MARKETING DIRETO Fevereiro / 2003 Edição nº 17 - Ano III R$ 8,00 Publicação da Associação Brasileira de Marketing Direto A era do relacionamento ´ Leia tambem: Entrevista com Roberto Barbeiro, presidente executivo do Grupo Takano A criatividade no Marketing Direto anúncio PREMIO ABEMD 2 Marketing Direto anúncio PREMIO ABEMD Marketing Direto 3 EXPEDIENTE Diretoria Presidente: Efraim Kapulski Vice-presidente: Wilmar Munhós Diretora Financeira: Sandra Camelier Diretor de Relações Internacionais: Abaetê de Azevedo Diretora de Call Center: Ana Davalos Diretor de Estudos de Mercado: Antônio Carlos Carletto Diretor de E-Commerce: Antonio Rosa Diretor de Logística: Fernando Mutarelli Diretor de Sucursais: Jeffrey Costa Diretor de Agências: Otavio Dias Conselho de Administração Presidente: Nelson G. Alves Reis Vice-presidente: Paulo F. Vasconcelos Alexandra Periscinoto, Alexandre Jau, André Sobral, Andréa Laurito Russo, Daniel Faccini Castanho, Eduardo Souza Aranha, Eduardo Wilson R. Ramalho, Fernando Costa, Flávio Salles, Francisco José Pereira, Gunther Klaus A. Reis, Gustavo Mauroy, Henrique J. A. Mello, Jaime Guarita, Jakobus Siewers, João Marcelo Rozario da Silva, José Antonio Soler, Márcio Ribeiro, Márcio Valente, Maria Luiza Piccioli, Odair Cerdeira Gutirres, Paulo Geraldo Cavalcanti, Pedro Renato Eckerdorff, Pedro Sergio Venturini Martinez, Pio Borges, Ricardo Musumeci, Roberto Miranda, Roberto Pessoa Madruga, Rubens Stephan, Sergio Augusto R. Alves Jr, Silvio Lefèvre. CART A CARTA AO LEITOR A julgar por diversos sinais emitidos, o mundo finalmente percebeu algo que para o Marketing Direto era claro desde os seus primórdios: relacionamento é a palavrachave em toda atividade de comunicação e de marketing. Hoje, esse conceito está presente nos planos dos grandes anunciantes e o reconhecimento em relação à necessidade de se tratar o consumidor como o ser único e especial que de fato é extrapolou os limites do Marketing Direto e passou a fazer parte das convicções de profissionais das demais áreas da comunicação. Essa percepção cada vez mais difundida significa, de um lado, o reconhecimento da importância do Marketing Direto. De outro, justifica todas as perspectivas otimistas em relação ao futuro do setor. Se estabelecer relacionamentos sólidos será o grande objetivo dos anunciantes em futuro imediato, certamente o planejamento e execução dessas ações serão conduzidos pelos profissionais e empresas especializadas nisso. Na matéria de capa desta edição buscamos mostrar que a novidade não está nesse conceito tão familiar para o Marketing Direto - o relacionamento - mas na forma como emerge, consistente, nas outras áreas da comunicação. Novas seções Editor: Simon Widman Assistente Editorial: Natasha Kapulski Editora de Arte: Adriana Cassiano Diagramaçao: Silvana Rosental Produção: Estela Ladner Editoração eletrônica: Espaço 2 Comunicações Pré-impressão, impressão e acabamento: Takano Editora Gráfica Nesta edição inauguramos duas seções que pretendem, entre outros objetivos, estreitar a relação da publicação com o seu público. A partir deste número reservaremos um espaço mensal para resgatar a memória em relação a alguns fatos marcantes ou curiosos do passado do Marketing Direto. Batizada de “Flash back”, essa seção estabelece um vínculo entre profissionais, usuários e interessados em geral pelo Marketing Direto com o passado de uma atividade que já construiu uma história muito rica e volumosa. Se você, caro leitor, tiver algum material que se enquadre no perfil pretendido, desde já agradecemos o envio. A segunda seção que passa a fazer parte da revista - “Causos do Marketing Direto” - trará histórias curiosas, pitorescas e folclóricas que também ajudam a compor a memória do Marketing Direto em sua face mais divertida, mas nem por isso menos didáticas. Também se aprende com essas situações inusitadas. A inclusão das novas seções condiz com este momento em que o mundo da comunicação e do marketing reconhece a importância do relacionamento. Com elas, pretendemos estreitar ainda mais os vínculos com os leitores, razão de ser de qualquer publicação e, sempre que possível, participantes ativos da elaboração de seu conteúdo. Escreva para a revista Marketing Direto. Mande seus comentários e sugestões para o e-mail: [email protected] O Editor Conselho Fiscal Aurélio Lopes, Edson W. Soares, Vicente Argentino. Associação Brasileira de Marketing Direto Avenida São Luís, 50 - 13o andar cj. 132 B - Edifício Itália CEP 01046-926 - São Paulo/SP - Brasil Tel: (11) 3129-3001 - www.abemd.org.br Comercial: Cláudio Toledo Eventos: Salete Guimarães Administração e Finanças: Valmir Neme Revista Marketing Direto é uma publicação da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) 4 Marketing Direto ÍNDICE Índice 6 Flash Back ........................................... 7 Frases e Cartas..................................... 10 Criatividade no Marketing Direto .... 16 Capa: A era do relacionamento ....... 18 Dicas de leitura ............................... 21 Foto: Mauricio Simonetti Entrevista com Roberto Takano, presidente executivo da Takano....... Tendências: Acionistas vs. Consumidores, por Renato de Paula ....................... 22 Mercado......................................... 26 Documento: Uma proposta para política de tecnologia da informação ................................ 32 Artigo: O valor pedagógico dos erros, por Pio Borges ................ 34 Novos associados da ABEMD .......... 36 Agenda de eventos ......................... 37 Causos do Marketing Direto ........... 38 Marketing Direto 5 FRASES EM 2003... “Acredito que 2003 repetirá uma característica marcante de 2003, que é a racionalização nos investimentos em propaganda e marketing. Não se trata de gastar mais ou menos, mas de analisar em profundidade a importância, necessidade e objetivos perseguidos com cada real aplicado.” Efraim Kapulski, presidente da ABEMD em artigo para a revista About de 13 de janeiro de 2003. ESTÁ NA HORA DE DESPERT AR DESPERTAR AÇÕES DIRIGIDAS “Ou as agências acordam para essa nova tendência (o marketing de relacionamento) ou os clientes vão procurar o que precisam em outro lugar.” “O enxugamento das verbas de marketing e a necessidade cada vez maior de retorno levou os anunciantes a esforços mais controlados e dirigidos de marketing e comunicação. Trata-se de um fenômeno mundial e irreversível.” Sergio Valente, vice-presidente e principal gestor da criação da DM9DDB em entrevista para a Revista da Criação de janeiro de 2003. PALA VRA DE ORDEM PALAVRA “Relacionamento se tornou a palavra de ordem nas empresas.” Paulo Stephan, pre sidente do Grupo de Mídia de São Paulo e direpresidente tor de mídia da TTalent alent em matéria no Meio&Mensagem de 6 de janeiro de 2003. CARTAS Sergio Lopes, sócio e diretor de criação da QG na Revista da Criação de janeiro de 2003. FIDELIZAR “Fidelização é o nome do jogo.” Paulo Apsan, presidente da Apsan Consultoria no Meio&Mensagem de 06 de janeiro de 2003. PALA VRA DO PRESIDENTE PALAVRA MOBILE MARKETING “Venho parabenizar a ABEMD pelo artigo sobre Mobile Marketing publicado na edição de dezembro da revista Marketing Direto (Móbile Marketing - Em breve numa telinha perto de você, de autoria de Renato de Paula). Gostei de ver que a ABEMD está atenta a este mercado que principalmente na Europa é o mais recente fenômeno da comunicação. Temos visitado muitas agências de Marketing Direto e publicidade, e corroborando o que o articulista coloca no artigo, não só nos EUA o m-Marketing está em alta, mas também no Brasil esse mercado está começando a esquentar.” “A Palavra do Presidente publicada na edição de novembro está pontual, precisa e muito digna! Há tempos sinto arrepios de ouvir “no media”, “below the line”, “off media” sempre de uma maneira pejorativa. E como o editorial bem o disse, a culpa é nossa que nunca nos insurgimos contra esta pecha, e resignados como sempre, aceitamos migalhas do investimento e também os codinomes. Por diversas vezes levantei este tema, porque juntamente com o label de “no ou below alguma coisa” vem um certo racismo, uma certa desqualificação de nossos serviços e, também, glamour, preços baixos etc.” Tatiana Albuquerque - m-Direct - Mobile Direct Marketing Gilmar Caldeira 6 Marketing Direto A partir desta edição a revista Marketing Direto reservará mensalmente um espaço para reproduzir documentos, textos, artigos e outros materiais que contenham importância histórica. Pretende-se, com a iniciativa, resgatar peças e situações que tenham contribuído de alguma forma na construção da rica história do Marketing Direto no Brasil. Para inaugurar a seção, reproduzimos uma carta elaborada em março de 1924 pela importadora A. Mayer & Cia., oferecendo a seus clientes um “contador de kilometros” para veículos Ford, que o próprio usuário poderia instalar “enroscado no logar da callota da roda”. O documento, certamente um dos precursores da mala-direta, foi publicado no Boletim do Associado, editado pela ABEMD em 1987. Quem tiver algum material que se enquadre no perfil da nova seção e deseje compartilhá-lo com os leitores, envie-o para a redação da revista Marketing Direto (Av. São Luís, 50 - 13o andar - cj. 132-B - CEP 01085-900 - São Paulo). A revista se responsabiliza pela integridade e devolução do material. Marketing Direto 7 anúncio DATAMIDIA 8 Marketing Direto anúncio DATAMIDIA Marketing Direto 9 ENTREVISTA ROBERTO BARBEIRO É PRECISO INTEGRAR AS Foto: Mauricio Simonetti FERRAMENTAS DA COMUNICAÇÃO ROBERTO BARBEIRO PRESIDENTE EXECUTIVO TAKANO 10 Marketing Direto Muitas agências de propaganda e grupos de comunicação ainda aplicam em suas atividades os modelos implantados na década de 60. Com isso, menosprezam os avanços tecnológicos que permitem uma efetiva segmentação, uma das mais prementes necessidades da grande maioria dos anunciantes. Quando percebem a crescente importância atribuída a outras disciplinas da comunicação, como o Marketing Direto, essas organizações muitas vezes imaginam que a aquisição de uma agência especializada na prestação desse serviço seja o suficiente. E no lugar de oferecerem ferramentas integradas, o que seria extremamente benéfico para seus clientes, trabalham internamente como empresas concorrentes, disputando até mesmo as verbas de comunicação. Quem faz o alerta é o presidente executivo do Grupo TTakano, akano, Roberto Barbeiro, que nesta entrevista à revista Marketing Direto defende a integração das ferramentas da comunicação, atitude que proporcionará resultados positivos para todas as partes, do fornecedor ao cliente, passando certamente pelo anunciante. Sua argumentação não é apenas retórica. O Grupo TTakano, akano, com seus 27 anos de existência e reconhecida como referência para o setor setor,, pauta sua organização interna justamente na integração de ferramentas. Com