uma série de fatores
adversos uns dos outros, mas que estão profundamente
entrelaçados, numa multidão de forças intrínsecas, quais
sejam as sociais, as políticas, os interesses, os climáticos,
os ambientais, etc, e, preponderantemente, o jogo
dramático que os cartéis empresariais e governamentais
exercem sobre eles. A história nem sempre revela a
realidade de fatos passados em se tratando de economia,
porque muitos deles foram sorrateiramente amoitados, a
fim de que as multidões das populações não tivessem
acesso à realidade efetiva do que se passou,
verdadeiramente. Cada governo fez da história aquilo que
lhe aprouve, pois estavam no comando da barca das
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Nações, principalmente, os ditadores e corruptos,
manipulando as informações escritas no palco da natureza
das coisas a favor deles próprios. Realizaram atos de
interesses nefandos, que a população não ficou a par. Pior,
baralharam as informações a fim de confundir mais ainda.
Mesclaram ridicularmente a verdade e a mentira,
dispersando um nevoeiro caótico, que as coletividades não
conseguem discernir, poluindo, com dinheiro, os
mananciais envenenados da propaganda organizada com
tendenciosidade, máxime quando o escopo é a corrupção e
a vassalagem das multidões. Portanto, baseado nesse
comenos, extrair assuntos de economia com o fito da
matemática, não funciona, necessitando a quem quer que
seja entendê-la, vasculhar o território escuro das atitudes
desses governos, buscando decifrar e desemaranhá-las.
O pulsante capitalismo selvagem dos anos 70,
comparado ao de hoje em dia, perde de longe. Era menos
agressivo em termos de ambição desmedida, assim como
os homens de priscas eras, com todo atraso evolutivo e o
travo da ignorância, se distanciam largamente do
imperialismo dos romanos, de quando invadiam países
estrangeiros, matando e sacando famílias inteiras e seus
governantes, os transformando em seus escravos, com o
único objetivo de dominar pela força e prepotência. Hoje,
o domínio dos donos do mundo, que até agora pouco
usava até a violência se necessário, não precisam mais
desse recurso, pois contam com uma arma mais
sofisticada, o artifício da máscara da hipocrisia bem
elaborada, e sabem muito bem o que querem, a fim de
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colimar nos seus objetivos de dominação, tanto dos
recursos como das mentes das massas, manipulando,
principalmente os meios de comunicação, direta ou
indiretamente em suas mãos. Quanto às massas, eles
amolecem seus miolos com a oferta de direitos e mais
direitos, e para atingir suas metas, influenciam
governantes de todos os cantos do planeta, através de
pessoas arregimentadas em seus círculos e departamentos,
numa teia complexa e sombria de difícil decodificação, a
quem se interesse a uma análise mais detalhada.
Se dirigentes e magnatas gastassem com a saúde e
instrução dos pobres, as energias e os cabedais que
consomem na defesa de posições inconfessáveis, as
comunidades já estariam transformadas e felizes.
O dever dos indivíduos mentalmente válidos é a
observância das exigências indispensáveis ao bem
comum. Se todos cumprirem a função harmônica que lhes
cabe na engrenagem social, razoável felicidade sobressairá
com lídima conquista do patrimônio coletivo.
Licurgo, governante da antiga Esparta, foi se abeberar
do largo conhecimento em assuntos espirituais desde
tempos remotos, na Índia védica e no Egito faraônico da
iniciação, fascinado pelas notícias ventiladas mundo afora,
sobre as duas nações fartas de entendimento superior
sobre a vida. Mas, quando retorna da longa viagem, para a
época, transforma seu país num campo de treinamento aos
soldados de seus exércitos, e no decorrer dos anos
seguintes invade e subjuga a Grécia e toda a mesopotâmia
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por longos anos. O conhecimento adquirido, que poderia
ser utilizado para a renovação e construção de uma nação
melhor, foi posto a favor do egoísmo amparado na
brutalidade. Mas, o Senhor introduz no palco daquela
história a inteligência e coragem de Epaminondas, que,
reunindo as últimas forças da Grécia, expulsa com
heroísmo a belicosidade do autocrata Licurgo, acabando
com o jugo indébito dos Espartanos sobre sua Nação. E,
no decurso de poucos séculos a Esparta é varrida do mapa
pelo Pomicultor divino, como uma planta daninha
arrancada, urgentemente, antes de prejudicar o canteiro,
para nunca mais surgir.
