EXPEDIENTE Diretoria Presidente: Efraim Kapulski Vice-presidente: Pedro Renato Eckersdorff Diretor Financeiro: José Antônio Soler Diretor de CRM / Database: Eduardo W. Ramalho Diretor de Listas: Vicente Argentino Diretor de Sucursais: Jeffrey Hanson Costa Conselho de Administração Presidente: Paulo F. B. Vasconcelos - Vasco Vice-presidente: Fernando B. Cirne Alexandra Periscinoto, Alexandre Jau, Andréa Russo, Antonio Rosa Neto, Danilo Vasconcelos, Edson Carlos Barbieri, Eduardo W. Ramalho, Eduardo Souza Aranha, Fabio Adiron, Fábio Mello, Fernando Alberto da Costa, Fernando B. Cirne, Fernando L. G. Guimarães, Henrique Mello, Jeffrey Hanson Costa, José Antônio Soler, Luis Henrique Fichman, Marcelo Lobianco, Marciliano Antônio Silva Jr., Márcio Ribeiro, Maria Luiza Vasques Piccioli, Murillo Boccia, Nelson Grunenberg Alves Reis, Odair Gutirres, Paulo F. B. Vasconcelos - Vasco, Paulo Geraldo F. Cavalcanti, Pedro Renato Eckersdorff, Pio Borges, Priscila Pereira Gonçalves, Renato de Paula, Ricardo Musumeci, Roberto Saddy Chade, Sérgio Augusto R. Alves Jr., Silvio Lefèvre, Vicente Argentino, Waldomiro R. Silva Jr., Wilmar Munhós. Conselho Fiscal Alexandre Souza Martins Case, Ana Maria Moreira Monteiro, Osvaldo Alvarenga. Associação Brasileira de Marketing Direto Avenida São Luís, 50 – 13º andar cj. 132 B – Edifício Itália CEP 01046-926 – São Paulo/SP – Brasil Tel: (11) 3129-3001 – www.abemd.org.br Comercial: Sérgio Gentile ([email protected]) Eventos: Salete Guimarães ([email protected]) Administração e Finanças: Pedro Xavier Jorge ([email protected]) CARTA AO LEITOR Uma crise econômica como a que se abateu sobre os mercados do mundo inteiro em setembro passado, jamais deve ser ignorada. Seus efeitos ainda não haviam sido sentidos de forma mais profunda no mercado brasileiro até o início de dezembro e, como vem garantindo o governo, não serão mais do que um ventinho passageiro em 2009. Os governos têm reagido e injetado muitos bilhões de dólares na economia. Certamente, estão amenizando o estrago, porém, é certo que empresas e profissionais sérios têm que estar preparados para qualquer situação. Em nossa tradicional consulta aos associados da ABEMD, dá para perceber essa cautela do mercado de Marketing Direto, o que reafirma sua maturidade. Mas o dado altamente positivo é que, não apenas o ano de 2008 se mostrou muito bom para o setor, como grande parte dos respondentes – um número expressivo de 103 pessoas, em sua esmagadora maioria altos executivos de suas respectivas empresas – também exala otimismo. Por um motivo bastante simples e lógico, que não cansamos de repetir: o Marketing Direto é a ferramenta que tem em seu DNA a mensuração dos resultados e que, com recursos modestos, proporciona retornos certeiros às ações de comunicação das empresas em seu objetivo de gerar vendas e manter os clientes fiéis às marcas. Ou seja, nas incertezas da economia, nada mais natural e lógico que as organizações recorram com maior intensidade ao Marketing Direto e suas ferramentas. Além disso, as novas mídias digitais, sobretudo internet e mobile, vêm sendo usadas de forma crescente, o que dá novo impulso à nossa atividade. Este ano tende a ser mais duro do que 2008, mas não menos cheio de oportunidades. Com a maturidade e o espírito empreendedor do mercado, o Marketing Direto certamente vai mais uma vez superar suas expectativas. Feliz 2009. Revista Marketing Direto é uma publicação da Associação Brasileira de Marketing Direto (ABEMD) O Editor Editor: Roberto Perrone ([email protected]) Coordenadora Editorial: Janaina Basilio ([email protected]) Arte e editoração eletrônica: Adriana Cassiano Pré-impressão, impressão e acabamento: RR Donnelley Moore Escreva para a revista Marketing Direto. Mande seus comentários e sugestões para o e-mail: [email protected] Marketing Direto 3 ÍNDICE FRASES Capa: Associados da ABEMD mostram otimismo para 2009 ............. Artigo: Lucratividade bem debaixo dos seus olhos, por Marcelo Sousa ........................ 8 18 Artigo: Fazendo a diferença, por Alexandre Ravagnani................ 20 Prêmio ABEMD: XV Prêmio traz novidades............... 24 Profissionalização: Curso Livre de Especialização em Marketing Direto está com vagas abertas ......................... 26 Mercado ........................................ 28 Mercado de trabalho...................... 30 Novas Contas ................................. 30 Novos Associados .......................... 32 Deu na imprensa ............................ 33 Causos do Marketing Direto ........... 34 Reflexões sobre 2008 “Com a segmentação dos mercados e a evolução dos programas de relacionamento, o Marketing Direto ganhou espaço inclusive em mercados menos tradicionais como construção civil e educação” Renato Mesquita, diretor de atendimento da Copyright “Foi um ano de consolidação da área de CRM e Database e grandes grupos internacionais compraram operações locais”. Leonardo Barci, presidente da youDB “Se olharmos para web e novas mídias, não resta dúvida de que ganhamos espaço” Otávio Dias, presidente da R.epense “Os clientes estão descobrindo a relevância da mídia digital” Alexandre Pucci, diretor executivo da Direct Marketing “O cenário é animador e está mudando rapidamente. Basta observar o crescimento do CRM em setores como seguradoras, saúde e bem-estar, entre outros” Fabrício Saad, superintendente de CRM e internet da SulAmérica Seguros e Previdência. ERRATA O artigo publicado na página 18 da edição 82 – dezembro/2008 é assinado por Simon Widman, jornalista e sócio proprietário da Espaço 2 Comunicação. 4 Marketing Direto CAPA Otimismo, confiança e cautela 8 Marketing Direto A crise econômica eclodida em setembro passado não foi suficiente para abalar a confiança do mercado de Marketing Direto, até mesmo porque é nas crises que a disciplina se mostra mais eficiente e eficaz para a comunicação das empresas, período no qual manter os clientes é mais necessário do que nunca. Isso é o que mostra nossa tradicional consulta aos associados, que bateu seu recorde de participações com 103 respondentes, o que dá mais legitimidade ainda ao resultado. Com ela, a idéia é oferecer parâmetros de como se comportou o mercado em 2008 e a projeção para 2009. O ano de 2008 ficará marcado na história mundial como o da II Grande Depressão. Para alguns analistas, maior até do que a de 1929. Mas os governos vêm reagindo rápido aos problemas surgidos nos mercados financeiros mundiais, injetando bilhões e bilhões de dólares na economia. Resta saber se o efeito será suficiente para aplacar a recessão. Para o mercado brasileiro de Marketing Direto a crise é vista como oportunidade, com confiança e uma ponta de cautela, segundo revela nossa tradicional consulta aos associados, que esse ano bateu recorde de participação, com 103 respondentes. Entre os pesquisados estão executivos de alto escalão das empresas associadas. As participações de profissionais de agências, consultoria e database marketing foram expressivas, sempre beirando a casa de 30% cada, seguidas de call center com pouco mais de 21%. Considerando os resultados financeiros alcançados até o momento, qual é a sua avaliação de 2008? Excelente Muito bom Bom Razoável Ruim Péssimo Não respondeu 2004 5,8% 25,0% 44,2% 20,2% 4,8% 0,0% 0,0% 2005 7,9% 30,2% 31,7% 27,0% 3,2% 0,0% 0,0% 2006 10,3% 30,9% 36,8% 19,1% 1,5% 0,0% 1,5% 2008 14,6% 35,0% 40,8% 7,7% 1,0% 0,0% 0,0% 2008 Não respondeu Péssimo Ruim Razoável Bom Muito bom Excelente 1 Resultados Financeiros Os resultados financeiros do setor foram muito bons. Vê-se que a crise sem precedentes na economia mundial não chegou a atrapalhar o desempenho do mercado. Até mesmo porque ela eclodiu em meados de setembro, já na boca do quarto trimestre, e seus efeitos acabaram não sendo sentidos de imediato. Para se ter uma idéia, pouco mais de 90% da amostra considera o ano bom, muito bom e excelente, 10 pontos percentuais a mais, se comparado com o resultado da consulta