isso, consolida-se como uma das maiores e mais premiadas empresas de produção multimídia da América Latina. Revista Marketing Direto - De que forma a TTakano akano acompanha as mudanças que vêm ocorrendo na comunicação, com a disponibilização de novos meios? Roberto Barbeiro - O nome da mudança é segmentação; o desenvolvimento das tecnologias de produção e da informação é que reforçam e viabilizam essa tendência. Não tenhamos dúvidas, estamos em marcha batida para o marketing one to one. Até poucos anos atrás, as empresas não sabiam o nome e o endereço de seus clientes e prospects e não dominavam tecnologias apropriadas para segmentar seus produtos; então cabia à comunicação de massa resolver todos os problemas de marca ou de produto. A riqueza de informações proporcionada pelo avanço tecnológico ajudou a criar um novo plano de vôo para os anunciantes: a comunicação agora, sempre que possível, deve ser absolutamente focada. Os reflexos destes movimentos no mundo das agências de propaganda, como se sabe, são fantásticos. Os grandes modelos mundiais de comunicação até hoje estão montados com uma configuração muito próxima à utilizada desde os anos 60: a grande verba dos anunciantes era deslocada para uma agência de propaganda e essa agência utilizava prioritariamente os meios de massa para conseguir seus ob- jetivos. Pode-se dizer que naquela época, a propaganda era muito estratégica. Havia uma competição clássica entre os velhos e novos produtos no mercado. A partir dos anos 90 a propaganda perde força pela mudança das forças dominantes de mercado. As fusões de grandes grupos, a convergência tecnológica e as consolidações de mercado levaram o domínio de mercado para a mão de menos operadores que expressam esse poder pelo controle dos canais de distribuição. Por exemplo, a indústria de alimentos, onde os grandes grupos estão claramente consolidados, praticamente não existe mais a competição entre produtores. O que prevalece, então, é a necessidade do fabricante atender o consumidor. Substituiu-se a guerra da concorrência por um serviço ao consumidor mais especializado. Esse movimento conduz necessariamente à segmentação: é preciso preparar os produtos para os diversos consumidores. Ou melhor: cada produto para cada consumidor. Revista Marketing Direto - As agências estão preparadas para essa mudança? Roberto Barbeiro - As agências ainda não estão preparadas para acompanhar essa revolução, por sua formatação empresarial. No Brasil, ressalta-se sempre a criatividade e a cooperatividade das agências. Nesses aspectos podemos estar avança- dos mas quando se trata de examinar o desenho empresarial dessas agências ai percebemos a necessidade de uma profunda reformulação. No Brasil, por força dessas novas demandas de mercado, assistimos ao nascimento das empresas de marketing direto. Nos últimos anos as agências de propaganda começaram a comprar essas empresas, agrupando-as como mais uma das possibilidades de comunicação oferecidas aos anunciantes. Mas até o momento, dentro das agências, não existe uma integração de fato para que se ofereça ao anunciante um serviço compatível com a sua necessidade integrada. Hoje é possível criar um produto específico para um determinado tipo de consumidor, mas há uma dificuldade de se separar internamente as ações, até mesmo na discussão da verba a ser alocada nas ações de comunicação. Revista Marketing Direto - Dentro desse cenário, qual é o papel reservado ao Marketing Direto? Roberto Barbeiro - Para o Marketing Direto o grande desafio no momento, tanto no mercado mundial como no mercado brasileiro, é criar mecanismos de integração e segmentar os serviços focando-os nas diferentes disciplinas de comunicação de forma coerente e integrada. Marketing Direto 11 ENTREVISTA Foto: Mauricio Simonetti Nos Estados Unidos, o Marketing Direto já passou dos 50% da verba total de comunicação. Podemos dizer que, no Brasil, o no-media já passou dos 40% dessa verba, incluindo marketing cultural, marketing esportivo, entre outras disciplinas. Essa já é uma informação suficientemente eloqüente a justificar a alteração do perfil das empresas. A necessidade do mercado mudou e a tecnologia disponibilizou os meios para que se atendesse a essas necessidades. Mas ainda não houve uma integração e um uso adequado dessas facilidades.. A grande discussão atual é como definir essa integração entre as diferentes ferramentas de comunicação. O maior anunciante brasileiro é o governo federal, ainda preso a uma lei - 8666 - que concentra nas agências de propaganda a demanda dos demais serviços de comunicação, não considerando a necessidade do anunciante. Em determinadas ações do governo federal o Marketing Direto seria suficiente para fazer o trabalho de comunicação. Em outras circunstâncias a propaganda e a comunicação de massa ainda são as indicadas. É preciso rever essa dinâmica de mercado para que cada agência tenha seu espaço devido e cada anunciante tenha o atendimento que merece. Isso tem acontecido de uma forma empírica. O crescimento do Marketing Direto no Brasil já há algum tempo é muito importante e impactante, mas não temos uma política geral ou uma consciência geral de comunicação, que possa propor aos anunciantes alguma coisa mais qualificada e integrada, envolvendo todas as disciplinas pertinentes, desde a discussão da verba ao planejamento. Revista Marketing Direto - De que forma o ciclo de vida de um produto interfere no 12 Marketing Direto processo de comunicação? Roberto Barbeiro - Hoje, o tempo de vida dos produtos é muito pequeno. Há, portanto, um ciclo menor para pesquisa, desenvolvimento, lançamento e obtenção de resultados. Em razão de avanços tecnológicos, esse produto certamente será muito mais efêmero que os anteriores, quando duravam vinte anos ou até mais anos no mercado. Em breve existirão produtos com seis meses a um ano de vida e será necessário montar todo o ciclo de pesquisa a retorno em trinta dias. Por isso é tão importante esse foco direto em quem vai consumir, porque este também terá que consumir nesse período. Na comunicação não se admite mais dispersão. Esse é o grande nó que se observa hoje no mercado: como criar meios de comunicação que tenham velocidade cada vez maior para atender o ciclo de vida cada vez menor do produto. O Marketing Direto, na maioria dos casos, é a ferramenta mais viável para esse objetivo. Já para a sustentação de marcas, a força da propaganda, da comunicação de massa, com a presença alocada para cada marca, é fundamental. Há uma necessidade de se trabalhar cada vez mais diversas disciplinas da comunicação, porém os mecanismos de planejamento e execução, desde o orçamento empresarial, não se voltaram ainda para este objetivo. É preciso integrar as ferramentas de forma harmônica e na velocidade necessária, porque em nossos tempos não se deve discutir apenas a forma e o conteúdo mas a forma, o conteúdo e o tempo. Por isso o Grupo Takano começou a transformar aquela gráfica inicial, voltada basicamente para o mercado de propaganda e publicidade, para uma empresa de serviços de comunicação. Acredito que o mercado acolherá essa oferta quando ele tiver à disposição serviços integrados. Revista Marketing Direto - Hoje boa parte dos grupos de comunicação tem sua agência de Marketing Direto. Qual é a importância disso? Roberto Barbeiro - Não adianta a agência de propaganda ou um consórcio de propaganda ter dentro de sua estrutura uma agência de promoção, uma de Marketing Direto, uma de propaganda, uma de publicidade, uma legal, se cada uma trabalhar com um sistema de fornecimento não integrado. Vou dar um exemplo de como a tecnologia ajuda nessa integração, dentro da nossa área de atividade. Com a convergência das tecnologias, a captação e o tratamento de imagem é cada vez mais simples, ou seja, hoje é possível fazer uma filmagem digital e aproveitar plenamente um quadro para um anúncio de jornal. Pode-se fazer um comercial de televisão e um anúncio com a a partir da mesma tecnologia. Até agora eram equipamentos diferentes com linguagens e equipes diferentes. E dentro da agência de propaganda eram setores que não se conversavam mesmo trabalhando com o mesmo assunto. Para o anunciante e para o planejador de comunicação o que vale é a comunicação daquela imagem da campanha. Hoje essa imagem é captada para todas as mídias e para todas as linguagens com um único equipamento. A agência pode, portanto, duplicar e distribuir a imagem a diversos fornecedores, por estágios de tecnologia diferentes e segmentos da comunicação diferentes. Isso cria uma necessidade de gerenciamento dessa situação e incha toda a estrutura da agência de propaganda. Para facilitar esse gerenciamento a Takano criou um sistema integrado de fornecimentos desses serviços, onde a gestão, principalmente a gestão da captura até a confecção da peça, seja feita por pequenas equipes multimídias. Ainda dentro dessa filosofia da integração de serviços, a Takano hoje oferece desde a foto do produto até a entrega ao consumidor, passando pelo processo gráfico e pela logística. Esse desenho da Takano é mais destinado ao Marketing Direto e à promoção, que são as duas disciplinas de comunicação que mais se aproveitam dessa estrutura. Todo esse sistema de comunicação pode ser acompanhado passo a passo pelo cliente e pelo diretor de arte desde o seu escritório, por meio de vídeo-conferência através da Takano Online. Pode-se acompanhar e conversar com o criador dos efeitos, da imagem, da campanha, também por vídeo-conferência. Revista Marketing Direto - O que falta para que os benefícios desse processo sejam plenamente aproveitados? Roberto Barbeiro - Essa tendência da comunicação foi o principal desafio da Takano. A comunicação inclui a avaliação e a evolução da tecnologia. Cria novas oportunidades, mas obriga mudanças no perfil. No Brasil temos mais um elemento importante que é a distribuição regional das atividades. As empresas começaram a procurar pólos de desenvolvimento mais distantes que os tradicionais. Nas décadas de 70 e 80 o investimento estava muito concentrado em São Paulo. Com a redistribuição regional das verbas, a praça do Rio de Janeiro ressurgiu com intensidade e temos anunciantes muito importantes no Nordeste e no Brasil inteiro. O desenvolvimento regional é muito importante. O acesso à produção sempre acontece com algum tempo de retardo. Então, hoje o anunciante de Fortaleza não tem a disponibilidade de produção como um anunciante de São Paulo. Com a Takano Online, a mesma eficácia é disponibilizada em qualquer região do Brasil. E pretendemos entrar nos blocos regionais, quer seja o Mercosul, Nafta, ou Alca, As tecnologias de informação começam a permitir o acompanhamento por parte das matrizes. Muitas campanhas foram desenvolvidas fora para uso no Brasil. A telecomunicação é fundamental para se atender à