Pró-Reitoria de Graduação Curso de Biomedicina Trabalho

Propaganda
Pró-Reitoria de Graduação
Curso de Biomedicina
Trabalho de Conclusão de Curso
AVALIAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE
OSTEOPOROSE MANDIBULAR EM IDOSOS PELA TÉCNICA
DE USG
Autora: Mariana Couto de Araújo Melo
Orientadora: Profa. Rafaela Ramos
Brasília - DF
2015
MARIANA COUTO DE ARAÚJO MELO
AVALIAÇÃO DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DE OSTEOPOROSE MANDIBULAR
EM IDOSOS PELA TÉCNICA DE USG
Monografia apresentada ao curso de
graduação
em
Biomedicina
da
Universidade Católica de Brasília, como
requisito parcial para obtenção do Título de
Bacharel em Biomedicina.
Orientadora: Rafaela Ramos
Brasília
2015
Monografia de autoria de Mariana Couto de Araújo Melo, intitulada Avaliação do
Diagnóstico Precoce de Osteoporose Mandibular em Idosos pela técnica de USG,
apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Biomedicina da Universidade Católica de Brasília, em 13 de novembro de 2015,
defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:
____________________________________________________
Profa. Esp. Rafaela Ramos
Orientadora
Biomedicina – UCB
__________________________________________________
Prof. Msc. Thyago Mangueira
Biomedicina – UCB
__________________________________________________
Prof. Msc. Fernando Vianna Cabral Pucci
Biomedicina - UCB
Brasília
2015
DEDICATÓRIA
Primeiramente, à Deus por me dar forças para
chegar onde cheguei, aos meus pais Mário e Marina,
e aos meus irmãos Letícia e Lucas, com todo meu
amor e carinho.
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo e de todos, o meu maior agradecimento é a Deus, que me concedeu
tantas graças ao longo do meu curso, sem esse suporte, eu não conseguiria.
À minha orientadora, Rafaela Ramos, que é um amor de pessoa e teve toda paciência
existente para que esse trabalho fosse concluído com sucesso.
Aos meus amigos feitos ao longo da graduação, Iasmin, que nunca deixou de estar
meu lado. Fernanda, por ser o meu anjo da guarda e me acolher e ajudar em todas
situações. Marina, Ana Paula, Diego e André, levarei vocês para sempre em meu
coração, obrigada por tudo que fizeram e fazem por mim.
A Isabel, minha prima, que é uma das maiores preciosidades da minha vida. Obrigada
por me ouvir, aguentar, suportar e além de tudo, estar ao meu lado em tudo. A todos
os meus amigos, Nayane, Dalilla, Maria Luisa, Ana Léa, Raquel, Eduardo e Bruna,
sem vocês eu não teria chegado onde cheguei, obrigada por tudo que cada um
representa para mim, a vocês, todo meu amor e eterna gratidão.
Por fim, dedico este trabalho a minha família, que são as pessoas mais importantes
que eu tenho. Aos meus avós, que sempre contribuíram muito para minha formação
com toda ajuda e apoio. Meus pais e irmãos, que sem eles nada sou. Obrigada por
toda compreensão nos momentos de estresse, angústia e desespero, por todo amor
e carinho, tudo por vocês e para vocês.
RESUMO
MELO, Mariana Couto de Araújo. Avaliação do Diagnóstico Precoce de Osteoporose
Mandibular em Idosos pela técnica de USG. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso
em Biomedicina – UCB. Brasília, 2015.
