Brucella e Listeria

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15/10/2009
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
BACTERIOLOGIA – NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO
Brucella e Listeria
Brucella
PROF. RENATA F. RABELLO
2o SEMESTRE/2009
INTRODUÇÃO
ASPECTOS MORFOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS
Taxonomia:
Cocobacilos Gram-negativos.
Família Brucellaceae;
Intracelular.
Gênero Brucella → 10 espécies..
Não formador de esporo.
Significado clínico:
Não móvel.
animais e humanos → ZOONOSE;
Aeróbio, mas pode requerer CO2.
brucelose humana → B. melitensis (caprinos), B.
Meios de cultura complexos (fastidiosas) e crescimento
abortus (bovinos), B. suis (suínos) B. canis (cães).
Virulência associada à capacidade de sobreviver no
interior de células, especialmente na medula óssea,
lento (3-5 dias-4 semanas).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Brucelose (Febre ondulante ou Febre de Malta):
fígado e baço (se escondendo das defesas do
sintomatologia variável;
hospedeiro).
em casos mais simples, ~ gripe com febre com
recuperação espontânea em muitos casos;
doença febril aguda grave com complicações (ex.
nos ossos, articulações, TGU);
não causa aborto.
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PATOGENIA
B. abortus e B. canis – doença leve;
Portas de entrada
B. suis – doença intermediária, tendência a ser crônica.
B. melitensis – doença aguda e grave.
Disseminação
Formação de granulomas e abscessos.
Hipersensibilidade → muitos dos
sintomas mediados pelas defesas do
hospedeiro.
Transmissão:
EPIDEMIOLOGIA
Reservatórios: animais.
oral → consumo de leite e
derivados de leite crus
Ruminantes eliminam grande no de bactérias nos
(especialmente, queijos moles frescos);
tecidos de concepção e no leite.
B. melitensis é a espécie mais importante responsável
inalação de aerossóis*;
pela brucelose humana. Prevalente na América Latina.
através da pele lesionada* ou mucosas*;
inoculação acidental com vacina bovina.
Doença
ocupacional
(fazendeiros,
veterinários,
funcionários de abatedouros, bacteriologistas).
DIAGNÓSTICO
Clínico.
Laboratorial:
cultura (sangue, material de biópsia);
* contato direto com animais ou carcaças infectados.
CONTROLE
Equipamentos de proteção individual (ex. luvas) e
práticas de higiene (exposição ocupacional).
Leite pasteurizado para beber e preparar derivados.
testes sorológicos (soro);
testes moleculares (ex. PCR).
Programas de controle e erradicação da brucelose
animal (uso de vacinas e abate de positivos).
TRATAMENTO
Antibioticoterapia combinada (4-6 semanas).
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INTRODUÇÃO
Taxonomia:
Listeria
Família Listeriaceae;
Gênero Listeria → 7 espécies.
Significado clínico:
ASPECTOS MORFOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS
Bastonete curtos ou cocobacilos
L. monocytogenes → listeriose;
ZOONOSE.
Estrutura antigênica:
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principais
sorogrupos
(1-4)
baseados
no
antígeno O;
Gram-positivos.
Não formador de esporo.
sorotipos baseados no antígeno H;
Móvel a 25o C (tombamento).
tipo 1b causa a maioria das infecções, juntamente
Anaeróbio facultativo.
com 1a e 4b.
Intracelular.
Crescimento em ampla faixa de ºT e pH:
2,5-44º C, com relatos de 0o C → capacidade de se
desenvolver em oT de refrigeração;
FATORES DE VIRULÊNCIA
Patógeno intracelular → persistência no interior das
células do hospedeiro, inclusive em células fagocíticas.
pH 5-9.
Sobrevivem em meio contendo NaCl 10,5%-30,5%.
Sobrevivem em níveis recomendados de nitrato de
sódio (indústria da carne).
Suporta repetidos congelamentos e descongelamentos.
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Internalinas:
ActA:
proteínas de membrana envolvida
proteína responsável pela
motilidade intracelular → polimerização de actina.
no mecanismo de invasão.
Listeriolisina O (LLO):
citotoxina (formação de poros);
media a lise dos vacúolos que contêm a bactéria.
Fosfolipases:
fosfatidilinositol-fosfolipase C (PI-PLC);
fosfatidilcolina fosfolipase (PC-PLC);
ruptura do vacúolo de membrana dupla (hidrólise
de fosfolipídeos).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Gestantes
Meningite, septicemia,
aborto, parto prematuro,
nascimento de
natimorto.
Neonatos
e
Idosos
Meningite e septicemia.
Imunocomprometidos: meningite.
Saudáveis: ~ gripe e distúrbios GI (náusea, emese e diarréia).
PATOGENIA
EPIDEMIOLOGIA
Ingestão de alimento contaminado
Habitat:
Trato intestinal
ampla distribuição → ambiente (solo e vegetais
em decomposição) e animais (intestino).
Portadores assintomáticos (1-10%).
Isolada de diferentes alimentos (ex. leite cru e
pasteurizado, queijos, carne bovina, suína, de aves,
Corrente sanguínea
peixes, vegetais).
SNC, coração e outras áreas, invasão do feto.
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Perigoso
para
gestantes,
recém
nascidos,
imunocomprometidos ou com doenças de base.
Transmissão: ingestão ou transplacentária.
DIAGNÓSTICO
Clínico.
Laboratorial:
Taxas de mortalidade:
cultura (sangue e líquor);
meningite – > 70%;
testes sorológicos (soro).
septicemia – 50%;
TRATAMENTO
infecção neonatal – > 80%, mas mãe normalmente
sobrevive.
Antibioticoterapia.
CONTROLE
impedir entrada de animais, poeira e insetos.
Controle no local de processamento de alimentos:
evitar contato de matéria-prima com produto final
higiene pessoal;
limpeza e sanitização dos equipamentos;
(contaminação cruzada).
controle de ambiente.
Grávidas – evitar a ingestão de alimentos crus ou mal
cozidos considerados de risco (ex. salada de repolho,
patês, queijo fresco e leite não pasteurizado).
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