A v - estgv

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Electrónica II
2º Ano
2º Semestre
Departamento de Engenharia Electrotécnica
Escola Superior de Tecnologia de Viseu
Apresentação da disciplina
Docente
Luís Filipe Carvalho Simões
Gabinete
15
E-mail
[email protected]
Página pessoal
www.estv.ipv.pt/paginaspessoais/lfcsimoes *
* caso a documentação seja disponibilizada noutro endereço, essa informação será dada nas próximas aulas
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Objectivos da disciplina
Aquisição de competências na área da electrónica analógica
com especial incidência na análise de circuitos com
transístores a frequências médias.
Compreensão das metodologias de simulação de circuitos.
Projecto de circuitos simples de electrónica em particular
montagens amplificadoras.
Compreensão dos vários elementos constituintes de um
sistema electrónico completo.
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Funcionamento de Electrónica2
A disciplina divide-se em:
Aulas Teóricas;
Aulas Teorico-Práticas
Aulas Práticas
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Bolonha – novo paradigma de ensino
O regime de créditos em vigor nas universidades portuguesas desde 1980 (Decreto-Lei 173/80 de 29
de Maio) é baseado em “horas de contacto”, em que uma Unidade de Crédito corresponde a 15h de
aulas teóricas ou 22h de aulas teórico-práticas ou 40h de aulas práticas.
-modelo centrado no professor e na transmissão de conhecimento. Valorizando excessivamente as
aulas teóricas e desvalorizando, em contrapartida, as aulas práticas e laboratoriais, induzindo, ao
longo dos tempos um conjunto crescente de efeitos perversos.
-incentivou uma pedagogia transmissiva e desincentivou uma pedagogia da actividade e da
autonomia.
-estimulou as tendências livrescas e de mera acumulação de informação.
-constitui agora um sério obstáculo a uma pedagogia de qualidade.
Hoje em dia, a generalidade das licenciaturas portuguesas caracteriza-se por um modelo de ensino
com aulas teóricas expositivas (para “transmitir” conhecimentos), aulas teóricopráticas para a
resolução de problemas (aplicando a teoria “transmitida”) e aulas práticas dirigidas para actividades
normalmente descontextualizadas, repetitivas e muito circunscritas a pequenas fatias de “matéria”.
De um modo geral não são usados, nem mesmo a nível experimental, modelos centrados no aluno e
mais estimulantes da iniciativa e da criatividade.
Num contexto em que a informação, mesmo a informação científica especializada, está
universalmente acessível graças às novas tecnologias das comunicações e à Internet, a função que
a universidade exerceu ao longo de séculos de repositório privilegiado do conhecimento e instância
por excelência da sua transmissão, vê a sua importância diminuída face aos novos desafios que se
lhe colocam na emergente “sociedade do conhecimento”.
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Bolonha – novo paradigma de ensino
Novos modelos pedagógicos, tais como a aprendizagem baseada na resolução de problemas
ou baseada em projectos têm vindo a ser experimentados com sucesso em domínios como as
engenharias e a medicina, baseando-se não num paradigma de transmissão passiva, de
absorção, do saber, antes num paradigma de aprendizagem guiada mas autónoma por parte
do aluno, em que este é um construtor da sua própria aprendizagem.
Neste contexto as aulas deixam de ser a fonte única de informação que determina o esforço
pedido ao aluno para a apreender. A forte dependência das Unidades de Crédito do número
de aulas teóricas é tanto mais aberrante quanto é generalizado um elevado grau de
absentismo a estas por parte dos alunos, absentismo esse que tende a aumentar à medida
que o semestre decorre.
Um sistema mais flexível, que rompa o acoplamento directo entre créditos e horas de
contacto, e que reconheça a pluralidade das fontes de conhecimento e valorize o trabalho
autónomo do aluno é necessário para permitir pedagogias adequadas ao novo ambiente
tecnológico e social.
Prof. Doutor Leopoldo José M. Guimarães, Coordenador
Profª Doutora Cristina Mª Robalo Cordeiro
Prof. Doutor José Ferreira Gomes
Prof. Doutor Raul Bruno de Sousa
Prof. Doutor Mário Vieira de Carvalho
Prof. Doutor António Brito Ferrari
Prof. Doutor Acílio Estanqueiro Rocha
Profª. Doutora Isabel Santana da Cruz
Prof. Doutor António Fontaínhas Fernandes
Prof. Doutor Carlos Alberto Azevedo
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Proposta para Aulas Práticas
Grupos de trabalho de 4 pessoas
Encontro semanal de 15 minutos com cada grupo (pelo menos)
Cada grupo terá tarefas semanais a cumprir
Haverá um portal online onde deve ser adicionada informação
sobre o progresso do trabalho
O grupo será avaliado semanalmente
Cada elemento do grupo será avaliado isoladamente
Os trabalhos serão sobre electrónica analógica/digital
Os trabalhos serão compilados e disponibilizados
A duração dos trabalhos de cada grupo dependerá da sua
complexidade e do seu progresso
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Proposta para Aulas Práticas
Exemplos de actividades semanais:
Pesquisa de novos componentes
Estudo de novos desenvolvimentos na electrónica
Publicação de notícias em portal sobre electrónica
Trabalho sobre uma área da electrónica
Projecto de circuito electrónico simples
Estudo de projectos circuitais publicados
Desenvolvimento desde projecto até construção de
hardware de alguns sistemas
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Exemplos de trabalhos de investigação
Trabalho de investigação sobre:
Optoelectrónica
Células solares
Condensadores, tipos e aplicações
Soldadura de componentes
Componentes SMD
Alimentação de circuitos (pilhas, baterias,…)
Realização de PCBs
Electrónica analógica programável
Equipamentos de laboratório para electrónica
Electrónica automóvel
Componentes recentes e inovadores
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Exemplos de projectos
Projectos:
Medidor de capacidade de pilhas
Carregador de baterias
Fonte de alimentação digital
Medidor de pressão acústica
Amplificador áudio
Altifalantes activos
Sensores (temperatura, humidade…)
Comutador vídeo
Fontes de alimentação sem transformador
Detectores de presença
Simulador de presença
Detector de metais
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Sugestões dos alunos
…
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Funcionamento de Electrónica2
A disciplina divide-se em:
Aulas Teóricas;
Aulas Teórico-Práticas;
Aulas Práticas;
Aulas onde são explicados todos
os conceitos fundamentais à
disciplina.
Resolução de exercícios sobre
circuitos; análise e projecto de
circuitos.
Avaliação e debate da investigação e
desenvolvimento de projectos efectuado por
parte dos grupos
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Funcionamento de Electrónica2
A presença nas aulas de Electrónica 2 são contabilizadas:
Aulas teóricas
para fins estatísticos
Aulas teórico-práticas
Aulas práticas
para fins estatísticos
Nota final pesada com o número de presenças.
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Horário
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Avaliação
Época normal
Uma prova escrita de frequência.
Uma prova escrita de exame.
A componente prática vale 5 valores (~0,5 valores por semana).
Para ter aprovação na disciplina, o aluno terá de obter uma
classificação final igual ou superior a 9,5.
Época de Recurso
Uma prova escrita de exame.
Poderão participar na época de recurso os alunos que não
obtiverem aprovação na época normal ou os que, tendo obtido
aprovação na época normal, pretendam obter melhoria de
classificação.
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Documentação da disciplina
Documentação necessária para a disciplina:
Cópia dos slides mostrados nas aulas;
Apontamentos tirados nas aulas;
Livros indicados na bibliografia;
Inúmeros sites na internet;
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Bibliografia
Apontamentos da cadeira de Electrónica II
Autor(es) Luís Simões
Assunto(s) Electrónica II
Principles of Electronic Devices
Autor(es) William D. Stanley
Publicação Prentice Hall
ISBN 0-02-415560-8
Assunto(s) Electrónica
Electronic Circuits, Analysis, Simulation, and Design
Autor(es) Norbert R. Malik
Publicação Prentice Hall
ISBN 0-02-374910-5
Assunto(s) Electrónica
Electronic Circuits, Analysis, Simulation, and Design
Autor(es) Norbert R. Malik
Publicação Prentice Hall
ISBN 0-02-374910-5
Assunto(s) Electrónica
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Microelectronic Circuit Design
Autor(es) Richard C. Jaeger
Publicação McGraw Hill
ISBN 0-07-114386-6
Assunto(s) Electrónica
Circuitos com Transístores Bipolares e Mos
Autor(es) Manuel de Medeiros Silva
Publicação Gulbenkian
ISBN 972-31-0840-2
Assunto(s) Electrónica
Microelectronic Circuits, Analysis and Design
Autor(es) Rashid
Publicação PWS
ISBN 053495174
Assunto(s) Electrónica
Electronic Circuits, Discrete and Integrated
Autor(es) Donald L. Schilling, Charles Belove
Publicação McGraw Hill
ISBN 0-07-100602-8
Assunto(s) Electrónica
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Electrónica 2
Transístores
Electrónica
What is a transistor?
A transistor is a three-terminal active semiconductor device.
The first transistor was invented at Bell Laboratories in 1947
by physicists John Bardeen, William B. Shockley and Walter Brattain,
who shared the 1956 Nobel Prize for jointly inventing the transistor, a
solid-state device that could amplify electrical current.
The transistor performed electronic functions similar to the vacuum tube
in radio and television, but was far smaller and used much less energy.
The transistor became the building block for all modern
electronics and the foundation for microchip and computer
technology.
Sugestão: aprender inglês!
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Aplicações de Transístores
O transístor desempenha duas funções fundamentais:
- amplificador;
- comutador;
As ondas sonoras que atingem um microfone podem ser ‘fracas’.
É no entanto possível amplificar os sinais eléctricos e convertêlos em ondas mecânicas sonoras de maior amplitude através de
um altifalante. Esta função é conseguida pelas funções
amplificadoras do transístor. Sem modificar a forma do sinal de
entrada, o transístor amplifica a sua amplitude.
olá
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olá
Aplicações de Transístores
O transístor desempenha duas funções fundamentais:
- amplificador;
‘Piscas’
- comutador;
Porta lógica AND!
A
1
0
1
B
0
Os computadores usam sinais digitais binários onde 1s e 0s
desempenham um papel fundamental. A função do transístor é
neste cenário, de comutação entre dois estados possíveis para
representar esses digitos binários.
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Tipos de transístores
Existem duas classes fundamentais de transístores:
- Transístores de Efeito Campo (FET - Field Effect Transistor):
A condução é controlada por um campo eléctrico produzido por
uma tensão aplicada aos terminais de controlo. O controlo não
necessita de corrente pelo que o FET é um dispositivo
controlado por tensão.
- Transístores de Junção Bipolares (BJT – bipolar junction
transistor);
Dispositivo baseado em díodos que está vulgarmente bloqueado
a menos que os terminais de controlo estejam directamente
polarizados. A grandeza de controlo é uma corrente e o BJT é
por natureza um amplificador de corrente.
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Identificação de transístores
Os transístores apresentam diferentes aspectos (encapsulamentos)
dependendo da aplicação a que se destinam.
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Exemplo para BJTs
Identificação de transístores
Não existe uma convenção internacional no formato do código
de identificação, havendo vários sistemas em uso.
No sistema americano, p. exemplo, estes começam por 2N
seguidos por um código de 4 dígitos (2N3053 p. exemplo).
No sistema europeu a primeira letra indica o tipo de transístor
(A=germânio, B=silício) e a segunda letra indica o tipo de
utilização (C=amplificador de frequências áudio de pequena
potência, D=amplificador de frequências áudio de elevada
potência, F=amplificador de frequências rádio de pequena
potência).
Muitos fabricantes têm um sistema próprio de identificação.
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Exemplo para BJTs
Identificação de transístores
Todos os transístores são identificados por um código registado
no encapsulamento.
Tendo este código é possível consultar a folha de especificações
do fabricante (datasheet), o que permite responder a questões
como (exemplo para um BJT):
- material de que é feito o transístor (silício ou germânio);
- determinar se é um transístor do tipo NPN ou PNP;
- qual dos contactos é a base, o colector e o emissor;
- quais são as suas especificações circuitais.
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Exemplo para BJTs
Exemplo de datasheet da FAIRCHILD
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Exemplo para BJTs
A tabela seguinte indica a informação técnica mais importante
para alguns transístores mais comuns. Tabelas em catálogos e
em livros de referência mostram mais informação que será
apenas necessária em situações particulares.
NPN transistors
Code
Structure
Case
style
IC
max.
VCE
max
.
hFE
min
.
Ptot
max.
Category
(typical use)
Possible
substitutes
BC107
NPN
TO18
100mA
45V
110
300mW
Audio, low power
BC182 BC547
BC108
NPN
TO18
100mA
20V
110
300mW
General purpose, low power
BC108C BC183 BC548
BC108C
NPN
TO18
100mA
20V
420
600mW
General purpose, low power
BC109
NPN
TO18
200mA
20V
200
300mW
Audio (low noise), low power
BC184 BC549
BC182
NPN
TO92C
100mA
50V
100
350mW
General purpose, low power
BC107 BC182L
BC182L
NPN
TO92A
100mA
50V
100
350mW
General purpose, low power
BC107 BC182
BC547B
NPN
TO92C
100mA
45V
200
500mW
Audio, low power
BC107B
BC548B
NPN
TO92C
100mA
30V
220
500mW
General purpose, low power
BC108B
BC549B
NPN
TO92C
100mA
30V
240
625mW
Audio (low noise), low power
BC109
2N3053
NPN
TO39
700mA
40V
50
500mW
General purpose, low power
BFY51
BFY51
NPN
TO39
1A
30V
40
800mW
General purpose, medium power
BC639
BC639
NPN
TO92A
1A
80V
40
800mW
General purpose, medium power
BFY51
TIP29A
NPN
TO220
1A
60V
40
30W
General purpose, high power
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Exemplo para BJTs
NPN transistors
Structure
Case
style
IC
max.
VCE
max
.
hFE
min
.
Ptot
max.
Category
(typical use)
Possible
substitutes
TIP31A
NPN
TO220
3A
60V
10
40W
General purpose, high power
TIP31C TIP41A
TIP31C
NPN
TO220
3A
100
V
10
40W
General purpose, high power
TIP31A TIP41A
TIP41A
NPN
TO220
6A
60V
15
65W
General purpose, high power
2N3055
NPN
TO3
15A
60V
20
117W
General purpose, high power
Code
PNP transistors
Code
Structure
Case
style
IC
max.
VCE
max
.
hFE
min
.
Ptot
max.
Category
(typical use)
Possible
substitutes
BC177
PNP
TO18
100mA
45V
125
300mW
Audio, low power
BC477
BC178
PNP
TO18
200mA
25V
120
600mW
General purpose, low power
BC478
BC179
PNP
TO18
200mA
20V
180
600mW
Audio (low noise), low power
BC477
PNP
TO18
150mA
80V
125
360mW
Audio, low power
BC177
BC478
PNP
TO18
150mA
40V
125
360mW
General purpose, low power
BC178
TIP32A
PNP
TO220
3A
60V
25
40W
General purpose, high power
TIP32C
TIP32C
PNP
TO220
3A
100
V
10
40W
General purpose, high power
TIP32A
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Exemplo para BJTs
Structure
Este atributo indica o tipo de transístor NPN or PNP (em BJTs). As polaridades dos
dois tipos são diferentes pelo que se se procura um substituto, ele terá de ser do
mesmo tipo.
Case style
Para cada tipo de encapsulamento os terminais variam pelo que é necessária a
consulta das tabelas de referência dos encapsulamentos.
IC max.
Corrente de colector máxima.
VCE max.
Máxima tensão entre os terminais de colector e emissor.
hFE
Este é o valor do ganho de corrente (na análise DC). O valor mínimo garantido é dado
pois o valor real varia de transístor para transístor mesmo para transístores do mesmo
lote. Esta é uma grandeza adimensional. O ganho é muitas vezes indicado para uma
corrente de colector particular IC que está geralmente a meio da gama do transístor.
Por exemplo '
100@20mA'significa que o ganho é pelo menos 100 a 20mA. Por vezes
são dados os valores mínimo e máximo.
Ptot max.
Máxima potência total que pode ser desenvolvida no transístor. Note-se que será
necessário utilizar um dissipador para atingir este valor máximo. Este valor é
importante para transístores a funcionar como amplificadores. A potência é
aproximadamente dada por: IC × VCE. Para transístores a funcionar como
comutadores, a corrente máxima de colector (IC max.) é um parâmetro mais
importante.
Category
Este parâmetro mostra a aplicação típica para o transístor. É um bom ponto de partida
quando se procura um transístor substituto.
Possible subst
itutes
Estes são transístores com propriedades eléctricas semelhantes que serão
adequados como substitutos. Note-se que eles podem ter um encapsulamento
Dep. de Engenharia Electrotécnica
diferente.
ESTV
Transístores FET
Transístores FET
Há dois tipos principais de transístores FET:
- JFET (Junction Field-Effect Transistor);
- MOSFET (Metal-Oxide Semiconductir Field-Effect Transistor)
também conhecido como IGFET – Insulated Gate Field-Effect
Transistor.
Os princípios segundo os quais estes transístores operam são
similares (corrente controlada por um campo eléctrico).
A principal diferença relaciona-se com a construção do elemento
de controlo.
Os transístores FET são constituídos
por 3 terminais: a fonte, o dreno e a
porta.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Source
Fonte
Drain
Dreno
Gate
Porta
Transístores JFET
Na sua forma mais simples o JFET começa por ser uma simples
barra de silício.