de 2007, sendo que quase 36% o consideraram muito bom. O índice daqueles que avaliaram o ano apenas razoável foi 10 pontos percentuais menor que o ano anterior. “Nosso crescimento aconteceu principalmente dentro dos clientes atuais, mais do que com a conquista de novas contas”, explica Renato 2007 13,3% 31,1% 36,7% 17,8% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% Mesquita, diretor de atendimento da Copyright. O mesmo pôde ser percebido pelo mercado em geral, que presenciou o lançamento de novos braços de empresas de Marketing Direto para melhor atender a carteira de clientes, como é o caso da Fábrica Comunicação Dirigida, que neste ano lançou a youDB – empresa especialmente fundada para lidar com CRM e DBM. Leonardo Barci, presidente do novo escritório, afirma que o ano manteve-se aquecido. “Foi um ano de consolidação da área de CRM e Database e grandes grupos internacionais compraram operações locais”. Marketing Direto 9 CAPA Considerando que a crise de setembro já dava seus prenúncios por volta de maio afetando as multinacionais, sem ela, o ano certamente seria o melhor da história do Marketing Direto, segundo avalia a vp e diretora de criação da Fábrica, Marisa Furtado. “Havia muito dinheiro sobrando e circulando na indústria, com perspectivas de consumo excelentes para o Brasil”, analisa ela. Muitos profissionais do mercado percebem que o momento é de ampliar os serviços prestados aos clientes. “Haverá demanda crescente por ferramentas de comunicação dirigida, database Caso entenda que o Marketing Direto não é utilizado como poderia pelas empresas, a que se deve essa sub-utilização? Desconhecimento dos recursos oferecidos Restrição orçamentária Visão distorcida da aplicação das ferramentas Preconceito Outros Não respondeu 2004 2005 2006 2007 2008 57,7% 55,6% 63,2% 53,3% 59,2% 21,2% 28,6% 27,9% 20,0% 18,4% 53,9% 52,4% 48,5% 44,4% 50,5% 10,6% 6,3% 8,8% 1,1% 8,7% 10,6% 4,8% 4,4% 5,6% 4,9% 2,9% 4,8% 0,0% 3,3% 8,7% *Pergunta comporta respostas múltiplas 2008 Não respondeu Outros Preconceito Visão distorcida da aplicação das ferramentas Restrição orçamentária Desconhecimento dos recursos oferecidos 1 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 10 Marketing Direto e relacionamento em 2009”, projeta Claudio Goldsztein, diretor geral da Embrace. Investimentos O desempenho financeiro das empresas reflete obviamente o crescimento dos investimentos em Marketing Direto. Pouco mais de dois terços da amostra (67%) afirma que os investimentos na disciplina aumentaram, enquanto 26% disseram que continuaram da mesma forma, o que também pode ser considerado um fator positivo já que os patamares das verbas aplicadas na disciplina vêm crescendo ano após ano. O índice de respondentes que afirma estar diminuindo o investimento em Marketing Direto têm se mantido na média entre 5% e 6%, com exceção do ano de 2006 no qual esse valor foi o mais baixo já registrado. O maior fator para aumento de investimentos é mérito da própria disciplina, que produz resultados mensuráveis. “O Marketing Direto hoje é o principal canal de captação e relacionamento”, afirma Antônio Hércules Júnior, diretor de marketing e mercado leitor do jornal O Estado de São Paulo. Outro motivo claro é o uso de novas mídias, que barateiam a comunicação. “Se olharmos para web e novas mídias, não resta dúvida de que ganhamos espaço”, diz o presidente da R.epense, Otávio Dias. Da mesma opinião é Edson Carlo Barbieri, diretor geral da Frontier Digital Business, que acredita que o uso do e-mail marketing por empresas de médio e grande porte impulsionou o mercado em 2008. “Os clientes estão descobrindo a relevância da mídia digital”, emenda o diretor executivo da Direct Marketing, Alexandre Pucci. O fato é que não só os clientes têm aumentado seus investimentos em Marketing Direto, mas também Em relação ao mercado de comunicação como um todo, como avalia o desenvolvimento do Marketing Direto? Ganhou importância Perdeu importância Continuou igual Não respondeu 2004 72,1% 2005 77,8% 2006 88,2% 2007 75,6% 2008 84,5% 3,9% 1,6% 2,9% 1,1% 3,9% 23,1% 20,6% 8,8% 23,3% 9,7% 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,0% 2008 Não respondeu Continuou igual Perdeu importância Ganhou importância 1 0,0% 40,0% os próprios fornecedores do mercado, que foram impelidos a aumentar suas estruturas, de profissionais e de tecnologia, por conta de demandas aquecidas. Grau de importância E se os clientes têm usado mais Marketing Direto é natural supor que a ferramenta ganhou importância dentro dos planejamentos de comunicação dos anunciantes. Um dos números mais expressivos de nossa consulta dá conta justamente disso, porque mais de 85% dos respondentes afirma que o Marketing Direto ganhou importância em relação ao mercado da comunicação. São poucos 80,0% (menos de 4%) que viram perda de importância e para 9,7% continua igual. “Com a segmentação dos mercados e a evolução dos programas de relacionamento, o Marketing Direto ganhou espaço inclusive em mercados menos tradicionais como construção civil e educação”, acentua Mesquita, da Copyright. Para Marisa Furtado, um ponto positivo para a disciplina é a consciência geral de que o que funcionou até hoje não funciona mais. “Dessa forma, abordagens individualizadas, contextuais e presenciais com gestão de dados estão cada vez mais valorizadas, tornando o Marketing Direto Marketing Direto 11 CAPA Na sua avaliação, os investimentos em Marketing Direto: Aumentaram Diminuíram Continuaram da mesma forma Não respondeu Sub-utilização 2004 61,5% 6,7% 30,8% 2005 61,9% 6,3% 31,7% 2006 73,5% 2,9% 20,6% 2007 75,6% 5,6% 18,9% 2008 67,0% 5,8% 25,2% 1,0% 0,0% 2,9% 0,0% 1,0% 2008 Não respondeu Continuam da mesma forma Diminuíram Aumentaram 1 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% muito importante. Moracy das Dores, consultor da Trade Call Service, lembra que a assertividade é um ponto forte da disciplina. “Com a evolução do DBM e maior diversidade de canais, quase não há desperdícios nas campanhas”. A busca por parte das agências de propaganda no sentido de complementar seus serviços de comunicação é um fator também a ser considerado para esse desempenho. “Agências de propaganda criam núcleos de mídias alternativas e entre elas incluem a oferta de comunicação dirigida e relacionamento. Em alguns casos essa situação vira uma grande dor de cabeça para o cliente e para a própria agência que não é especializada”, reclama Goldsztein, da Embrace. 12 Marketing Direto Diante de um ano de verbas tão generosas, a sub-utilização do Marketing Direto decididamente não passa por falta de investimentos. O problema ainda está principalmente no desconhecimento por parte dos clientes dos recursos que a disciplina oferece. Quase 60% dos respondentes vêem dessa forma e pouco mais da metade ainda acredita que existe uma visão distorcida da aplicação das técnicas e das ferramentas de Marketing Direto. Ambos os índices cresceram, embora seria de se esperar que ano após ano caíssem com o avanço e a maior visibilidade do Marketing Direto no Brasil. Esse paradoxo pode ter explicação justamente pelo fato de o Marketing Direto começar a ser usado por áreas da economia que não costumavam utilizá-lo, como os já citados mercados da construção civil e educação, entre outros. “O cenário é animador e está mudando rapidamente. Basta observar o crescimento do CRM em setores como seguradoras, saúde e bem-estar, entre outros”, diz Fabrício Saad, superintendente de CRM e internet da SulAmérica Seguros e Previdência. Metade da amostra fala em visão distorcida da aplicação das ferramentas e o motivo está na sub-utilização do potencial de mensuração e segmentação, até o uso superestimado dessas ferramentas, como aconteceu com do CRM no Brasil em meados da década de 1990, quando ocorreram aquisições indiscriminadas de softwares extremamente caros. O reforço dos conceitos de Marketing Direto, trabalho que a ABEMD vem realizando por meio de seus