A Osteoporose (OP) é classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como
sendo uma doença osteometabólica com característica de deterioração e diminuição
da arquitetura do tecido ósseo. A OP, leva a diminuição da qualidade de vida dos
idosos, afetando a realização das atividades que poderiam fazer com que tivessem
uma vida melhor. A osteoporose e a doença periodontal, são doenças que reabsorvem
o osso. Já sabemos que a osteoporose gera uma baixa massa óssea e deteriora a
microarquitetura. Na periodontite, temos uma doença inflamatória que tem como
característica a reabsorção do osso alveolar e perda da ligação de tecido mole ao
dente, essa é uma das causas principais da perda dos dentes nos adultos. Contando
que, a perda do osso alveolar é uma característica da periodontite, nos casos de
osteoporose severa ou osteopenia, considera-se um fator agravante. Na Odontologia,
foram desenvolvidos alguns estudos que medem a qualidade e saúde de vida oral,
sendo considerados os efeitos de saúde bucal em seus vários aspectos, como por
exemplo, a autoestima, o desempenho no trabalho, interação social, entre outros.
Baseado nesses resultados é possível afirmar a influência que a saúde bucal do
paciente exerce sobre o bem-estar geral do mesmo. O ultrassom é um método de
imagem diagnóstica que se é utilizada as ondas sonoras para uma visualização em
tempo real dos órgãos, reflexos e estruturas do organismo. É bastante utilizado por
ser um método de baixo custo, rápido, simples e nada invasivo comparando com os
outros métodos. Por não ser invasivo, ele é capaz de fazer a medição da fragilidade
óssea, nos revelando também a qualidade do osso, sua elasticidade e os constituintes
da matriz óssea. Com o método do ultrassom, podemos ter uma avaliação em tempo
real da morfologia da musculatura mastigatória do paciente. Esse trabalho tem como
objetivo apresentar os aspectos mais relevantes da avaliação diagnóstica da OP
mandibular por meio da ultrassonografia com enfoque na qualidade de vida dos
idosos. Trata-se de um estudo exploratório através de revisão bibliográfica pesquisada
por fonte de dados informatizados como PubMed, Scielo, MEDLINE e LILACS. Diante
do exposto, foi possível concluir que a ultrassonografia é um método diagnóstico
indolor, não causa efeito prejudicial aos tecidos do paciente, é de baixo custo, rápido
e muito fácil de ser repetido. As imagens produzidas são de difíceis interpretações e
instantâneas. É um meio diagnóstico com alta especificidade para tecidos moles, com
capacidade de delimitação, avaliação, normalidade e suas devidas alteração no
complexo facial.
Palavras-chave: osteoporose, qualidade de vida, idosos, ultrassonografia.
ABSTRACT
Osteoporosis (OP) is classified by the World Health Organization (WHO), as a
osteometabolic disease with characteristic deterioration and reduction of bone tissue.
The OP leads to decreased quality of life of older people, affecting the performance of
activities that could cause them to have a better life. The osteoporosis and periodontal
disease are diseases which resorb bone. We know that osteoporosis have low bone
mass and microarchitecture deteriorates. In periodontitis, have an inflammatory
disease that is characterized by the alveolar bone resorption and loss of soft tissue
connecting the tooth, this is a major cause of tooth loss in adults. Provided that the
alveolar bone loss is a characteristic of periodontitis, in cases of severe osteoporosis
or osteopenia, it is considered an aggravating factor. In odontology, it was developed
some studies that measure the quality of oral health and life, being considered the
effects of oral health in its various aspects, such as self-esteem, work performance,
social interaction, among others. Based on these results it can say the influence of the
patient's oral health has on general well-being of it. Ultrasound is a diagnostic imaging
method that is used sound waves to a real-time visualization of organs, reflexes and
body structures. It is widely used a method to be inexpensive, fast, simple, and no
invasive compared with other methods. It is not invasive, it is capable of measuring
bone fragility, also in revealing the bone quality, its elasticity and the constituents of
the bone matrix. With the ultrasound method, we can get a real-time assessment of
the morphology of the masticatory muscles of the patient. This work aims to present
the most relevant aspects of diagnostic evaluation of OP mandibular by ultrasound
focusing on quality of life for seniors. It is an exploratory study through literature review
searched for source of electronic data as PubMed, SciELO, MEDLINE and LILACS.
Given the above, it was concluded that ultrasound is a painless diagnostic method
does not cause adverse effects on the patient's tissues, is inexpensive, fast and very
easy to be repeated. The images produced are of difficult interpretations and instant.