A corrente que circulará neste transístor (corrente entre fonte e
dreno) é devida à tensão entre estes dois terminais e à
resistência do material.
Apenas com esta configuração, a corrente que circularia no
transístor, dependeria apenas da tensão entre a fonte e o dreno.
No substrato de tipo n são então difundidas zonas do tipo p,
deixando um canal do tipo n entre a fonte e o dreno.
canal
tipo N
Estas zonas servirão para controlar a corrente que flui no canal n
entre a fonte e o dreno e são chamadas de zonas porta.
Transístores JFET
Como acontece com qualquer junção pn, uma região de
depleção rodeia as junções onde existir uma polarização inversa.
Essa região é devia à combinação das lacunas e dos electrões
que se encontram na fronteira das zonas do silício dopadas
como P e como N, respectivamente.
Os electrões do canal N mais próximos das portas vão combinarse com as lacunas, dando origem a uma zona sem portadores
móveis de carga – zona de depleção.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístores JFET
Se for aplicada uma fonte de tensão externa entre a fonte e o
dreno, com uma tensão nula na porta, a corrente que fluirá no
canal criará uma polarização inversa ao longo da superfície da
porta, paralela ao canal.
À medida que a tensão entre dreno e fonte aumenta, a região de
depleção mais uma vez alastra pelo canal devido à queda de
tensão no canal que polariza inversamente as junções.
À medida que VDS aumenta, as regiões de depleção também
aumentam, atingindo-se uma situação na qual qualquer aumento
na tensão VDS (que faria aumentar a corrente) é contrabalançado
com um aumento da região de depleção em direcção ao dreno
(que faz diminuir a corrente).
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístores JFET
Ocorre um efectivo aumento da resistência do canal que impede
qualquer aumento da corrente.
A tensão entre o dreno e a fonte (VDS) que provoca esta situação
é designada de tensão de “pinchoff” VP.
A partir desta tensão, um aumento em VDS provoca apenas um
ligeiro aumento da corrente de dreno.
A variação na corrente de dreno ID com a tensão entre o dreno e
a fonte VDS, é ilustrada na figura anterior.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístores JFET
Para a região inicial do gráfico, a corrente de dreno relaciona-se
quase linearmente com a tensão VDS.
À medida que ID aumenta, o canal começa a sofrer depleção e a
inclinação da curva de ID diminui.
Quando a tensão VDS iguala VP, a corrente de dreno ID “satura” e
mantém-se relativamente constante até ocorrer a avalanche de
dreno para porta.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístores JFET
Vejamos agora o que sucede quando em vez de ligar a porta ao
potencial nulo (à massa), lhe é aplicado um potencial negativo
(VGS<0).
-
Se uma tensão inversa é aplicada aos terminais de porta, o
“pinchoff” do canal ocorre a uma tensão VDS inferior porque a
expansão da região de depleção devida à polarização inversa
das portas se soma à produzida por VDS .
Assim, obtém-se uma redução da corrente que circula para
qualquer valor de VDS.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
VGS=0
Transístores JFET
G
VGS=0
P
S
N
ID
D
P
G
VGS=0
VP
VDS
VGS=-1
VGS=-1
G
P
S
N
VDS
ID
D
P
G
VGS=-1
VDS
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
VP
VDS
Transístores JFET
VGS=-2
VGS=-2
G
P
S
N
ID
D
P
G
VGS=-2
VP
VDS
VGS=-3,5
VGS=-3,5
G
P
S
VDS
N
D
ID
VGS(off)=-3,5
P
VGS=0
VGS=-1
G
VGS=-2
VGS=-3,5
VGS=-3,5
VDS
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
VDS
Transístores JFET
(JFET 2N5457)
É então comum os gráficos da corrente de dreno ilustrarem a
dependência que esta grandeza tem da tensão entre dreno e
fonte (VDS) e da tensão entre a porta e a fonte (VGS).
Para cada valor de tensão entre a porta e a fonte (VGS) existe
uma curva diferente que relaciona VDS com ID.
VGS(OFF) é a tensão entre a porta e a fonte para a qual já não é
possível circular corrente no canal.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístores JFET
Da análise efectuada ao JFET verifica-se claramente que se
trata de um dispositivo cuja corrente de dreno ID tem duas zonas
de comportamento diferente.
Este facto é expresso pelo gráfico da seguinte figura (retirado do
datasheet do JFET 2N5457)
É então útil determinar as expressões que ditam o valor de ID
nessas duas possíveis regiões de operação.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístores JFET
Regiões de funcionamento do JFET
Região Ohmica
Região de saturação
JFET canal n.
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ESTV
Na região ohmica, a relação entre estas grandezas depende
também do valor de tensão aplicado entre o dreno e a fonte VDS
I DSS
2
V
V
V
V
2(
−
)
−
ID =
GS
GS ( off )
DS
DS
VGS ( off ) 2
O parâmetro IDSS é a máxima corrente de dreno para um JFET e
é definido pela condição VGS=0 e VDS>|VP|.
VP é a tensão de pinchoff.
Note-se que uma variação na tensão VGS implica uma nova
curva característica de saída (relação ID/VDS). Na zona ohmica
isso implica um novo valor para a resistência que relaciona ID e
VDS)
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Na região de saturação, a corrente de dreno deixa de ser
dependente da tensão entre o dreno e a fonte, dependendo
apenas do valor da tensão VGS.
Isso mesmo se verifica na expressão seguinte onde não consta
nenhum termo com VDS.
I D = I DSS 1 −
VGS
VGS ( off )
2
(equação de Shockley)
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Dado que a corrente de dreno deixa de depender da tensão VDS
(para VDS>VP), podemos traçar um novo gráfico para um valor
fixo de VDS. Este gráfico permite analisar o comportamento de ID
função exclusivamente de VGS.
VGS(off)=-3,5
VDS>VP
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Fixando agora VDS e actuando sobre VGS (valores negativos).
G
P
S
N
D
P
G
ID
VDS=15V
VGS
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístores JFET
Regiões de funcionamento do JFET
ID =
I DSS
VGS ( off ) 2
2(VGS − VGS (off ) )VDS − VDS 2
JFET canal n.
I D = I DSS 1 −
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ESTV
VGS
VGS ( off )
2
Transístores JFET
Quando utilizado para amplificar, há certas zonas a evitar na
operação do transístor.
B
C
A
D
A – região ohmica – a corrente de dreno é altamente dependente da tensão
entre o dreno e a fonte. Pretende-se que a corrente de dreno dependa da
tensão de entrada e não da tensão DC aplicada ao transístor.
B – corrente excessiva – não se deve polarizar directamente a junção da porta
nem deteriorar o transístor com elevado aquecimento.
C – demasiado aquecimento do dispositivo por elevada dissipação de potência:
Pdis=VDS.ID
D – Deve evitar-se a zona de “breakdown” onde ocorrem fenómenos de
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avalanche.
ESTV
Transístores MOSFET
Transístores MOSFET
O transístor MOSFET (Metal-Óxido-Semicondutor) opera com
um mecanismo de controlo ligeiramente diferente do JFET.
O substrato poderá ser de material do tipo.
Neste substrato são difundidas duas zonas do tipo n (fonte e
dreno) como ilustrado na figura.
Seguidamente a superfície da estrutura é coberta com uma
camada isolante de óxido e uma outra de nitrido.
A camada de óxido serve para proteger a superfície do FET e
para isolar o canal da porta.
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ESTV
Transístores MOSFET
São rasgados buracos nestas camadas criando-se um contacto
metálico na fonte e no dreno.
Seguidamente uma camada metálica é depositada sobre a zona
do canal (criando-se assim o terminal de porta) e
simultaneamente são criados os contactos metálicos da fonte e
do dreno.
Dado que o dreno e a fonte estão isolados pelo substrato (de
alta resistividade), qualquer corrente entre o dreno e a fonte na
ausência de uma tensão na porta será extremamente baixa, pois
a estrutura é análoga a dois díodos ligados em oposição.
Com o isolamento do óxido evita-se que exista uma corrente de
porta (gate), aumentando a impedância de entrada do transístor
e reduzindo a potência consumida.
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ESTV
ID=0
Caso a gate não seja polarizada, nenhuma corrente se
estabelecerá entre o dreno e a fonte pois não existe um canal
criado entre estes terminais.
Sem polarização da gate, o percurso do dreno para a fonte é
equivalente a dois díodos ligados em oposição.
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ESTV
Transístores MOSFET
Considere-se um potencial positivo na porta. Cargas positivas na
porta induzem uma carga correspondente negativa no
semicondutor.
+
- -- -- - -Canal induzido
À medida que a carga positiva aumenta na porta, a carga
induzida no semicondutor aumenta até que a região por baixo do
óxido se torna uma região do tipo n, ficando criado um canal e
podendo por isso fluir uma corrente entre o dreno e a fonte.
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ESTV
Transístores MOSFET
Por outras palavras, a corrente de dreno é “enriquecida” pelo
potencial da porta.
Isto indica que a resistência do canal se relaciona directamente
com a tensão na porta.
+
- -- -- - --
O MOSFET descrito é chamado de MOSFET de Enriquecimento.
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ESTV
Transístores MOSFET
Um MOSFET de Depleção pode ser criado da seguinte forma:
um canal n de resistividade moderada é difundido entre a fonte e
o dreno de forma a que possa fluir uma corrente de dreno
quando o potencial na porta é nulo.
-
N
N
-
-
-
Para potenciais positivos da porta, a estrutura comporta-se da
mesma forma que o MOSFET de enriquecimento.
Para potenciais negativos o canal fica desprovido de portadores,
dificultando assim a passagem de uma corrente.
Modos de operação dos FETs
Existem dois modos básicos de operação de FETs: depleção e
enriquecimento.
O modo de depleção refere-se ao decréscimo de cargas num
canal que existe por defeito devido a variações no potencial da
porta.
O modo de enriquecimento refere-se ao aumento de
portadores de carga devido à aplicação de tensão na porta.
Há ainda um tipo de FETs que pode operar em ambos os
modos.
As diferenças básicas entre estes modos são mais facilmente
compreendidas examinando as características das figuras
seguintes.
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ESTV
Símbolos circuitais para os FET
Transistor JFET canal n
Transistor JFET canal p
Transistor MOSFET de depleção canal n
Transistor MOSFET de enriquecimento canal n
Transistor MOSFET de depleção canal p
Transistor MOSFET de enriquecimento canal p
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ESTV
Modo de Depleção (Empobrecimento)
O dispositivo de modo de depleção tem um fluxo de corrente
considerável para uma tensão de porta nula.
A corrente de dreno é reduzida por aplicação de uma tensão
inversa no terminal de porta.
O FET de depleção não tem um modo de operação definido para
uma tensão positiva na porta.
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ESTV
Modo de Enriquecimento
O dispositivo de modo de enriquecimento tem uma corrente de
dreno extremamente reduzida para uma tensão nula aplicada na
porta.
A condução de uma corrente de dreno ocorre para uma tensão
VGS superior a um valor mínimo (tensão de Threshold) VTh (ou
VGS(Th)). Para valores de tensão na porta superiores a esse
mínimo, as curvas características são semelhantes às do FET de
depleção/enriquecimento.
Modo de Enriquecimento
Nas animações seguintes ilustra-se o efeito que variar o
potencial na porta tem sobre o canal.
Canal N
Canal P
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ESTV
Modo de Depleção/Enriquecimento
O dispositivo de modo de depleção/enriquecimento tem também
um fluxo de corrente considerável para uma tensão de porta
nula.
Tensões negativas na porta removem portadores do canal
tendo-se um comportamento de depleção.
Tensões positivas na porta promovem um aumento de
portadores no canal tendo-se um comportamento de
enriquecimento.
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ESTV
Transístores MOSFET
Equações e curvas do MOSFET
Para um MOSFET de Depleção, as equações que relacionam a
corrente de dreno com a tensão entre a porta e a fonte (tensão
de controlo), são iguais às equações de um JFET, ou seja:
Na região ohmica verifica-se:
ID =
I DSS
2
2(
−
)
−
V
V
V
V
GS
GS ( off )
DS
DS
VP 2
Na região de saturação o comportamento é descrito por:
D
I D = I DSS 1 −
G
S
VGS
VGS ( off )
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ESTV
2
Transístores MOSFET
A relação entre as várias grandezas de interesse num MOSFET
de enriquecimento estão ilustradas nos gráficos seguintes
(retirados do datasheet do 2N7000 da ON semiconductors).
D
G
S
É útil determinar a relação entre a grandeza de saída ID e a
grandeza de entrada (controlo) VGS, nas duas possíveis regiões
de operação.
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ESTV
D
G
S
Na região ohmica, a relação entre estas grandezas depende
também do valor de tensão aplicado entre o dreno e a fonte VDS
I D = k 2 (VGS − VTh )VDS − VDS 2
Sendo k um parâmetro constante dependente da construção do
W
dispositivo:
k= C
n
ox
L
VTh é a tensão de threshold, valor de VGS a partir do qual é
possível estabelecer uma corrente de dreno.
Note-se que uma variação na tensão VGS implica uma nova
curva característica de saída (relação ID/VDS). Na zona ohmica
isso implica um novo valor para a resistência que relaciona ID e
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VDS)
ESTV
D
G
S
Na região de saturação, a corrente de dreno deixa de ser
dependente da tensão entre o dreno e a fonte, dependendo
apenas do valor da tensão VGS.
Isso mesmo se verifica na expressão seguinte onde não consta
nenhum termo com VDS.
I D = k (VGS − VTh )
2
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ESTV
Transístores MOSFET
Transístor MOSFET de enriquecimento
(animação)
A tensão de threshold VT é para este dispositivo (transístor
3N169) de cerca de 2V.
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ESTV
Transístores BJT
Transístores BJT
Transístor BJT
A construção do BJT é diferente da construção dos FETs.
n
p
(animação)
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ESTV
n
Transístores BJT
Transístores BJT: NPN e PNP
A diferença mais significativa entre transístores é se estes são
do tipo PNP ou NPN.
Os dois tipos são simplesmente devidos a arranjos diferentes do
material dopado.
Não existe uma diferença óbvia de desempenho entre os dois
tipos. Apenas as polaridades são trocadas.
Os transístores NPN são mais comuns essencialmente por
serem mais fáceis de fabricar.
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ESTV
Transístores BJT
Conceitos sobre BJT
Sendo um transístor um componente de três terminais, três
correntes são fundamentais para definir o seu funcionamento:
- corrente de colector;
- corrente de emissor;
- corrente de base.
Estas correntes relacionam-se entre si através de:
i E = iC + i B
Dado que a corrente de base é
geralmente muito pequena, faz-se a
aproximação:
iE = iC
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Transístores BJT
Transístor BJT
Um transístor pode ser visto como um dispositivo que apresenta
uma entrada e uma saída:
Entrada
Saída
Colector
Base
Emissor
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Transístores BJT
Curva característica de saída
Assumindo que existe uma corrente de base que possibilita a
existência de uma corrente de colector, quanto maior for a
tensão VCE maior será IC.
Este efeito verifica-se só até determinado valor de VCE. A partir
desse valor a corrente não cresce mais mesmo aumentando
significativamente VCE.
C
IC
VCE
B
E
A relação gráfica entre a corrente IC e a tensão entre colector e
emissor VCE é designada curva característica de saída.
Transístores BJT
C
IB
IC
VCE
B
E
Transístor BC546 da Fairchild
A curva característica de saída atrás determinada não é
exclusivamente dependente das grandezas de saída. Na prática
verifica-se que também depende da corrente de base:
Para cada valor de IB existe uma curva que relaciona as
grandezas de saída IC e VCE.
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ESTV
Transístores BJT
Este gráfico mostra que para cada valor de corrente de base
obtemos um novo valor da corrente de colector que lhe é
proporcional.
Este facto leva-nos a concluir que o transístor se comporta como
um amplificador de corrente. A corrente de colector é um
múltiplo da corrente de base. Podemos então definir um
parâmetro de ganho :
iC
β = ⇔ iC = β i B
iB
Transístores BJT
Curva característica de entrada
Dado que o que acontece na saída do transístor é dependente
de grandezas da entrada, é importante determinar uma relação
entre as grandezas de entrada de um transístor: corrente de
base e tensão entre a base e o emissor:
IB
VBE
0,7
Como era de esperar, esta curva é bastante semelhante à de um
díodo pois a junção base-emissor não é mais do que uma junção
de material semicondutor dopado com tipo P e com tipo N.
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ESTV
Transístores BJT
Este gráfico mostra claramente que existe uma
relação exponencial entre a corrente i B de base
e a tensão v BE .
Essa relação traduz-se de forma analítica por:
0,7
iB = I SS e
vBE
VT
onde
I SS
é dependente das dimensões do transístor;
kT
VT =
≈ 25mV k é a constante de Boltzman, T é a temperatura
absoluta e q é a carga electrónica.
q
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Transístores BJT
Determinámos já atrás que o transístor se comporta como um
amplificador de corrente verificando-se a relação:
iC = β iB
Usando a expressão para a curva característica de entrada:
iB = I SS e
vBE
VT
Chegamos à expressão:
iC = β iB = β I SS e
vBE
VT
iC = I S e
= ISe
vBE
VT
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ESTV
vBE
VT
⇔
Transístores BJT
Transístor BC546 da Fairchild
Esta expressão permite-nos concluir que é possível relacionar a
corrente de saída iC com a grandeza de entrada vBE. Esta
relação representa-se graficamente por:
0,7
Naturalmente esta curva terá a mesma configuração da
característica de entrada do transístor. Apenas os valores de iC
serão diferentes dos de iB.