O que está por vir em termos políticos ao Brasil, não é
nada animador! Com o défict público crescente e sem que
o povo se de conta disso, até porque não temos cultura
para fiscalizar nossos governantes, a dívida interna
chegará a um patamar assustador. E, justo agora que o PT
assumiu o poder, tentando implantar um comunismo
disfarçado no seio da Nação, aí, sim, em meio ao povo
brasileiro terá que surgir homens corajosos,
principalmente, na política, a fim de enfrentar o dragão
enrustido de mais um salvador da pátria, mas que trará
drásticas mudanças no sistema econômico e nos costumes
sociais no país, trazendo preocupações acompanhadas de
sofrimento no longo prazo.
Não podemos confundir povo pacífico com povo
medroso e acomodado, e deixar tudo como está,
permitindo que nossa Nação seja transbordada de leis
infames, vendo à frente dos nossos olhos o calhau da
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corrupção, absurda. Os povos lá fora ainda não conseguem
ser fraternos, e o Brasil pode sem o querer entrar nessa
onda, pois o comunismo é bem pior que o capitalismo no
sentido da materialidade. Na pior das hipóteses, enquanto
não inventarmos uma política genuinamente brasileira,
baseada em referências espirituais de que somos a pátria
espiritual do mundo, e moldar uma administração fraterna
aos mais fracos economicamente, é melhor ter uma
política de entreguismo voltada ao Ocidente, do que
introduzir o comunismo em nossa Nação, nos conduzindo
a caminhos tortuosos de uma nova Cuba. Aliás, foi com o
surgimento de revoltas nascidas em meio ao povo, pelo
tratamento de relaxo com a Nação dos governos de
Sarney, Collor e Fernando Henrique, que se levou, de
roldão, milhões de eleitores a votar no Lula. Este sim, com
propostas calcadas em fantasias de uma economia pautada
no menos esforço e promessas falaciosas, acabou por
naufragar o Brasil em uma crise econômica profunda e
vista apenas nos anos de 1901. Com a associação nefasta
ao Foro de São Paulo, fundado pelo Lula e Fidel Castro,
em 1990, de objetivos nefandos para se perpetuarem no
poder, o país foi à bancarrota.
O PLANO REAL
No final de 1993, o então presidente da República do
Brasil Itamar Franco, que substituiu o ex-presidente
Fernando Collor, deposto por um impeachment votado em
sessão aberta no congresso nacional, em 1992, empoçou
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no cargo de ministro da fazenda Fernando Henrique
Cardoso. No dia da posse este prometeu em seu notável
discurso em âmbito nacional, peremptório, que não seria
candidato à presidência da República, assumindo o
compromisso de uma política voltada em prol do Brasil e
não com interesses pessoais, afirmando que não seria
candidato a candidato. Assim elucidou sua fala a milhões
de brasileiros telespectadores da mídia, enfatizando em
sanear os problemas decorrentes no contexto socialpolítico-econômino do país, naquilo que fosse preciso.
Em 1994, elaborou um plano econômico a fim de
extirpar da ciranda financeira, a alta inflação enraizada em
nossa economia com surtos inflacionários da década de
80, que a princípio não teve nenhuma diretriz, fundamento
ou projeto, a não ser a mudança do valor de nossa moeda,
que para tanto, sem um nome definitivo, foi batizada de
URV (Unidade Relativa de Valores). Esta nova e fictícia
moeda, a URV, que levava o nome anteriormente de
cruzeiro, foi convergida através de um parâmetro de
unidade à moeda dos USA (Estados Unidos da América),
o dólar, tornando, simultaneamente, o câmbio financeiro
de flutuante para fixo (câmbio fixo), numa paridade em 1
por 1 com relação ao dito dólar. Nessa época, o nosso
cruzeiro tinha um valor de 2.700 por 1 dólar. Ancorou-se a
nossa moeda com o dólar. É como se soldasse um carro
motor mil, um gol, por exemplo, a um possante carro da
Mercedes Benz, e colocasse ambos para andar juntos,
certamente o gol não iria aguentar e se despedaçaria, caso
não tivesse ajustes constantes.
