GRAMÁTICA NORMATIVA X ORALIDADE: PUBLICAÇÕES JORNALÍSTICAS EM CACOAL/RO. UM ESTUDO DE FLOR, T. S.1; SANTOS, C. A. S. 2 1 Acadêmico do Curso de Pós-Graduação Especialização em Gramática Normativa na UNESC (Faculdades Integradas de Cacoal). E-mail: [email protected] 2 Professor orientador. Professor do Curso de Letras. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS). E-mail: [email protected] O uso da língua escrita, em sua modalidade escrita; obedece a regras impostas, normatizadas pela elite “culta” da sociedade: gramáticos e escritores, muitas vezes ocorrendo por decisões políticas (acordos entre as nações que se utilizam de um “mesmo” idioma). Conforme a finalidade do texto escrito, a linguagem neles contida pode variar; o texto literário tem suas particularidades, um memorando de uma empresa e (ou) de órgãos públicos, idem. Seja qual for a área a que a linguagem se destina, ela segue um padrão. O uso, portanto, dessa linguagem modelar, ratifica o seu usuário como alguém culto, e conhecedor das referidas normas. Desse modo, o objetivo da linguagem escrita é se fazer entender; mas, tratando-se de comunicação, o texto deve centrar as suas ideias, apresentar qualidade de estilo, atendo-se a quem se destinará. Caso não ocorra a relação entre locutor e interlocutor, o processo de comunicação será falho e, então, aparecerão as causas que acarretam as falhas no processo comunicação. Dentre essas falhas, uma das mais recorrentes quando da produção escrita, organiza-se em relação do domínio do padrão formal escrito da Língua Portuguesa como meio de comunicação. Desse modo, o presente trabalho foi desenvolvido com o intuído de analisar o uso da língua escrita como meio de divulgação do pensamento; em especial as relações e ocorrências entre gramática normativa e oralidade, verificáveis em um jornal de circulação local; focalizando as características dessa linguagem, os de oralidade que apresentam e a influências de regionalismo. Assim, busca-se descrever as marcas de oralidade que podem ser encontradas em textos publicados em jornais locais no município de Cacoal/RO, considerando produções veiculadas no ano de 2014, junto às quais serão analisados princípios de escrita exigidos pelo padrão formal de LP (gramática normativa). O estudo parte da utilização do método descritivo, de caráter expositivo e analítico. Como formas estruturantes de pesquisa, utilizou-se de pesquisa bibliográfica para confecção do referencial teórico necessário ao entendimento do percurso histórico-social do tema em questão. Como forma de ampliar os conhecimentos decorrentes da pesquisa bibliográfica, procedeu-se à pesquisa de campo, com identificação e escolha de textos jornalísticos publicas em Cacoal-RO, que passaram a constituir o “corpus” da pesquisa. Os textos jornalísticos selecionados foram submetidos a estudo, comparação e verificação da presença de marcas da oralidade, buscando-se entender as causas de tais ocorrências. Os resultados revelam que alguns textos jornalísticos ainda guardam marcas de oralidade, talvez em decorrência do pouco prazo para preparação das matérias, ou porque não há um profissional preparado para efetuar revisão nos textos. O texto jornalístico visa atender a variadas camadas da sociedade, pessoas com menor ou maior instrução formal, e mesmo aqueles sem alguma. Contudo, em se tratando de um texto impresso e de circulação local (às vezes, regional), faz-se necessário que a modalidade escrita da Língua Portuguesa utilizada busque a uniformização que somente o padrão formal escrito pode proporcionar. Palavras-Chave: Gramática Normativa. Textos Jornalísticos. Marcas de Oralidade.