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ESTV
Transístores BJT
Recorrendo ao gráfico anterior e à expressão:
iC = I S e
vBE
VT
chega-se a um resultado curioso:
0,7
v BE (V )
0,65
0,7
0,75
iC (mA)
0,2
1,5
10,7
Mesmo fazendo variar muito a corrente de colector, a tensão
entre a base e o emissor mantém-se relativamente constante em
torno de 0,7V.
É este facto que nos leva a fazer a simplificação de que a tensão
entre a base e o emissor de um transístor é ‘sempre’ de 0,7V.
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ESTV
Transístores BJT
Assim, podemos estabelecer uma simplificação da análise de um
transístor ao assumir que a tensão entre a base e o emissor de
um transístor é sempre de 0,7V.
Nesta situação o gráfico característico da entrada assumiria a
configuração:
Curva característica de
entrada simplificada.
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ESTV
Transístores BJT
Relações entre as grandezas de entrada e
saída
A animação seguinte mostra o comportamento das várias
grandezas à medida que estas variam.
0,7
(animação - http://www.williamson-labs.com/)
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ESTV
0,7
Comparação BJT / FET
Propriedade
BJT
FET
Corrente máxima
Maior
Menor
Frequência de corte
Maior
Um pouco menor
Linearidade
Melhor
Pior
Escala de integração
Pequena
Muito maior
Tolerância à temperatura
Pior
Melhor
Percentagem de mercado Pequena
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ESTV
Enorme
Comparação BJT / FET
Os transístores BJT não são especialmente eficientes na
amplificação de sinais pouco potentes;
Os transístores BJT não são indicados para aplicações que
necessitem de elevada impedância de entrada;
Os JFETs têm um ganho de corrente bem mais elevado que os
BJTs.
Os JFETs são dispositivos que podem ser “normalmente on”. Os
BJT são “normalmente off”.
Os JFETs conseguem ser atravessados por corrente da fonte
para o dreno ou do dreno para a fonte. Os BJTs só permitem
uma passagem de corrente numa direcção.
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ESTV
Transístores BJT
Modelo para pequenos sinais
Considere-se o circuito seguinte:
RC
IB
VBE
Temos uma certa tensão aplicada
entre a base e o emissor do
transístor.
vBE
Através da expressão: iC = I S e VT
IC
VCE
Significa que teremos
uma dada corrente a fluir
entre o colector e o
emissor do transístor.
Fazendo
p.
exemplo
VBE=VBE1:
VCC
IE
IC1
V0,7
BE1
Transístores BJT
Se pretendemos que o transístor amplifique sinais, naturalmente
haverá grandezas a variar no circuito.
Consideremos que o circuito é construído de tal forma que o
sinal que queremos amplificar faz variar a tensão entre a base e
o emissor:
O que teremos agora quanto à
tensão entre base e emissor será:
RC
iB
vbe
VBE
vCE
vBE
vBE = VBE + vbe
iC
iE
VCC
Pela mesma equação abordada
anteriormente,
verificamos
que
haverá
necessariamente
uma
variação na corrente de colector:
iC = I S e
vBE
VT
= IS e
(VBE + vbe )
grandeza que varia
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ESTV
VT
Transístores BJT
Ao adicionarmos às grandezas de polarização de entrada uma
componente de sinal (vbe) fazemos com que muitas outras
grandezas do circuito também vejam o seu valor ser acrescido
de uma componente do sinal.
RC
iB=IB+ib
vbe
VBE
vBE=VBE+vbe
iC=IC+ic
vCE=VCE+vce
iE=IE+ie
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ESTV
VCC
Transístores BJT
O que se verifica inicialmente antes da aplicação do sinal vbe é
que a tensão VBE provoca uma corrente de colector constante IC.
A aplicação de um sinal variável entre a base e o emissor
provoca naturalmente uma corrente de colector também variável.
O sinal vbe provocou um sinal ic.
RC
IC
iB
vbe
VBE
VBE
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ESTV
iC
vCE
vBE
iE
VCC
Transístores BJT
Verifica-se então que uma variação na tensão entre a base e o
emissor provoca uma variação de corrente de colector.
Essa relação depende da situação inicial do transístor antes da
aplicação do sinal de entrada.
IC
IC
VBE
VBE
Note-se que para estes novos
valores de polarização VBE e IC,
o sinal de corrente ic conseguido
tem uma amplitude menor do
que na situação do slide anterior
(gráfico da esquerda).
Transístores BJT
Havendo uma relação entre um sinal de tensão de entrada e
uma corrente de saída podemos definir um parâmetro de ganho.
Este parâmetro seria naturalmente definido pela relação entre a
componente de sinal da corrente de colector - ic - e a
componente de sinal da tensão entre a base e o emissor – vbe:
ic
vbe
Sendo uma relação entre uma corrente (de saída) e uma tensão
(de entrada) e sendo as unidades desta grandeza dadas em
Siemen ou Mho (inverso da unidade de resistência Ohm), este
parâmetro de ganho é designado por transcondutância e é-lhe
dada a designação de gm. Assim,
ic
gm =
vbe
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Transístores BJT
IC
IC
VBE
VBE
O ganho gm relaciona o sinal de corrente de saída com um sinal
de tensão de entrada, note-se no entanto que esse ganho varia
com o estado inicial do transístor (corrente de colector IC e
tensão entre base e emissor VBE antes da aplicação do sinal) –
polarização do transístor.
Verifica-se claramente que o ganho (gm) será tanto maior quanto
maior for o declive da curva na zona onde se polarizou o
transístor.
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ESTV
Transístores BJT
A expressão analítica que define
esta curva é dada por:
IC
iC = I S e
vBE
VT
VBE
ic
gm =
O parâmetro de ganho é dado por:
vbe
Num dado ponto de polarização, isso corresponde ao cálculo da
derivada da curva, ou seja,
diC
=
gm =
dvBE
d I se
vBE
dvBE
VT
Is
= e
VT
vBE
VT
Is
= e
VT
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VBE + vbe
VT
Is
= e
VT
VBE
VT
e
vbe
VT
Transístores BJT
Is
gm = e
VT
VBE
VT
e
vbe
VT
O parâmetro gm varia portanto com o sinal que aplicamos vbe. No
entanto, o sinal vbe apresenta pequenas amplitudes (vbe<<vT) e
como a variação é em torno de VBE, a expressão simplifica para:
VBE
VT
Is
gm = e
VT
VBE
VT
IC
O produto entre I s e e não é mais do que a corrente com que
polarizámos o transístor IC, pelo que ficamos com:
IC
gm =
VT
Sendo VT aproximadamente 25mV à temperatura ambiente:
gm =
IC
⇔ g m = 40 I C
0,025
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ESTV
Transístores BJT
Viu-se já que a saída (corrente de colector) se relaciona com a
entrada (tensão entre base e emissor) através de:
gm =
ic
⇔ ic = g m vbe
vbe
Sabemos também que as grandezas de entrada de tensão e
corrente se relacionam graficamente através de:
Dado que:
iC = β iB
Combinando as duas equações anteriores
obtemos uma nova expressão que relaciona a
tensão com a corrente de entrada:
0,7
ic
β
β
iB
gm =
⇔ vbe =
iB
⇔ gm =
vbe
gm
vbe
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Transístores BJT
vbe =
β
gm
iB
iB
vbe
Esta relação mostra que para uma situação bem definida de
polarização (para um valor fixo de gm), a relação entre a corrente
de base e a tensão entre a base e o emissor é feita de forma
linear através do valor: β
É uma constante do transístor
gm
É constante para uma dada polarização
Como é já do nosso conhecimento, uma relação deste tipo entre
uma corrente e uma tensão terá unidades de resistência .
É então vulgar assumir que o comportamento da entrada do
transístor BJT perante um sinal é o de uma resistência,
definindo-se assim o parâmetro de resistência de entrada do
transístor r :
β
rπ =
gm
vbe = rπ ⋅ ib
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Transístores BJT
Os resultados fundamentais a que chegámos na forma de
equações são:
Relação entre as grandezas de entrada:
vbe = rπ ⋅ ib onde rπ =
β
gm
Relação entre a entrada e a saída:
IC
ic
⇔ ic = g m ⋅ vbe onde g m =
iC = β iB e g m =
VT
vbe
0,7
Juntando esta informação, é possível chegar a
um modelo para o transístor.
Este modelo confere-nos uma forma simples de
perceber os mecanismos de variação das
grandezas associadas ao transístor quando
submetido a sinais variáveis.
0,7
A figura seguinte ilustra as grandezas relativas às componentes
de sinal do circuito:
RC
Na entrada:
Da entrada para a saída:
ib
vbe = rπ ⋅ ib
rπ =
ic
ic = g m vbe ou iC = β iB
vbe
β
gm
ib
Assim, para as
componentes de sinal,
a entrada comporta-se
como uma resistência.
g m = 40 I C
ie
ic
ic=gmvbe
B
vbe
r
ic= ib
ie
E
C
Na saída verifica-se
uma corrente ic
(componente de sinal)
controlada pela
corrente de entrada ib
(ou tensão vbe).
Transístores BJT
Modelo para pequenos sinais
ic
ib
ic=gmvbe
B
vbe
C
g m = 40 I C
r
ic= ib
ie
E
rπ =
β
gm
Neste modelo há duas expressões para o cálculo da corrente ic.
Note-se que variando a tensão entre a base e o emissor variará
também a corrente de base. Escolhe-se a equação de cima caso
tenhamos directamente o sinal de entrada como uma tensão vbe;
escolhe-se a expressão de baixo se tivermos o valor da corrente
de base ib.
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ESTV
Fontes de corrente
Uma fonte de corrente ideal deverá manter uma corrente
constante e uma resistência de saída infinita para qualquer
condição de operação (independentemente do circuito a que se
encontra ligada).
R
Modelo ideal
Modelo real
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ESTV
Aplicações:
- circuitos integrados analógicos;
- elementos de polarização (amplificadores de classe A, etc);
- cargas para andares amplificadores (esta utilização prende-se
com o facto de apresentarem uma elevada resistência interna);
Vantagens da sua utilização:
- são menos sensíveis que as resistências a variações na
alimentação dc e à temperatura;
- para valores pequenos de corrente de polarização, fontes de
corrente transistorizadas são mas económicas que as resistivas
dada a maior área requerida pelas resistências nos chips de
silício.
Tipos de fontes de corrente mais comuns:
- fonte de corrente básica
- a fonte de corrente modificada
- fonte de corrente múltipla
- a fonte de corrente de Widlar
- a fonte de corrente cascode
- a fonte de corrente de Wilson
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ESTV
Fonte de corrente básica
VCC
R
IO
Q1
Q2
A fonte de corrente básica é apenas
constituída por dois transístores e
uma resistência submetidos a uma
diferença de potencial.
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ESTV
VCC
R
IO
As bases dos transístores encontramse ligadas, à semelhança do que
acontece com os seus emissores.
A corrente de colector conduzida por
cada transístor é dada por:
VBE1
IC1
IC2
Q1
VBE1
VBE2
I C1 = I S e
VT
VBE2
I C2 = I S e
VT
Q2 Se os transístores forem iguais,
terão os parâmetros IS e VT iguais.
Sendo VBE1=VBE2, obtém-se:
I C1 = I C2
É devido ao facto de a corrente IC2 ser uma réplica de IC1 que
esta montagem também recebe o nome de espelho de corrente.
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ESTV
O colector e a base do transístor Q1
encontram-se ligados.
VCC
R
IO
VCE1
Q1
VBE1
Esta ligação obriga a que o transístor
nunca sature pois desta forma
forçamos a tensão VCE a ser
aproximadamente 0,7V (superior à
tensão 0,2V que corresponderia à
saturação).
O transístor Q1 é portanto forçado a
Q2 funcionar na zona activa.
A sua corrente de colector relacionase com a sua tensão VBE através de:
VBE1
I C1 = I S e
VT
o que significa que a essa corrente está associada uma tensão
entre a base e o emissor que também é aplicada ao transístor Q2.
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ESTV
VCC
O transístor Q2 ao ser submetido a
uma tensão entre a base e o emissor:
VBE2 = VBE1
R
IO
IC1
É forçado a conduzir no seu colector
uma corrente de valor:
IC2
Q1
VBE2
Q2
VBE1
VBE2
I C2 = I S e
VT
= I C1
A corrente produzida pela fonte terá
valor:
I O = I C2 = I C1
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ESTV
VCC
R
De que forma se pode definir a
corrente produzida? Que parâmetros
definem esse valor?
Note-se que IC1 é uma corrente
bastante semelhante a IR:
IR
IO
IC2
IC1
Q1
I R = I C1 + I B1 + I B2 = I C1 + 2 I B2 ⇔
Q2
IB1
IB2
I C1 = I R − 2 I B2
Sendo I C2 = I C1 , então:
IC2 = I R − 2 I B2
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
VCC
R
IC2 = I R − 2 I B2
Dado que a corrente de base se
relaciona com a de colector através
de:
IC
IR
IO
IC1
I B2 =
IC2
Q1
então
Q2
IB1
IB2
I C2 = I R − 2
I C2
2
β
I C2
1
= IR
1+ 2
β ⇔
β
Sendo esta a relação entre a corrente de saída e a de referência:
1
IO = I R
1+ 2
β
1
IO = I R
1+ 2
VCC
R
IR
IO
IC1
IC2
Q1
IB1
β
Se
assumir um valor elevado, a
corrente de saída será simplesmente
dada por:
IO = I R
A corrente de referência IR é definida
Q2 pelos valores de VCC e de R:
IB2
IR =
VCC − VBE1
R
São portanto estes os parâmetros que devemos definir quando
queremos projectar uma fonte de corrente. Para VBE1=0,7:
VCC − 0,7
IR =
R
Fonte de corrente básica modificada
Para a fonte de corrente básica:
VCC
IC3
IR
R
IC1
Q1
1
IO = I R
1+ 2
IB3
IB1
VBE1
É fácil demonstrar que para esta fonte:
IO
Q3
IE3
IB2
VBE2
β
1
IO = I R
1+ 2
Q2
β2
A corrente de referência é
agora determinada por:
IR =
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
VCC − VBE1 − VBE3
R
Fonte de corrente múltipla
VCC
IC2
IR
R
IC1
IB3
I1
Q2
IE2
Q3
Q1
VBE1
I2
VBE3
VBE4
I3
Q4
VBE5
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Q5
Q6
VBE6
Uma corrente dc de referência pode ser gerada num local e ser
reproduzida em vários outros locais para polarizar vários andares
amplificadores. VCC
IC2
IR
R
IC1IB3
Q1
VBE1
I1
Q2
IE2 I
B2
VBE3
I2
Q3
VBE4
I3
Q4
VBE5
Q5
Q6
VBE6
O que acontece no transístor Q1 é referência para os transístores
Q3 a Q6.
O transístor Q2 fornece a corrente de base total para os
transístores e torna a corrente de colector de Q1 praticamente
igual à corrente de referência IR.
As correntes I1 e I2 serão reproduções da corrente IR.
VCC
IC2
IR
R
IC1IB3
Q1
VBE1
I1
Q2
IE2 I
B2
VBE3
I2
Q3
VBE4
I3
Q4
VBE5
Q5
Q6
VBE6
Dado que os dois transístores Q5 e Q6 estão ligados em paralelo,
cada um deles reproduzirá a corrente IR, pelo que a corrente I3
será duas vezes superior à de referência.
I 3 = 2I R
VCC
R
IR
Q2
Q1
I1
I2
Q3
I3
Q4
Q5
Q6
A combinação do paralelo de Q5 e Q6 deverá ser equivalente a um
único transístor cuja junção base-emissor tem o dobro da área de
Q1.
Assim sendo, as áreas dos emissores dos transístores podem ser
escaladas em circuitos integrados de forma a fornecerem
correntes de valor múltiplo da corrente de referência simplesmente
desenhando os transístores de modo a que a razão entre as áreas
dos transístores seja igual ao múltiplo desejado.
Amplificadores diferenciais
Antes da era dos circuitos integrados (CI), os projectistas de
circuitos que necessitassem de um amplificador tinham muitas
vezes de projectar o amplificador do zero usando transístores
discretos, resistências, condensadores, etc.
Com o advento do CI, isso deixou de ser necessário. Temos
agora disponíveis amplificadores completos em chips com uma
grande variedade de características. Estes são chamados
amplificadores operacionais (ampops), e a engenharia prática
dita hoje o seu uso onde possível dadas as suas vantagens de
pequeno tamanho, pequeno consumo de potência e alta
fiabilidade.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Constituição dos amplificadores
operacionais
Amplificador operacional LM741 da Fairchild
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ESTV
Os amplificadores operacionais são vulgarmente constituídos
pelos seguintes elementos:
- Andar de entrada com um amplificador diferencial (par
diferencial);
- Um ou mais andares de amplificação de ganho elevado;
- Andar de saída (amplificador de potência);
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ESTV
Par diferencial
Vantagens da utilização de um par diferencial:
Os sinais são muito sujeitos a ruídos. Se amplificarmos a
diferença entre um sinal com o ruído e o ruído em si, estaremos
apenas a amplificar o sinal!!!!!!!!!!!
Aplicações:
- multiplicadores analógicos;
- circuitos derivados de multiplicadores analógicos: moduladores,
detectores de fase, etc;
- circuitos digitais mais rápidos;
O par diferencial pode ser realizado com transístores bipolares
ou de efeito de campo; pode ter carga resistiva ou activa.