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Ora, no Congresso carecia um consenso da maioria dos
seus integrantes a novos planos econômicos, já que o
Brasil sofrera desgaste político e quase um colapso
financeiro advindos de dois deles: os planos cruzado e
collor. No plano cruzado devido à queda do ativo da
maioria das empresas de grande, médio e pequeno porte e
baixa no nível de estoque em toda a cadeia de produção,
tanto nas indústrias como na pecuária e agricultura, por
escassez de matéria prima. No plano Collor devido à falta
de liquidez econômica no macro e no micro, pois as
empresas ficaram à mercê apenas do montante financeiro
volátil do mercado, apesar deste ter sofrido com o plano e
ficar num patamar minguado de recursos em sua ciranda,
sem poderem buscar soluções na ciranda financeira dos
bancos, na qual ofereciam recursos com juros altos. Mas,
as medidas do ministro precisavam do aval do Congresso,
a fim de se tornarem efetivas e em forma de lei. Tais
manobras do ministro se verificavam justamente a um ano
mais ou menos das eleições presidenciais.
Então, havia pairado no ar algo de suspeito!
Devido a isso, os congressistas solicitaram ao ministro,
que fizesse uma explanação perante o Congresso das
condições e o porquê da mudança da moeda, já que na
visão deles aquele plano nascia destituído de um amplo
projeto, da qual o país realmente necessitava, o que não
havia acontecido com os anteriores, o cruzado e o collor.
Mas, este se esquivou usando de subterfúgio perante a
mídia, de que os congressistas estavam contra sua
idealização, dando a entender ao povo brasileiro que eles
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não eram patriotas, já que o plano real salvaria o Brasil de
uma inflação galopante e aterradora, mimetizando uma
situação que na realidade não era outra senão o déficit
público (despesas públicas); ressaltando, que o expresidente Fernando Collor recém havia bancado a não
ainda tão vultosa soma desse défit em seu governo, com a
quantia em dinheiro que ele bloqueou, arbitrariamente, das
contas bancárias corrente e poupança, tanto física como
jurídica, de todo o país; conquanto, a mesma ter se
avolumado nas duas últimas décadas no e empós o
governo de FHC, lamentavelmente, sem ter um controle
efetivo por parte do Congresso Nacional.
Num momento de muitas dúvidas e expectativas, já que
o que deveria ser feito havia sido negligenciado pelo
governo, e de forma banal, a ponto de iludir até certos
renomados economistas, e outras classes como a de
jornalistas, professores e liberais, sem contar com aqueles
outros grupos de pessoas mais afoitas sem uma real visão
da essência do problema da inflação, que era gastos
públicos, já naquele tempo, e, também, porque
enxameavam discussões furtivas mas acaloradas nos
ambientes mais politizados do país, sobre as vantagens
daquele inesperado plano, sem que se atentassem às
implicâncias do que poderia advir dele, é na somatória
dessa euforia popular com o jogo de interesses da
globalização dos donos do mundo, que o ministro resolve
dar sua cartada, novamente, sempre acompanhado da
mídia, no controvertido xadrez político- econômico, como
se fosse o salvador da Pátria: ameaçou os congressistas de
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trazer para Brasília, capital do Brasil, trezentas e cinquenta
pessoas de todas as classes e cantos do país, a fim de
substituí-los, e, assim, resolverem os problemas inerentes
à Nação, já que os congressistas estavam “fazendo corpo
mole” à implantação do plano real. A ameaça foi
favorável ao ministro, surpreendendo e acuando ao mesmo
tempo senadores e deputados, que devido ao fato se
mantiveram meticulosos, com receios de perderem os
votos de seus eleitores, já que estes se entusiasmaram na
solução milagrosa à cura da inflação, sem cogitarem nas
consequências. Não houve alternativa aos políticos senão
acatar as promessas do ministro, mesmo à contra gosto
dos mais notáveis, e aquiescer ao plano, se vendo
obrigados a votarem a favor do mesmo em plenário no
Congresso, por unanimidade, frente toda a Nação
televisiva. A partir daí, nossa moeda, que por algum
tempo vinha sendo medida pela URV, passou a
denominar-se: real.
