Alcoolistas: Tratar ou Punir - Disposição de Enfermeiros de Hospital

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Alcoolistas: tratar ou punir
ALCOOLIST
AS - TRA
TAR
LCOOLISTAS
RAT
OU PUNIR:
DISPOSIÇÃO DE ENFERMEIROS DE
HOSPIT
AL GERAL
HOSPITAL
ALCOHOLIC PATIENTS - TREA
TMENT OR PUNISHMENT:
REATMENT
AVAILABILITY OF NURSES AT A GENERAL HOSPIT
AL
HOSPITAL
Divane de Vargas*
Renata Curi Labate**
Moacyr L. da Costa Júnior***
RESUMO: Estudo de abordagem psicométrica, que tem por objetivo verificar as atitudes de enfermeiros
de hospital geral quanto à sua disposição para o tratamento ou punição de pacientes alcoolistas. Utilizou-se para coleta de dados a escala The Seaman and Mannello: Nurse’s attitudes toward alcohol and
alcoholism-Scale. A população, composta por 171 enfermeiros de um hospital geral de grande porte, do
interior do estado de São Paulo, foi estudada em 2000. A análise dos dados mostrou que os enfermeiros
consideram o alcoolismo uma doença (93%); acreditam que esses pacientes deveriam receber tratamento médico (94%) e consulta psiquiátrica (89%). Frente a esses achados, os autores concluíram que os
enfermeiros acreditam que os alcoolistas estão fisicamente doentes, devendo submeter-se a tratamento
médico.
Palavras-chave: Alcoolista; atitude; enfermeiro; punição.
ABSTRACT
ABSTRACT:: This is a psychometric study with the purpose of verifying the general hospital nurses
attitudes towards the treatment or punishment of alcohol addicted patients. In order to collect data,
authors used The Seaman Mannello Nurse’s Attitudes toward Alcohol and Alcoholism Scale. The sample
was formed by 171 general hospital nurses. Data analysis showed that nurses consider the alcoholism a
disease (93%) and that they believe that such patients must receive both a medical treatment (94%) and
psychiatric consultation (89%). Considering these results, the authors concluded that nurses believe that
alcohol addicted patients are physically ill and, therefore, need medical treatment.
Keywords: Alcoholic; attitudes, nurses; punishment.
I NTRODUÇÃO
O alcoolismo, além de ser a mais antiga e
disseminada das toxicomanias, constitui-se atualmente num dos mais graves problemas de saúde no
que se refere à saúde mental, pois o consumo do álcool representa uma causa significativa de
morbidade física. No estado de São Paulo, o uso de
álcool e suas complicações ocasionaram 425 (8%)
mortes entre as pessoas com menos de 70 anos, no
ano de 2000. As pessoas que morreram devido a essas patologias perderam, em média, 47.5 anos potenciais de vida1.
No Brasil, no ano de 1995, 20,75% das
internações em hospitais psiquiátricos ou alas
especializadas de hospitais gerais foram ocasionadas
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por síndrome de dependência alcoólica 2.
Pesquisa elaborada por Masur3 revelou que
alcoolistas ocupavam um número significativo de leitos nas enfermarias de clínica cirúrgica e clínica médica, para tratamento de doenças físicas.
Estudo epidemiológico, realizado pelo Centro
Nacional de Epidemiologia (CENEPI-MS)4, no período de 1990-1991, em três centros urbanos, apontou uma taxa de prevalência de 8 a 10% para o abuso e dependência do álcool.
Diante desses fatos, supõe-se que os enfermeiros de hospitais gerais estejam constantemente prestando assistência a essa clientela, seja pelo alcoolismo em si ou pelas complicações causadas por ele.
Vargas D, Labate RC, Costa Júnior ML
Historicamente, o alcoolista tem sido tratado
e reconhecido como responsável pela ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, comportamento que,
na maioria das vezes, é atribuído à degradação moral ou à fraqueza de caráter, sendo a
irresponsabilidade do próprio indivíduo, o principal fator para o desenvolvimento da doença5.