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ESTV
Imaginemos que queremos amplificar o seguinte sinal que foi
injectado num cabo:
Estando todo e qualquer cabo submetido a campos
electromagnéticos provenientes das mais variadas fontes, é
garantido que este sinal chegará à outra extremidade afectado
por ruído:
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ESTV
Sendo agora necessário amplificar o sinal recebido, o sinal que
se obtém será:
Amplificador
No sinal obtido, temos não só o sinal recebido amplificado como
também o ruído que afectou o sinal amplificado pelo mesmo
ganho.
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ESTV
Imaginemos agora que temos um amplificador que não amplifica
um sinal mas sim a diferença entre dois sinais.
Numa das entradas do amplificador injectamos o sinal com o
ruído.
Na outra entrada ligamos um cabo que fique submetido ao
mesmo ruído.
Amplificador
Diferencial
Como o que foi amplificado foi a diferença entre os sinais (que
não é mais do que o sinal original transmitido), obtemos uma
amplificação fidedigna do sinal enviado.
É esta uma das grandes vantagens do amplificador diferencial.
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ESTV
Par diferencial bipolar com carga resistiva
+VCC
RC
v1
Entradas
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
v2
IEE
Saídas
-VEE
A polarização do circuito é conseguida através da fonte de
corrente IEE.
A carga resistiva é conseguida pelas resistências RC.
O circuito tem duas entradas v1 e v2, e uma saída, que pode ser
a tensão num dos colectores vO1 ou vO2, ou a tensão entre os
colectores, vO12.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
+VCC
RC
v1
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
v2
IEE
-VEE
O circuito anterior é alimentado por uma fonte de alimentação
dupla, isto é por duas fontes de tensão, de valores +VCC e -VEE,
com um terminal comum que é a massa.
Muito frequentemente as tensões de alimentação são simétricas,
±VCC Pode também usar-se apenas uma fonte de alimentação, o
que equivale a fazer VEE=0. A vantagem de se usar uma
alimentação dupla é que, assim, podemos ter v1=v2=0 no ponto
de funcionamento em repouso.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
+VCC
RC
v1
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
v2
IEE
-VEE
Com VEE=0 isso já não seria possível dado que o percurso
(malha) de cada entrada até à massa estaria alimentado por
uma diferença de potencial de 0V, não sendo portanto suficiente
para polarizar a junção base-emissor com o mínimo necessário
para que os transístores se encontrem na zona activa.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
É útil considerar os sinais que são injectados no par diferencial,
v1 e v2, como tendo uma componente que lhes é comum e uma
componente diferencial:
vd
Componente comum:
2
v1
v1
(v1 + v2 )
v2
v2
vd
v1
v2
vC
2
vC =
2
Componente diferencial:
v D = v1 − v2
A componente comum dos dois sinais será o que
pretendemos anular no sinal amplificado.
A componente diferencial é a componente que se pretende
amplificar num amplificador diferencial.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Excitação de modo comum
Se a excitação for simétrica, v1=v2=vC, isto é, vD=0, como se
+VCC
indica na figura seguinte:
RC
v1
vC
RC
Q1
vBE1
vo1 vo2
vo12
Q2
IEE
v2
vBE2
vC
-VEE
Verifica-se que a tensão nas bases dos dois transístores é igual;
dado que os seus emissores se encontram fisicamente ligados,
a tensão nos emissores é também igual. Conclui-se então que:
v BE1 = v BE2
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Dado que as correntes que atravessam o transístor se regem
pela expressão
v BE
iC = I S e
VT
conclui-se que, sendo os transístores iguais (IS1=IS2 e VT1=VT2),
as correntes de colector dos dois transístores serão iguais:
v BE1 = v BE2
iC1 = iC2 =
I EE
2
o que por simples análise do circuito conduz a:
vO1 = vO2 = VCC
+VCC
iC1
v1
vC
RC
I EE
− RC
= constante
2
RC iC2
vo1 vo2
vo12 Q2
Q1
IEE
-VEE
v2
vC
vO12 = 0
Assim sendo, a tensão de saída,
vO1, vO2 ou vO12, não depende da
tensão de entrada vC: diz-se que
há rejeição de modo comum.
Excitação de modo comum:
vo1 V − R I EE
CC
C
vo2
vo12
2
0
+VCC
RC
v1
vC
vC
RC
vo1 vo2
vo12 Q2
Q1
v2
IEE
-VEE
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vC
vC
VCC
I EE
− RC
2
Excitação de modo diferencial
Se a excitação não for simétrica interessa saber qual é a relação
entre a tensão diferencial de entrada, vD, e as correntes e
tensões no circuito.
+VCC
RC
v1
vD
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
vBE1
v2
vBE2
IEE
-VEE
Determinam-se de seguida as características de transferência
iC1(vD) e iC2(vD) que relacionam as correntes nos colectores dos
transístores com a tensão de entrada diferencial.
Atendendo a que as correntes de colector são dadas por:
iC1 = I S e
v BE1
VT
iC 2 = I S e
vBE2
VT
I EE = i E1 + i E2
E que
E considerando elevado, ou seja, para cada transístor iE=iC,
vBE
vBE
1
2
conclui-se que:
VT
VT
I EE = iC1 + iC 2 = I S e
+e
Mesmo sem fazer uma análise quantitativa das curvas de
corrente de colector função da tensão diferencial de entrada é
simples perceber que as curvas terão a configuração seguinte:
+VCC
RC
v1
vD
RC
vo1 vo2
vo12 Q2
Q1
vBE1
vBE2
IEE
-VEE
v2
+VCC
RC
v1
vD
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
vBE1
v2
vBE2
IEE
-VEE
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
+VCC
RC
v1
vD
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
vBE1
v2
vBE2
IEE
-VEE
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
- Para vD=0, a corrente da fonte IEE divide-se igualmente pelos
dois transístores, sendo:
iC1 = iC 2
I EE
≈
2
- Para vD>0, aumenta iC1 e diminui iC2, mantendo-se a sua soma
constante; para vD>4VT a corrente da fonte passa praticamente
toda pelo transístor Q1, ficando iC1=IEE e iC2=0.
- Para vD<0, aumenta iC2 e diminui iC1, mantendo-se a sua soma
constante; para vD<-4VT a corrente da fonte passa praticamente
toda pelo transístor Q2, ficando iC2=IEE e iC1=0.
Tem-se então que para o par diferencial, vD é uma grandeza que
controla a percentagem da corrente de polarização IEE que
atravessa cada ramo do par.
As características são simétricas em relação ao eixo das
ordenadas e têm uma zona aproximadamente linear na
vizinhança de vD=0, ou seja, para |vD|<<2VT.
Na prática, pode considerar-se que o troço linear das
características corresponde a |vD|<10mV.
-10mV
10mV
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
As tensões dos colectores e entre colectores em relação à
massa são dadas pelas expressões:
vO1 = VCC − RC iC1
vO2 = VCC − RC iC 2
(
vO12 = vO1 − vO2 = − RC iC1 − iC 2
Atendendo à configuração das curvas das correntes nos
colectores:
+VCC
RC
v1
vD
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
vBE1
v2
vBE2
IEE
-VEE Zona de variação linear
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
)
Funcionamento dinâmico do par diferencial
A componente de sinal das tensões
entre as bases e os emissores dos
transístores é dada por:
+VCC
RC
v1
vD
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
vBE1
v2
vBE2
vbe1
vd
=
2
vbe2
vd
=−
2
A tensão total entre as bases e os
emissores é dada por:
vd
v BE1 = VBE1 + vbe1 = VBE1 +
IEE
2
-VEE
vd
v BE2 = VBE2 + vbe2 = VBE2 −
2
Como já se viu para o modelo incremental do transístor: ic = g m vbe
Teremos portanto:
vd
ic1 = g m
2
vd
ic2 = − g m
2
Para corrente total de colector (soma da componente dc e da
componente ac) em cada transístor, obtém-se:
iC1
vd
I EE
=
+ gm
2
2
I C1
onde
iC 2
IC2
ic1
g m = g m1 = g m2
Resulta então:
vO1 = VCC − RC
VO1
vO2 = VCC
vd
I EE
=
− gm
2
2
ic 2
IC
I EE
=
= 40 I C = 40
2
VT
+VCC
v
I EE
− g m RC d
2
2
RC
vo1
v
I
− RC EE + g m RC d
2
2
VO2
vo 2
vO12 = vO1 − vO2 = − g m RC v d
vo12
v1
vD
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
vBE1
vBE2
IEE
-VEE
v2
Excitação de modo diferencial:
vo12
vO12 = vO1 − vO2 = − g m RC v d
vo12
Ad 12 = − g m RC
vo1
vo2
0
vo1 = VCC − RC
vD
VO1
I EE
v
− g m RC d
2
2
vo1
1
Ad1 = − g m RC vD
2
RC
v1
+VCC
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
vBE1
vBE2
IEE
-VEE
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO2 = VCC − RC
v2
VO2
Ad2 =
I EE
v
+ g m RC d
2
2
vo2
1
g m RC
2
Ganho diferencial
O ganho diferencial, Ad, é a relação entre a componente
incremental da tensão de saída e a tensão diferencial de
entrada. Se a saída for entre um dos colectores e a massa,
vo1
v o2
1
1
Ad =
Ad =
= − g m RC
= + g m RC
2
2
vd
vd
e, se a saída for entre os dois colectores,
vo12
Ad =
= − g m RC
vd
Note-se que esta expressão de ganho coincide com a
expressão do ganho do andar em emissor comum já
estudado.
Enquanto o circuito de emissor comum é o andar amplificador
básico com componentes discretos, o par diferencial é o andar
básico nos circuitos integrados.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Ganho de modo comum
Se o par diferencial for perfeitamente simétrico e a fonte de
corrente for ideal (resistência dinâmica infinita), a tensão de
saída não depende da tensão de entrada de modo comum e, por
isso, o ganho de modo comum é nulo:
Ac = 0
+VCC
RC
v1
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
v2
vC
vC
IEE
-VEE
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Par diferencial com degeneração de
emissor
Há uma pequena alteração que se pode efectuar ao par
diferencial que conduz a um aumento da zona de operação
+VCC
linear da montagem.
RC
v1
vD
RC
Q1
vo1 vo2
vo12
Q2
RX
RX
IEE
-VEE
Esta montagem designa-se por par diferencial com
degeneração de emissor e implica a utilização de duas
resistências RX em série com os emissores dos transístores.
Par diferencial com degeneração de emissor
Par diferencial
O par diferencial com degeneração de emissor tem a vantagem
de apresentar funcionamento linear para uma maior gama de
valores de vD, mas isto é obtido à custa de uma redução do
ganho (menor inclinação das características de transferência).
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Par diferencial com carga activa
+VCC
Q3
iB4
Q4
iC3
iC4
iC1
iC2
v1
vD
iB3
Q2
Q1
vBE1
vBE2
IEE
-VEE
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
iO
v2
+VCC
Q3
iB4
Q4
iC3
iC4
iC1
iC2
v1
vd
iB3
Na zona linear tem-se que:
Q2
Q1
vbe1 =
vd
2
vbe2 = −
IEE
-VEE
vd
2
iO
v2
vbe1 =
vd
2
vbe2 = −
vd
2
A corrente que flúi nos colectores
é dada por:
ic1 = g m vbe1
v
⇔ ic1 = g m d
2
ic2 = g m vbe2
v
⇔ ic2 = − g m d
2
O parâmetro gm é dado por:
I
g m = C ( = 40 I C à temperatura ambiente)
VT
Sendo IC a corrente em repouso de cada transístor, facilmente
I EE
se verifica que:
I EE
gm =
IC =
2VT
2
+VCC
Q3
v1
iB3
iB4
Como pela construção do circuito
se verifica:
Q4
iC3
iC4
iC1
iC2
Q2
Q1
vd
iO
v2
vbe4 = vbe3
Dado que o
elevado:
ic4 = ic3
dos transístores é
ic3 ≈ ic1
Conclui-se que:
io = iC4 − iC2
IEE
-VEE
⇔ io = iC3 − iC2
⇔ io = iC1 − iC2
v
v
⇔ io = g m d − − g m d
2
2
⇔ io = g mvd
+VCC
Q3
iB3
iB4
I EE
Q4
iC3
iC4
iC1
iO
I EE
Q2
vd
2
io
io = iC1 − iC2
ic2
iC2
Q1
ic1
Par diferencial
com carga resistiva
IEE
-VEE
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vd
Par diferencial
com carga activa
Esta curva indica que a montagem do par diferencial com carga
activa
se
comporta
como
um
amplificador
de
transcondutância (entrada de tensão e saída de corrente).
ic2
ic1
I EE
io
vd
A tensão diferencial de entrada é amplificada, mas no processo
de amplificação é convertida numa corrente de saída
proporcional ao sinal de tensão da entrada.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Par diferencial MOS
+VDD
iD1
vG1
RD
vD1
T1
RD
vD2
T2
ISS
-VSS
iD2
A análise seguinte é feita
considerando que T1 e T2 estão na
zona de saturação e desprezando
o efeito de VDS sobre ID.
Admitindo que os transístores são
iguais:
k1 = k2 = k
vG2
VTh1 = VTh2 = VTh
A corrente de dreno será dada por:
(
= k (v
)
−V )
i D1 = k vGS1 − VTh
i D2
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
GS2
Th
2
2
vG1
Procura-se então uma relação entre as correntes de dreno e a
tensão diferencial de entrada:
2
2
i D1 = k ( vGS1 − VTh )
i D2 = k ( vGS2 − VTh )
i D2
i D1
+VDD
⇔ vGS2 =
+ VTh
⇔ vGS1 =
+ VTh
k
k
iD2
iD1
Dado que v D = vGS1 − vGS2 , então:
RD
RD
vD1 vD2
i D1
i D2
vD =
+ VTh −
+ VTh
T2
T1
k
k
vG2
i D1
i D2
⇔ vD =
−
k
k
ISS
Elevando ao quadrado ambos os
-VSS
membros:
i D2
k
2
=
i D1
k
2
− vD ⇔
i D2
k
=
i D1
k
−2
i D1
k
2
vD + vD 2 ⇔ i D2 = i D1 − 2 ki D1 vD + kvD
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
i D2 = i D1 − 2 ki D1 vD + kvD 2
+VDD
iD1
vG1
RD
vD1
T1
RD
vD2
T2
ISS
-VSS
iD2
Dado que:
iD1 + i D2 = I SS ⇔ i D2 = I SS − i D1
obtemos:
I SS − i D1 = i D1 − 2 ki D1 vD + kvD 2
kvD 2 I SS
⇔ i D1 − ki D1 vD +
−
=0
vG2
2
2
Esta é uma equação do segundo
grau em i D1 cuja solução é:
i D1 =
Que elevando ao quadrado produz:
kvD
I SS kvD 2
+
−
2
2
4
I SS
I SS kvD 2
i D1 =
+ kvD
−
2
2
4
I SS
I SS kvD 2
i D1 =
+ kvD
−
2
2
4
De forma semelhante para a corrente de dreno 2:
i D2
I SS
I SS kvD 2
=
− kvD
−
2
2
4
Esboçando estas curvas que relacionam as correntes de dreno
com a tensão diferencial de entrada, obtém-se:
I SS
I SS
iD1
2
iD2
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vd
Par diferencial com BJT/MOS
+VCC
RC
v1
Q1
vo1 vo2
RC
Q2
vD
IEE
iD2
iD1
+VDD
RD
RD
vD1 vD2
T1
iD2
T2
vD
-VEE
ic1
ic2
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
ISS
-VSS
iD1
vd
iD2
ic1
ic2
iD1
vd
Relativamente ao par diferencial bipolar obtém-se como
vantagem um alargamento da zona linear, servindo este par
para amplificar tensões diferenciais de maior amplitude.
Como desvantagem em relação ao par diferencial com BJT
temos um menor declive das curvas em torno da origem, o que
se traduz num menor ganho da montagem.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificadores de potência
Características dos amplificadores de potência:
• fornecem a elevada potência de sinal requeridos pela carga
que alimentam;
• proporcionam ao amplificador uma resistência de saída
reduzida de forma a fornecer o sinal de saída à carga sem perda
de ganho;
Exemplos de cargas para amplificadores de potência:
• colunas de PAs (public adress);
• bobinas de deflexão em monitores vídeo;
• servomotores em robots, etc.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Parâmetros importantes
Pin
Andares de
Amplificação
Sinal
Potência
vel
desprezá
Eficiência do amplificador:
Pcarga
η=
Amplificador de
Potência
or
p
as ção
d
r
Pe sipa
dis
Pcarga
Pin
Pcarga
Pcarga < Pin
é a potência do sinal entregue à carga.
Pin
é a potência entregue ao amplificador pelas fontes de
alimentação.
PD = Pin − Pcarga é a potência dissipada nos componentes
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Hipérbole de máxima dissipação de
potência
Potência total dissipada no transístor (desprezando uma
pequena potência na base):
PD = VCE I C
Para um dado transístor, condições de transferência de calor
(como dissipadores), e temperatura, existe um valor máximo de
PD até ao qual o transístor deve operar. Indicando este valor
como PDmáx, podemos exprimir a equação anterior como:
VCE I C = PDmáx
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Hipérbole de máxima dissipação de potência:
IC
PDmáx = VCE I C
VCE
Região de operação segura
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
A hipérbole não é o único limite que deve ser observado:
• existe um valor máximo de VCE , indicado no gráfico como VCE máx ;
• existe também um valor máximo de I C, indicado no gráfico por I C ;
máx
IC
ICmax
PDmáx = VCE I C
VCEmax
VCE
Assim, a região de operação segura do transístor é a região limitada
pela hipérbole de máxima dissipação de potência e pelos valores
máximos de tensão e corrente suportados pelo transístor.