distância essa demanda. Revista Marketing Direto - Qual o papel reservado ao Brasil nesse processo de mudanças na comunicação? Roberto Barbeiro - O Brasil é o segundo país mais importante das Américas. Para o Marketing Direto brasileiro, são 170 milhões de consumidores. E esses 170 milhões são os que vão comandar os 300 milhões de consumidores da América Latina. O perfil que nós tivermos aqui será, com certeza, o que vai imperar na América Latina, e esse grupo é que vai interagir com a América do Norte na relação Alca. A especialidade brasileira não perde em nada em planejamento, criação e até produção se comparada à América do Norte. O Brasil trabalha com pólos culturais muito mais diversificados do que os deles. Segundo o Ziraldo, o Brasil tem no mínimo três nações: a gaúcha, a mineira e a baiana. Culturalmente, o Brasil é muito mais abrangente do que qualquer outro país das Américas. Estruturalmente temos a mesma qualidade do que qualquer Marketing Direto 13 ENTREVISTA outro. E a assunção dos demais países da América Latina vai ser automática. O Brasil tem uma função determinante em Marketing Direto nas três Américas. Não é mais um observador e tem que se posicionar como player determinante na condução do Marketing Direto. Os Correios no Brasil, por exemplo, são extremamente eficientes e evoluídos situando-se em condição de igualdade com qualquer correio do mundo. Dentro da capacitação da comunicação, o Brasil é primeiro mundo, com uma grande ampliação cultural. Segundo afirma Jorge Cunha Lima, “o povo brasileiro é muito culto e a elite muito informada”. Essa é uma característica do país que outros países não têm. É comum, no Brasil pessoas simples, do povo, conversarem sobre os mais diversos assuntos. Faz parte da cultura brasileira. Na Europa, ou mesmo no interior dos Estados Unidos, a população desconhece as informações sobre o outro lado do país. Já no Brasil se discute, em cada esquina, todos os assuntos do mundo. O Brasil deve organizar e mostrar a sua excelência. E nisso a ABEMD tem um papel fundamental. É fundamental que as diversas associações do setor cresçam harmonicamente, e estimulem uma discussão madura sobre a integração das ferramentas. Revista Marketing Direto - O anunciante/ cliente está consciente da importância na integração das ferramentas? Roberto Barbeiro -A segmentação é uma necessidade mundial e irreversível. O anunciante terá que se adaptar a esse universo. Ele tem tecnologia disponível, mercado consumidor disponível e a sua sobrevivência depende disso. A atitude do anunci- 14 Marketing Direto ante é uma questão de rotina de sobrevivência, de manutenção dos negócios e de crescimento. O grande desafio está no mundo da comunicação. Nós, os especialistas em comunicação, produtores, criadores temos que comunicar e mostrar que isso é necessário, viável e que permite o crescimento de todo o sistema.. Quem deverá se envolver nessa discussão e nessa ampliação do nível de consciência é o universo da comunicação: veículos, agências e fornecedores. E o fórum adequado são as associações de classe. Se conseguirmos isso, nem será necessário discutir com o anunciante, porque ele já necessita dessa integração há muito tempo. Se os fornecedores se entenderem e notarem ser preciso adotar uma atitude para crescer no mercado brasileiro e que com esse crescimento estaremos na ponta do mercado latino americano, todos os segmentos terão seu espaço para crescer e trabalhar com a eficácia que a propaganda sempre teve. Revista Marketing Direto - Qual é o grau de consciência entre os profissionais de comunicação? Roberto Barbeiro - Quem comanda a propaganda já sentiu a necessidade de integração e nem discute mais. Estes tomam a atitude empresarial de formação dos consórcios de propaganda, ou seja, as agências de publicidade comprando uma agência de Marketing Direto, uma agência de promoção. Esta é uma atitude pró-ativa, mas por aquisição. A integração é um pouco mais complicada. A aquisição se dá em um período rápido, envolve muito dinheiro, mas é fácil. A integração já é micro, depende das equipes. E aí se luta com as duas concorrências: a externa e a interna, dos próprios profissionais que se vêem como concorren- A proposta do produto é feita pelo anunciante, mas como chegar ao consumidor, como comunicar e como contabilizar a resposta é uma especialidade do homem de comunicação. O homem de marketing tem que ser especialista nas ferramentas. Não pode mais ser aquele que conhece profundamente todas as atividades de marketing. Os produtos cada vez mais serão sazonais. Terão que chegar para a pessoa certa, no lugar e na hora certa para se aproveitar, por exemplo, um excedente de dinheiro disponível que estiver ocorrendo no mercado. Se esse produto for de vanguarda e chegar antes da hora, provavelmente quando o dinheiro chegar nas mãos do consumidor já não será tão atraente ou se o produto chegar depois, o concorrente já terá chegado ao consumidor, e pode-se ficar na beira do mercado. Quanto mais rápido for esse processo, o homem de marketing deve ter muito mais informação e dinâmica, com um tempo menor de elaboração. Não dá tempo de se ocupar da especialidade de outros. Na comunicação ocorre a mesma coisa, pois embora o profissional deva ter a compreensão de todo o sistema, é necessário que esteja cada vez mais especializado no seu assunto específico. Também na formação o modelo está mudando. Um professor não é mais escolhido pela quantidade de mestrados ou MBAs que faz e sim por estar trabalhando ou não e onde ele está trabalhando. A educação a partir do trabalho é a única que vai permitir ao profissional que saiu da faculdade estar o mais atualizado possível em relação ao momento em que está entrando no mercado. A educação pelo trabalho é muito mais formadora. Foto: Mauricio Simonetti tes. Eles devem deixar de discutir sobre um equilíbrio em torno da verba e discutir, sim, o retorno, o que é uma atitude política muito complicada. Revista Marketing Direto - De que forma o Marketing Direto atende à necessidade de se racionalizar custos? Roberto Barbeiro - O Marketing Direto é a disciplina mais correta que se tem para a racionalização de custos. Não só se sabe o retorno como se sabe em quanto tempo foi conseguido. É possível qualificar tudo: o que aconteceu durante aquele período, para quem se dirigiu. O Marketing Direto é focado no tempo, tem essa eficácia e é objetivo: vou fazer isso, para tal pessoa, em tal momento e depois se sabe o que aconteceu, se contabiliza resultados. Revista Marketing Direto - Como você imagina o profissional ideal de comunicação de uma empresa hoje? Que tipo de conhecimento e informação ele deve ter? Roberto Barbeiro - Nos anos 50/60, o homem da empresa sabia muito do negócio dele. E quem conhecia e definia a comunicação e o marketing era a agência. Com todo o conhecimento a que se tem acesso principalmente a partir da internet, não existe o profissional de marketing que sabe tudo, inclusive comunicação. O homem de comunicação deve se dedicar muito à análise de segmentação, procurando sempre localizar onde está o seu consumidor. Tem que se focar na especialidade do produto dele para o seu consumidor. O homem de marketing está se transformando em um homem de produto: para quem oferecer o modelo X? Como falar melhor com esse consumidor? Que proposta é mais adequada? Marketing Direto 15 CRIATIVIDADE 16 Marketing Direto NO MARKETING DIRETO Ao lado do planejamento, da estratégia e da medição de resultados, a criatividade em Marketing Direto também desempenha um papel fundamental. Criatividade e Marketing Direto são dois conceitos totalmente compatíveis e, mais do que isso, complementares. Um trabalho criativo, sintonizado com estratégia definida, contribui para alavancar uma campanha de Marketing Direto, configurando-se em um fator importante para alcançar os resultados esperados. E quando o tema é criatividade, o Marketing Direto brasileiro também se coloca em pé de igualdade com o que de melhor se produz nos países de Primeiro Mundo. Segundo Paulo Sanna, diretor de criação da OgilvyInteractive, a criatividade é importante devido à necessidade de se gerar envolvimento. A cada dia que passa, os consumidores são bombardeados por mais e mais mensagens de empresas querendo vender alguma coisa e não se consegue administrar a quantidade de mensagens recebidas. Inconscientemente o consumidor acaba escolhendo as marcas com as quais ele quer interagir. “Nesse cenário, uma peça criativa faz toda a diferença do mundo”, afirma Sanna. Uma grande idéia não apenas aguça a curiosidade do consumidor, fazendo com que ele se interesse pela peça, mas também muda o status da mensagem, aumentando a sua prioridade em relação a outras peças. Essa visão não é só percebida por quem faz Marketing Direto, mas também por quem o utiliza como cliente. Para Regina Gerbi, assistente da divisão de mobilização de recursos do Unicef, “a criatividade é parte do processo e está diretamente relacionada com competência, inteligência e bons serviços. Ingredientes que garantem o objetivo do Marketing Direto: bons resultados”. Outro criativo, Rui Piranda, vice-presidente de criação da Datamidia,FCBi, ainda ressalta outro aspecto: a pertinência. Conforme explica, mais que uma chamada legal e um conceito diferente, é importante entender a marca e fazer uma pesquisa do que é pertinente a esta marca. Deve-se mostrar ao cliente que aquilo que está recebendo não é uma mala direta que qualquer outra empresa pode criar. É necessário estabelecer um vínculo maior para se melhorar a receptividade e, ao mesmo tempo, gerar uma pertinência com a marca, utilizando uma criatividade mais intelectual. Piranda resume esse processo exemplificando que “deve-se chegar com algo agradável e pertinente, que seja percebido como simpático, e é nesse ponto que a criatividade da arte e da redação contribuem. As pessoas tendem a gostar das coisas que são mais simpáticas a ela”. Para o vice-presidente da Datamidia,FCBi, o trabalho em Marketing Direto deve ser multifocal, ou seja, não se deve colocar o foco exclusivamente em resultados ou em criação. Foto: Michele Mifano Importância reconhecida Foto: Michele Mifano “Nesse cenário, uma peça criativa faz toda a diferença do mundo”, afirma Sanna. “É como se perdesse tudo o que se planejou se não se utilizar uma conduta criativa”, ressalta Buono. A importância da criatividade não é só reconhecida pelos criativos. As áreas de planejamento e atendimento também percebem essa grande relevância. Para Luiz Buono, vice-presidente e diretor de atendimento da Fábrica Comunicação Dirigida, deve-se sempre partir da premissa de que o interlocutor é uma pessoa, um indivíduo. De nada adianta ter um ótimo planejamento, foco, analisar-se o retorno sobre o investimento, segmentar e se ter uma oferta correta se o ponto de contato não for original