It is a means diagnosis with high specificity for soft tissue, delimitation capacity,
evaluation, normality and their respective change in facial complex.
Keywords: osteoporosis, quality of life, the elderly, ultrasound.
LISTA DE SIGLAS
OMS
Organização Mundial de Saúde
OP
Osteoporose
QV
Qualidade de Vida
QVO
Qualidade de Vida Oral
DMO
Densidade Mineral Óssea
DCNT’s
Doenças crônicas não transmissíveis
AVD
Atividades básicas de vida diária
AIVD
Atividades instrumentais de vida diária
MCSF
Fator de estimulação de colônias de macrófagos
RANK-L
Ligando do receptor de ativação do fator nuclear kB.
TGF
Fator de transformação do crescimento beta
SDS
Desvios padrões
TC
Tomografia Computadorizada
DEXA
Absorciometria por dupla emissão de raio-X
RM
Ressonância magnética
ATM
Articulação temporo mandibular
PRF
Frequência de repetição de pulsos
US
Ultrassom
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Células constituintes da matriz óssea.
Figura 2: Interação entre osteoblastos e osteoclastos.
Figura 3: Lâmina de tecido ósseo mostrando matriz óssea, osteoblastos e
osteoclastos.
Figura 4: Lâmina de tecido ósseo mostrando os osteoblastos.
Figura 5: Osso normal e osso com osteoporose
Figura 6: Radiografia panorâmica do canal da mandíbula.
Figura 7: Posicionamento do transdutor em paciente com osteoporose mandibular.
Figura 8: Imagem de uma ultrassonografia de paciente com osteoporose.
Figura 9: Tipos de refletores.
Figura 10: Refração do som.
Gráfico 1: Valor de atenuação para tecidos normais.
Tabela 1: Variação da ecogenicidade nos tecidos biológicos.
Figura 11: Artefato em reverberação
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................14
2 DESENVOLVIMENTO ................................................................................. 17
2.1 Envelhecimento .......................................................................................................17
2.2 Matriz óssea .................................................................................................19
2.3 Células Ósseas ............................................................................................19
2.3.1 Osteoclastos..........................................................................................20
2.3.2 Osteoblastos..........................................................................................21
2.3.3 Células de revestimento........................................................................22
2.3.4 Osteócitos..............................................................................................22
2.4 Perda óssea (desequilíbrio ósseo) no envelhecimento.................................23
2.5 Envelhecimento e qualidade de vida no idoso com osteoporose.................24
2.6 Osteoporose..................................................................................................25
2.6.1 Osteoporose mandibular........................................................................26
2.7 Radiologia e diagnóstico por imagem na OP mandibular..............................27
2.8 Princípios físicos do ultrassom.......................................................................31
2.8.1 Comprimento de onda, frequência e velocidade de propagação............31
2.8.2 Impedância acústica................................................................................31
2.8.3 Reflexão..................................................................................................32
2.8.4 Refração..................................................................................................32
2.8.5 Atenuação...............................................................................................33
2.9 Equipamento de Ultrassom.............................................................................34
2.9.1 Ecogenicidade.........................................................................................34
2.9.2 Transmissor.............................................................................................34
2.9.3 Transdutor................................................................................................35
2.9.4 Modo de exibição dos ecos......................................................................36
2.9.5 Artefatos...................................................................................................37
3 CONCLUSÃO ............................................................................................ 39
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 40
14
1 INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS), classifica a Osteoporose (OP), como uma
doença osteometabólica que tem como característica a deterioração e diminuição da
arquitetura do tecido ósseo. Com essa definição, entendemos que o osso ficará
fragilizado, propenso e expostos a fraturas. É considerada uma doença sistêmica
multifatorial e acomete mais as mulheres com idade avançada (DUARTE, et al., 2012,
SANTOS, et al., 2012).