Para um dado ponto de operação, é absolutamente essencial que a
tensão, corrente, e potência se situem abaixo dos seus respectivos
Dep. de Engenharia Electrotécnica
valores máximos.
ESTV
Classificação dos amplificadores de
potência
Os amplificadores de potência são classificados de acordo com
a fracção do tempo em que um transístor de saída conduz
corrente.
Os amplificadores de classe A têm transístores de saída em que
a corrente de sinal flúi constantemente.
Para maior eficiência, os amplificadores de classe B empregam
transístores que estão activos apenas em metade do tempo,
caso contrário estão ao corte.
Os transístores em amplificadores da classe AB conduzem
corrente durante ligeiramente mais de metade do tempo. Os
amplificadores de classe AB têm eficiências próximas dos
amplificadores de classe B, mas produzem menor distorção.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificador de classe A
+VCC
VBE
Q
vIN
IEE
RL
vO
-VCC
Os amplificadores classe A são uma boa escolha quando o
projecto tem especificações muito exigentes quanto à
distorção; contudo, veremos que a sua pequena eficiência
impõe requisitos exigentes aos transístores e à fonte de
alimentação.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Relação entre a saída e a entrada
Se o sinal de entrada for vIN,
+VCC
na base do transístor teremos:
VBE
vB = vIN + VBE
Q
vIN
IEE
RL
-VCC
da base para o emissor cai um valor de
tensão VBE, pelo que:
vO
vE = vB − VBE = vIN + VBE − VBE = vIN
Dado que a saída da montagem é retirada
do emissor do transístor:
vO = vIN
Será este o resultado esperado de um amplificador??????
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ESTV
Relação entre a saída e a entrada
Geralmente um andar de saída não
pretende amplificar a amplitude do sinal de
tensão.
+VCC
VBE
Q
vIN
IEE
RL
-VCC
Este andar pretende facultar à carga toda a
corrente que esta pedir sem que haja uma
redução do ganho.
Existe por isso um ganho de potência.
Caso recorrêssemos a um andar comum de amplificação como
último andar do amplificador em vez de um amplificador de
potência, a ligação da carga na saída iria degradar o
comportamento da montagem reduzindo o ganho total da
mesma.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Ponto de funcionamento
+VCC
VBE
Q
vIN
IEE
Quando vi é zero,
condições:
vO
é zero. Nestas
(VCE , I C ) = (VCC , I EE )
sendo este o ponto de funcionamento do
circuito.
RL vO
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Projecto do amplificador de classe A
+VCC
VBE
Q
vIN
iE
IEE
-VCC
Pretendemos projectar o valor da fonte de corrente
ideal para um dado valor de carga RL.
Em repouso o transístor deve apresentar um ponto
de funcionamento localizado no meio da recta de
carga (relação entre iC e vCE).
iO
A corrente de emissor do transístor é dada
por:
iE = I EE + iO ⇔
RL vO
v
iE = I EE +
Dado que iC ≈ iE tem-se:
O
RL
iC = I EE +
vO
⇔
RL
iC = I EE +
VCC − vCE
V
v
⇔ iC = I EE + CC − CE
RL
RL RL
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Temos já uma expressão que relaciona iC com vCE pelo que
podemos traçar a recta de carga:
iC = I EE +
Para vCE =0:
Para iC =0:
VCC vCE
−
RL RL
iC = I EE +
VCC
RL
vCE = VCC + RL I EE
iC
Ponto de
funcionamento
IEE
VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vCE
iC
I EE +
VCC
RL
IEE
VCC + RL I EE
vCE
VCC
Em projecto, escolhe-se
de forma a que a excursão do sinal
de saída seja a maior possível.
VCC =
1
(VCC + RL I EE ) VCC = 1 (VCC + RL I EE ) ⇔ 2 I EE
2
2
iC
1
1
VCC − VCC = RL I EE ⇔
2
2
1
1
IEE
VCC = RL I EE ⇔
2
2
V
I EE = CC
RL
2VCC
VCC
vCE
Assim, obtém-se a nova recta de carga que garante a máxima
excursão do sinal:
VCC vCE
vCE
iC = I EE +
RL
−
RL
⇔ iC = 2 I EE −
RL
Características de transferência do
amplificador de Classe A
+VCC
VBE
−VCC ≤ vo ≤ VCC
Q
vIN
iE
IEE
A máxima excursão do sinal vO está
naturalmente limitada pelas fontes de tensão
que alimentam o circuito:
no entanto, a constituição do circuito,
nomeadamente a presença do transístor e
da fonte de corrente, impõem outras
RL
vO restrições: −VCC + V fonte _ corrente ≤ vo ≤ VCC − VCE
min
sat
-VCC
Conhecendo estas restrições e sabendo que vO (t ) = vI (t ), a função
de transferência de um amplificador de classe A é representada
graficamente por: VCC - VCEsat vO
vI
-VCC + Vf.c.min
Distribuição de potência e eficiência
Distribuição de potência sem sinal de entrada:
No circuito do amplificador de classe A, verifica-se que quando
vI=0, cada fonte de alimentação produz uma tensão de valor VCC
e é atravessada por uma corrente IEE.
Então a potência total entregue ao circuito pelas fontes é de:
Pin = VCC I EE + VCC I EE = 2VCC I EE
+VCC
Substituindo pelo seu valor de projecto ( I EE = VCC ):
VBE
RL
Q
vIN
RL vO
IEE
-VCC
2
VCC
Pin = 2
RL
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Sinal de entrada
nulo
or
p
as ção
d
r
Pe sipa
s
diAmplificador
de
Pcarga = 0
Potência
Sinal de saída
nulo
Pin
Dado que da potência entregue ao circuito, nenhuma fracção
chega à carga (pois o sinal entregue à carga é nulo), toda ela é
dissipada no circuito:
Perdas por dissipação = Pin
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Dissipação de potência
Dado que o transístor está polarizado com (VCC , I EE ) (ponto de
funcionamento), a sua dissipação de potência sem sinal de
entrada será:
P = VCC I EE
2
VCC
=
RL
A fonte de corrente constante terá aos seus terminais uma
tensão de VCC e gera uma corrente IEE pelo que também dissipa:
VBE
+VCC
IC=IEE
Q
vIN=0
IEE
VCE=VCC
VCC
-VCC
P = VCC I EE
2
VCC
=
RL
RL vO=0
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Potência total fornecida Distribuição da
ao circuito
potência de entrada
sem sinal
+VCC
VBE
pa
i
Q
s
Dis 0%
5
vIN=0
IEE
ipa
s
s
Di 0%
5
-VCC
Duas fontes fornecem:
vO=0
RL
2
VCC
Pin = 2
RL
ula
n
cia ga
n
r
tê
Po a c a
n
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístor de potência
2
dissipa: VCC
RL
Fonte de corrente
dissipa:
2
VCC
RL
Sinais no amplificador de
classe
A
i
C
IEE
vB
+VCC
VBE
VCC
VBE
vIN
Q
VCC
vIN
VCC
vO
VBE
vF_C
vF_C
2VCC
vCE
RL
IEE
-VCC
iO
vO
VCC
Distribuição de potência no amplificador de
classe A com sinal sinusoidal de entrada
Potência de entrada média
Assumindo um sinal de entrada da forma vI (t ) = V sin ωt, verifica-se
que a corrente média na fonte de alimentação positiva é ainda
IEE. Assim sendo, a equação
2
Pin = 2VCC I EE = 2
VCC
RL
expressa a potência de entrada média para o circuito quer para
a condição do circuito em repouso (sem sinal de entrada) quer
para a condição de circuito com sinal (com sinal de entrada).
Potência média de saída
Na presença de sinal, a potência média de saída é o quadrado
do valor eficaz da tensão na carga dividido por RL :
Pcarga =
Vef2
RL
=
2
VO
2 máx
RL
2
=
VOmáx 2
2 RL
Eficiência
Para se obter a eficiência (rendimento) do amplificador de classe
A, substituem-se as equações que expressam a potência média
de saída e a potência média de entrada na equação:
η=
Pcarga
Pin
η = 0, 25
Pcarga =
⇔
VOmáx
2
VCC
VOmáx 2
2 RL
2
VCC
Pin = 2
RL
As duas últimas equações mostram que quer a potência de
saída, quer a eficiência aumentam com a amplitude do sinal,
atingindo um máximo quando VO ≈ VCC.
máx
Esta potência máxima é de: Pmax
2
VCC
=
2 RL
E corresponde a um rendimento de: η = 0,25 (25%)
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Dissipação de potência para um sinal de
entrada sinusoidal
+VCC
VBE
Q
vIN
vO
IEE
RL
-VCC
Fonte de corrente:
A dissipação média na fonte de corrente
mantém-se constante.
Transístor:
O transístor dissipa o que constitui o
diferencial entre a potência entregue pelas
fontes de tensão e a potência dissipada
pelas fontes de corrente e a potência
entregue à carga.
Dado que a potência máxima de saída é usualmente uma
condição chave no projecto, denota-se por:
Pmax
2
VCC
=
2 RL
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Potência total
fornecida ao
circuito
Distribuição da
potência de entrada
sem sinal
Duas fontes
fornecem:
Transístor de potência Máxima potência entregue
2
à carga: VCC
dissipa:
= Pmáx
a
arg
c
P
2 RL
2
%
VCC
25
Transístor de potência
= 2 Pmáx
2
RL
dissipa:
V
CC
= Pmáx
pa
i
s
s
pa
2 RL
Di %
ssi
2
VCC
Pin = 2
= 4 Pmáx
RL
50
Fonte de corrente
dissipa:
Distribuição da potência
de entrada se a entrada
tem amplitude VCC
Di 5%
2
Fonte de corrente dissipa:
2
CC
V
= 2 Pmáx
RL
ipa
s
Dis 0%
5
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
2
VCC
= 2 Pmáx
RL
ipa
s
s
Di 0%
5
Distribuição de potência no amplificador de
classe A com sinal sinusoidal de entrada
Na situação de rendimento máximo: +VCC
VBE
VCC
Vin
pa
i
s
is
DQ
%
25
Vout
VCC
vIN
IEE
pa
i
s
Dis 0%
5
-VCC
RL
vO
ga
P car %
25
A última coluna da tabela anterior mostra a distribuição de
potência no circuito para o caso de máxima amplitude.
À medida que se liga o sinal e se aumenta gradualmente a sua
amplitude, a dissipação no transístor diminui – a potência
entregue à carga iguala exactamente esta redução na
dissipação do transístor.
Para um sinal de amplitude máxima, a potência na carga é ¼ da
potência entregue pelas fontes de tensão, sendo a eficiência de
25%.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Projecto de um amplificador de classe A
Considere-se agora o projecto de um amplificador de classe A.
As suas especificações envolvem tipicamente valores
pretendidos de RL e de Pmáx , e pretende-se que o circuito opere
na maior eficiência possível.
Fonte de
alimentação
Fonte de corrente
- o valor da tensão dc;
- corrente dc;
- valores médios de - dissipação de potência
corrente que vai debitar;
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Transístor
- dissipação de potência;
- corrente máxima;
- limite inf. para a tensão
de breakdown.
Vantagens e desvantagens do amplificador
de Classe A
Vantagens:
- Amplificador muito simples;
- Operação linear;
- Grande fidelidade na reprodução dos sinais a amplificar;
Desvantagens:
- Muito ineficiente;
- Potências elevadas requerem muito maior eficiência;
- Toda a potência que não é entregue à carga é dissipada
conversão em calor
potenciais problemas térmicos;
- Necessidade de recurso a elementos de dissipação de calor;
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Porque é o amplificador de classe A tão ineficiente?
- um transístor pode conduzir apenas num sentido;
- polarização dc é necessária para lidar com sinais com ciclos
negativos;
- 75% ou mais da potência entregue ao circuito é dissipada pela
polarização dc;
Solução:
- eliminar a corrente de polarização!
Amplificador de classe B
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificador de Classe B
+VCC
Q1
RL
vI
Q2
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO
Amplificador de classe B em repouso
+VCC
Q1
vI=0
RL
Q2
-VCC
Sendo o sinal de entrada nulo, vI=0, verificase que:
- a malha que envolve a junção BaseEmissor do transístor 1 dispõe de 0V para
distribuir pelos elementos que a constituem.
- a malha que envolve a junção BaseEmissor do transístor 2 dispõe também de
0V para distribuir pelos elementos que a
vO constituem.
- assim, em repouso, nenhuma corrente é
produzida nos colectores de Q1(npn) e de
Q2(pnp).
- Dado que nenhum deles conduz, a
dissipação de potência em repouso é
nula!
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Modo de operação
+VCC
Q1
Quando vI ultrapassa VBE, o transístor Q1
entra na região activa mas o transístor Q2
continua ao corte: vO = vI − VBE , vI > VBE
A equação anterior verifica-se para valores
de vI crescentes até que Q1 sature:
vOmáx = VCC − VCEsat
vI
Q2
-VCC
assume valores negativos
RL vO Quando vI
(inferiores a -VBE ), o transístor Q2 passa a
operar na região activa, e a tensão de
entrada e saída verificam:
vO = vI + VBE , vI < −VBE
até o transístor saturar em:
vOmín = −VCC + VCEsat
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Ponto de funcionamento
+VCC
vI
Q1
vI
Q2
-VCC
Dado que o transístor Q1 ‘empurra’ corrente
para RL e que o transístor Q2 ‘puxa’ corrente
de RL, esta associação de transístores é
conhecida em inglês push-pull (puxaempurra).
RL vO
Para que o transístor Q1 conduza durante
apenas meio período, ele é polarizado
próximo do corte. Desta forma apenas os
ciclos positivos farão variar a corrente que o
atravessa e a tensão aos seus terminais. O
seu ponto de funcionamento é então
(VCC,0) (corte).
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Característica de transferência do
amplificador de classe B
vO
+VCC
VCC - VCEsat
Q1
-VBE
vI
RL vO
VBE
Q2
-VCC + VCEsat
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vI
Distorção de crossover
vO
VCC - VCEsat
+VCC
-VBE
VBE
Q1
vI
RL vO
vI
-VCC + VCEsat
Q2
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Distorção de crossover
+VCC
Q1
vI
RL vO
Q2
-VCC
Distorção de crossover
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO
VCC - VCEsat
-VBE
VBE
vI
-VCC + VCEsat
Dado que ambos os transístores estão ao
corte para pequenos valores de vI , a onda
de saída é altamente distorcida nas
proximidades da passagem do sinal por
zero.
Esta distorção de crossover é um problema
sério, que é especialmente severo para
sinais de amplitude reduzida.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Distorção de crossover
+VCC
Q1
vI
RL
Q2
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificador de classe AB
+VCC
iC1
IBB
Q1
iO
RL
vI
Q2
IBB
iC2
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO
Ponto de funcionamento
+VCC
IBB
iC1
Q1
iO
vI
IBB
O amplificador de potência de classe AB
elimina a distorção de crossover polarizando
os transístores um pouco acima do corte, de
forma a que eles conduzam quando vI=0.
Q2
iC2
RL vO
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Função de transferência
Quando vI se torna suficientemente positiva,
o transístor Q2 entra no corte enquanto o
transístor Q1 se mantém na zona activa.
+VCC
IBB
iC1
Q1
iO
vI
IBB
Q2
iC2
Para vI negativo, o transístor Q1 entra no
corte e o transístor Q2 entra na zona activa.
Mais uma vez, tem-se como uma
aproximação razoável:
RL vO
vO = v I + VD − VBE ≈ v I + 0,7 − 0,7 ≈ v I
vO ≈ vI
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Função de transferência
vO
VCC - VCEsat
+VCC
IBB
iC1
Q1
iO
vI
IBB
Q2
iC2
vI
RL vO
-VCC + VCEsat
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO
VCC - VCEsat
+VCC
IBB
iC1
Q1
iO
vI
IBB
vI
Q2
iC2
-VCC + VCEsat
RL v
O
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
e da
d
o ina
ã
rç lim
o
t
e
s
Di over
ss
o
r
c
Outras montagens de polarização de
amplificadores de classe AB
+VCC
iC1
Q1
iO
RL
vI
Q2
iC2
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO
+VCC
iC1
IBB
Q1
iO
RL
Q2
vI
iC2
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO
Polarização por recurso a multiplicador de VBE
+VCC
iC1
IBB
Q1
+
iO
R2
VBB
vI
R1
RL
Q2
iC2
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO
O circuito de polarização consiste num
transístor associado a duas resistências R1
e R2. O circuito resultante é alimentado por
uma fonte de corrente de valor Ibias
(bias=polarização).
+VCC
IBB
+
VBB
vI
R2
R1
Se ignorarmos a corrente de base de Q3
(usualmente muito pequena), então R1 e R2
conduzirão a mesma corrente IR , dada por:
Q1
Q3
Q2
-VCC
RL
IR =
vO
VBE3
R1
e a tensão VBB aos terminais do circuito de
polarização será: V = I ( R + R )
BB
R
1
= VBE3 1 +
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
2
R2
R1
Assim, o circuito simplesmente apresenta
aos seus extremos uma tensão que é igual a
R
VBE1 multiplicada por um factor 1 + R , sendo
conhecido por “circuito multiplicador de
VBE”.