e criativo. “É como se perdesse tudo o que se planejou se não se utilizar uma conduta criativa”, ressalta Buono. Sanna diz que outro aspecto muito importante é a execução criativa de uma peça de Marketing Direto, o que na maioria das vezes tem a função de substituir o “vendedor”. Portanto, os criativos precisam ser também bons vendedores. É a arte do convencimento. “Temos que mostrar a relevância do nosso produto em todos os detalhes”, enfatiza. Além disso, a criatividade deve ser aliada ao conceito de exclusividade. Se uma pessoa está em um mailing, é porque ela está se destacando do resto e, portanto, merece a atenção e o valor merecido. Segundo Piranda, a criatividade deve gerar no consumidor a percepção de algo que foi dirigido diretamente a ele. Buono lembra que anos atrás, o Marketing Direto era considerado pelo mercado uma disciplina muito técnica, pois as agências eram muito mais estruturadas na área de planejamento do que na área de criação. Atualmente isso se reverteu e a criatividade passou a ser compreendida em sua verdadeira dimensão. Hoje, o Marketing Direto também ajuda a construir marca e esse objetivo encontra na criatividade um fiel aliado. De nada adianta uma comunicação de massa forte se a comunicação dirigida é morna. E desta forma, a criatividade, o planejamento e a busca por resultados seguem juntos seu caminho e tornam o Marketing Direto uma disciplina cada vez mais necessária e reconhecida. De acordo com Rui Piranda, criatividade da arte e da redação contribuem para realizar um trabalho agradável e pertinente. Marketing Direto 17 Para o Marketing Direto os conceitos não são novos e de certa forma se confundem com a sua própria essência e história. O fato novo, entretanto, é que aumenta de forma consistente e inexorável a importância atribuída pelas demais áreas da comunicação e do marketing aos programas de relacionamento e de fidelização. A cada dia esses sinais são mais claros. Os veículos especializados dedicam mais espaço ao tema. Profissionais de outras disciplinas da comunicação reconhecem ser imprescindível trabalhar com foco no relacionamento. Anunciantes de todos os portes informam que as campanhas de relacionamento passarão a figurar no topo das suas prioridades. Diante de todas essas evidências, pode-se proclamar sem dúvida ou receio de errar: CHEGOU A HORA E A VEZ DO RELACIONAMENTO 18 Marketing Direto As fontes e os fóruns em que a máxima do relacionamento é enaltecida são diversos e pipocam nos lugares mais insuspeitos. Em Davos, por exemplo, onde se reúne anualmente a elite política e econômica mundial, Martin Sorrel, CEO do Grupo WPP, informou que pretende ampliar sensivelmente a participação do Marketing Direto e da pesquisa nas atividades de suas empresas, para atender as necessidades dos clientes cada vez mais voltadas à solidificação de relacionamentos e mensuração dos resultados. Dias antes, o presidente do Grupo de Mídia de São Paulo, Paulo Stephan, atestou que “relacionamento se tornou a palavra de ordem nas empresas”. E coube às próprias empresas traduzir essa frase na linguagem objetiva do planejamento. Uma pesquisa realizada por Meio & Mensagem junto a 20 grandes empresas, que investem no conjunto cerca de 700 milhões de reais anuais em comunicação, revelou que, segundo destacou o próprio jornal, “fidelizar o cliente se tornou a bandeira de 2003, mais até do que ganhar imagem institucional ou aumentar vendas”. Os números dão a correta dimensão dessa bandeira. Fidelização, com 40% das indicações, figura em primeiro lugar nas respostas à pergunta “Qual o principal objetivo da propaganda este ano”. A resposta “Ganho de imagem institucional” ficou em segundo lugar, com 35% das preferências. Quando indagadas a respeito das mídias que pretendem utilizar em 2003 (questão que comportava múltiplas respostas), as empresas escolheram a mídia eletrônica (90%) e impressa (75%) com as preferidas, mas o Marketing Direto e de relacionamento apareceu logo atrás, em terceiro lugar, com 60% das indicações. Sopa no mel Quais serão os motivos que estão provocando esse despertar coletivo para uma certeza há muito tempo incorporada no Marketing Direto? Para Patrícia Marinho, vice-presidente de Planejamento da Datamídia,FCBi, uma das razões está vinculada à nova realidade vivida pelas empresas, especialmente na relação com seus concorrentes e no perfil dos consumidores. “Atualmente, problemas como diminuição da carteira de clientes e aumento da concorrência, aliados ao novo perfil do consumidor moderno, que tem cada vez menos tempo e mais opções, fazem com que as empresas apostem em algum diferencial para ganhar mercado”, assinala. E é com essa finalidade que ganham importância os programas de relacionamento e fidelização, procurando fazer com que o consumidor compre mais, por um tempo maior, aumentando seu ticket médio. O processo, segundo acrescenta Patrícia Marinho, permite que o cliente acredite que ele está recebendo mais do que ele paga por um certo produto. A necessidade do anunciante em estabelecer vínculos sólidos, duradouros e diretos com seus clientes explica, em parte, essa explosão do conceito de relacionamento. Mas não esgota o assunto. Em paralelo a essa demanda - que, diga-se, não é de hoje -, aumentam as técnicas e as tecnologias que Segundo Patrícia Marinho, os programas de relacionamento permitem que o cliente perceba que está recebendo mais do que paga pelo produto. Marketing Direto 19 possibilitam identificar, segmentar e direcionar as ações rumo ao alvo desejado, com eficiência e rapidez. Esses recursos tecnológicos permitem gerenciar as relações com o consumidor, desde a formação de uma base de dados abrangente até o processamento de preferências, grau de satisfação e respostas às eventuais insatisfações. Tem-se, de um lado, a crescente consciência das empresas de que o cliente não mais pode ser tratado como um ser anônimo, de perfil vago e desejos genéricos. De outro, há uma disponibilidade cada vez maior de ferramentas que atendem a essa demanda. A junção desses dois fatores numa época em que as empresas se empenham tenazmente na racionalização de seus custos pode explicar essa conjunção claramente favorável para o Marketing Direto, disciplina voltada desde a sua origem para promover relacionamentos. “Quando entrei nessa área, há cerca de 15 anos, as empresas atendiam dizendo simplesmente ‘alô’ e o cliente ficava à mercê da forma como o atendente queria tratá-lo. Hoje as empresas têm claro que A alavanca da telefonia Outro importante fator que impulsiona e conesse contato é essencial sagra o reinado do relacionamento sustenta-se na dentro da política de evolução da telefonia no Brasil, especialmente a relacionamento e os partir da privatização do sistema Telebrás, em atendentes são 1998. Quem faz essa observação é Ana Maria treinados inclusive para Moreira Monteiro, diretora executiva da Am3. Com isso, houve um expressivo aumento no acesso ao engrandecer a marca”, telefone, o que reduziu distâncias e permitiu que compara Ana Maria boa parte da população brasileira se mantivesse Moreira Monteiro. conectada com o mundo. Por dedicar boa parte de suas atividades ao treinamento de profissionais de telemarketing, Ana Maria detectou que o imperativo do relacionamento também se manifesta em mudanças na prática de atendimento aos clientes. “Quando entrei nessa área, há cerca de 15 anos, as empresas atendiam dizendo simplesmente ‘alô’ e o cliente ficava à mercê da forma como o atendente queria tratá-lo. Hoje as empresas têm claro que esse contato é essencial dentro da política de relacionamento e os atendentes são treinados inclusive para engrandecer a marca”, compara a diretora da Am3. 20 Marketing Direto Ana Maria adiciona mais um elemento para explicar porque o relacionamento emerge de forma tão poderosa no oceano da comunicação e do marketing. O terceiro elemento - ao lado da demanda e da tecnologia - é o amadurecimento do cliente, cada vez mais consciente e exigente de seus direitos. “Passamos a era agrícola e a era industrial. Agora vivemos a economia do cliente”, afirma ela, ponderando que hoje são eles que ditam as regras para o mercado. É, portanto, em conseqüência de uma série de fatores que um dos fundamentos básicos do Marketing Direto - a máxima do relacionamento - ultrapassa as fronteiras da disciplina para se estabelecer impávido na linha de frente da comunicação e do marketing. Muito mais do que o reconhecimento que pode transferir para todo o setor do Marketing Direto, essa nova postura se traduz, objetivamente, na multiplicação de oportunidades de novos negócios e na perspectiva de que o Marketing Direto passe a ocupar a posição que merece no cenário da comunicação. E é nesse ponto que iniciativas de valorização institucional do setor, como a campanha anti-below the line promovida pela Abemd, ganham importância ainda maior. Certamente, se as ações de relacionamento figuram no alto dos interesses dos anunciantes, quem está habilitado a realizá-las deve ter o merecido reconhecimento. Com o mesmo grau de certeza com que é possível observar que ingressamos na era do relacionamento, pode-se estar convicto de que são as empresas e os profissionais de Marketing Direto que estão preparados - tanto em formação quanto em tecnologia - para atender com competência a essa crescente demanda. E numa extensão desse raciocínio, a afirmação de que chegou a hora e a vez do relacionamento pode ser traduzida numa frase mais abrangente, mas igualmente verdadeira: a hora e a vez do Marketing Direto chegou para ficar. LEITURA A era do TTALENTO ALENTO Reconhecimento e potencialização do talento são os temas principais do livro “A Era do Talento - Obtendo alto retorno sobre o talento”, de autoria de Subir Chowdhury, lançado pela Pearson Education, com o selo Financial Times/Prentice Hall. A década de 90 caracterizou-se pela atitude aparentemente insensível das empresas com relação aos seus funcionários. O trabalho transformou-se em um lugar para, simplesmente, ir ganhar dinheiro. Com o advento da internet e das tecnologias da informação contratar pessoas criativas e com visão de futuro significava obter o domínio do segmento. Profissionais talentosos são, agora, o diferenciador número um do mercado. Hoje, os funcionários têm consciência do valor que possuem para a empresa onde trabalham. Dentro desse contexto o papel da gerência passa a ser, também, identificar, atrair, desenvolver, motivar e gerenciar talentos. Com base nisso, “A Era do Talento” mostra as verdadeiras questões a serem enfrentadas pelas empresas que procuram utilizar o talento com mais eficácia. Chowdhury aborda a necessidade dos salários mais altos para atrair empregados, como os gerentes lidam com subordinados de talento, como avaliar os funcionários e o retorno sobre o talento. Afinal de contas, o que os clientes querem? A