Nos idosos, a causa da OP está relacionada com a falta da absorção do cálcio,
envelhecimento do epitélio e baixa exposição ao sol. Há também, um aumento do
paratormônio e reabsorção óssea devido à uma dieta que é pobre em vitamina D e
cálcio (SANTOS, et al., 2012).
O aumento relativo e absoluto da população idosa e os hábitos nada saudáveis das
crianças e adolescentes estão elevando significativamente a incidência de OP e
fraturas osteoporóticas (SOUZA, G. P. M., 2010).
O avanço das pesquisas fez com que cientistas avaliassem o conceito da qualidade
de vida dos idosos, por ser um dos principais temas dos ensaios clínicos. Nas novas
metodologias pesquisadas para prevenção e tratamento de doenças, surgiu a
utilidade de padronizar a sua avalição (DALLANEZI, et al., 2010)
A OMS define saúde, como sendo um estado psicológico, físico e social perfeito e
completo e não apenas uma pessoa com ausência de uma doença, referindo assim,
a um impacto de saúde (bem-estar dos indivíduos e seu funcionamento), que segundo
alguns autores, isso é “qualidade de vida” (MONTOYA, et al., 2015).
O Brasil possui cerca de 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, e é o oitavo
país em número de idosos, representando em 11,3% (TAVARES, et al., 2012).
O envelhecimento da população tem uma grande reflexão no aumento das doenças
crônicas, na qual destacamos a osteoporose, que é um grande problema de saúde
pública (TAVARES, et al., 2012).
15
A OP é um fator muito importante que leva a diminuição da qualidade de vida (QV)
dos idosos, por afetar e interferir exatamente na realização de atividades que
poderiam levá-los a ter uma vida melhor, além de aumentar a morbimortalidade e
prejudicar o bem-estar (TAVARES, et al., 2012).
Na Odontologia, foram feitos grandes esforços para medir e desenvolver a qualidade
e saúde de vida oral (QVO), na qual foram considerados os efeitos de saúde bucal em
seus vários aspectos, como por exemplo, a autoestima, o desempenho no trabalho,
interação social, dentre outros fatores. Com isso, puderam afirmar que a saúde bucal
do paciente poderia ser responsável pelo bem-estar geral do mesmo, especialmente
em doentes idosos (MONTOYA, et al., 2015).
O primeiro estudo em osteoporose com relação na perda óssea na região mandibular
foi feita em 1960. Os pesquisadores realizaram a avaliação da eficácia do diagnóstico
da radiografia para detecção da osteoporose em mulheres na pós menopausa,
comparando com a densidade mineral óssea (DMO) (BHATNAGAR, et al., 2013).
Os principais achados nesse caso são a perda de inserção periodontal; perda da altura
dos ossos (devido à sua reabsorção); perda dos dentes; erosão do córtex da
mandíbula
inferior;
e
uma
redução
significativa
da
largura
desse
córtex
(BHATNAGAR, et al., 2013).
O primeiro meio para diagnóstico que se é procurado e solicitado é o raio-X como
avaliação de fratura na osteoporose. Contudo, eles não revelam todas as informações
necessárias para análise das propriedades do osso cortical. A ocorrência das fraturas
ósseas causadas por osteoporose ainda é imprevisível e o tratamento de difícil
avaliação. As avaliações analíticas feitas pelos raio-X com bases disponíveis, não
estão gerando muitos resultados significativos (RAUM, et al., 2014).
Segundo Raum et al. (2014) há certas limitações devido as restrições de avaliação da
fratura óssea causada pela OP tais como: a força dos ossos, a quantidade e a
qualidade do mesmo, com foco na medição do ultrassom quantitativo.
16
Como o ultrassom não é invasivo, é o melhor método para estimar a fragilidade óssea
além de investigar a qualidade, elasticidade, microestrutura, constituintes da matriz
óssea e acúmulo de microlesões. Patologias ósseas e degenerativas, afetam tanto o
tecido ósseo esponjoso, quanto o compartimento cortical do osso. Com o
envelhecimento, a maior perda óssea ocorre em locais periféricos e são corticais, não
trabecular. O desequilíbrio existente entre a reabsorção óssea e a formação do osso,
levará a uma rarefração da rede trabecular e um acúmulo multicelular na região do
tecido cortical (RAUM, et al., 2014).