cursos, seminários, palestras, eventos e pela campanha de valorização da atividade, é um caminho para reduzir esse desconhecimen- Na sua opinião, qual a ferramenta de Marketing Direto apresentou maior demanda? Mala direta CRM / Database Telemarketing E-mail marketing Programas de relacionamento Outros Não respondeu *Pergunta comporta respostas múltiplas 2004 7,7% 22,1% 30,8% 45,2% 33,7% 0,0% 1,0% 2005 11,1% 27,0% 27,0% 49,2% 28,6% 2,0% 4,8% 2006 16,2% 27,9% 20,6% 54,4% 26,5% 0,0% 0,0% 2007 23,3% 25,6% 17,8% 50,0% 23,3% 1,1% 1,1% 2008 11,7% 31,1% 18,4% 48,5% 29,1% 0,0% 1,9% 2008 Não respondeu Outros Programas de relacionamento E-mail marketing Telemarketing CRM / Database Mala direta 1 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% Em relação ao Marketing Direto, as ferramentas têm sido utilizadas: Muito mais do que em anos anteriores Um pouco mais do que em anos anteriores Continuam da mesma forma Menos do que em anos anteriores Muito menos do que em anos anteriores Não respondeu 2004 2005 2006 2007 2008 15,4% 9,5% 16,2% 25,6% 14,6% 56,7% 71,4% 76,5% 60,0% 71,8% 25,0% 15,9% 5,9% 12,2% 8,7% 1,0% 1,6% 1,5% 1,1% 1,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 1,9% 1,6% 0,0% 1,1% 2,9% 2008 Não respondeu Muito menos que em anos anteriores Menos do que em anos anteriores Continuam da mesma forma Um pouco mais do que em anos anteriores Muito mais do que em anos anteriores 1 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% Marketing Direto 13 CAPA Do seu ponto de vista, o entendimento dos benefícios proporcionados pelo Marketing Direto por parte das empresas que o utilizam ou podem vir a utilizá-lo tem sido: 2004 3,5% Correto e utilizam Correto, mas ainda sub-utilizam 50,9% Subestimam seus benefícios 43,9% Desconhecem completamente 1,8% Não respondeu 0,0% *Pergunta comporta respostas múltiplas 2005 4,8% 46,0% 46,0% 1,6% 1,6% 2006 4,4% 67,6% 30,9% 0,0% 0,0% 2007 4,4% 60,0% 35,6% 0,0% 0,0% 2008 2,9% 61,2% 35,9% 1,0% 1,0% 2008 Não respondeu Desconhecem completamente Subestiman seus benefícios Correto, mas ainda subutilizam Correto e utilizam 1 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% Sua empresa mantém programas formais de relacionamento/CRM com seus clientes? Sim Não Não respondeu 2004 2005 2006 2007 2008 66,4% 68,3% 77,9% 56,7% 63,1% 29,8% 30,2% 22,1% 43,3% 31,1% 3,9% 1,6% 0,0% 0,0% 4,9% 2008 1 Não respondeu Não Sim 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 14 Marketing Direto to. “Precisamos mostrar cada vez mais que o Marketing Direto traz resultados de vendas e de construção de marcas”, diz o diretor da Copyright. É que programas de relacionamento são uma ferramenta excepcional para fixação de imagem de marca junto aos clientes. “O Marketing Direto cresce em importância, na medida em que o tema comunicação 360 graus difunde a necessidade de chegar cada vez mais próximo do consumidor, levando ofertas realmente relevantes”, analisa o diretor de circulação da editora Caras, Marciliano Antonio Silva Junior. Uso das ferramentas Uma questão que referenda a intensidade com que se tem feito uso das ferramentas de Marketing Direto mostra que sua utilização continua crescente. Quase 73% dos respondentes disseram que têm sido utilizadas um pouco mais do que nos anos anteriores, enquanto outros 14,6% afirmam que foi muito mais. “São ferramentas que proporcionam resultados mensuráveis, imediatos e seguros ao longo do tempo”, aponta o diretor executivo da Peds Marketing Direto, Paulo Eduardo Dubiel. A mais usada CRM/Database Marketing e programas de relacionamento foram as ferramentas de Marketing Direto que mais evoluíram quando se avalia a demanda pelo canal. Comparativamente à edição passada, ambas cresceram quase 6 pontos percentuais e atingiram a marca de 31% e 29% respectivamente. O e-mail marketing continua com altos índices de demanda, segundo metade dos respondentes, um patamar que se mantém ao longo dos últimos anos. A mala direta, porém, apresentou retração, enquanto o telemarketing se manteve por volta dos 20%. “Os próprios Indicadores da ABEMD mostram que a área que mais cresce no Marketing CAPA Direto é a de CRM/Database Marketing. Porém, poucas empresas fazem uso de modelagem estatística e outras técnicas mais sofisticadas”, afirma o presidente da youDB, Leonardo Barci. Por outro lado, as informações fazem crer que a pequena parcela de clientes que utiliza bem essa ferramenta investe cada vez mais na otimização de resultados. “Busca-se cada vez mais campanhas com melhor relação custo-benefício, o que impacta positivamente na busca e organização de listas eficientes”, acredita o diretor executivo da Loyalty, Marcelo Custódio de Oliveira. Para o diretor de circulação da Editora Caras, Marciliano Antonio Silva Júnior, atualmente a preocupação com o relacionamento atinge desde a locadora de vídeos da esquina até as maiores empresas do ramo automobilístico. “Temos recebido muitas solicitações de empresas que estão deixando de usar ferramentas caseiras de envio de e-mail marketing para ter um fornecedor especializado”, revela a diretora de marketing/comercial da Mailsender, Priscila Gonçalves. Programas e benefícios A manutenção de programas de relacionamento pelas empresas pesquisadas cresceu com relação à consulta do ano passado e atingiu um patamar expressivo com quase dois terços da amostra. A pergunta sobre benefícios proporcionados pelo Marketing Direto se mantém praticamente inalterada com resultados idênticos. “Procuramos aplicar no dia-a-dia aquilo que vendemos”, diz o presidente da youDB. Na mesma linha segue a vp da Fábrica, Marisa Furtado, que diz encantar seus clientes com as mesmas estratégias e ferramentas que aplica para os clientes deles. “Temos um profissional voltado exclusivamente para essa atividade”. 16 Marketing Direto E 2009? Cauteloso, o mercado de Marketing Direto acredita que a economia em 2009 não deve superar 2008, mas considera que isto não será um obstáculo para a continuidade do crescimento do setor A economia brasileira em 2009 não deverá ser melhor do que 2008 indicam os respondentes dessa nossa consulta aos associados, porém tende a apresentar resultados interessantes. Houve queda sensível entre os muito otimistas e otimistas comparativamente à consulta anterior – de 73% em 2007, para pouco mais de 43% agora amostra. Outros 34%, quando perguntados sobre suas expectativas para a economia brasileira em 2009, acreditam que esse ano será igual ao de 2008. O percentual de 18% de pessimistas reforça a maturidade do mercado em se preparar para situações que possam ser mais difíceis. Se os respondentes olham com cautela para a economia brasileira em 2009, por outro lado é grande a crença de que o Marketing Direto vai continuar crescendo, mesmo que seja moderadamente Quais são suas expectativas para economia brasileira em 2009? para 80% dos respondentes. Considerando que outros 14,6% acreditam que o Marketing Direto vai manter os patamares de 2008, temos 95% da amostra projetando um ano positivo para o Marketing Direto em 2009, já que nesta própria consulta os respondentes consideraram 2008 o melhor ano para o Marketing Direto. “Em conversas com clientes e prestadores de serviço, percebo que existe unanimidade no mercado em confirmar que 2008 foi mais um ano de evolução na aplicação dos programas de relacionamento, reconhecimento das ferramentas de Marketing Direto e que a demanda por planejamento, criação e execução de campanhas nunca esteve tão intensa como neste final de ano. Considerando que, em tempos de crise, os canais que permitem mensuração e análise quase que instantânea de resultados, como internet, mobile e call center, são mais utilizados, o prenúncio para 2009 é de que será um ano muito bom”, avalia o presidente da ABEMD, Efraim Kapulski. “Como empreendedores, precisamos integrar a visão do entusiasmo e pensamento positivo com uma visão realista, mantendo os pés no chão. A questão é enxergar as oportunidades que se abrem