Editora Campus lança “Os dez mandamentos da demanda - Afinal de contas, o que os clientes querem?”, das escritoras Kelly Mooney e Laura Bergheim. O livro funciona como uma lente por meio da qual o leitor poderá visualizar empresas e marcas, enxergando-as como os clientes a vêem. Repleta de exemplos de marcas famosas como Starbucks, Hershey’s, The Limited e Kinko’s, a obra revela que as empresas de sucesso já estão ouvindo seus clientes, satisfazendo-os e criando relacionamentos feitos para durar. “Os dez mandamentos da demanda” é um guia para satisfazer os clientes e suas crescentes demandas. Além de levar o leitor a aprender a dar poder ao cliente e exceder sempre suas expectativas, transformar cada ponto de atrito em experiência capaz de criar relacionamentos leais, lucrativos e duradouros, usar a internet para que os clientes absorvam sua marca e alinhar seus canais de marketing e de vendas a fim de apresentar aos clientes uma imagem unificada, independente de onde estejam (loja, on-line ou ao telefone). Marketing Direto 21 TENDÊNCIAS ACIONIST AS VS. CONSUMIDORES ACIONISTAS CONSUMIDORES:: COMO ENTRE ENCONTRAR EQUILÍBRIO PERFORMANCE FINANCEIRA E SA TISF AÇÃO DOS CLIENTES? SATISF TISFAÇÃO RENA TO DE PA ULA * RENATO PAULA Todos nos temos acompanhado as dificuldades financeiras que as empresas estão enfrentando ao redor do mundo. Além disso, desde a famosa “explosão da bolha da Internet”, Wall Street e bolsas de valores de todo o mundo sofreram grande retração. Aqui nos Estados Unidos, os mais otimistas prevêem um 2003 melhor. Já os realistas, pensam em 2004. Portanto, quando a situação aperta e as empresas precisam urgentemente de dinheiro para cumprir suas metas e frear a queda de suas ações, uma solução obvia é olhar para dentro e cortar custos. Para milhares de empresas a fórmula durante os últimos 18 meses tem sido uma só: cortar, cortar e cortar. 22 Marketing Direto Porém, aqui vem à pergunta. Em um mundo de tantos cortes, como as empresas podem continuar garantindo a satisfação de seus clientes? Para nós, membros do mundo de marketing de relacionamento, a resposta pode até parecer simples porém, nem todas as empresas têm o claro entendimento de que “Gerenciamento de Clientes” como filosofia corporativa (estou falando daquelas empresas onde, do porteiro ao presidente, todos se preocupam com o cliente) pode aumentar os resultados financeiros e, por conseqüência, ajudar a driblar a crise. A QCI, empresa britânica de consultoria de CRM, conduziu recentemente uma pesquisa bastante interessante. Depois de trabalhar com mais de 50 empresas multinacionais, a QCI determinou que: - 90% das empresas não têm uma estratégia de contatos distinta para os diferentes tipos de prospect; - Somente 15% destas empresas utilizam o conceito de “Custo de Aquisição por Cliente” (target acquisition cost) baseado em cálculos de valor potencial futuro para determinar estratégias de segmentação e comunicação; - 67% não podem responder com clareza como a equipe de vendas investe seu tempo; - Somente 43% desenvolvem planos para preservar clientes chaves; - Somente 31% têm indicadores de performance que permitam comparar os resultados de suas campanhas; - 75% não oferecem nenhum tipo de incentivo para que seus funcionários se preocupem com a qualidade da informação coletada. Portanto, não há como negar que a resposta para a o equilíbrio entre acionistas felizes e consumidores leais passa pela adoção de uma postura corporativa de CRM e não apenas de ações isoladas de marketing e comunicação. Um outro tema que evoluiu muito e tem sido considerado chave pelas empresas comprometidas com a satisfação de clientes é o que nos Estados Unidos se chama “RTM - Routes to Market” (Rotas para o Mercado). O assunto “RTM” não e novo. A novidade nesta área é o estreitamento cada vez maior da ligação entre RTM e CRM. Além do mais, as discussões sobre RTM estão deixando de acontecer dentro de alguns departamentos específicos dentro de empresas e tem passado a fazer parte da agenda de presidentes e VP’s. Através de políticas de “RTM” empresas podem definir, além de custos dos recursos e expectativa de retorno para seus projetos, parcerias estratégicas com outras empresas ou com seus próprios distribuidores. Para as agências de Marketing Direto e consultores especializados, envolver-se com “RTM” logo no inicio pode garantir consistência na mensagem que será recebida por prospects e Clientes independente do canal de comunicação. Ou seja, o impacto que uma estratégia multicanal — de duas mãos — pode não só melhorar resultados financeiros para a empresa, como também impactar positivamente a satisfação de Clientes. Portanto, para aquelas empresas que só conseguem pensar em cortar, cortar e cortar, a solução para seus problemas talvez esteja mais próxima e possa ser alcançada mais facilmente se, enquanto cortes são feitos, os Clientes não sejam esquecidos ou tratados de forma não prioritária. O ponto e que, agradar Wall Street ou a Matriz através de “cortes a todo custo” pode acabar se tornando uma armadilha já que, como sabemos, relacionamento com Clientes tem que ser alimentado freqüentemente. Alem disso, e muito mais barato e eficiente manter um Cliente contente do que ganhar um novo. (*) Renato de Paula reside nos Estados Unidos e é diretor regional da OgilvyOne para a América Latina Marketing Direto 23 anúncio ABEMD NAO PERTURBE 24 Marketing Direto anúncio ABEMD NAO PERTURBE Marketing Direto 25 MERCADO CTBC LANÇA SMS EMPRESAS As mensagens curtas no celular são ideais para comunicação de públicos específicos A CTBC lança o SMS Empresas, um serviço de mensagens curtas no celular para empresas que querem se comunicar com alguns públicos específicos - clientes, fornecedores, empregados etc - de forma rápida, eficiente, econômica e direcionada. O funcionamento do sistema é tão simples quanto o envio de mensagens por um servidor tradicional de e-mails. A diferença é que ao invés de recebê-la no computador, o destinatário a receberá no seu telefone celular. Outra diferença é o tamanho das mensagens, o cliente sempre receberá mensagens diretas, pois são limitadas a 150 caracteres. Para enviar as mensagens, as empresas terão duas opções. Uma é através da interface web no próprio site da CTBC, onde é fornecida uma senha que dá acesso ao gerenciador de mensagens, que permite cadastrar o nome e o número do telefone celular das pessoas, criar grupos, escrever e enviar textos, controlar a entrega e gerenciar o volume de mensagens enviadas e entregues. A outra opção é ligar o servidor de envio 26 Marketing Direto de mensagens diretamente aos sistemas automáticos que a empresa possui. Assim, por exemplo, uma empresa que trabalha com logística pode programar seu serviço de short message para avisar aos profissionais envolvidos sobre a entrega de uma mercadoria ou a necessidade de aquisição de estoque. Tudo automaticamente, sem intervenção humana. O SMS Empresas possui aplicações adaptáveis a todo tipo de empresa, independente do porte. Pode ser usado também por profissionais liberais e até mesmo por famílias. Trata-se de uma nova ferramenta de comunicação nas empresas, que tende a crescer acompanhando a evolução do índice de penetração do telefone celular em todas as camadas sociais. Segundo dados do Ministério das Comunicações, de cada cem habitantes no Brasil, dezoito tem telefone celular. Fazendo uma comparação com o acesso à internet, apenas 8% da população está conectada. Nas corporações, a grande vantagem do SMS Empresas é a possibilidade de gerenciar todo o processo de envio e recebimento de mensagens. Através da página web de acesso ao serviço é possível controlar a quantidade de mensagens enviadas, quem recebeu, número de falhas, custo da comunicação etc. Além disso, a empresa passa a comunicar-se de maneira bem direcionada, estruturando sua comunicação de acordo com a necessidade dos seus públicos. Para quem receberá as mensagens, há um ganho de produtividade e tempo, uma vez que são textos curtos e diretos, assertivos e que vão exigir uma capacidade de comunicação clara e sem ruídos. Outra vantagem é a mobilidade e a autonomia dos profissionais que passam a maior parte do tempo fora da empresa. Eles passam a ter comunicação instantânea e efetiva, sem a necessidade de checar e-mails ou fazer ligações para acompanhar as novidades. Inicialmente, o SMS Empresas só envia mensagens para os telefones celulares da própria CTBC, o que não impede que as mensagens sejam passadas de qualquer lugar do país, mas a integração com outras operadoras já está em andamento. Desde quando começou a ser desenvolvido, o SMS Empresas já foi testado por empresas como Anglo, Arcom, Cemig, Center Shopping e TAM. Na CTBC, as secretárias da diretoria utilizam a solução para convocar reuniões, agendar compromissos e enviar avisos importantes para os executivos sem interromper reuniões. Na TAM, o sistema está sendo utilizado para o envio de PTAs aos clientes que compram passagens pela internet ou telefone. Os custos do serviço são pagos pela empresa contratante, de acordo com o volume de mensagens enviadas com sucesso. O valor varia de R$ 0,06 a R$ 0,16 sendo que, quanto mais mensagens, mais baixo o custo unitário. GREYZEST DIRECT FINCA SUA BANDEIRA NO RIO DE JANEIRO Atualmente com sedes em São Paulo e Curitiba, a GreyZest Direct inicia suas operações no Rio de Janeiro com a conquista da conta do Shoptime e a contratação de Flávia Paranhos como gerente-geral A GreyZest Direct, pertencente ao grupo norte-americano de comunicação Grey Global Group, está começando o ano de 2003 a todo o vapor. Sob o comando dos sócios Beatriz Teixeira de Freitas (presidente) e Otavio Dias (vice-presidente), a GreyZest Direct está se instalando no Rio de Janeiro a partir da abertura de uma sede no bairro de Ipanema. A novidade é fruto da consolidação e do constante crescimento dos negócios e investimentos da GreyZest para oferecer atendimento integrado a seus clientes. Com filiais em São Paulo e Curitiba, embora também atue em Belo Horizonte desde o ano passado, quando fechou um acordo operacional com a mineira Exercere, a GreyZest já vinha atendendo clientes do Rio de Janeiro através de seu escritório paulista. O início das operações na cidade maravilhosa vem de encontro à conquista da conta do Shoptime, empresa precursora na área de vendas por catálogo à distância no Brasil. “A GreyZest foi escolhida especialmente pelo seu perfil multimídia. O foco em planejamento e a visão de Marketing Direto integrado que a agência possui coincidem com as expectativas do Shoptime de garantir sinergia entre os nossos diferentes canais de venda - TV, catálogo e internet. Procurávamos uma agência que conseguisse atender a empresa de forma integrada, aliando criatividade, parceria e agilidade que o varejo necessita”, afirma Marcelo