Atualmente, ainda há falhas na conscientização da população sobre o impacto do
diagnóstico precoce da OP mandibular na qualidade de vida do idoso. Com base no
exposto, esse estudo nos mostra que o ultrassom é, portanto, um método prático que
proporciona ao paciente uma melhoria na qualidade de vida, visto que é uma técnica
acessível e menos invasiva.
17
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 ENVELHECIMENTO
O envelhecimento da população é um fenômeno mundial, irreversível e possui grande
impacto nas diversas estruturas culturais, sociais, econômicas e políticas o que
promove uma multiplicidade de necessidades sociais e na saúde (CRUZ, et al., 2013).
A OMS prevê que em 2025, existirão cerca de 1,2 milhões de pessoas com mais de
60 anos, sendo que os idosos com 80 anos ou mais, formam um grupo etário com
maior
crescimento.
Dois
terços
desses
idosos
estarão
em
países
em
desenvolvimento, que inclui o Brasil, ficando em 6º lugar, com número de idosos do
mundo, e Portugal, um dos países mais envelhecidos (GONÇALVES, 2015., CRUZ,
et al., 2013).
Para Gonçalves (2015), o envelhecimento possui duas faces: 1) uma na diminuição
dos nascimentos e consequente decréscimo de jovens; 2) e outra, no aumento no
número de pessoas com idade elevada pelo crescimento da esperança de vida.
Cruz et al. (2013) divide o processo de envelhecimento em duas formas: fisiológico e
orgânico. No fisiológico, devido à idade avançada, os órgãos são afetados (como
pulmões, sistema imunológico, rins), podendo neste caso utilizar prováveis profilaxias;
e o orgânico que é caracterizado pela redução da capacidade de reserva que poderá
ser manifestada por uma resposta atenuada e, contudo, um estímulo exagerado.
O sistema imunológico tem relação com o envelhecimento devido à um declínio das
funções fisiológicas do idoso, onde suas reservas diminuem e os mecanismos
homeostáticos ficam debilitados (CRUZ, et al., 2013).
O processo de envelhecimento está relacionado com diversos fatores, inclusive na
perda da capacidade funcional do indivíduo e qualidade de vida do mesmo. O avanço
da idade e doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT’s) estão diretamente ligados
mas não podemos dizer que que o envelhecimento se dá exclusivamente por esse
motivo (CRUZ, et al., 2013).
18
As DCNT’s são as principais causas de morte no mundo. Dentre as mais frequentes
estão o câncer, as doenças do sistema cardiovascular, diabetes e doenças crônicas.
Na prática do dia-a-dia pode-se observar que os idosos portadores das doenças
crônicas apresentam algumas limitações na realização das Atividades Básicas da
Vida Diária (AVD) e Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) (JUNIOR, et al.,
2014).
As AVD’s são classificadas de acordo com as tarefas que uma pessoa precisa efetuar
para cuidar de si mesmo, como: andar, tomar banho, ir ao banheiro, comer, vestir-se,
passar da cama para cadeira. Já as AIVD’s são as funcionalidades do idoso para
administrar o ambiente em que ele vive que são: lavar roupas, usar o telefone,
preparar suas refeições, fazer compras, tomar medicamentos, manusear o banheiro,
utilizar meios de transporte, fazer tarefas domésticas (JUNIOR, et al., 2014).
Segundo Júnior, et al., 2014, foi realizado um estudo descritivo no Rio Grande do
Norte, no qual teve como objetivo de avaliar a capacidade funcional do idoso, seguindo
os critérios e se enquadrando nas AVD’s e AIVD’s. Os idosos deveriam ter mais de
60 anos, apresentar alguma doença crônica comprovada e ter cadastro em alguma
Unidade de Saúde para participar do estudo. As doenças crônicas apresentadas pelos
idosos foram: hipertensão arterial sistêmica (HAS), com (97,8%), diabetes mellitus
(DM), com (24,4%), osteoporose com (2,2%), artrose, obesidade, câncer e infarto
agudo do miocárdio (IAM) com (1,1%) cada uma delas (JUNIOR, et al., 2014).