com a crise”, diz o presidente da R.epense, Otávio Dias. “Precisamos apresentar soluções que façam a diferença nos resultados dos anunciantes. Pode ser uma grande oportunidade para as mídias dirigidas, one-to-one e digitais”. O diretor geral da Frontier, Edson Barbieri, partilha desta tese e acredita que o momento de crise pode traduzir-se em grande oportunidade para o mercado de Marketing Direto. “Considerando o menor custo para realizações de ações comparativamente às mídias de massa, bem como a maior facilidade de mensuração de resultados, o Marketing Direto viabiliza orçamentos com maior embasamento”. Muito otimistas Otimistas Será igual a 2008 Pessimistas Muito pessimistas Não respondeu 2004 4,8% 74,0% 21,2% 0,0% 0,0% 0,0% 2005 3,2% 65,1% 20,6% 11,1% 0,0% 0,0% 2006 10,3% 48,5% 33,8% 5,9% 0,0% 1,5% 2007 10,0% 63,3% 21,1% 0,0% 0,0% 5,6% 2008 1,9% 41,7% 33,0% 18,4% 0,0% 3,9% 2008 Não respondeu Muito pessimistas Pessimistas Será igual a 2008 Otimistas Muito otimistas 1 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% Em 2009 o Marketing Direto deverá: Crescer muito Crescer moderadamente Ficar na mesma Perder algum espaço Perder muito espaço Não respondeu 2004 16,4% 76,9% 6,7% 0,0% 0,0% 0,0% 2005 6,3% 77,8% 15,9% 0,0% 0,0% 0,0% 2006 16,2% 75,0% 8,8% 0,0% 0,0% 0,0% 2007 21,1% 71,1% 7,8% 0,0% 0,0% 0,0% 2008 9,7% 69,9% 14,6% 2,8% 1,0% 1,0% 2008 Não respondeu Perder muito espaço Perder algum espaço Ficar na mesma Crescer moderadamente Crescer muito 1 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% Marketing Direto 17 ARTIGO A lucratividade bem debaixo dos seus olhos *MARCELO SOUSA O que proporciona rentabilidade sustentável em longo prazo é, acima de tudo, a forma como as empresas tornam a relação comercial com cada um de seus clientes mais lucrativa e sobretudo durável. Há três estratégias essenciais para a rentabilização de uma carteira. A primeira é a aquisição de novos clientes, especialmente quando somos capazes de atrair prospects com alto potencial de relacionamento e de geração de receita futura. É importante lembrar que clientes atraídos por ofertas promocionais, que buscam apenas barganhas, sem qualquer tipo de comprometimento de longo prazo, geram pouca ou nenhuma lucratividade. Portanto, não se trata apenas de uma questão de volume, mas também de seletividade. A segunda estratégia é estimular a retenção de clientes. Clientes mais fiéis compram com maior freqüência, além de serem menos sensíveis a preços. Para aumentar a fidelidade de seus clientes é preciso mais do que garantir um bom nível de atendimento. É essencial criar diferenciais nos produtos e serviços oferecidos, que sejam comprovadamente valorizados por eles. 18 Marketing Direto Por último, existe um caminho pouco priorizado pela maioria das empresas: o desenvolvimento da rentabilidade da carteira, incentivando que os clientes adquiram novos produtos ou que aumentem o nível de utilização daqueles que já possuem. Diversos estudos já nos mostraram que há uma relação direta entre a rentabilidade dos clientes e a quantidade de produtos diferentes que eles compraram. A construção de um projeto sistemático para estimular cross-selling precisa levar em conta os seguintes aspectos: Rentabilização de clientes é uma estratégia corporativa, não de produtos isolados. A maioria das empresas carece de uma visão única de seus clientes. Seus esforços de vendas são orientados para comercialização de produtos. Os departamentos funcionam como silos independentes, competindo pelo mesmo cliente, sem sincronismo e sinergia. Uma boa estratégia de cross-sell tem início na definição de objetivos corporativos por segmentos de clientes, ao invés de metas isoladas de vendas de cada produto ou unidade de negócio. Identifique o potencial de cross-sell de seus clientes O potencial de crescimento de cada cliente é diferente. Em cada indústria há fatores que podem ajudar a identificar os grupos de clientes que proporcionam as maiores oportunidades. Qualquer que seja a forma de estimar o potencial de seus clientes, uma boa segmentação permitirá orientar seus esforços de marketing, como sugere a matriz abaixo: Matriz de Cross-sell Clientes com baixo valor real e alto potencial São clientes que apesar do grande potencial, ainda utilizam pouco os produtos da empresa. Na prática, a maior parte deles é fiel aos seus concorrentes. Então, identifique que motivos os fariam mudar e, a partir deles, crie diferenciais nos seus produtos ou serviços para atraí-los. Clientes com alto valor real e alto potencial Neste segmento residem as maiores oportunidades de cross-sell. Estes clientes possuem o mesmo potencial do quadrante anterior, com a vantagem de que também utilizam muito o seu produto. Ou seja, provavelmente estão divididos entre mais de um fornecedor, não sendo totalmente fiel a nenhum deles. Abuse do conhecimento sobre o comportamento de compra destes clientes que você já possui, assumindo que você tem um database marketing minimamente estruturado. Clientes com alto valor real e baixo potencial Estes são seus clientes mais fiéis, pois concentram a maior parte das compras com sua empresa. Todos devem ser alvo de um programa estruturado de retenção. Além disso, são o público potencial para o lançamento de novos produtos, ampliando o portifólio da sua empresa. Clientes com baixo valor real e baixo potencial Não são nem nunca serão bons clientes. Uma das formas de torná-los mais lucrativos é reduzir os investimentos em marketing e buscar excelência operacional. *Diretor de Planejamento da MarketData Solutions do Brasil [email protected] Marketing Direto 19 ARTIGO Fazendo a Diferença *POR ALEXANDRE RAVAGNANI Basta um olhar mais aguçado para termos uma leitura completamente diferente, cheia de nuances e possibilidades Na língua inuíte, idioma oficial dos esquimós, há diversas palavras para descrever a neve. Quando a vemos, enxergamos uma superfície branca, e sem grandes variações. Basta um olhar, porém, de quem está imerso naquele dia-a-dia, mais acostumado com o ambiente, para observar e perceber o que outros não conseguem ver. Vivemos em uma realidade na qual os produtos e serviços que estão a nossa disposição tornam-se cada vez mais commodities, sem grandes diferenças entre si. As empresas de telefonia móvel, por exemplo, oferecem produtos que todos os concorrentes também ofertam a seus clientes. O que muda são os nomes e alguns detalhes do serviço prestado. Às vezes, o pacote da empresa “X” é mais vantajoso, mas após certo tempo o da empresa “Y” torna-se mais atrativo e assim por diante, o que faz com que as empresas acabem caindo em um ciclo no qual os serviços são padrão e a tecnologia torna-se disponível a todos os players. Tal fato ocorre em empresas de bens nãoduráveis e se repete nos mais diversos segmentos de consumo. As embalagens mudam, as propagandas também, mas o conteúdo é extremamente semelhante em todas as marcas que atuam no mesmo segmento. Os produtos não conseguem ser realmente diferentes uns dos outros, pois todos atingiram qualidade muito similar, possuem ingredientes e valores nutricionais também muito parecidos e, quando analisamos o índice de recall da comunicação de massa, o consumidor lembra-se de uma ou outra propaganda, mas 20 Marketing Direto na grande maioria das vezes, não consegue associá-la ao produto em questão. A idéia é lembrada, mas o que se está vendendo não. Milhões são investidos em pesquisas, produção, pós-produção e mídia e, mesmo assim, o consumidor não sabe se o que estamos oferecendo a ele é refrigerante, chiclete ou jeans. Coloca-se tudo a perder em 30 segundos. Não faço apologia a um ou outro meio, ATL ou BTL, on-line ou off-line, pois acho essa discussão antiquada e ultrapassada e também creio que se continuarmos insistindo nela sem olhar para frente não chegaremos a lugar algum. Quando começarmos a pensar na real união dos meios como forma de atingir o consumidor, os resultados serão muito mais satisfatórios