ÀS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES
Logo após a efetivação do plano real, o ministro lança
seu nome à candidatura da Presidência da República,
deixando claro às pessoas com maior expressão ao
entendimento político, que seu plano era eleitoreiro e,
provavelmente, tinha algo no ar por trás de tudo aquilo.
Infelizmente, boa parte do povo brasileiro não prestou a
atenção devida naqueles fatos, ou pior, não se
interessaram iludidos com a proposta de que todos os
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problemas inerentes ao país seriam resolvidos. Ora, os
economistas mais balizados sabiam que o problema da
inflação era o déficit público (despesa pública), que já
vinha solapando nossa economia há tempos. O governo
gastava mais do que podia e de maneira inadequada,
consumindo já naqueles dias 45% do PIB (produto interno
bruto). Um coeficiente bom a um país da dimensão
territorial e demográfica como o nosso seria de uns 35%
do PIB.
As eleições de 1994 foram eleitoreiras! Usando o plano
real como a salvação de todos os males da economia e o
fator social do Brasil, Fernando Henrique Cardoso chega
ao poder como Presidente da República. A Rede Globo,
empresa conceituada da mídia no Brasil, investe pesado
em sua campanha, tendo como base ofensiva suas novelas,
o jornal nacional e os artistas do programa Os Trapalhões,
estes pedindo ao povo em propagandas televisivas, que
pechinchasse na hora de realizar uma compra qualquer no
comércio, insinuando, intencionalmente, jogar a culpa dos
desajustes do Brasil nas costas de comerciantes e
empresários, como bode expiatório da situação. Ora, o
problema era o défit público, e não os setores de produção.
Lembrando, que o ato de pechinchar é algo desprezível,
pois todo produto tem seu custo e, portanto, seu valor. Os
estrategistas de sua campanha alardearam na mídia que o
ministro era natural de São Paulo, devido ao estigma dos
paulistas de gente dinâmica e trabalhadora, e isso o
favorecia. Mas em realidade ele é natural do Rio de
Janeiro. Não que os cariocas sejam inferiores, jamais, mas
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devido os paulistas ter mais ibope no sentido de gerência
administrativa. Os marqueteiros também passaram uma
imagem ao povo brasileiro de que ele era de família rica e
tradicional, o que não é verdade.
No decorrer da corrida à presidência, em sua retórica,
FHC promete em fazer todas as reformas políticas e
administrativas que o Brasil necessitava, e iria investir U$.
100.000.000,00 (cem bilhões de dólares), nos quatro anos
de seu mandato, caso ganhasse, o que já era tido como
certo. Mas, os seus atos não foram condizentes com a
promessa, já que no final dos seus oito anos de governo, o
Brasil não tinha suas reformas e ainda herdara uma dívida
entre externa e interna de U$.R$. 860.000.000.000,00
(oitocentos e sessenta bilhões de dólares ou reais),
astronômica a um PIB inferior no tocante à renda per
capita baixa que existia, devido ao enfraquecimento dos
meios de produção, em especial a agricultura, e mais o
empréstimo urgente que ele teve que reivindicar junto ao
FMI, de U$. 43.000.000.000,00 (quarenta e três bilhões de
dólares), um ano antes do término do seu segundo
mandato, que fez os brasileiros passarem vergonha lá fora,
pois se ovacionou por todas as populações europeias que o
Brasil não merecia tal empréstimo. Mas, a verdade é que
as empresas e os reis da Europa haviam comprado
algumas estatais e empresas privadas de brasileiros no
Brasil, com a nefanda influência do BNDES, e isso eles
segregaram, contanto a maior parte daquelas populações
nem sabiam disso.
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