No final da década de 50, já havia sido generalizado o critério de que a ingestão de bebidas alcoólicas, de maneira permanente ou cíclica, era
uma enfermidade e não o produto de um mau costume, mas esse critério não estava de todo generalizado dentro do corpo médico, e ele foi se impondo pouco a pouco, até que emergiu a idéia de que se
tratava mais de uma enfermidade a ser prevenida
do que de um vício a ser castigado. 6
É compreensível que esse critério não tivesse sido generalizado entre os médicos, pois existem registros de que, no período que compreende
a Revolução Industrial, em alguns países da Europa Oriental, os alcoolistas eram levados pela polícia para grandes centros ou locais específicos, principalmente por não existirem métodos de tratamento para esse mal, e também porque essa era
uma forma de se segregar esses indivíduos7. A segregação do indivíduo que tinha o “mau costume”
de beber não deixa de ter características punitivas, pois o afastamento de seu meio e das pessoas
de seu convívio pune-o com o isolamento social,
devido ao seu comportamento desviante. “A infração lança o indivíduo contra todo o corpo social; dando direito à sociedade de levantar-se contra ele para puni-lo” (p.83)8.
Atualmente o conceito de alcoolismo, segundo a Organização Mundial da Saúde (p.17)9, é o
seguinte:
Estado psíquico e algumas vezes físico, que resulta
da ingestão do álcool, caracterizado por reações
de comportamentos e outras que sempre incluem
compulsão para ingerir álcool de modo contínuo
ou periódico, a fim de experimentar seus efeitos
psíquicos e por vezes evitar o desconforto de sua
falta; a tolerância pode estar presente ou não.
O alcoolismo é uma doença crônica progressiva, fatal, caracterizada pela incapacidade do doente em abster-se do álcool10. Entretanto, ainda é
possível encontrar profissionais que atribuem ao
alcoolista o caráter da voluntariedade de seu comportamento em relação ao beber, e não o da doença. Para eles, isso poderia ser resolvido com “trabalho e açoite”... (palavras de um profissional da
saúde).
A razão para tais comportamentos talvez esteja ligada ao preconceito que envolve o alcoolismo e suas complicações, vistos ainda como uma fraqueza moral e não como uma doença crônica que
deve ser tratada. 9
Como é recente o conceito de doença atribuído ao alcoolismo, e considerando que historicamente os indivíduos alcoolistas eram punidos e segregados pelo seu modo abusivo de beber, este estudo pretende verificar a disposição de enfermeiros de um grande hospital geral com relação ao tratamento ou punição dos pacientes alcoolistas.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo psicométrico, com
investigação fundamentada na mensuração de
comportamentos, no qual o autor utilizou como
instrumento de mensuração The Seaman and
Mannello: Nurse’s attitudes toward alcohol and
alcoholism-Scale11. Trata-se de uma escala elaborada especificamente para mensurar atitudes de
enfermeiros frente ao álcool e ao alcoolismo. Esse
instrumento foi validado, no Brasil, em 1998, numa
amostragem com 310 enfermeiras12, sendo composto por 30 itens, divididos em cinco subescalas.
O estudo aqui apresentado refere-se à
subescala (um) do The Seaman and Mannello
Scale11 a qual mede a disposição do enfermeiro
com relação à tratamento ou punição dos
alcoolistas, sendo composta por seis itens, conforme mostra a Figura 1. Estes seis itens que compõem a subescala podem ser respondidos com o
uso de uma escala do tipo Likert, de cinco pontos11; são eles: 1. discordo totalmente; 2. discordo; 3. não concordo nem discordo; 4. concordo;
e 5. concordo totalmente.
Para apresentação dos dados em tabelas,
agrupamos as respostas favoráveis, concordo e
concordo totalmente em uma única – concordo.
Quanto às respostas intermediárias como não
concordo nem discordo e discordo e discordo totalmente, as agrupamos em discordo. Assim, as
tabelas são apresentadas com a soma percentual
das posições e mostram somente três opções de
respostas.
Realizamos o presente estudo**** numa instituição hospitalar de grande porte do interior do estado de São Paulo, avaliando uma população composta por 171 enfermeiros. A coleta de dados compreendeu o período de 12 de setembro a 20 de
outubro de 2000.