para todos, seja para os clientes, para as agências ou, claro, para o consumidor. Estamos descobrindo que somente a mídia tradicional não é mais suficiente para transmitir uma mensagem. Temos que criar diálogos – e não mais monólogos como antigamente –, ouvir os consumidores e dialogar com eles, interagir de diferentes formas e diferentes meios para criar uma relação muito mais duradoura e sólida, construída à base de confiança e não de interesse. Não temos apenas um simples produto para oferecer, mas temos que fazê-lo com estilo, personalidade e com um diferencial. O produto não cumpre mais seu papel específico de funcionamento, a relação está diferente e pode ser consciente para os clientes. Não estamos “roubando no jogo” sem que ele saiba, pelo contrário, quando abrimos o jogo e possibilitamos novas formas de interação e de suporte para os consumidores, criamos experiências únicas e marcantes que podem ir muito além de um simples produto. Voltando ao assunto a respeito da forma como os esquimós criaram tantos significados para apenas uma palavra, que é de extrema importância para a sobrevivência deles, vemos que sabemos muito pouco ou quase nada sobre nossos consumidores para conseguir oferecer algo essencial para eles e, conseqüentemente, criar relacionamentos nos quais falamos a mesma língua, de maneira única e mais assertiva. Não adianta chamar alguém pelo nome, sem saber ao menos sua idade, profissão, interesses, gostos. Isto só é possível ouvindo e criando mecanismos de interação mais relevantes. A cada dia que passa, nos damos conta de que cada pessoa é única e ela quer ser tratada como tal. Por que então tratá-las como se fossem todas iguais e fazer comunicação de massa pelo correio ou pela caixa postal de e-mail? Comparando com a mídia aberta, é muito mais oneroso enviar uma peça personalizada pelo correio, daí a importância de se ter uma comunicação bem planejada e um mailing correto para não haver dispersão de público e de verba. Assim como os meios de comunicação, o consumidor evoluiu e sabe quando estamos forçando uma situação. A relação superficial não mais é sustentável, quando conseguimos firmar uma relação e entender nosso público-alvo, as chances de vê-los satisfeitos e fidelizá-los aumentam consideravelmente. Além disso, criamos um aliado à marca que chega inclusive a convencer outras pessoas que aquele é o melhor produto, com argumentos plausíveis e conhecimento de causa. A briga vira pessoal e não mais da empresa, o consumidor chega a cuidar de uma marca ou de um produto como se ele fosse o principal acionista da empresa e ganhasse por isso, chegando a ponto de trabalhar pela marca e defendê-la. Como conseguir tal feito? Fórmula secreta não existe, mas planejamento de ações criativas acrescido de experiência de marca, bom produto e bom relacionamento, “já é meio caminho andado”. Novamente afirmo, não é um ou outro meio que conseguirá fazer essa construção, mas a soma e união do que sabemos fazer, potencializando o que cada um tem de melhor e sempre pensando no que seria mais relevante para o target. Não adianta falar uma língua que ninguém entende, falar na língua esquimó com alguém da Patagônia, mesmo sabendo que ambos vivem em ambientes parecidos, inóspitos, mas com inúmeras diferenças e peculiaridades específicas. Para muitos, o Marketing Direto parecia um método antigo e que ainda não havia evoluído. Hoje em dia, muito pelo contrário do que se pensava, é a técnica que mais agrega e que mais concentra resultados palpáveis e em tempos de crise, tira-se mais oportunidade disto. Ter a capacidade de falar individualmente, mudando percepções e criando interatividade é a melhor resposta do meio que, cada vez mais se transforma e gera resultados substanciais. E qual é esse meio? Correio? Caixa postal de e-mail? Ele é uma linguagem e a soma de diversos meios, tradicionais, novos ou que ainda nem existem, desde que haja um canal de resposta direta e pensando-se criativamente. O ponto-chave é que o potencial máximo do que pode ser feito, ainda não foi atingido. O case do Jornal The Times, de Mumbai, envolveu diversos meios, de massa ou não, e começava com um anúncio de resposta dirigida na capa do jornal. A partir daí, estava lançada a campanha, desafiando o povo indiano a tomar uma atitude pessoal e prática que poderia transformar cidadãos e, até mesmo, o país. Esse foi o case que ganhou o prêmio Grand Prix de Marketing Direto no último Festival de Cannes, uma campanha que poderia mudar a cara da Índia e que envolveu grande parte da população, que se engajou de forma jamais vista na mídia ou em qualquer outro veículo de comunicação. Isso só foi possível devido à força da campanha de resposta direta. A conclusão é que a idéia é que deve prevalecer. A criação sempre vai ter enorme relevância na força de qualquer campanha. O poder que uma grande idéia pode exercer supera seu meio. Hoje não falamos mais de publicidade pensando somente no filme ou na página de revista ou de jornal. Qual o sentido em ter a cobertura calculada nos planos de mídia se com esse mix não atingimos o resultado que esperamos? Se for para cumprir tabela é uma coisa, mas se o objetivo é obter resultados e criar relacionamentos sólidos, Marketing Direto 21 estamos falando de outra coisa bem diferente. Não podemos negar que o trabalho ficou mais difícil, mais complexo para todos, desde o profissional de marketing, passando pelos departamentos de mídia, planejamento, até a criação. Tudo se tornou mais amplo, rápido e dinâmico e novas opções surgem com a tecnologia, acompanhando os passos do consumidor, que é quem está à frente de tudo, é a grande estrela, é quem devemos ter na palma de nossas mãos, entender, ouvir com atenção e entregar mais. O controle passou para as mãos dos consumidores que, com um simples click, mudam para outro e para outro e assim por diante. Ele controla, marca o tempo e responde, mas só se for do seu interesse. Esse é nosso grande desafio. Vivemos em uma época em que não conseguimos mais manipular, somos monitorados, analisados e escolhidos. Ou não. Graças a isso, temos a felicidade de poder viver nessa nova era, mais divertida, repleta de conteúdo e em constante evolução. Para exemplificar, vamos analisar a marca de sapatos espanhola Camper, conhecida e aclamada por seus calçados extremamente confortáveis, que têm acabamento impecável e design moderno e vanguardista. Agora, vamos partir para outro negócio que não tem relação alguma com esse, fabricar sapatos obviamente. Em Barcelona, a empresa inaugurou um hotel chamado Casa Camper. Mas, o que isso tem a ver com o business deles? Tudo! A proposta do hotel é criar um ambiente o mais confortável possível, com design, porém sem a frieza dos “hotéis de design”, ou seja, proporcionar sensação parecida com a que os sapatos da marca proporcionam, mas agora em outro sentido, outro momento. De qualquer maneira, estamos falando com o mesmo consumidor e na terra de origem da grife. O hotel foi a única estratégia de marketing dos sapatos Camper? Claro que não! Mas certamente é esse fato que nos faz lembrar deles como uma empresa inovadora, que lança tendências e está à frente da concorrência. Seus anúncios são impecáveis, o trabalho na web irrepreensível e criativo, mas lembramos mais do que “saiu da curva”, do que foi inovador e pioneiro. Outro dia perguntaram para mim se há espaço para a boa criação em uma peça de Marketing Direto e eu disse e digo que nunca houve tanto espaço para isso, mas não devemos nos limitar a “uma peça de 22 Marketing Direto Marketing Direto”. Uma boa campanha não é feita com uma peça, mas com um planejamento de ações, contatos, freqüência, respostas, entendimentos, acertos e correções. Devemos voltar a nos exercitar, a testar nossas criações e idéias. Não digo que é preciso testar somente as ofertas e a “cenoura”, mas o coração da campanha, que é a idéia criativa e sua abordagem. Sabemos que não somos donos da verdade, então