2
1
+VCC
IBB
+
VBB
vI
Q1
R2
R1
Q2
RL
vO
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Em projecto de circuitos recorrendo a
componentes discretos, pode ser usado um
potenciómetro, como ilustrado na figura.
+VCC
IBB
+
Q1
VBB
vI
Este potenciómetro é manualmente ajustado
para produzir a tensão desejada.
Q2
RL
vO
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Distribuição de potência e eficiência de
amplificadores de Classe B e AB
O amplificador de classe AB apenas difere do amplificador de
classe B numa pequena tensão que é criada para polarizar as
bases dos transístores (o que elimina a distorção de crossover).
Dado que as correntes de polarização nos transístores são
pequenas, a potência dissipada em repouso é muito baixa,
sendo desprezável, sendo por isso as potências em jogo
essencialmente as mesmas.
Considerando como sinusoidais os sinais presentes no
amplificador, a potência de entrada é dada por:
Pin = VCC1 iC1média + VCC 2 iC2 média
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
iC1 (iC2) será a corrente de condução do transístor Q1 (transístor
Q2) que é aproximadamente meia onda por período.
Conclui-se então que os valores médios das correntes são
dados por:
V
i
iC1média =
iC2 média =
C
π
iC
π
=
=
Omáx
π RL
VOmáx
π RL
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Dado que a tensão se mantém constante, variando apenas a
corrente que atravessa cada uma das fontes, a potência
entregue por cada uma das fontes será dada pela expressão:
Pin = VCC iC média
Somando a potência entregue pelas duas fontes:
Pin =
2
π
VCC
VOmáx
RL
O valor médio da potência fornecida à carga é, tal como para o
amplificador de classe A, dado por:
Pcarga =
VO2máx
2 RL
Através das equações da potência fornecida pelas fontes e da
potência entregue à carga é então
possível determinar o
2
VOmáx
rendimento (eficiência):
η=
Pcarga
Pin
2 RL
π VOmáx
=
=
VO
4 VCC
2
VCC máx
RL
π
η=
π VOmáx
4 VCC
O rendimento máximo ocorre para VO ≈ VCC :
η=
π
4
= 0,785 (78,5% )
Este valor é muito superior ao máximo obtido em amplificadores
de classe A (25%).
O valor médio da potência dissipada nos transístores será:
PD = Pin − Pcarga =
2
π
VCC
VOmáx
RL
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
−
VO2máx
2 RL
máx
máx
máx
pa
i
s
Dis ,5%
21
a
P carg %
,5
78
Relativamente a amplificadores de classe A:
- deixa de haver dissipação de potência nos transístores na
situação de repouso;
- deixa de haver uma fonte de corrente a dissipar potência
significativa;
- aumenta o rendimento do amplificador;
- menor fidelidade ao sinal de entrada (especialmente importante
para sinais de pequena amplitude);
Protecção contra curto-circuitos
Q1
IO Vout
iO
Vin
vI
RL
Q2
iC2
-VCC
vO
RL a diminuir
Se RL assumir um valor reduzido ou se o terminal de saída for
inadvertidamente ligado à massa, a corrente que fluí nos
transístores tornar-se-á demasiadamente elevada e poderá
conduzir à sua destruição.
+VCC
iC1
Se acrescentarmos resistências em série aos emissores dos
transístores, garantimos que existe sempre um mínimo de
resistência presente que evite um valor demasiado elevado de
corrente.
+VCC
iC1
Q1
iO
vI
RL
Q2
iC2
-VCC
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Outra solução é a ilustrada na figura seguinte:
+VCC
iC1
Q1
Q3
RE1 iO
vI
RE2
RL
Q2
-VCC
iC2
A grande corrente que circulará através de Q1 na situação de curto-circuito
levará a uma queda de tensão aos terminais de RE1 de valor suficiente para que
Q5 entre na região activa. O colector de Q3 conduzirá então a maior parte da
corrente de polarização, desviando a corrente de base de Q1. A corrente
através de Q1 será portanto reduzida a um nível de operação seguro.
Circuito de desligar térmico
Para além da protecção contra curto-circuitos, a maioria dos
circuitos integrados está também equipada com um circuito que
mede a temperatura do chip e liga um transístor no caso de a
temperatura exceder um valor de segurança previamente
definido. Esse transístor é ligado de forma a absorver a corrente
de polarização do amplificador, desligando a sua operação.
+VCC
Q1
Z1
R1
R2
-VCC
Q2
Os dois componentes fundamentais no processo de desligar
térmico são o díodo zener e o transístor Q1.
+VCC
Temperatura
Z1
Iout=0
Q1
Z1
VZT 2 VZT 1
R1
R2
Off
Q2
On
Q1
VBET 1
V
BET 2
-VCC
Para a situação inicial de temperatura, a montagem é projectada
de forma a que Q2 esteja ao corte.
Para uma temperatura de risco, a montagem é projectada de
forma a que o transístor Q2 desvie corrente dos pontos críticos.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
O transístor Q2 está normalmente desligado.
À medida que a temperatura do chip cresce,
a combinação do coeficiente de temperatura
positivo do díodo zener, com o coeficiente
de temperatura negativo de VBE1 fazem com
que a tensão no emissor de Q1 se eleve.
+VCC
Q1
Z1
R1
R2
-VCC
Q2
Isto, por sua vez, aumenta a tensão na base
de Q2 até um ponto em que ele passa a
funcionar, desviando corrente de algum
ponto do circuito, evitando que o circuito
continue a operar.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificador sem realimentação
Vi
A
Sinal de saída (VO)
Sinal de entrada (VS)
A forma mais comum de um amplificador é a ilustrada na figura.
Caso os componentes internos do amplificador sofram variações
nos seus valores, o factor de amplificação A reflecte-o
imediatamente, alterando o seu valor.
A situação ideal seria tornar o sistema amplificador imune a
variações nos componentes que constituem o amplificador.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Realimentação
A realimentação é actualmente usada em amplificadores áudio,
em sistemas controladores industriais e osciladores, para
nomear apenas algumas aplicações.
Realimentação significa devolver uma porção do sinal de saída
de um circuito à entrada do mesmo ou de um andar anterior.
Se o sinal realimentado está em oposição de fase, opondo-se ao
sinal original de entrada, a realimentação é dita negativa ou
degenerativa. Contudo, se o sinal realimentado está em fase, e
sendo assim reforça o sinal de entrada original, a realimentação
é dita positiva ou regenerativa.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Uma configuração genérica de amplificação com realimentação
é ilustrada na figura seguinte:
Ponto de soma
Vi
Sinal de entrada (VS)
Sinal de realimentação (Vf)
A
Sinal de saída (VO)
Malha de realimentação
O sinal de saída é realimentado na entrada via uma malha de
realimentação. A letra grega
é usada para representar a
percentagem do sinal de saída que é realimentada. Esse
parâmetro é chamado de factor de realimentação. A
realimentação pode ser na forma de tensão ou corrente, sendo a
diferença entre as duas situações discutida mais à frente.
Realimentação negativa
Vantagens da realimentação negativa:
Em projecto de amplificadores, a realimentação negativa é
usada para ter efeito sobre uma ou mais das seguintes
propriedades:
- dessensibilizar o ganho: tornar o valor do ganho menos
sensível a variações no valor de componentes do circuito e a
mudanças na temperatura;
- reduzir a distorção não linear: tornar a saída proporcional à
entrada (por outras palavras, tornar o ganho constante
independentemente do nível do sinal);
- reduzir o efeito do ruído: minimizar o efeito no sinal de saída
de sinais eléctricos indesejados gerados por componentes do
circuito ou por interferência externa;
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
- controlar a impedância de entrada e de saída: aumentar ou
diminuir a impedância de entrada ou de saída escolhendo a
topologia de realimentação adequada;
- aumentar a largura de banda de um amplificador.
Desvantagens da realimentação negativa:
Todas as propriedades acima são desejáveis, mas são obtidas à
custa de uma redução no ganho.
O factor de realimentação é o factor pelo qual o circuito é
dessensibilizado, pelo qual a impedância de entrada de um
amplificador de tensão é aumentada, pelo qual a largura de
banda de um amplificador é estendida, etc.
Sintetizando, a ideia básica da realimentação negativa é trocar
ganho por propriedades desejáveis.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Vi
VS
A
VO
Vf
No ponto de soma, o sinal original VS e o sinal de realimentação
Vf (porção do sinal de saída ) são somados (ou subtraídos) para
constituir o novo sinal de entrada Vi:
Vi = Vs ± V f
O sinal ± é determinado pelo tipo de realimentação.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Vi
VS
A
VO
Vf
Vi = V s ± V f
Sendo Vf = Vo, obtém-se:
Vi = Vs ± βVo
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Vi
VS
A
VO
Vf
Sendo a realimentação negativa:
Vi = Vs − βVo
A tensão de saída do amplificador será dada por:
Vo = AVi ⇔
Vo = A(Vs − V f ) ⇔
Vo = A(Vs − βVo )
onde A é o ganho do amplificador.
Vi
VS
A
Vf
VO
O ganho de tensão do sistema completo incluindo
realimentação, representado por A’ (também representado por
Af), é dado por:
Vo
A' =
Vs
É possível verificar qual o valor do novo ganho com
realimentação A’ relativamente ao ganho anterior A. Para isso
basta desenvolver a expressão anterior fazendo aparecer por
substituição de variáveis a variável A.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Vi
VS
Vf
A’
A
VO
A' =
Vo
⇔
Vs
A' =
AVi
⇔
Vs
A' =
Então, quando um amplificador de ganho A
é realimentado negativamente com um
factor de realimentação , o novo ganho do
sistema amplificador com realimentação,
A’, é dado por:
A
A' =
1 + βA
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
A(Vs − V f )
⇔
Vs
A(Vs − β Vo )
A' =
⇔
Vs
A' = A − Aβ
Vo
⇔
Vs
A' = A − AβA' ⇔
A'+ AβA' = A ⇔
A' =
A
1 + βA
Efeitos da realimentação negativa no ganho
O ganho com realimentação depende de dois factores:
- o ganho do amplificador A;
- o valor do factor de realimentação ;
Exemplo:
Se um amplificador tem um ganho de 80 sem realimentação, e
se um factor de realimentação de 0,1 é aplicado, o ganho com
realimentação A’ será:
A
80
80
=
=
= 8,88
A' =
1 + βA 1 + 0,1 ⋅ 80 9
Com realimentação negativa, o ganho do amplificador é
reduzido por um factor de 9.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Quanto maior o factor de realimentação, menor o ganho da
montagem total. Apesar de a realimentação negativa baixar o
ganho do amplificador, poderão ser obtidas melhorias no seu
desempenho (como atrás visto):
- dessensibilizar o ganho
- reduzir a distorção não linear
- reduzir o efeito do ruído
- controlar a impedância de entrada e de saída
- aumentar a largura de banda de um amplificador.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Efeitos da realimentação negativa na
estabilidade do ganho
O ganho de um amplificador com realimentação mantém-se
relativamente constante quando ocorre uma variação nas
condições de funcionamento.
Isto pode ser muito importante numa situação de controlo
industrial, por exemplo, onde a alteração do ganho de um
amplificador devido a variações nas condições de funcionamento
(temperatura ambiente por exemplo) poderia significar que um
lote completo da produção fosse perdido.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Assumindo que um aumento de temperatura tem como
consequência a variação do ganho de um amplificador de 80
para 90. A variação ocorrida foi de:
90 − 80
Variação(% ) =
⋅ 100% = 12,5%
80
O ganho com realimentação negativa é dado por:
A
90
⇔
=9
A' =
1 + βA
1 + 0,1 ⋅ 90
Recorrendo a este exemplo e ao exemplo anterior, vemos que a
variação do ganho total com realimentação negativa foi passar
do valor 8,9 para o valor 9. Isto representa uma variação de
1,11% o que constitui uma variação cerca de 10 vezes menor
relativamente à situação sem realimentação.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Para além disso, dado que a distorção de amplitude e frequência
são causadas por variações no ganho, ambos os efeitos são
reduzidos devido à realimentação negativa.
Quando o valor A é elevado quando comparado com a
unidade, devido ao ganho elevado ou devido a um elevado, o
denominador 1+ A é aproximadamente igual a A, e a equação
para o ganho com realimentação transforma-se em:
A' =
A
A
1
≈
=
1 + βA βA β
Assim, desde que o ganho A da montagem amplificadora seja
elevado, ao introduzir-se realimentação, o ganho total da
montagem deixa de depender do ganho A do amplificador e
passa a ser essencialmente dependente da malha de
realimentação.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Tipos de Amplificadores
Um amplificador pode ser visto como um sistema electrónico que
produz uma saída proporcional a uma entrada.
Dependendo do tipo de grandeza de saída (tensão ou corrente)
e do tipo de grandeza da entrada (tensão ou corrente), vários
tipos de amplificadores podem ser considerados:
- Amplificador de tensão;
- Amplificador de corrente;
- Amplificador de transcondutância;
- Amplificador de transresistência.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificadores de tensão
Os amplificadores de tensão têm como finalidade fornecer um
sinal de tensão de saída, amplificando um sinal de tensão de
entrada.
O amplificador de tensão é essencialmente uma fonte de tensão
controlada por tensão.
Dado que a fonte de sinal é essencialmente uma fonte de
tensão, é conveniente representá-la em termos do seu circuito
equivalente de Thévenin.
A impedância de entrada do amplificador de tensão deve ser
elevada, e a impedância de saída deve ser pequena. Dessa
forma o amplificador amplificará de forma mais eficiente o sinal
de entrada.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Rs
A
+
Vs
Vi
Ri
Ro
AVi
+
VO
RL
-
-
Num amplificador de tensão a grandeza de saída de interesse é
a tensão. Dada a representação em equivalente de Thévenin
da fonte, o sinal de realimentação deve ser uma tensão que
possa ser misturada em série com a tensão de entrada.
Uma topologia adequada é a derivação paralela
realimentação série, ilustrada na figura do slide seguinte.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
e
Amplificador de tensão realimentado na topologia série-paralelo.
Rs
A
+
Vs
Vi
-
Vf +
Ri
Ro
AVi
+
VO
-
-
Vf= VO
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
RL
Rs
Vs
- Vf +
+
Vi
-
A
Ri
Ro
AVi
+
VO RL
-
Esta montagem, não só estabiliza o ganho de tensão como
resulta numa resistência de entrada mais elevada
(intuitivamente, um resultado da ligação série na entrada) e uma
resistência de saída menor (intuitivamente, resultado da
ligação paralela à saída), que são propriedades desejáveis para
um amplificador de tensão.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificadores de corrente
IO
A
Is
Rs
Ii
Ri
AIi
Ro
Neste tipo de amplificadores o sinal de entrada é uma
corrente, pelo que a fonte de sinal é mais convenientemente
representada pelo seu equivalente de Norton.
A grandeza de saída de interesse é a corrente, pelo que a
malha de realimentação deve amostrar essa corrente de saída.
O sinal de realimentação deve ser uma corrente de forma a
poder ser misturado em paralelo com a fonte de corrente. Assim,
a topologia indicada para um amplificador de corrente é a
derivação série e realimentação paralela ilustrada na figura.
RL
Amplificador de corrente realimentado na topologia paraleloIO
série.
A
Is
Rs
Ii
Ri
AIi
If
= IO
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Ro
RL
A
Is
Rs
Ii
Ri
IO
AIi
Ro
RL
If
Esta topologia não só estabiliza o ganho de corrente como
também resulta numa resistência de entrada menor e numa
maior resistência de saída, que são características desejáveis
num amplificador de corrente.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificadores de transcondutância
Rs
A
+
Vs
Vi
IO
AVi
Ri
Ro
RL
-
Neste tipo de amplificadores o sinal de entrada é uma tensão e
o sinal de saída é uma corrente. Assim, a topologia indicada é
a derivação série e realimentação série
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificador de transcondutância realimentado na topologia
série-série.
I
Rs
O
A
+
Vs
Vi
-
Vf +
Ri
AVi
-
Vf= VO
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Ro
RL
Amplificadores de transresistência
A
Is
Rs
Ii
Ri
Ro
AIi
+
VO
RL
-
Neste tipo de amplificadores o sinal de entrada é uma corrente
e o de saída uma tensão. A topologia indicada neste caso é a
derivação paralela e realimentação paralela ilustrada na
figura.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Amplificador de transresistência realimentado na topologia
paralelo-paralelo.
A
Is
Rs
Ii
Ri
Ro
AIi
+
VO
-
If
= IO
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
RL
Efeitos da realimentação nas características
de entrada e saída dos amplificadores
Foi visto como conceptualmente proceder à realimentação de
vários tipos de amplificadores no que respeita à forma como os
sinais são extraídos da saída e realimentados na entrada.
Será útil verificar qual a configuração circuital da malha de
realimentação para cada tipo de amplificador.
Com base em todo o circuito, circuito amplificador e malha de
realimentação, será possível através de alguma análise
determinar os efeitos quantitativos da realimentação nas
características de entrada e de saída dos amplificadores.
Para simplificação da análise, deste ponto em diante
consideraremos nulas as resistências internas das fontes
de sinal (de tensão e corrente).