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Alcoolistas: tratar ou punir
TABELA 1: Distribuição dos enfermeiros por opinião sobre
alcoolistas sofrerem delirium tremens. Hospital X - Estado de São
Paulo, 2000
FIGURA 1: Distribuição dos itens que compõe a
subescala 1
Para a avaliação da subescala, atribuímos um e
dois pontos para categorias de respostas desfavoráveis ao item proposto, quatro e cinco pontos para as
categorias favoráveis e três para os níveis intermediários da resposta. Calculamos os escores de cada
subescala, com base numa escala de seis a 30 pontos,
respectivamente escore mínimo e máximo, que poderiam ser obtidos. Da soma destes, surgiu um escore total de 36 que, dividido por dois, deu a média de
18 para cada uma das subescalas.
Interpretamos os dados obtidos de acordo com
o proposto pelas autoras da escala11, as quais atribuem significados para escores altos e escores baixos,
que podem ser obtidos em cada uma das subescalas
do instrumento.
RESUL
TADOS
ESULT
E
DISCUSSÃO
A análise dos dados mostrou que os enfermeiros são favoráveis à conduta terapêutica para
o alcoolismo, concebendo-o como uma doença
(Tabela 1). Considerando que o escore médio de
cada subescala era 18, podemos dizer que o escore encontrado de 24,3, é considerado alto. Segundo Seaman e Mannello 11, um alto escore nessa escala indica que o enfermeiro acredita que os
alcoolistas estão fisicamente doentes, necessitando de tratamento médico.
Observamos na Tabela 1 que 89% dos enfermeiros concordaram que os alcoolistas necessitavam
consulta psiquiátrica e 94% referiram que estes deveriam receber tratamento médico, reafirmando o
alcoolismo como uma doença e indicando, para esse
fim, tratamento médico e psiquiátrico.
A análise deste item permitiu verificar que 47%
dos enfermeiros discordaram que o sofrer por delirium
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tremens seja algo desastroso para os alcoolistas, enquanto que 27% desses sujeitos não concordaram e
nem discordaram, revelando uma certa neutralidade, de acordo com a Tabela 2. Esses números chamam nossa atenção porque o delirium tremens retrata um quadro grave caracterizado por psicose
alucinatória, taquicardia, hipertermia, hipertensão
arterial, ataques tipo grande mal, agitação intensa,
tremores generalizados e desorientação temporo-espacial13,14 podendo levar à morte se não atendido
prontamente.
TABELA 2: Distribuição dos enfermeiros por opinião sobre
alcoolismo ser uma doença. Hospital X - Estado de São Paulo, 2000
Talvez esses resultados apontem para o fato de
os enfermeiros acreditarem que o delirium tremens seja
algo esperado nos pacientes alcoolistas, possivelmente também por desconhecerem o termo, bem como
seu quadro clínico; daí mostram-se favoráveis ao
item. Essa situação ocorre, provavelmente, porque
os profissionais de saúde, na maioria das vezes, não
recebem preparo suficiente para atuar com essa clientela, durante a sua formação9,15,16.
Do mesmo modo, a sociedade relaciona-se de
maneira estereotipada com essas pessoas e rotula-as
como: mal educado, ignorante, criminoso, sem vergonha, louco, bêbado e outros. Muitas vezes isso
ocorre desde a infância, sendo esses estereótipos reafirmados no cotidiano, através dos meios de comunicação e da conversação diária. Após o rótulo de
bêbado, as expectativas sociais com relação a esse
indivíduo dar-se-ão tendo em vista o sistema castigo x recompensa das instituições10. A sociedade re-
Vargas D, Labate RC, Costa Júnior ML
serva para si o direito de punir certos comportamentos errados, e a enfermagem deve atuar desempenhando seu papel nessa função social17.
Como o alcoolismo é uma doença estigmatizada, é possível que as atitudes dos enfermeiros que
cuidam de pacientes alcoolistas possam ser influenciadas pela sociedade, não só através dos sentimentos pessoais, mas de experiências, crenças, valores e
conhecimento. Allen15 diz que muitos enfermeiros
refletem a visão dominante na sociedade, para a qual
há uma aceitação do beber, mas rejeição da pessoa
que usa o álcool de uma maneira fora de controle.