por que não dividir com quem pode nos ouvir e colaborar? Estamos esperando uma resposta ou uma interação, então vamos dar ouvidos a quem mais queremos motivar. Uma decisão de compra não é feita somente de maneira racional ou emocional, podemos aprender muito mais sobre as motivações da nossa audiência e, claro, corrigir a tempo de obter resultados melhores. Hoje, fala-se muito em games on-line, mas pouco dos gamers que estão nas lan houses. Ou será que achamos que eles são seres que não consomem, nas poucas horas em que não estão sentados à frente de um computador? E por que não consumir na frente de um computador? Um contato dentro de um game, seja product placement, propaganda ou algum tipo de mensagem, certamente pode ser um canal de relacionamento direto, com resposta direta e pontos de contato. É muito caro produzir um game inteiro como fez a Burger King com seus games vendidos instore, além de não caber em qualquer bolso. Vamos por partes, comendo pelas beiradas, mas sem deixar de aproveitar e de entrar neste mundo virtual. É um consumidor em potencial interagindo por horas a fio, com um nível de concentração máxima e atento a cada mínimo detalhe na tela do computador. São universos inteiros com um nível de fidelidade extrema, construída sob demanda, o que nos possibilita criar situações que vão do mundo virtual para o real. Mais uma vez, temos provas de que o consumidor está, a cada dia que passa, trafegando em diversos meios sem - muitas vezes - se dar conta disso. Ele vê algo na rua ou em algum ponto de venda, entra na internet, interage, conversa com seus amigos, troca informações, posta no blog suas últimas façanhas, manda mensagens via sms e, em contrapartida, está sendo impactado por tudo o que vê e ouve no mundo real, nas ruas, nas conversas com seus amigos, nas lojas ou em qualquer outro lugar por onde passa. O mais incrível é que estamos nos tornando seres multitarefa, fazemos tudo ao mesmo tempo e em qualquer ordem. Não existe cronologia correta, não há fórmula pronta nem mecanismos únicos. Sem uma percepção apurada, uma análise individual do ser humano e sem pensar no que motiva cada pessoa, não atingiremos nossos objetivos e seremos levianos. Somos indivíduos e queremos ser únicos. O marketing de relacionamento trabalha para fazer esse trabalho cada vez melhor e o conhecimento é seu grande trunfo e maior aliado, além de trazer sempre resultados palpáveis, mensuráveis e duradouros. Não vamos esquecer que, no Ártico, não é só a neve que é branca, o céu é tão carregado, que é uma constante branca, o mar congela e se torna branco, os ursos polares são brancos e as focas, que não são brancas, estão escondidas embaixo do gelo. Apesar de tudo parecer tão igual, são apenas aparências. Na verdade, basta um olhar mais aguçado para termos uma leitura completamente diferente, cheia de nuances e possibilidades. Ou tudo parecerá sempre igual! *VP de criação da Sunset [email protected] PRÊMIO ABEMD 2009 Em 2008, 852 participantes prestigiaram a entrega dos troféus do Prêmio ABEMD Prêmio ABEMD chega à 15ª edição ainda melhor Premiação agrega valor à primeira fase do julgamento 24 Marketing Direto Como um ser vivo, o Prêmio ABEMD não pára de se aperfeiçoar. É uma prática constante adotada pelo comitê do prêmio a análise até mesmo dos mínimos detalhes, que tornam a premiação cada vez mais cobiçada pelo mercado. Para este XV Prêmio ABEMD 2009, que teve suas inscrições abertas oficialmente no último dia 15 de dezembro, foram propostas mudanças importantes no critério de composição final das notas. Antes, os cases finalistas passavam por um novo julgamento e a nota final dessa fase determinava seu troféu. Agora, para agregar valor à primeira fase do julgamento, além de ela classificar os cases para a segunda fase, cada trabalho carregará 30% da nota desta fase para composição da nota final. Ou seja, a nota final para classificação de troféus será obtida da seguinte maneira: 30% da nota do primeiro julgamento, somada a 70% da nota do segundo julgamento. Até a última premiação, as notas eram zeradas quando o case passava para o short-list, e assim apenas a última nota conferida pelos jurados na segunda fase era válida para classificálo. O Prêmio ABEMD é a principal vitrine do mercado de Marketing Direto brasileiro. A vontade permanente de se aprimorar até mesmo nos pequenos detalhes, em todas a fases, acentua o dinamismo da premiação e a força e credibilidade reconhecida pelo mercado. Outra inovação do Prêmio ABEMD é a criação do Prêmio Melhor dos Melhores para a especialidade Campanha e Programa. Esse tipo de premiação foi implantado em 2005 para a especialidade Call Center. No ano passado, foi instaurada também para as especialidades CRM/DBM e Digital. Além disso, o Grand Prix será escolhido entre os cases premiados com o troféu Melhor dos Melhores, englobando assim todas as especialidades. Desde que foi criado – na década de 1990 – o Prêmio traz grandes contribuições para o Marketing Direto brasileiro e mostra a crescente força da disciplina no país. Nesses 15 anos de história, a premiação passou a ser a principal vitrine dos melhores trabalhos do mercado, consagrando cases que comprovam estratégia, planejamento, criatividade e, sobretudo, resultados. Ano após ano o Prêmio surpreende com a qualidade e quantidade crescente de cases inscritos – em 2007 foram 230, contra 255 em 2008 nas especialidades Campanha e Programa, Call Center, CRM/DBM e Digital. No ano passado, 852 profissionais do mercado de Marketing Direto prestigiaram a festa de premiação. Julgamento e premiação O julgamento, assim como no ano passado, acontece em duas fases e reunirá algo em torno de 50 profissionais do mercado para compor o corpo de jurados. Da primeira fase de julgamento forma-se o short-list. Na segunda fase, os jurados conferem novas notas aos cases classificados no short-list. Daí aplicam-se os pesos nas duas notas e obtém-se a nota final como explicado acima. Além da premiação de Melhor dos Melhores em todas as especialidades, as demais premiações especiais continuam existindo: Agência do Ano (geral e para cada especialidade), Prêmio Criação, Marketing Direto Integrado e Hall of Fame. A festa de premiação do último Prêmio ABEMD aconteceu em maio, no WTC Golden Hall, em São Paulo. Inscrições As inscrições para o Prêmio ABEMD 2009 já estão abertas e podem ser feitas até o dia 04 de março, impreterivelmente. Não haverá prorrogação do prazo. Basta acessar o site www.abemd.org.br/xvpremio e baixar o formulário de inscrição. Todas as especificações para participação estão no regulamento, que deve ser lido com atenção antes da inscrição dos cases. Nele estão descritos os materiais que devem ser enviados para ABEMD, a fim de concretizar a inscrição. Cada especialidade conta com formulários de inscrição específicos e para concorrer em diferentes especialidades o case precisa ser inscrito separadamente. Em especial na especialidade CRM, existem dois formulários, para ações com e sem campanha de comunicação. No caso de inscrições sem campanha, serão analisados apenas a estratégia e os resultados. Confira a estrutura para inscrições: Especialidade Ação Campanha e Programa - Vendas e/ou Geração de Leads - Programas Call Center - Call Center CRM/DBM - Com Campanha de Comunicação - Sem Campanha de Comunicação Digital - Ação de Marketing Online - Campanha (geração de leads e vendas) - Cross Sell e Up Sell - Link Patrocinado (geração de leads e vendas) - Presença Online Receptiva - Programa Para mais informações acesse www.abemd.org.br/xvpremio Marketing Direto 25 ESPECIALIZAÇÃO ABEMD abre inscrições para 15ª turma do Curso Livre de Especialização Curso inédito no Brasil já formou mais de 500 profissionais. Aulas começam em março. A ABEMD está com as inscrições abertas para a 15ª turma do Curso Livre de Especialização em Marketing Direto. O curso, que é único no Brasil, tem atraído alunos de todo o país e já formou mais de 