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
A topologia de realimentação série-paralelo estabiliza a relação
Vo
Vs pelo que é indicada para amplificadores de tensão. A
estrutura ideal do amplificador realimentado na tipologia série
paralelo é ilustrada na figura seguinte:
A
+
Vs
Vi
-
Vf +
Ri
Ro
AVi
+
VO
-
-
+
VO
VO
-
RL
O ganho de tensão de malha fechada (com realimentação) Af é
dado, como já visto, por:
VO
A
Af =
=
Vs 1 + Aβ
O circuito equivalente para o amplificador realimentado na
topologia série-paralelo é mostrado na figura seguinte:
Af
+
Vs
Vi
+
Rif
Rof
AfVi
+
VO
-
-
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
RL
Vs
+
Vi Ri
-
+
Vs
Vi Ri
-V + f
A
A
VO
Af
Vs
+
Vi Rif
--
Ro
AVi
Ro
AVi
+
VO
Rof
AfVi
Partimos da situação de
+
amplificação sem
VO RL realimentação.
-
+
VO RL
Realimenta-se o
amplificador de acordo com
o seu tipo (grandezas em
jogo na saída e na entrada)
Toda a montagem
(amplificador já
realimentado) pode ser
+
vista como um novo
VO RL amplificador com novos
parâmetros.
Ii
Expressão dos novos parâmetros do amplificador de tensão
realimentado na topologia série-paralelo.
+
Vi Ri
-V + f
Vs
A
VO
Af
Vs
+
Vi Rif
-
Ro
AVi
+
VO
-
Rif =
Vs
V
V
= s = Ri s
Vi
Ii
Vi
Ri
Vi + V f
Vi + βVO
= Ri
= Ri
Vi
Vi
V + β AVi
= Ri i
⇔
Vi
+
VO
Rof
AfVi
Cálculo da nova
resistência de entrada:
+
VO
-
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Rif = Ri (1 + β A)
Rif > Ri
Rif = Ri (1 + β A)
Isto significa que, neste caso a realimentação negativa
aumentou a resistência de entrada por um factor de (1+ A).
Dado que a derivação da equação anterior não depende do
método de amostragem do sinal de saída (paralela ou série),
conclui-se que a relação entre Rif e Ri só depende do método
de mistura dos sinais de entrada e de realimentação.
Note-se que este resultado não é surpreendente e é fisicamente
intuitivo: dado que a tensão de realimentação Vf se subtrai a Vs,
a tensão que aparece aos terminais de Ri, isto é, Vi, torna-se
mais pequena. Assim, a corrente de entrada Ii torna-se também
mais pequena, o que equivale a ter-se na entrada uma
resistência equivalente maior.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Para determinar a resistência de saída, Rof, do amplificador
realimentado, torna-se o sinal de entrada nulo e aplica-se uma
tensão de teste Vx à saída, como ilustrado na figura seguinte.
+
Vs=0
Vi Ri
-V + f
A
VO
Ix
Ro
AVi
+
VO
-
+
Vx
-
Vx
V x − AVi
Rof =
Ix =
Ix
Ro
Vi = −V f = − βVo = − βV x
V x + AβV x
Ix =
Ro
V
Ro
Rof = x =
I x 1 + Aβ
Rof < Ro
Isto é, neste caso a realimentação negativa reduz a
resistência de saída por um factor (1+ A). .
Pode verificar-se que a derivação feita não depende do método
de mistura na entrada. Assim, a relação entre Rof e Ro depende
apenas do método de amostragem da saída.
Conclui-se então, que para um amplificador de tensão
realimentado na topologia série-paralelo, o ganho, a resistência
de entrada e a resistência de saída apresentam as variações
qualitativas e quantitativas a seguir indicadas:
Vs
+
Vi Ri
-
A
Ro
AVi
Com
realimentação
Af
Vs
+
Vi Rif
-
Ganho A
+
VO RL Resistência de entrada Ri
Resistência de saída Ro
Ganho:
Af =
A
1 + Aβ
Resistência de entrada Rif
Rof
AfVi
+
Rif = Ri (1 + β A)
VO RL
Resistência de saída Rof
Ro
Rof =
Dep. de Engenharia Electrotécnica
1 + Aβ
ESTV
A topologia de realimentação paralelo-série é indicada para
realimentar amplificadores de corrente.
IO
A
Is
Ii
AIi
Ri
Ro
RL
If
IO
IO
O ganho de corrente de malha fechada (com realimentação) Af é
dado, como já visto, por:
I
A
Af = O =
I i 1 + Aβ
O circuito equivalente para o amplificador realimentado na
topologia paralelo-série é mostrado na figura seguinte:
IO
Af
Is
Ii
Rif
AfIi
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Rof
RL
A
Is
Ii
Ri
IO
Ro
AIi
IO
A
Is
Ii
Ro
AIi
Ri
RL
Realimenta-se o
amplificador de acordo com
o seu tipo (grandezas em
jogo na saída e na entrada)
If
IO
IO
Af
Is
Ii
Rif
Partimos da situação de
amplificação sem
RL realimentação.
IO
Rof
AfIi
Toda a montagem
(amplificador já
realimentado) pode ser
vista como um novo
RL amplificador com novos
parâmetros.
Expressão dos novos parâmetros do amplificador de
corrente realimentado na topologia paralelo-série.
A
+
Vi
Is -
Ii
Ri
IO
AIi
Ro
Rif =
Vi
RI
= i i
Is
Is
Ii
Ii
= Ri
= Ri
Ii + I f
Ii + β Io
If
IO
Af
Is
Cálculo da nova
resistência de entrada:
Ii
Rif
IO
= Ri
IO
AfIi
Rof
Ii
I i + β AI i
Ri
Rif =
1+ β A
Rif < Ri
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
⇔
Para determinar a resistência de saída, Rof, do amplificador
realimentado, torna-se o sinal de entrada nulo e aplica-se uma
tensão de teste Ix à saída, como ilustrado na figura seguinte.
Ix
A
Is=0
Ii
Ri
AIi
Ro
+
Vx
-
Vx
Rof =
Ix
Vx = Ro ( I x − AI i )
Ii = − I f = −β Io = −β I x
Vx = Ro ( I x + Aβ I x )
If
IO
IO
Vx
Rof =
= Ro (1 + Aβ )
Ix
Rof > Ro
Isto é, neste caso, a realimentação negativa aumenta a
resistência de saída por um factor (1+ A). .
Pode verificar-se que a derivação feita não depende do método
de mistura na entrada. Assim, a relação entre Rof e Ro depende
apenas do método de amostragem da saída.
Conclui-se então, que para um amplificador de tensão
realimentado na topologia paralelo-série, o ganho, a resistência
de entrada e a resistência de saída apresentam as variações
qualitativas e quantitativas a seguir indicadas:
A
Is
Ii
Ri
IO
Ro
AIi
Ganho A
RL Resistência de entrada Ri
Resistência de saída Ro
Com
realimentação
Af
Is
Ii
Rif
Ganho:
IO
Rof
AfIi
Af =
A
1 + Aβ
Resistência de entrada Rif
RL
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Rif =
Ri
1+ β A
Resistência de saída Rof
Rof = Ro (1 + Aβ )
Da análise dos efeitos da realimentação nos valores da
resistência de entrada e saída dos amplificadores nas topologias
série-paralelo e paralelo-série concluímos já o seguinte:
Qualquer topologia que faça a amostragem do sinal de saída
de forma série, vê a sua resistência de saída aumentada num
factor de 1+A :
Rof = Ro (1 + Aβ )
Qualquer topologia que faça a amostragem do sinal de saída
de forma paralela, vê a sua resistência de saída diminuida
num factor de 1+A :
Ro
Rof =
1 + Aβ
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Qualquer topologia que faça a mistura na entrada do sinal de
realimentação de forma série, vê a sua resistência de
entrada aumentada num factor de 1+A :
Rif = Ri (1 + Aβ )
Qualquer topologia que faça a mistura na entrada do sinal de
realimentação de forma paralela, vê a sua resistência de
entrada diminuida num factor de 1+A :
Rif =
Ri
1 + Aβ
Para qualquer amplificador, o ganho com realimentação será
inferior ao ganho em malha aberta num factor de 1+A .
Estes resultados permitem inferir de imediato o que sucede em
termos de valor de resistências de entrada e de saída para os
amplificadores de transcondutância e de transresistência
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
A topologia de realimentação série-série é indicada para
realimentar amplificadores de transcondutância.
IO
A
+
Vs
Vi
-
Vf +
AVi
Ri
Ro
RL
-
IO
IO
Conclui-se então, que para um amplificador de transcondutância
realimentado na topologia série-série, o ganho, a resistência de
entrada e a resistência de saída apresentam as variações
qualitativas e quantitativas a seguir indicadas:
Vs
+
Vi Ri
-
A
IO
Ro
AVi
RL
Com
realimentação
Ganho:
IO
Vs
Af
+
Rof
Vi Rif
AfVi
-
Ganho A
Resistência de entrada Ri
Resistência de saída Ro
RL
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Af =
A
1 + Aβ
Resistência de entrada Rif
Rif = Ri (1 + β A)
Resistência de saída Rof
Rof = Ro (1 + Aβ )
A topologia de realimentação paralelo-paralelo é indicada para
realimentar amplificadores de transresistência.
A
Is
Ii
Ri
Ro
AIi
+
VO
-
If
+
VO
VO
-
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
RL
Conclui-se então, que para um amplificador de tensão
realimentado na topologia série-série, o ganho, a resistência de
entrada e a resistência de saída apresentam as variações
qualitativas e quantitativas a seguir indicadas:
A
Is
Ii
Ri
Ro
AVi
Ganho A
+
VO RL Resistência de entrada Ri
Resistência de saída Ro
Com
realimentação
Af
Is
Ii
Rif
Rof
AfVif
Ganho:
Af =
A
1 + Aβ
Resistência de entrada Rif
+
VO RL
-
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Rif =
Ri
1 + Aβ
Resistência de saída Rof
Rof =
Ro
1 + Aβ
Efeitos da Realimentação
Tipo de
Amplificador
Tensão
Corrente
Transcondutância
Transresistência
Topologia de
realimentação
Ganho
Resistência
entrada
Resistência
saída
Ro
1 + Aβ
série-paralelo
A
Af =
1 + Aβ
Rif = Ri (1 + β A) Rof =
paralelo-série
A
Af =
1 + Aβ
Rif =
série-série
A
Af =
1 + Aβ
Rif = Ri (1 + β A) Rof = Ro (1 + Aβ )
A
Af =
paralelo-paralelo
1 + Aβ
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Rif =
Ri
1 + Aβ
Ri
1 + Aβ
Rof = Ro (1 + Aβ )
Rof =
Ro
1 + Aβ
+
Vs
Vi Ri
- Vf + -
A
VO
+
VO RL
-
Ro
AVi
+
VO
A
Is
Ii
Ri
IO
AIi
Ro
If
IO
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
IO
RL
+
Vs
Vi Ri
- Vf + -
A
IO
IO
AVi
Ro
RL
IO
A
Is
Ii
Ri
If
VO
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Ro
AIi
+
VO
-
+
VO
RL
-
Circuitos práticos de realimentação
A discussão anterior sobre amplificadores é essencialmente
conceptual, sendo por vezes a relação com circuitos reais de
amplificação difícil de estabelecer.
Num circuito ‘real’ não existem fontes controladas mas sim
montagens com transístores que desempenham essa função.
Esta secção mostra circuitos práticos de amplificação e ilustra os
quatro tipos de configurações de realimentação que se
acabaram de discutir.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
Topologia série-paralelo:
vs
vc1=vb2
vO
O transístor Q1 amplifica e inverte o sinal de entrada vs,
aplicando-o à base de Q2.
O sinal é de novo amplificado e invertido resultando no sinal de
saída ilustrado.
Uma porção deste sinal de saída é realimentado no emissor de
Q1 através da resistência de realimentação Rf.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vO
O valor da tensão aplicada ao emissor de Q1 é determinado pela
relação entre Rf e R4.
Se por alguma razão o sinal de saída Vo assumir uma amplitude
superior à esperada (o ganho variou devido à temperatura p.
exemplo), a tensão de realimentação Vf torna o potencial no
emissor de Q1 mais elevado, o que conduz a uma redução do
sinal de tensão entre a base e o emissor de Q1.
vs
vO
vo
vf
vbe1
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vo
Topologia paralelo-paralelo:
if
vs
is
vO
ii
O transístor amplifica e inverte o sinal de entrada vs. Uma porção
do sinal de saída, que em polaridade é oposto à entrada, é
criada aos terminais de Rf.
O valor de Rf determina o valor da corrente realimentada na
Dep. de Engenharia Electrotécnica
entrada.
ESTV
if
vO
vs
is
ii
Se por alguma razão o factor de amplificação da montagem
aumentar, o sinal de saída terá, para o mesmo sinal de entrada,
uma amplitude superior.
Isso provocará uma tensão com o sentido indicado na
resistência Rf, o que fará com que retiremos corrente à base do
transístor, reduzindo assim a amplitude da tensão de saída.
if
vO
ib
vs
|vo|
if
ib
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vo
Topologia série-série:
vO
vs
iO
io
O transístor amplifica o sinal de entrada vs. O sinal de corrente
de saída resultante io, passa através da resistência R4. Isto é
devido a C3, percurso de baixa impedância para sinais, ter sido
removido.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
iO
vs
io
Se por alguma razão o factor de amplificação da montagem
aumentar, o sinal de saída (de corrente) terá, para o mesmo
sinal de entrada, uma amplitude superior.
Um aumento da corrente de saída provoca um imediato aumento
da tensão de realimentação vf, reduzindo a tensão entre a base
e o emissor de Q, e logo reduzindo também a corrente de saída.
iO
vs
io
io
vf
vbe
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
io
Vc1=vb2
Topologia paralelo-série:
vO
vs
io
iO
A resistência de emissor do segundo andar (R8) não tem bypass
e providencia o percurso de corrente para a corrente de saída iO.
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
vc1=vb2
vs
iO
if
io
Se por alguma razão o factor de amplificação da montagem
aumentar, o sinal de saída (de corrente) terá, para o mesmo
sinal de entrada, uma amplitude superior.
Esse fenómeno provocará um aumento da corrente de feedback
desviada do primeiro andar amplificador, repondo a amplitude do
sinal de corrente de saída nos níveis esperados.
Vc1=vb2
vs
iO
ib1
if
io
io
if
ib1
Dep. de Engenharia Electrotécnica
ESTV
io
Osciladores
Um oscilador é um circuito que gera um sinal periódico com
uma forma de onda e frequência predeterminadas.
Todos os dispositivos electrónicos contendo realimentação
estão sujeitos a criar oscilações se existirem certas condições.
Num circuito amplificador estas oscilações são indesejáveis.
Contudo, num circuito oscilador, o objectivo de projecto é gerar
oscilações de forma controlada.
As formas de onda de saída de osciladores incluem
sinusóides, ondas quadradas, pulsos, ondas triangulares e
muitas outras.
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As oscilações são produzidas por realimentação positiva, em
contraste com a realimentação negativa, que é usada para
estabilizar amplificadores e outros circuitos, como já foi
visto.
A realimentação negativa pode tornar-se em realimentação
positiva devido a deslocamentos de fase indesejados no
circuito.
O foco deste capítulo é o uso planeado da realimentação
positiva para estabelecer e manter oscilações de um dado tipo.
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Critério de Barkhausen
Este diagrama contém um bloco com ganho no sentido directo A
e um bloco com ganho de realimentação de valor .
Esta configuração difere dos sistemas de realimentação do
capítulo anterior dado que não há uma entrada fornecida por
uma fonte externa de sinal.
Este diagrama descreve uma malha de realimentação
positiva, através da qual oscilações que se auto-sustentam
podem ser geradas. Deve notar-se que estamos apenas a
observar as condições relativas ao sinal no loop. A energia
necessária para sustentar as oscilações é fornecida por
fontes.
Assume-se que de alguma forma um sinal e aparece na entrada
do bloco A. Este sinal é amplificado e aparece na saída como
sendo Ae. Este sinal de saída é multiplicado por , e à saída do
bloco de realimentação aparece o sinal Ae.
Para que as oscilações se mantenham uniformes, este sinal
deve igualar a amplitude do sinal assumido no início. Assim
sendo,
Aβe = e
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Aβe = e
Sendo o ganho de loop GL dado por:
G L = Aβ
e substituindo esta definição na equação anterior, determina-se
o critério para oscilações sustentadas como sendo:
GL = 1
Este resultado é uma expressão do critério de Barkhausen.
Ele afirma que para manter oscilações, o ganho do loop deve
ser unitário.
Ganho do loop = 1
Deslocamento de fase do loop = 360º.n
onde n é um inteiro.
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A análise anterior justifica o processo de oscilações
sustentadas, mas o leitor mais céptico pode interrogar-se como
foi iniciado o processo dado não haver um sinal de entrada. De
onde aparece o sinal e?
Pode ser difícil manter o ganho do loop exactamente na unidade
sem algum tipo de compensação.
Os melhores osciladores usam realimentação positiva e
negativa.
As oscilações são estabelecidas por realimentação positiva.
A realimentação negativa é usada para controlar a amplitude
das oscilações e para manter o ganho do loop exactamente
unitário.
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Osciladores RC e LC
Muitos dos osciladores standard são classificados como
osciladores RC ou LC. A distinção reside no tipo de
componentes usados para gerar o deslocamento de fase
necessário no bloco
do loop. Os osciladores RC usam
resistências e condensadores para criar o deslocamento de
fase, enquanto os osciladores LC usam indutâncias e
condensadores.