Lobianco, diretor de marketing do Shoptime. “A vinda para o Rio de Janeiro vem sendo estudada há muito tempo. A GreyZest acredita no potencial deste mercado e já possui excelente relacionamento com clientes locais, como por exemplo Neoris e Star One. Mas a impulsionadora para a abertura da sede da GreyZest no Rio foi a conquista da conta do Shoptime, pois requer uma estrutura local em função do alto volume operacional exigido”, explica Otavio Dias, sócio e vice-presidente da GreyZest no Brasil. Num primeiro momento, as contas do Rio de Janeiro que já vinham sendo atendidas continuarão centralizadas na operação de São Paulo. Esta migração acontecerá muito lentamente somente a partir do segundo semestre de 2003. A idéia é começar com o Shoptime e garantir a viabilização da agência carioca através de novas frentes de prospecção que já estão em andamento. Conforme lembra Beatriz Teixeira de Freitas, sócia e presidente da GreyZest, “o grande desafio de expandirmos a marca GreyZest para o Rio foi sempre o de encontrarmos a pessoa certa para nos representar”. Para tanto, a filial da agência no Rio inicia suas atividades sob o comando de Flávia Paranhos, que acaba de ser contratada como gerente-geral. Paranhos já está à frente do novo escritório, também para finalizar a composição da equipe carioca. Outra novidade é a contratação de Virginia Fraga (ex-Draft) como supervisora de criação para o Shoptime. Marketing Direto 27 MERCADO DA TAMIDIA ,FCBI DAT AMIDIA,FCBI CRIA CAMP ANHA PPARA ARA CAMPANHA NIVEA SENSE A Datamidia,FCBi está colocando no ar campanha para o novo programa de relacionamento da Nivea, o Nivea Sense. A ação é dirigida às 250 mil consumidoras cadastradas no Momento Nivea, o programa que o Nivea Sense substituiu. O Nivea Sense foi criado para acompanhar a trajetória da mulher que hoje, no século XXI, deseja viver novas experiências. A iniciativa se propõe a oferecer e compartilhar novas sensações, experiências que tragam vivências e aprendizados que contribuam para que a mulher possa demonstrar sua individualidade, sua identidade. O Nivea Sense vai trazer informações personalizadas sobre estética, os últimos lançamentos em cosméticos, depoimentos e conselhos de grandes especialistas nacionais e internacionais, além de dicas de como extrair o melhor resultado de cada um dos produtos Nivea. As consumidoras cadastradas receberão amostras dos lançamentos, para experimentar e sentir a eficácia dos produtos. A campanha tem como título “Nivea Sense, um convite às sensações” e, como conceito criativo “Nivea Sense - compartilhando sensações com você”. A campanha é composta de emails marketing, malas-diretas e welcome kit. LA TINA MSG COMUNICAÇÃO SUPERA MET A LATINA META NA CAMP ANHA PPARA ARA O BANESP A/SANT ANDER CAMPANHA BANESPA/SANT A/SANTANDER A Latina MSG Comunicação assinou a campanha “Pit Stop” para o Banco Banespa, do Grupo Santander, que tinha como objetivo estimular o fechamento de contratos de CDC Banespa - Crédito Direto ao Consumidor - para veículos. O programa envolveu exclusivamente contratos de CDC e teve como público-alvo vendedores de lojas e revendas de automóveis. Dentro do período da campanha, de agosto a outubro de 2003, os vendedores foram contemplados com prêmios escolhidos através de um catálogo, de acordo com o número 28 Marketing Direto de contratos fechados, sendo que o prêmio mínimo só poderia ser resgatado após quatro contratos vendidos. Além dos vendedores, a Latina procurou atingir também lojistas e gerentes regionais. Os dez lojistas e os dois gerentes do Banespa que obtiveram maior quantidade de contratos fechados foram premiados com uma viagem com acompanhante para Fortaleza, local definido pelos próprios lojistas através de votação. Um dos diferenciais da campanha foi o método de comunicação utilizado para atingir o público alvo: fax. Com a confecção e envio de sete modelos de faxes, a Latina fez essa opção depois que o resultado de uma pesquisa mostrou que o principal meio de comunicação e ferramenta de trabalho desse público é o fax. Além disso, os vendedores de lojas de automóveis têm acesso restrito a e-mails e os impressos poderiam demorar a chegar em suas mãos. A meta da Latina MSG seria atingir quatro mil contratos fechados, os quais seriam premiados pelo Banespa. A campanha atingiu o número de 4.143 contratos ao final da campanha, superando as expectativas. MD COMUNICAÇÃO CONTRA TADA PPARA ARA REFORMULAR CONTRAT MARCA DA MINELLI Tradicional grife de moda masculina quer ampliar atuação no mercado para conquistar o público jovem Há mais de 40 anos confeccionando ternos sob medida, a Minelli transformou sua marca em sinônimo de qualidade e elegância vestindo políticos, empresários e artistas com ternos impecavelmente confeccionados por uma equipe de alfaiates de primeira linha comandados pelos herdeiros do napolitano Salvatore Minelli. A empresa, que chegou a ter 18 lojas em todo País, reabriu as portas no início de 2001 sob a direção das irmãs Mônica Minelli Pêssoa e Morgana Minelli. As filhas de Raffaele Minelli - o mais famoso dos alfaiates do clã - inauguraram a única loja da grife na Vila Nova Conceição, em São Paulo, ampliando o mix de produtos. Além dos tradicionais ternos sob medida, a Minelli também passou a oferecer ternos prontos, camisas e uma vasta linha casual. Com o objetivo de traçar um novo posicionamento da marca e incrementar as vendas, a empresa contratou a MD Comunicação para reformular sua linha de comunicação, estreitando o relacionamento com os atuais clientes, e ampliar a divulgação da marca junto ao público entre 25 e 40 anos, principal consumidor das novas coleções que estão sendo lançadas pela grife. “A MD Comunicação deverá criar uma série de ações para rejuvenescer a imagem da Minelli, tornando a marca mais leve e moderna com o objetivo atrair novos consumidores e, ao mesmo tempo, desenvolver um programa de relacionamento com os clientes que são fiéis à marca”, explica Denis Santini, diretor da MD Comunicação, agência especializada no atendimento de franquia e empresas que atuam em diferentes canais de distribuição. A campanha para 2003 prevê a reformulação da identidade visual; criação de um novo conceito de marca; desenvolvimento de etiquetas especiais para cada linha de produto; implantação do “Certificado de Qualidade” para ternos sob medida; personalização no atendimento através de ações pós-venda; promoções; publicidade; parcerias; assessoria de imprensa; ações institucionais e realização de eventos. Marketing Direto 29 MERCADO HARTE-HANKS CRESCIMENTO ALCANÇA DE 54% NO MERCADO BRASILEIRO EM 2002 Ano foi marcado pelo investimento no lançamento de novos serviços para abrir novas frentes de negócios 30 Marketing Direto A Harte-Hanks, empresa multinacional de serviços integrados de Marketing Direto interativo e soluções de CRM analítico, alcançou a marca de 600 milhões de registros tratados com o Vitamina D, seu software de CDM (Customer Data Management ou Gerenciamento de Dados dos Clientes), consagrando seu reconhecimento como eficaz ferramenta para implantação de sistemas de CRM, ERP, Data Warehouse, entre outros. A principal área de negócio da Harte-Hanks, seus projetos de CDM, consiste em refinar os bancos de dados para eliminar duplicidades e equívocos de registros e criar maiores oportunidades de negócios a partir de uma análise detalhada do perfil dos atuais clientes e prospects. Para abrir novas frentes de geração de receita, Sílvio Ramos, presidente da Harte-Hanks do Brasil e gerente geral da Harte-Hanks na América Latina, explica que o foco da empresa no ano passado foi identificar as novas demandas de seus clientes e oferecer novos serviços integrados ao CDM. “Em 2002 obtivemos um resultado bastante positivo no mercado brasileiro por termos ampliado o nosso número de clientes e oferecido novos serviços e projetos integrados de database marketing. Passamos a disponibilizar estratégias diversificadas para conduzir ações capazes de garantir retorno do investimento nas campanhas de conquista, fidelização e retenção de clientes. Para 2003 nossa previsão é ampliar ainda mais nossa carteira de clientes e reforçar nossa posição de liderança como uma empresa full service em Marketing Direto”, explica Ramos. A filial brasileira da Harte-Hanks, que atende o mercado latino-americano, registrou em 2002 um aumento de faturamento de 54% em relação a 2001, alcançando um dos maiores índices de crescimento dentre as unidades globais da empresa. A expectativa este ano é atingir 25% de crescimento. Os bons resultados da empresa foram acompanhados por um aumento de 120% no número de funcionários, de 670% na venda de listas, 450% em serviços de Call Center e 104% em vendas de novas licenças de softwares. Os números positivos são resultado do aumento do market share da Harte-Hanks no segmento de Marketing Direto. Somente no final do ano passado, a empresa enriqueceu sua carteira de clientes com companhias como Souza Cruz, Avon, Ambev e Monsanto, que licenciaram o Vitamina D, e a Honda, que contratou um projeto de datacleansing. E-COMMERCE BRASILEIRO BA TE RECORDES NO NATAL BATE Pesquisa realizada pela e-bit revela como foram as compras virtuais e quais foram os produtos mais procurados pelos e-consumidores O período mais aguardado do ano para todo o comércio passou, e trouxe com ele os melhores resultados do ano de 2002. Já para o e-commerce, além de ter sido a época mais forte do ano, o mês do Natal de 2002 bateu recordes históricos, seja em faturamento, vendas, número de compradores ou também no valor do ticket médio das compras virtuais. Segundo aponta a pesquisa realizada pela e-bit entre os dias 26 e 30 de dezembro, o índice de e-consumidores que compraram seus presentes de Natal pela Internet subiu de 49% em 2001 para 60% em 2002. As lojas virtuais apostaram em mais promoções, ofertas, formas de pagamento e nos curtos prazos de entrega para atrair mais consumidores e confiar no sucesso de um faturamento superior em relação ao mesmo período do ano passado. E parece que a estratégia fez efeito, pois além de terem conquistado mais compradores, as lojas virtuais registraram compras com valores mais altos. No natal de 2001, 8% dos e-consumidores gastaram mais de R$1.000 em presentes nas lojas virtuais. Já neste natal a expectativa (segundo pesquisa realizada pela e-bit antes do Natal) era que 12% gastassem esse valor, porém esse percentual atingiu 16%. “Este incremento do valor das compras colaborou para a elevação do ticket médio em dezembro que atingiu R$ 281,00, o valor mais alto já registrado pelo comércio eletrônico nacional. Mas o faturamento superior não é decorrente apenas por esses fatores, mas também, da melhora no nível de atendimento das lojas virtuais”, revela Pedro Guasti, diretor geral da e-bit. A pesquisa aponta que 20% dos consumidores virtuais compraram