500 profissionais. Seu grande diferencial é reunir em um programa dinâmico e interessante módulos que envolvem toda a rotina de uma agência: planejamento, seleção de público, meios de acesso e campanha. Nas aulas são abordados temas como planejamento estratégico e econômico, segmentação, LTV, share of wallet, estatística, DBM, testes, criação, além dos canais utilizados como mala direta e mídias impressas, telemarketing, DRTV, mídias digitais, e-commerce, entre outros. O curso é ministrado por um competente corpo docente, que conta com alguns dos mais gabaritados profissionais de agências do país, especialistas nos assuntos abordados em suas aulas. O objetivo do curso, coordenado pelo consultor Fábio Adiron, é formar gestores em Marketing Direto. “Pessoas que dentro de uma operação saibam para que servem todas as ferramentas e como utilizá-las da melhor forma para empresa”, explica Adiron. As aulas da 15ª turma começam no dia 10 de março e acontecem às terças e quintas-feiras, das 20:00 às 22:30 horas no Centro Brasileiro Britânico (Rua Ferreira Araújo, 741 – Pinheiros – São Paulo/SP). São quatro meses de aula e carga horária de 80 horas. Apenas 40 vagas disponíveis. Mais informações sobre a 15ª turma do Curso Livre de Especialização em Marketing Direto: (11) 3129-3001 ou [email protected] 26 Marketing Direto Alunos da 14ª turma, formaram-se em 25 de novembro de 2008 MERCADO Gafisa e Giovanni+draftfcb relançam programa de relacionamento Já está no ar o site www.gafisa.com.br/viverbem que faz parte do novo plano de relacionamento da Gafisa: o programa “Viver Bem”. Além da criação do site e do desenvolvimento do banco de dados da construtora, a Gafisa e a Giovanni+Draftfcb redesenharam a estratégia de comunicação dirigida. Parte do conteúdo do site é aberto ao público em geral, sendo possível encontrar dicas de decoração e paisagismo; já os clientes que possuem senha para área restrita podem acessar informações financeiras e o andamento e fotos da obra. O “Viver Bem” substitui o programa anterior que levava o nome de “Open Door”. e/ou lança campanha em veículos econômicos A e/ou lançou campanha focada nos principais veículos econômicos do País. O objetivo da ação foi mostrar que mesmo em meio à crise financeira mundial é possível projetar o ano de 2009 vislumbrando resultados positivos e sucesso por meio do uso do Marketing Direto. Para isso, foram criados 4 selos com as chamadas “O desafio é nosso. O retorno é seu”; “Seu investimento pede resultados”; “Aceitamos desafios. Devolvemos resultados” e “Em tempos incertos invista certo”. As veiculações aconteceram nos jornais Folha de S.Paulo, Gazeta Mercantil e Valor Econômico. Total Express abre filiais e muda de endereço A Total Express conclui um processo de expansão de suas operações em todo o país. A primeira parte do processo foi a mudança para uma nova sede, localizada na divisa dos municípios de Barueri e Jandira, na Grande São Paulo, e que conta com 12.500 metros quadrados. A mudança veio acompanhada de grandes investimentos também na área de tecnologia e a abertura de novas filiais: Salvador (BA), São José dos Campos (SP) e Santos, no litoral paulista. Além destas, a empresa já possui filiais em Campinas (SP) e Belo Horizonte (MG). 28 Marketing Direto Paper Express inaugura unidade na Universidade Anhembi Morumbi A Paper Express inaugurou uma nova unidade no campus Morumbi da Universidade Anhembi Morumbi. A parceria tem o objetivo de diminuir o caminho entre a idéia criativa do aluno – principalmente dos cursos de artes, arquitetura, design e moda - e a viabilidade de materialização, resultando em uma formação mais próxima da realidade exigida pelo mercado. Na nova unidade são disponibilizados serviços de pré-impressão, impressão com diferentes gramaturas e tipos de papéis, plotagem em lona e vinil, acabamentos especiais com wire-o, espiral, guilhotina, laminação, verniz reserva e total, alto relevo, entre outros. Sunset ganha Caboré A Sunset, agência de Marketing Direto do Grupo ABC, ganhou o prêmio Caboré, conferido pela Editora Meio & Mensagem em comemoração ao Dia Mundial da Propaganda. A eleição é feita pelos assinantes do jornal Meio & Mensagem, que votam em três indicados por categoria. A agência concorreu com outra agência de Marketing Direto, a Rapp, e a consultoria de branding e Design, GAD. “Gostaria de agradecer a todos que votaram em mim, a Deus, a meu pai, que me ensinou a pensar, a minha mãe, que me ensinou a pensar com emoção, ao Grupo ABC, que é a minha família nesse mercado, à Sunset, aos nossos clientes e ao marketing direto”, disse Guto Cappio o presidente da agência. Atuando há 14 anos como empresa de marketing de relacionamento, a Sunset tem sede em São Paulo e filiais em Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em sua carteira de clientes figuram grandes empresas como Unibanco, Fiat, Adidas, Nextel, C&A, Bayer, Fininvest, Hipercard, Unicard, Symantec, GVT, GSK, Fox, Agfa. Atento inaugura mais um site em SP A Atento Brasil inaugurou a central de atendimento Santo Antônio, localizada no bairro do Limão, zona Norte de São Paulo. Com uma área de 22 mil m², o complexo de prédios que compõe a nova unidade teve investimento superior a R$ 30 milhões em infra-estrutura e tecnologia e a capacidade de posições de atendimento que ultrapassa 2.800 deve gerar sete mil empregos. Williams Lea lança Prodigy A britânica Williams Lea, empresa do grupo Deutsche Post World Net, que atua no Brasil desde fevereiro de 2008, lançou em dezembro o Prodigy - serviço que conta com um sistema automatizado que permite identificar mudanças no comportamento transacional do consumidor horas antes da impressão da fatura. Por meio de parâmetros pré-estabelecidos pelo cliente, a ferramenta permite incorporar mensagens de marketing em documentos, como boletos, faturas, extratos bancários, apólice de seguro e documentos financeiros em geral, além de inserir encartes promocionais e direcionar o envio de e-mails personalizados, SMS e mala direta. Marketdata faz mala direta para Nissan Clientes e prospects da Nissan, identificados como propensos à recompra, foram surpreendidos com uma maladireta criada pela MarketData. A nova peça foi desenvolvida para a Nissan Frontier, nova picape de luxo, e segue o posicionamento “Fuja do Padrão”. A ação é altamente interativa e quem foi impactado por ela também teve a chance de sair do padrão. Ao abrir o envelope e destacar um elemento do meio, uma Nissan Frontier rompe o labirinto, reforçando o conceito da marca. Dentro, a peça mostra os features e benefícios do produto e traz mais uma novidade: agora, a Nissan Frontier é produzida no Brasil. SulAmérica captura dados de household Com o objetivo de desejar boas festas aos seus clientes identificados por meio de modelos estatísticos como os de maior valor em sua base de dados, a superintendência de CRM & Internet da SulAmérica criou o concurso “Natal em Familia”. A opção foi desenvolver uma ação específica para os moradores dos municípios do Rio de Janeiro e São Paulo identificados como “VIPs”, impactando cerca de 50 mil pessoas no total. O cliente recebeu um postal de Natal com um código exclusivo de acesso ao hotsite da promoção, onde preencheu alguns dados básicos de cadastro e respondeu porque merece passar um Natal relax em família. Na seqüência, foi convidado a preencher dados referentes ao seu household (estado civil, quantidade de filhos e de carros, entre outros). Hotsite do Renault Stepway recebe mais de 1 milhão de visitas O hotsite do Sandero Stepway (www.renault. com.br/stepway), novo carro da Renault - lançado exclusivamente pela internet com campanha desenvolvida e criada pela agência Salem - recebeu mais de 1 milhão de acessos, em pouco mais de um mês de operação. Os idealizadores do projeto atribuem o sucesso e o grande interesse dos internautas ao fato de se tratar de um carro muito atrativo, que traz a possibilidade de o consumidor expressar sua