Como regra geral, os osciladores RC são mais fáceis de
projectar e têm características de operação superiores a
frequências relativamente baixas, enquanto os osciladores
LC são superiores a frequências mais elevadas.
Como aproximação pode afirmar-se que os osciladores RC
trabalham melhor abaixo de cerca de 1MHz.
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Osciladores RC:
Dois dos osciladores RC mais comuns são discutidos nesta
secção.
As formas de onda de saída desejadas dos circuitos a serem
considerados são sinusóides.
Oscilador em ponte de Wien:
O oscilador RC mais popular empregando o conceito de ganho
unitário de realimentação é o oscilador em ponte de Wien,
cuja forma básica é ilustrada na figura seguinte:
A
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Da figura:
A
Z1
β=
Z1 + Z2
onde Z1 e Z2 são as impedâncias do
circuito
RC
paralelo
e
série,
respectivamente.
Z2
Z1
Dado que o ganho do amplificador não
inversor é A, requer-se que:
Z1
=1
Aβ = A
Z1 + Z 2
Para a frequência de oscilação
1
se em:
XC =
1
jωoC
Aβ = A
0,
esta expressão transforma-
R
jω o C
1
+R
jω o C
1
R
1
jω o C
+
+R
1
jω o C
+R
jω o C
=1⇔
1
Aβ = A
R
jω o C
1
+R
jω o C
=1⇔
1
R
1
jω o C
+
+R
1
ω
j
C
o
+R
jω o C
A
R
1 + Rjω o C
R
1
+
+R
jω o C
1 + Rjω o C
ARjω o C
1 + 3Rjω o C − R ω o C
2
2
2
=1⇔
=1
Dado que o numerador da expressão do primeiro membro é
imaginário, para que a expressão seja real, o seu denominador
também tem que ser imaginário. Ou seja, a parte real do
denominador tem que ser nula:
Re {1 + 3RjωoC − R 2ωo 2C 2 } = 0
{
}
Re 1 + 3Rjω o C − R 2ω o C 2 = 0 ⇔
2
1 − R 2ω o C 2 = 0 ⇔
2
1
R 2C 2
1
ωo =
RC
ωo 2 =
Sendo nula a parte real do denominador da expressão seguinte:
ARjωoC
=1
2
2 2
1 + 3RjωoC − R ωo C
ARjωoC
=1
3RjωoC
Re {1 + 3RjωoC − R 2ωo 2C 2 } = 0
A=3
Assim verifica-se que deve ser usado um dispositivo activo
capaz de produzir um ganho de tensão não inversor A=3 para
se verificar o critério de Barkhausen.
Os osciladores em ponte de Wien devem então verificar A = 3
A frequência das oscilações produzidas por esta montagem
será dada pela expressão já determinada:
ωo =
1
1
⇔ fo =
RC
2π RC
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Oscilador de deslocamento de fase:
Um diagrama de um oscilador de deslocamento de fase é
ilustrado na figura:
Amplificador
inversor
O deslocamento de fase pode ser conseguido por uma rede de
condensadores e resistências. Apenas para uma frequência a
rede produzirá um deslocamento de fase de 180º, determinando
por isso a frequência de oscilação. O circuito de deslocamento
de fase RC é geralmente usado até 100KHz.
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Redes de deslocamento de fase de três secções:
Numa associação RC série, a corrente está em avanço em
relação à tensão aplicada.
O ângulo de fase é determinado pelo rácio entre a reactância
capacitiva e a resistência. O circuito e o diagrama de fase são
ilustrados na figura seguinte:
A saída do circuito é tirada aos terminais da resistência, e esta
tensão está em fase com a corrente do circuito I. Contudo, está
em avanço relativamente à tensão de entrada por um ângulo :
tan θ =
VC I ⋅ Z c
=
VR
I ⋅R
É portanto possível projectar o circuito (definindo o valor de R e
de C) de forma a que:
θ = 60º
tan θ = 1,732
ZC
= 1,732
R
Assim, três secções RC devem teoricamente produzir um
deslocamento de fase total de 180º. O circuito e o diagrama
fasorial é ilustrado na figura seguinte:
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A saída do amplificador é
fornecida à rede C1R1. A
tensão que se desenvolve
aos terminais de R1 está em
avanço de
relativamente
ao sinal original de saída.
Esta tensão aos terminais de R1 é a tensão de entrada do
próximo andar C2R2 e a tensão desenvolvida aos terminais de
R2 está em avanço de 2 relativamente ao sinal original de
saída.
A tensão aos terminais de R2 é fornecida a um terceiro andar
que a desloca mais um ângulo .
O sinal original foi agora deslocado 3 =180º. A tensão de
realimentação Vf está agora desfasada de 180º com Vo, que é
condição ideal para a ocorrência de oscilações.
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Para determinar as condições de amplitude e fase para o critério
de Barkhausen, analisa-se o circuito de deslocamento de fase
da figura seguinte:
A característica de transferência de um tal circuito é mais
facilmente determinada por uma análise sistemática da saída
para a entrada como sugerido pelas seguintes equações:
1
1
Vi
V
=
V
+
I
=
+
Vi
1
1
i
1
I1 =
jωC
jωRC
R
I2 =
Vi Vi
Vi
V1
1
1
+ I1 = 1 +
+ = 2+
R
jωRC R R
jωRC R
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Continuando esta análise, conclui-se que:
Vi
β=
=
Vo 1 + 6
1
jωRC
−5
ω R C
2
2
2
− 1
ω 3 R 3C 3
Assim, o projecto deve verificar:
Aβ = 1 ⇔
A
1+ 6
jωRC
−5
ω 2 R 2C 2
− 1
=1
ω 3 R 3C 3
Para que a expressão do primeiro membro seja real é
necessário que a parte imaginária do denominador seja nula
(dado que o numerador já é real). Isto resulta numa frequência
1
de oscilação dada por:
ωo =
6 RC
Substituindo este valor na expressão anterior obtém-se que
deve ser igual a 29.
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Os osciladores de deslocamento de fase devem verificar A = 29
A frequência das oscilações produzidas por esta montagem
será dada pela expressão já determinada:
ωo =
1
6 RC
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Um oscilador prático de deslocamento de fase RC recorrendo a
um BJT é ilustrado na figura seguinte:
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Osciladores LC:
Na gama de frequências superiores a cerca de 1MHz, os
osciladores LC são mais práticos que os osciladores RC.
Um oscilador sinusoidal básico pode ser visualizado usando
dois componentes que têm características ac opostas. A
indutância e o condensador são componentes reactivos, e tais
componentes são capazes de armazenar energia.
A indutância armazena energia na forma de campos
magnéticos quando a corrente o atravessa, e o condensador
armazena energia na forma de campo electrostático quando
tem uma tensão aos seus terminais.
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Um circuito sintonizado pode ser feito oscilar carregando o
condensador com uma tensão inicial. Com o interruptor aberto,
o condensador C mantém-se carregado e não há corrente no
circuito.
Quando o interruptor é fechado (b), o condensador descarrega
através da indutância L, criando um campo magnético através
do seu enrolamento. A energia electrostática previamente
armazenada em C é agora energia magnética armazenada em
L.
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Quando o condensador descarrega a corrente é nula, isto é,
pára a variação de corrente. Nesse momento dá-se o colapso
do campo magnético em L. O campo em colapso gera uma
força electromotriz, sendo a sua polaridade determinada pela lei
de Lenz, e o condensador carrega outra vez, mas na direcção
oposta.
Uma vez gasta a energia armazenada em L, o condensador
está de novo carregado e volta a descarregar através de L e o
ciclo repete-se. Um sinal de saída alternado é produzido desta
forma e o circuito tem o comportamento de um oscilador.
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Na frequência de ressonância do circuito sintonizado, a
reactância indutiva XL iguala a reactância capacitiva XC. Assim
sendo,
XL = XC
ωr L =
ωr =
fr =
1
⇔
ωr C
1
LC
1
2π LC
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O circuito descrito não é um oscilador prático. Teve de se
assumir um Q infinito e, mesmo que os componentes
fossem ideais sem perdas, a energia não podia ser extraída
sem colocar uma carga no circuito. Quando se retira energia
do circuito, as oscilações decaem. Este efeito é designado por
oscilações amortecidas:
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Eventualmente toda a energia é consumida e o circuito pára de
oscilar. Se uma carga muito elevada for colocada no circuito,
ocorre sobreamortecimento, e toda a energia se esgota antes
que possa ter acontecido um ciclo de oscilação.
As perdas num circuito prático são essencialmente devidas à
componente resistiva presente na construção física da
indutância.
Se as perdas de energia pudessem ser compensadas por
uma fonte externa, o circuito continuaria a oscilar e a
amplitude do sinal sinusoidal permaneceria constante.
Os próximos circuitos conseguem de alguma forma fornecer a
energia que o circuito LC perde em cada ciclo.
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Oscilador Colpits:
No caso da figura anterior, o transístor montado em emissor
comum assegura que o oscilador LC receba a energia
necessária (através de C4) para que as oscilações não percam
amplitude (evitando que se tornem oscilações amortecidas).
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Oscilador Hartley:
O oscilador Hartley é em tudo semelhante ao oscilador de
Colpits. Difere essencialmente no facto de que o sinal que é
fornecido ao amplificador proveniente do oscilador LC é retirado
de um ponto na indutância da associação LC.
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Reguladores de tensão lineares
Todos os circuitos electrónicos são projectados para funcionar
com uma alimentação de uma fonte de tensão que
habitualmente se assume como constante.
Se não forem tomadas as devidas precauções, variações na
carga podem provocar variações no valor da tensão de
alimentação.
Um regulador de tensão providencia esta tensão DC constante
no valor definido independentemente de variações na carga ou
na tensão de entrada (dentro de certos limites).
O regulador de tensão linear é um bloco circuital presente em
praticamente todos os circuitos de alimentação electrónicos.
Este componente é de fácil utilização, elevada fiabilidade e baixo
custo.
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Regulador de tensão básico
Um regulador linear opera usando uma fonte de corrente
controlada por tensão para forçar uma tensão fixa no terminal de
saída do regulador.
Vout
Vin
IL
Circuito de
controlo
RL
O circuito de controlo monitoriza a tensão de saída, ajustando a
fonte de corrente para manter a tensão de saída no valor
desejado.
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A tensão de saída é controlada usando uma malha de
realimentação.
Uma característica dos reguladores lineares é o facto de
requererem um certo intervalo de tempo para ‘corrigir’ a
tensão de saída após uma variação na corrente pedida pela
carga.
Este atraso temporal define uma característica denominada
resposta transiente (transient response), que é uma medida do
quanto é rápido um regulador a voltar à situação de estabilidade
da tensão após uma variação das condições de funcionamento.
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Tipos de reguladores lineares
Há três tipos básicos de reguladores de tensão lineares que
serão abordados:
- Regulador Low-Droupout (LDO);
- Regulador Standard;
- Regulador Quasi LDO;
A diferença fundamental entre estes três tipos é a tensão de
dropout, que é definida como a tensão mínima necessária entre
os terminais do regulador para que este mantenha a tensão de
saída regulada.
O regulador que operar com a menor tensão de dropout
dissipará a menor potência, apresentando por isso a maior
eficiência.
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O segundo parâmetro mais importante de um regulador é a sua
corrente de pino terra (ground pin current) necessária para o
regulador entregar a tensão definida à carga.
Correntes de pino terra elevadas são indesejadas dado tratar-se
de uma corrente ‘desperdiçada’, pois deve ser fornecida pela
fonte, mas não é entregue à carga.
Vdropout
Vin
Regulador
Vreg
Vin
RL
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Regulador
Ipino terra
Vreg
RL
Regulador Low-Dropout (LDO)
IL
R1
RL
R2
A corrente conduzida pelo transístor PNP é controlada pelo
transístor NPN e pelo amplificador.
A corrente conduzida pelas resistências R1 e R2 assume-se
desprezável quando comparada com a corrente de carga IL.
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IL
Q1
R1
RL
Q2
R2
A malha de realimentação que controla a tensão de saída é
obtida usando R1 e R2 para ‘sentir’ a tensão de saída, aplicando
a tensão obtida no terminal inversor do amplificador de erro de
tensão.
O terminal não inversor encontra-se ligado a uma tensão de
referência, o que significa que o amplificador de erro ajustará
continuamente a sua tensão de saída (e implicitamente a
corrente através de Q1), para forçar a que as tensões nas suas
entradas sejam iguais.
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Regulador de 5V com tensão de entrada de 9V.
IL2=0,5mA
=1mA
4M
9V
V=1V
V=2V
=1V
1M
Situação de aumento do valor da carga.
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=5K
RL2=10K
5V
10V
5V
Regulador de 5V com tensão de entrada de 9V.
IL2=5mA
=1mA
4M
9V
V=1V
V=0,2V
=1V
1M
Situação de diminuição do valor da carga.
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ESTV
=5K
RL2=1K
5V
1V
5V
VEC
Tensão de dropout de um regulador LDO:
A queda de tensão mínima requerida através do regulador LDO
para manter regulação é apenas a tensão através do transístor
PNP:
VDropout(MIN) = VEC
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A tensão de dropout máxima de um regulador LDO é cerca de
0,7 ou 0,8V à corrente máxima.
O regulador LDO tem a menor (melhor) especificação de
tensão de dropout dos três tipos de reguladores.
A menor tensão de dropout é a razão porque os reguladores
LDO predominam nas aplicações alimentadas a baterias,
dado que maximizam a utilização da tensão disponível de
entrada.
Corrente de pino de terra de um regulador LDO:
A corrente de pino de terra de um regulador LDO é
aproximadamente igual à corrente na carga dividida pelo ganho
do transístor PNP.
A corrente de pino de terra de um regulador LDO é a mais
elevada (pior) dos três tipos de reguladores.
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Regulador standard
QC
O princípio de funcionamento de um regulador standard é
semelhante ao do regulador LDO.
A única diferença está na constituição do elemento controlador
de corrente que agora é constituído por mais dois transístores
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NPN.
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ESTV
QC
Esta alteração permite que a corrente proveniente da fonte faça
o drive dos transístores NPN, resultando numa menor corrente
de pino de terra.
A presença de dois transístores NPN numa configuração
Darlington permite que este regulador possa fornecer
elevadas correntes.
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QC
Tensão de dropout de um regulador standard:
Para manter uma regulação da tensão de saída, este regulador
necessita de uma queda de tensão entre a entrada e saída de:
VD(MIN) = 2 VBE + VEC
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A tensão de dropout a partir da qual a saída do regulador deixa
de ser estabilizada será de entre 1,6 até 2,2V para um regulador
standard.
Corrente de pino de terra de um regulador standard:
A corrente do pino de terra de um regulador standard é muito
baixa.
Isto deve-se ao facto de a corrente necessária para colocar em
funcionamento os transístores NPN do par Darlington, corrente
essa fornecida pela fonte, ser conduzida para a carga, tornandose corrente ‘útil’.
A configuração deste regulador torna a corrente conduzida por
QC extremamente pequena, tornando igualmente pequena a
corrente de pino terra.
A corrente de pino terra deste regulador é a mais baixa
(melhor) das três configurações aqui estudadas.
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Regulador Quasi LDO
Uma variação do regulador Standard é o regulador Quasi LDO,
que usa um transístor NPN e um PNP como dispositivo de
controlo da corrente que atinge a carga.
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Tensão de dropout de um regulador Quasi LDO:
Para manter uma regulação da tensão de saída, este regulador
necessita de uma queda de tensão entre a entrada e saída de:
VD(MIN) = VBE + VEC
As especificações deste tipo de reguladores apontam para
tensões de dropout nunca inferiores a 0,9V.
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A tensão de dropout de um regulador Quasi LDO é superior à de
um regulador LDO, mas inferior à de um regulador Standard.
A corrente de pino de terra do regulador Quasi LDO é
razoavelmente baixa, da ordem de grandeza verificada no
regulador Standard.
Sumário:
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O regulador Standard é habitualmente melhor para aplicações
alimentadas a partir da rede eléctrica.
Neste tipo de aplicações, a tensão aos terminais do regulador é
tipicamente de 3V ou mais, pelo que a tensão de dropout não é
uma questão crítica.
O regulador LDO é mais adequado a aplicações alimentadas por
baterias.
Devido à inferior tensão de dropout, isto traduz-se directamente
em redução nos custos pela redução no número de células de
bateria necessárias para ser possível uma tensão de saída
regulada.
Se a diferença de tensão entre a entrada e a saída é baixa (1 ou
2V), o LDO é mais eficiente que um regulador Standard devido à
reduzida dissipação de potência.
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1
a)
Que valor de tensão estará esta montagem a regular na carga.
1
b)
Analise com atenção o circuito e indique a tensão aproximada que aparece aos
terminais da resistência, caso utilize um díodo de tensão de zener de 6V.
1
c)
Altere o circuito de forma a que seja possível entregar uma maior corrente à
carga. Esboce o novo circuito.
Dúvidas????????
0mV
0mV=
-0,7
0,7
v
iC1 = I S e
BE1
0mV
iC2 = I S e
VT
5mV
10mV
-5mV
0,7
v
BE 2
VT
-5mV
-0,7
0,705
0,695
-10mV
5mV
-0,7
0,695
0,705
Transístores JFET
Devido à dificuldade de difundir impurezas em ambos os lados
de uma wafer semicondutora, é vulgarmente utilizada uma
geometria de um só lado em vez da discutida até aqui.
O substrato funciona como a segunda porta.
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