a maioria de seus presentes pela Internet e o produto mais procurado continua sendo o CD, fazendo parte de 68% das compras, em seguida, na preferência dos e-consumidores, ficaram os livros e revistas, brinquedos, títulos em DVD’s e vídeos e os eletroeletrônicos. Como já era esperado, muitos e-consumido- res adquiriram produtos eletroeletrônicos, o que colaborou ainda mais para o aumento no valor do ticket médio, por serem produtos de alto valor agregado. Na lista dos produtos eletrônicos mais adquiridos, destacam-se os DVDs players, as câmeras digitais e os televisores de tela plana. A pesquisa mostra também que os homens continuam sendo maioria dos consumidores virtuais. Neste natal, eles foram responsáveis por 65% das compras realizadas pela Internet. Já em relação à idade média, 77% dos e-consumidores está compreendida na faixa entre 25 e 49 anos. Segundo Guasti, a tendência da curva de crescimento do comércio eletrônico brasileiro para 2003 é continuar em ascensão, mas com uma leve desaceleração em relação a 2002. “Mesmo com o aumento do número de internautas é provável que o setor aponte um crescimento de até 40% em 2003, podendo chegar a um faturamento de 1,2 bilhões de reais”, conclui. Quantidade de presentes de Natal comprados em lojas virtuais Fonte: grupo de pesquisas e-bit Base Amostral: 1009 entrevistas Marketing Direto 31 DOCUMENTO E-BRASIL ELAB ORA PROPOST A ELABORA PROPOSTA PARA UMA POLÍTICA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO No segundo semestre de 2002, por iniciativa da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e com a coordenação de representantes da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas, foi instituído o grupo denominado e-Brasil, com a finalidade de propor ao então governo eleito uma política de tecnologia de informação e comércio eletrônico para o país. O trabalho desse grupo, que teve a participação de acadêmicos, empresários e membros de associações - como a ABEMD, representada por seu presidente Efraim Kapulski -, resultou num extenso e profundo trabalho que, segundo é salientado no sumário do documento, “têm como objetivo principal colaborar para que a realidade social e econômica do Brasil tenha como característica a utilização das tecnologias de informação e comunicação, e garanta o aproveitamento de todo o potencial desta utilização, de forma ampla na sociedade civil, empresarial e governamental”. 32 Marketing Direto Ainda de acordo com o sumário, “as propostas, que estão divididas em quatro temas centrais que devem receber atenção especial para que o Comércio Eletrônico possa acontecer de fato no Brasil e que suas contribuições possam realmente ser aproveitadas são: sociedade - para que se garanta o acesso e participação dos cidadãos neste novo ambiente que apresenta um nível significativo de utilização das tecnologias de informação e comunicação -; educação - para que ofereça a formação e a capacitação para que a sociedade possa estar preparada para viver e trabalhar neste ambiente digital -; setor privado e ambiente - para que tenham o incentivo e a responsabilidade necessários para se desenvolver garantindo o desenvolvimento e apoio à sociedade -; e governo - para que forneça os serviços, incentivos, regulamentação e garantias necessárias para este nível de utilização de tecnologia. As propostas visam colaborar com o desenvolvimento social e econômico do Brasil”. Apresentação Leia a seguir a introdução e a apresentação desse documento, cuja íntegra está disponível no site da ABEMD (www.abemd.org.br). Introdução Os ambientes econômico e social tanto no contexto do setor privado como do setor público atuais têm como uma de suas características marcantes a ampla e intensa utilização de tecnologia de informação e comunicação. Este cenário é percebido nos ambientes nacional e internacional, e na sua relação. Esta situação pode ser confirmada por meio de indicadores que demonstram o nível de utilização destas tecnologias pelas empresas, órgãos públicos, instituições sem fim lucrativos, incluindo gastos e investimentos, infra-estrutura tecnológica disponível, produtos e serviços eletrônicos, parque tecnológico, entre outros. A disponibilização destas tecnologias e sua utilização passam a permitir de fato a realização de processos em uma infra-estrutura de informação e comunicação pública, denominada de Comércio Eletrônico. Porém, tanto a utilização deste potencial como a realização de todas as oportunidades oferecidas não são total e uniformemente utilizadas nos contextos nacional e internacional. Esta situação deve e pode ser modificada de forma significativa com a elaboração e implementação efetiva de uma Política de Tecnologia de Informação e Comércio Eletrônico. As situações econômica e social do Brasil apresentam grandes desafios, não apenas neste momento específico, que podem ser confirmados pelos índices de distribuição de renda, acesso a tecnologia e outros serviços, grau de instrução, nível de emprego, entre outros. Estes desafios podem ser enfrentados de forma bem sucedida aproveitando o potencial das contribuições oferecidas pela utilização ampla e intensa de tecnologia de informação e comunicação. As Propostas para uma Política de Tecnologia de Informação e Comércio Eletrônico, do grupo denominado e-Brasil, têm como objetivo principal colaborar para que a realidade social e econômica do Brasil tenha como característica a utilização das tecnologias de informação e comunicação, e garanta o aproveitamento de todo o potencial desta utilização de forma ampla na sociedade civil, empresarial e governamental. A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Camara-e.net, atendendo à sua missão de estimular a participação ativa de seus associados na construção de uma realidade cada vez melhor para o setor de Comércio Eletrônico, e de ser uma instituição de representação dos participantes deste setor, propôs e estimulou aos seus associados a elaboração das Propostas para uma Política de Tecnologia de Informação e Comércio Eletrônico. A Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, FGVEAESP, em alinhamento com a missão e objetivos institucionais, tem buscado com sucesso, ser um centro de referência em áreas de conhecimento e colocar este conhecimento a serviço da sociedade. As áreas de Tecnologia de Informação e de Comércio Eletrônico são dois destes campos de conhecimento, nos quais a Escola tem dedicado significativo esforço do seu corpo docente. A FGV-EAESP, nas pessoas do professor Alberto Luiz Albertin e da pesquisadora Rosa Maria de Moura, e atendendo ao convite da Camara-e.net, está colaborando neste esforço coordenando os trabalhos e debates de seus participantes, bem como a elaboração deste documento. Ambas as instituições se propõem a serem indutoras deste importante esforço, sem chamarem para si a autoria das propostas. Desta forma, o e-Brasil - Propostas para uma Política de Tecnologia de Informação e Comércio Eletrônico pode ser entendido como a contribuição consensuada entre os vários especialistas, acadêmicos e associações, para que o Brasil trilhe um caminho seguro e cada vez mais efetivo para o aproveitamento das contribuições oferecidas pela utilização ampla e intensa de tecnologia de informação e comunicação nos ambientes social e econômico. Marketing Direto 33 ARTIGO “NINGUÉM TEM NADA DE B OM BOM SEM SOFRER, FORMOSA MULHER ...” PIO BORGES* A letra deste samba de Vinicius de Moraes, composto não sei exatamente com quê intenções, reúne sábias lições para nós do Marketing Direto. Vou justificar mais adiante essa afirmação, mas antes quero citar um outro poeta, e soldado, Camões que disse um dia que o “bom saber era o de experiência feito”. Ao longo de algumas décadas de envolvimento com comunicação e com Marketing Direto pude constatar que minhas maiores cerPio Borges, de capacete amarelo, vê nos desastres o caminho para o aprendizado 34 Marketing Direto tezas, aquelas que me fazem reconhecido por algumas pessoas como um bom profissional, foram as que adquiri “sofrendo” ou aquelas que vivi pessoalmente. Minha crítica ao que tem acontecido em termos de aprimoramento profissional ultimamente, é a exposição em premiações, em livros e em artigos de cases de sucesso. Cases de sucesso também têm falhas, mas falar delas, a menos que isto parta do seu dono, é coisa no mínimo de mau gosto. Somos todos profissionais do otimismo, temos sempre a expectativa - a quase certeza, na verdade - do sucesso. Somos movidos por ele, e de certa forma o mundo acostumou-se a isso. Um insucesso, como o desastre da Columbia, nos apanha completamente desprevenidos. Como uma coisa dessas pode acontecer? No entanto, tanto em relação à Colúmbia, quanto a falhas menos espetaculares em Marketing Direto, a pergunta mais importante a ser feita e a ser respondida é: “Como uma coisa dessas pode deixar de acontecer?”. É para responder a essa questão que estou listando vários pecados do Marketing Direto, cometidos no Brasil, por colegas brasileiros, por colegas do exterior, por mim, não para ter uma lista negra cuja consulta impediria a empresa ou o profissional de entrar no céu. O meu objetivo é identificar o pecado, o que levou a empresa ou o profissional a cometê-lo e como as coisas deveriam ser feitas para que ele não ocorresse ou que tivesse seus efeitos danosos reduzidos. Não pretendo sequer identificar as empresas nem os profissionais que os cometeram , a menos que haja da parte deles o desejo expresso de identificarem-se. E o que estou fazendo em relação a esses problemas é apresentar a soluções ou as soluções que deveriam ter sido pensadas e aplicadas. Mark Twain, que não tinha lido nem Vinicius nem Camões, candidatou-se a capitão de uma embarcação no Mississipi concorrendo com dezenas de outros pilotos. Seja por inspiração antecipada nesse artigo, seja por humor, seja pela indiscutível verdade do que disse conseguiu o posto derrotando todos os outros, que se diziam experientes, cuidadosos, bem sucedidos, irrepreensíveis em suas carreiras. Mark Twain contou todos os seus acidentes, seus naufrágios, seus encalhes nos baixios do rio e creio que até de um barco cuja caldeira explodiu sob o seu comando. - Ninguém conhece esse rio como eu. Gostaria que você, como associado da Abemd e marqueteiro de sucesso, com absoluta garantia minha de confidencialidade, enviasse para o meu e-mail particular os desastres que tiveram você como “comandante” ou como participante ativo. Claro que vou checar as informações antes de aceitar o caso nesse nosso “hall of fame” às avessas, mas tenho a certeza de que todos nós vamos nos tornar muito mais habilitados em nosso negócio ao identificarmos os pecados e nos resguardado quanto a eles. Meu e-mail para esse projeto é o [email protected] Obrigado por sua participação. * Pio Borges é presidente da DraftWorldwide, chairman no