personalidade por meio de adesivos customizados. Há também a força de ser a primeira campanha exclusivamente on-line realizada no lançamento de um automóvel no Brasil. O hotsite ainda possibilita diferentes formas de interação entre a marca e o consumidor e, virtualmente, o internauta pode descobrir diferentes dicas de várias capitais do Brasil, além de postar a sua própria descoberta. Marketing Direto 29 MERCADO MERCADO DE TRABALHO A Sunset Comunicação contratou 11 profissionais, que chegam para fortalecer e estruturar equipes que atendem a clientes como Fiat, Unibanco, Fininvest, Hipercard, Nextel, Symantec, GVT, Adidas, GSK, Bayer CropScience e C&A, entre outros. O atendimento ganha uma nova diretora de conta, Patricia Curty, e dois executivos de conta, Ana Paula Baptista e Leonardo Cardoso. Na área de CRM e Tecnologia assumem Ivan Araújo dos Santos e Caio Caprio. A redatora Paula Henzel e o assistente de arte Júlio Yamamoto reforçam o time de criação. Já o departamento de planejamento recebe Mariana Martinez, gerente de planejamento, Ricardo Lee, gerente de projetos, Flávio Gurgel, analista de planejamento, e Marta Menezes, analista de projetos. A Proxis anuncia a contratação de Clélio Ghilardi para a gerência de atendimento do setor financeiro. Graduado em direito pela Uniban, com especialização em economia pela Universidade de São Paulo, o executivo possui experiência no segmento de tecnologia da informação, adquirida nos 10 anos em que atuou na Scopus, e na área de relacionamento com clientes do setor financeiro obtida nos 26 anos em que trabalhou no Bradesco. A Fábrica Comunicação Dirigida conta com 10 novos profissionais para atender as demandas geradas pelas conquistas das contas da Nestlé, das concessionárias Brabus (Mitsubishi) e Rakki (Suzuki), além de novos projetos da Redecard. Para a área de criação a agência contratou dois profissionais: o redator David Levy, ex-Wunderman, e o diretor de arte Leandro Bianchi, ex-Bigman. Andréia Jorge e Rogério Freitas, ex-DR Promoção Integrada, serão os novos gerentes de contas da Redecard. Carla Cozzer, ex-DR Promoção Integrada, atuará como produtora executiva. Michel Teixeira, ex-Lowe, assume como assistente de planejamento. Na produção chegaram os arte-finalistas Alex Arruda e Rodrigo Costa, ambos ex-Salem, Luciano Oliveira, ex-Sirius e Leandro Marques ex-youDb. A Copyright anuncia a contratação de Augusto Carvalho para a direção executiva do escritório do Rio de Janeiro. Já premiado pela ABP em duas oportunidades, Augusto tem 25 anos de experiência na área de comunicação, sendo quatro como líder da sede carioca da Publicis Brasil, ligada ao Publicis Groupe. Com escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Copyright atende entre outros clientes o Banco Santander, Oi, Accor Hotels (Sofitel, Novotel, Mercure, Íbis e Formule 1), Alatur, O Globo, Rio Design e Runner. NOVAS CONTAS O Grupo Ogilvy conquistou a conta digital do refresco Clight, da Kraft. A agência, já responsável por ações off-line da marca, cuidará de toda a presença online, incluindo ações de relacionamento através de website e redes sociais. As primeiras ações entram no ar no inicio de 2009. A Kwead amplia sua carteira de clientes com as contas de Robert Bosch e da Saucony. A agência faz a gestão da comunicação online da Bosch Eletrodomésticos desde 2002 e, agora, responde também pelas ações com enfoque corporativo e projetos de integração e relacionamento das várias unidades de negócio da Robert Bosch no Brasil. Para a Saucony, o diferencial do trabalho é a interatividade e relacionamento na web, celular, lojas, pistas de corrida e onde mais for interessante para o públicoalvo da empresa, o corredor. 30 Marketing Direto MERCADO LEITURA NOVOS ASSOCIADOS DA ABEMD EMPRESAS NIELSEN BUSINESS MEDIA DO BRASIL Atividades da Empresa: Fornece espaço físico, prestação de serviços e, principalmente, visibilidade da marca e geração de negócios. A Nielsen BM traz o know-how de suas feiras para o mercado Latino Americano, investindo na qualificação dos visitantes, no serviço diferenciado aos expositores e em campanhas de marketing para atrair grandes compradores. Histórico: Mais de 100 feiras realizadas em São Paulo, para os setores farmacêutico, cosmético, veterinário, alimentação e bebidas, construção, merchandising, entre outros. Localidades em que atua: São Paulo Nome do representante: Elaine Mandarino Site da empresa: www.nielsenbm.com.br PROFISSIONAL Heron Gonçalves Marketing Trends 2009 As mais importantes tendências do marketing para os próximos anos MARKETING TRENDS 2009, é o 10º livro de uma série iniciada em 2000, que aponta as principais tendências do Marketing para os anos seguintes. Esta obra é sempre o resultado de um trabalho de pesquisa, levantamento de dados e identificações das tendências de marketing realizados pelos alunos do MBA em Marketing da Madia Marketing School. Marketing Trens 2009 Autor: Francisco Alberto Madia de Souza Editora: M.Books 264 páginas 32 Marketing Direto DEU NA ImprensA A Sunset ganhou o prêmio Caboré, na categoria Serviço Especializado. A primeira parte da matéria sobre o evento foi divulgada no jornal Meio & Mensagem de 08 de dezembro de 2008. Marketing Direto 33 Causos do Marketing Direto Ação de Marketing Direto vira caso de polícia BRAULIO FRANÇA SÓCIO-DIRETOR DA GODIRECT [email protected] Há seis meses estava no escritório do meu cliente, de um restaurante no Itaim Bibi em São Paulo, e ele me pediu para criar uma campanha para os funcionários, a fim de aumentar o ticket médio dos clientes. Criamos então uma ação de incentivo usando técnicas de Marketing Direto que envolveria todos os funcionários da empresa. O motivo da campanha foi a Olimpíada. Todos viraram atletas olímpicos e passaram a realizar provas para conquistar pontos e ganhar prêmios. A ação foi dividida em quatro fases cuja última envolvia ecologia e reciclagem. Como em toda campanha de incentivo, o envolvimento da família do funcionário é importante para o comprometimento do mesmo. Pensando em mais uma vez envolver os filhos, criamos um concurso de maquete. Até aí tudo bem, nada de mais...não é mesmo? Já que as crianças não podiam vir até o restaurante, o restaurante foi até elas. Elas deveriam fazer uma maquete do restaurante com materiais recicláveis do tamanho de uma caixa de sapato. Você deve estar se perguntando o porquê da polícia ter se envolvido com a campanha...então, lá vamos. A filha de um dos funcionários do restaurante foi escolhida vencedora do concurso. Ela ganhou um diploma assinado pelo comitê olímpico da campanha e um saco surpresa cheio de jogos educativos para continuar o seu desenvolvimento artístico. Ela foi para a escola e contou para suas amigas que foi campeã no concurso e mostrou o diploma. Levou os jogos para se divertir com os colegas. A notícia de que ela havia ganhado o concurso se espalhou pela escola e todos começaram a dizer o feito da colega. Até que chegou nos ouvidos da supervisora do colégio! Eis que então tudo começou a mudar, pois o colégio é militar. O colégio no qual a menina estuda é da policia militar, e a supervisora começou uma investigação para saber se era verdadeiro o causo da menina campeã. Primeiro ligou para a mãe, depois para o pai e depois para mim...sabendo então que era tudo verdade, a supervisora reuniu a turma da menina para homenageá-la com louros de glória. Um quadro expondo o feito glorioso da menina foi colocado no corredor do colégio para que todos pudessem ver a conquista. Os pais foram chamados pela supervisora para serem elogiados pelo incentivo dado à menina e saíram orgulhosos da filha que têm. Agora imagine como eu fiquei recebendo um telefonema da polícia... Você também é convidado para ser colaborador da revista Marketing Direto. Compartilhe seus “Causos” com os leitores da revista e ajude a resgatar esse lado folclórico do Marketing Direto brasileiro. Escreva para: [email protected] 34 Marketing Direto