Por ser objetivo também da escala The Seaman
and Mannello verificar as atitudes punitivas dos enfermeiros frente ao paciente alcoolista, elas não foram identificadas ou o instrumento pareceu não ser
sensível o suficiente para detectá-las neste estudo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O
s pacientes alcoolistas fazem parte, cada
dia mais, do cotidiano do enfermeiro, no interior
de instituições de saúde, sejam elas públicas ou
privadas, hospitalares ou não. E a percepção dessa situação levou-nos a questionar quais seriam
as atitudes dos enfermeiros frente à questão: Punição ou tratamento para esses pacientes?
Através de uma escala para mensuração de
atitudes, constatamos que os enfermeiros concebem o alcoolismo como uma doença que necessita de tratamento médico, fato importante, pois
ele representa um ponto bastante positivo na assistência a esses pacientes; isto porque ao reconhecer o alcoolismo como uma doença, os enfermeiros amenizam os motivos para condenações e
julgamentos, possibilitando ao paciente reconhecer-se como doente e não como um sem vergonha.
Esse sentimento, sem duvida, repercutirá no seu
tratamento à medida que alivia sua desesperança, não se sentindo tão culpado pelo seu modo de
beber, o que aumenta a sua esperança e diminui
a sua culpa. Para Gil-Merlos (p.20)10,
A cura para o alcoolismo seria utópica, e sendo
assim o alcoolista é um doente que não pode conseguir livremente abster-se ou beber, deve ser
considerado um doente como o diabético, o cardíaco e o neurótico, cabendo a equipe
multiprofissional e neste caso o enfermeiro, aceitar o alcoolista como doente o que pressupõe trata-lo com tal.
O fato de os enfermeiros não considerarem o
delirium tremens como algo desagradável para o pa-
ciente alcoolista pode demonstrar o pouco conhecimento desses profissionais sobre a questão. Este dado
revela que o tema alcoolismo necessita ser trabalhado com mais ênfase no ensino de enfermagem, com
o intuito de melhor capacitar os enfermeiros para
trabalharem com pacientes alcoolistas.
A identificação de pacientes alcoolistas e um
tratamento eficiente podem diminuir o tempo de
internação e melhorar a qualidade dos cuidados
médicos.18 Assim, seria oportuno que os enfermeiros fossem capazes de identificar e aconselhar eficientemente esse tipo de paciente, pois, uma vez
sensibilizados para a questão e aparelhados para
identificar o consumo abusivo, eles estariam proporcionando não só uma assistência de qualidade, mas também auxiliando, de forma efetiva no
tratamento do paciente, incentivando-o a buscar o apoio necessário à sua recuperação e reintegração social.
Essa sensibilização e preparo para tratar pacientes alcoolistas só serão possíveis quando o
tema for considerado importante e incluído de
forma satisfatória na formação desses profissionais.
Os resultados obtidos neste trabalho mostram a
necessidade de se repensar a educação na área
das dependências químicas, principalmente porque os enfermeiros mostram-se dispostos a tratar o paciente alcoolista.
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Alcoolistas: tratar ou punir
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PUNIR : DISPOSICIÓN
DE
ENFERMEROS
DE
UN HOSPIT
AL GENERAL
OSPITAL
RESUMEN: Estudio de abordaje psicométrico, con el objetivo de verificar las actitudes de enfermeros de
hospital general cuanto a su disposición para el tratamiento o punición de pacientes alcoholistas. Fue
utilizada para la recolección de datos la escala The Seaman and Mannello: Nurse’s attitudes towards
alcohol and alcoholism-Scale. La población, compuesta por 171 enfermeros de un hospital general de
grande porte, del interior del Estado de São Paulo-Brasil, fue estudiada en 2000. El análisis de los datos
mostró que los enfermeros consideran el alcoholismo una enfermedad (93%); creen que eses pacientes
deben recibir tratamiento médico (94%) y consulta psiquiátrica (89%). Frente a eses resultados, los
autores concluyeron que los enfermeros creen que esos pacientes están físicamente enfermos y, así,
deben ser sometidos a tratamiento médico.
Palabras Clave: Alcoholista; actitude; enfermero; punición.
Recebido em: 21.10.2002
Aprovado em: 28.07.2003
Notas
*
Doutorando do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da EERP-USP.
Profª. Doutora do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da EERP-USP.
***
Prof. Doutor do Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas da EERP-USP.
****
Artigo elaborado a partir da dissertação de mestrado “Atitudes de enfermeiros de hospital geral frente ao paciente alcoolista”.
Apresentada a EERP-USP.
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