Brasil do prêmio John Caples, ex-juiz do Echo Awards da DMA e ex-presidente da Abemd, em duas gestões. anúncio door to door Marketing Direto 35 NO VOS AS SOCIADOS NOVOS ASSOCIADOS DA ABEMD EMPRESAS APOIO EDITORA MUL TIMÍDIA LTDA MULTIMÍDIA Atividades: Criação, manutenção e comercialização de banco de dados e edição da LAG - Lista de Autoridades Governamentais. Histórico: O Sistema Apoio de Comunicação foi criado em 1978. Atua em três áreas principais de negócios: TV Apoio, Apoio Promoções e Eventos e Apoio Editora Multimídia (LAG e banco de dados). Localidades em que atua: Em todo o território nacional. Nome do representante: Thierry Allain Jean. Site da empresa: www.apoio.inf.br BLACK BOX DO BRASIL IND. E COM. LTDA. Atividades: Desenvolvimento de soluções para a área de redes através de publicações técnicas apresentando os últimos lançamentos em informática e telecomunicações. Histórico: A Black Box é uma empresa de produtos técnicos dedicada ao desenvolvimento, montagem e manutenção de sistemas de infra-estrutura de rede. Possui clientes em 132 países e está sediada no Brasil desde 1994. Edita e envia gratuitamente aos seus clientes o Catálogo Black Box. Localidades em que atua: Todo o território nacional. Nome do representante: Elaine das Graças Tonácio. Site da empresa: www.blackbox.com.br CENTRO DE ADMINISTRAÇÃO E DESENVOL VIMENTO DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL DO SENAC RIO BANCO MERCANTIL DO BRASIL Atividades: Produtos e serviços de intermediação financeira. Histórico: O Banco foi fundado nos anos 40 no centro-norte do estado de Minas Gerais. Iniciou a década de 80 com aproximadamente cem agências. Atualmente, os mais de duzentos pontos de atendimento estão distribuídos estrategicamente pelos principais centros geo-econômicos do Brasil, com nítida concentração na Região Sudeste, especialmente em Minas Gerais. Localida des em que atua Localidades atua: Em todo o território nacional, exceto estados da região Norte, Tocantins, Maranhão e Piauí. Nome do representante representante: Conceição Aparecida Pinto. Site da empresa empresa: www.mercantildobrasil.com.br PESSOAS FÍSICAS Leila Mara do Nascimento Gomes; Marcio Fujimura; Tiago Morales Jau. 36 Marketing Direto Atividades: Comércio e serviços. Histórico: Desenvolve soluções de conhecimento em sintonia com as práticas de gestão e reais necessidades das empresas. Oferece serviços e produtos voltados para o desenvolvimento empresarial, tecnologia de administração e comércio, preparando profissionais para tomadas de decisão, análise da concorrência e uma maior conscientização dos consumidores. Localidades em que atua: Rio de Janeiro. Nome do representante: Adolpho José Fernandes Junior. Site da empresa: www.rj.senac.br/empresarial LD -LIGHTENDA TA LD-LIGHTENDA -LIGHTENDAT CONSUL TORIA CONSULTORIA Atividades: Consultoria em vendas para empresas através de Marketing Direto, desenvolvimento de produtos e projetos para ações de Marketing Direto, intermediações em criação e call center e mailing list. Histórico: A Lightendata foi criada em 2002 e tem o objetivo de tornar-se referência em consultoria de Marketing Direto, desenvolvendo, prospectando e intermediando todos os processos de uma venda através de ferramentas de Marketing Direto, seja parcial ou em sua totalidade. Localidades em que atua: Em todo o território nacional. Nome do representante: Heloisa Ribeiro Borges. Site da empresa: www.lightendata.com.br LISTEN LOCAL INFORMA TION INFORMATION SYSTEM LTDA Atividades: Aluguel e venda de banco de dados de pessoas físicas e jurídicas, padronização e formação de databases, atualização de banco de dados, gerenciamento de cadastro, CRM, cartas personalizadas, telemarketing e entrevistas pessoais. Histórico: A Listen é uma empresa que desenvolveu tecnologias exclusivas para a captação de informações a baixo custo. Tem um know-how direcionado para a construção de banco de dados de acordo com a necessidade de cada cliente, e esses bancos de dados são depositados e administrados pela própria Listen. Localidades em que atua: Todo o território nacional. Nome do representante: Alexandre Barros Paulinelli. Site da empresa: www.listen.com.br MINAS-BRASIL SEGURADORA Atividades: Atua no setor de seguros. Histórico: A Minas-Brasil Seguradora começou em maio de 1938 com um grupo de empresários mineiros. Na década de 70, quando os bancos passaram a operar definitivamente no setor de seguros, a Minas-Brasil percebeu aí mais uma oportunidade de crescimento e associou-se ao Sistema Financeiro Mercantil do Brasil. Localidades em que atua: Todo o território nacional. Nome do representante: Camila Maciel Caetano. Site da empresa: www.minas-brasil.com.br AGENDA ABEMD ORGANIZA A SEGUNDA TURMA DO CURSO LIVRE DE ESPECIALIZAÇÃO EM MARKETING DIRETO CURSOS, SEMINÁRIOS E PALESTRAS 24 a 27 de fevereiro Planejamento, Implementação e Gerenciamento Estratégico de Programas de Fidelização Palestrante: Guilherme Evans Horário: Das 18h30 às 22h45 Local: Hotel Campobelo Plaza - Rua Demóstenes, 748 Campo Belo - São Paulo/SP Valor da inscrição: R$ 440,00 Desconto para associado ABEMD: 20% Organização: ITCOM Informações e inscrições: www.itcom.com.br ou (11) 5096-6682 ou [email protected] 25 de fevereiro Criação em Marketing Direto Programa de Desenvolvimento Profissional Palestrante: Eduardo Baffa Horário: Das 14h00 às 18h00 Local: ABEMD - Ed. Itália - Entrada pela Av. Ipiranga, 344 - 13º andar - Conj. 132/B - Centro - São Paulo/SP Valor da inscrição: R$ 278,00 (estudantes: R$ 130,00) Valor da inscrição para associado ABEMD: R$ 139,00 (estudantes: R$ 65,00) Organização: ABEMD Informações e inscrições: www.abemd.org.br ou (11) 3129-3001 ou [email protected] 11 a 13 de março Conceitos e Aplicações Estratégicas de DataMining Palestrante: Eliana H. Nakane Horário: Das 18h45 às 23h Local: Hotel Campobelo Plaza - Rua Demóstenes, 748 Campo Belo - São Paulo/SP Valor da inscrição: R$ 880,00 Desconto para associado ABEMD: 20% Organização: ITCOM Informações e inscrições: www.itcom.com.br ou (11) 5096-6682 ou [email protected] 13 de março Marketing de Relacionamento em Empresas de Bens de Consumo Programa de Desenvolvimento Profissional Palestrante: Patrícia Marinho Horário: Das 14h00 às 18h00 Local: ABEMD - Ed. Itália - Entrada pela Av. Ipiranga, 344 - 13º andar - Conj. 132/B - Centro - São Paulo/SP Valor da inscrição: R$ 278,00 (estudantes: R$ 130,00) Valor da inscrição para associado ABEMD: R$ 139,00 (estudantes: R$ 65,00) Organização: ABEMD Informações e inscrições: www.abemd.org.br ou (11) 3129-3001 ou [email protected] 18 a 19 de março Gerenciamento de Produto - Estratégias e Práticas Palestrante: Antonio Carlos Prado Horário: Das 8h30 às 18h Local: Hotel Campobelo Plaza - Rua Demóstenes, 748 Campo Belo - São Paulo/SP Valor da inscrição: R$ 2.080,00 Desconto para associado ABEMD: 20% Organização: ITCOM Informações e inscrições: www.itcom.com.br ou (11) 5096-6682 ou [email protected] 25 de março Do Something Programa de Desenvolvimento Profissional Palestrantes: Luiz Buono e Lais Dantas Horário: Das 14h00 às 18h00 Local: ABEMD - Ed. Itália - Entrada pela Av. Ipiranga, 344 - 13º andar - Conj. 132/B - Centro - São Paulo/SP Valor da inscrição: R$ 278,00 (estudantes: R$ 130,00) Valor da inscrição para associado ABEMD: R$ 139,00 (estudantes: R$ 65,00) Organização: ABEMD Informações e inscrições: www.abemd.org.br ou (11) 3129-3001 ou [email protected] A ABEMD promoveu em 2002 o primeiro curso de especialização em Marketing Direto. O curso foi muito bem aceito pelo mercado e devido à sua repercussão a ABEMD iniciará uma segunda turma em março deste ano. Sob coordenação de Fábio Adiron, as aulas terão duração de quatro meses e acontecerão todas terças e quintas-feiras das 20h às 22h30. O curso abordará uma visão integrada e completa sobre o Marketing Direto e é destinado a profissionais de marketing com experiência ou não em Marketing Direto. Quem não tem experiência, passará a conhecer o Marketing Direto em toda a sua abrangência e quem já atua na área, terá uma excelente oportunidade para se atualizar e aprofundar o conhecimento. Ao final das aulas, os alunos estarão munidos de informações e de técnicas, prontos para desenvolver qualquer tipo de ação de Marketing Direto, com habilidades e conhecimentos necessários para gerenciar, planejar, executar, avaliar e ajustar programas de Marketing Direto com total confiança. O gabaritado corpo docente do curso apresentará temas tais como: planejamento, criação, listas, database, internet, DRTV, testes, cálculos, telemarketing e marketing de relacionamento Programe-se Início das aulas: 11 de Março de 2003 Horários: Terças e quintas-feiras das 20h às 22h30 Local: Centro Brasileiro Britânico - Rua Ferreira de Araújo, 741 - 1º andar - Pinheiros - São Paulo - SP Organização: ABEMD Informações e inscrições: www.abemd.org.br ou (11) 3129-3001 ou [email protected] Observação: As datas e horários dos eventos estão sujeitos a alteração. Marketing Direto 37 SEGUNDO CONTATO Após fechar uma proposta de prestação de serviço de personalização de uma mala direta para clientes e prospects de uma corretora de seguros, abrimos uma ordem de serviços e verificamos que o arquivo de dados enviado pelo cliente estava em ordem : Nome completo, endereço e CEP. No arquivo enviado pela corretora havia cerca de 15.000 registros, fizemos a ordenação por CEP, imprimimos algumas amostras e enviamos à corretora para aprovação, a qual prontamente liberou para impressão. Ao final do processo de personalização e acabamento enviamos ao Correio para postagem. Passados alguns dias, recebemos a ligação do dono da corretora, que esbravejava do outro lado da linha, nervoso e com a voz trêmula. O sujeito chegou a chorar dizendo que nós tínhamos acabado com o negócio dele, que iria nos processar e que ele estava até temendo por sua própria vida. Após acalmá-lo para tentar entender o que aconteceu, descobrimos que o arquivo enviado fora extraído incorretamente do Banco de Dados pela corretora, utilizaram o segundo contato no lugar do primeiro. 38 Marketing Direto A RONALDO PEDROSO - SÓCIO / DIRETOR DA PROCART PROCARTA INFORMÁTICA A corretora fazia o cadastramento do primeiro contato e do segundo contato para pessoas jurídicas. Para pessoas físicas, a maior parte do Banco de Dados, o cadastro era diferente, pois colocavam o nome completo no primeiro contato e, no segundo, usavam artifícios para lembrar-se dos clientes. O cadastro ficava mais ou menos assim: Primeiro Contato: João da Silva Segundo Contato: Marido da Loira Gostosa Primeiro Contato: Maria da Silva Segundo Contato: Amante do Paulão Primeiro Contato: João da Silva Segundo Contato: Doleiro Primeiro Contato: Maria da Silva Segundo Contato: Se não der dois litros chuto o balde. anúncio CMA Marketing Direto 39 anúncio DATA LISTAS 40 Marketing Direto