As doenças crônicas na população possuem uma alta incidência, a ponto de que a
OMS tem nos alertado de que serão as principais causas de incapacidade e morte em
todo mundo em 2020. Com o envelhecimento da população, é necessário a realização
de estudos com o intuito de verificar os fatores que levam a ocorrência de tantas
doenças crônicas na população idosa (JUNIOR, et al., 2014).
A sarcopenia é uma perda da massa muscular que está associada à idade. Esta perda
é um fator importante que contribui para alterações que estão relacionadas à idade,
na qual se destaca a densidade mineral óssea do idoso, menor força muscular e
diminuição do nível de atividade física diária (FECHINI, TROMPIERI., 2012).
19
2.2 MATRIZ ÓSSEA
A composição do osso é pela matriz extracelular, osteóide, de origem inorgânica e
orgânica. A componente orgânica é representada por 35% e os outros 65% a
componente inorgânica. Um dos principais componentes minerais é o hidroxiapatite
de cálcio, que é constituído por cálcio e fosfato. Íons como potássio, citrato, sódio e
bicarbonato de magnésio também fazem parte da constituição da matriz celular,
mesmo que em porcentagem pequena (PORTUGAL., 2012).
A parte restante da matriz óssea é constituída por colágeno tipo I em forma de tripla
hélice. Colágenos tipo V, VI, VII, também estão presentes, mas em quantidades
menores (PORTUGAL., 2012).
A associação que ocorre entre as fibras colágenas e à hidroxiapatite permite ao osso
que ele seja resistente e flexível (PORTUGAL., 2012).
Figura 1: Células constituintes da matriz óssea.
Fonte: Portugal, 2012 (Adaptado de Junqueira et al., 2004).
2.3 CÉLULAS ÓSSEAS
O osso é composto por quatro tipos de células: osteoclastos, osteoblastos, as células
de revestimento e osteócitos.
20
2.3.1 Osteoclastos
Os osteoclastos são caracterizados como células fagocitárias que são capazes de
causar erosão no osso. São móveis, de grande dimensão, multinucleadas e possuem
ramificações extensas. Podem ser encontrados na superfície do osso a ser
reabsorvido dentro de lacunas (chamadas de lacunas de Howship) que resultam em
uma reabsorção da atividade dos próprios osteoclastos (PORTUGAL., 2012).
O surgimento dos osteoclastos em contato com o osso é a partir das células
precursoras hematopoiéticas mononucleares (sistema macrófago-monócito). A
osteoclastogênese, que é a diferenciação do macrófago em osteoclasto, depende dos
osteoblastos, pois são responsáveis por segregarem duas moléculas importantes para
a realização do processo, são elas: o fator de estimulação de colônias de macrófagos
(MCSF) e o ligando do receptor de ativação do fator nuclear kB (RANK-L). O RANK-L
é o fator responsável pela diferenciação dos osteoclastos que é secretado pelas
células estromais e também pelos osteoblastos que se localizam na transmembranar
e pode ser expresso pelos linfócitos T (PORTUGAL., 2012).
Figura 2: Interação entre osteoblastos e osteoclastos.
Fonte: Portugal, 2012.
Na figura 2-A, temos uma célula osteoclástica durante a reabsorção óssea capaz de
promover a libertação do fator de transformação do crescimento beta (TGF- β) pela
matriz do osso, e formará uma barreira química que irá fazer o recrutamento de células
precursoras dos osteoblastos e depois irá se diferenciar em osteoblastos e preencher
os locais de reabsorção. Na figura 2-B, temos os osteoblastos produzindo citoquina
21
RANK-L, da forma que irá auxiliar a diferenciação dos osteoclastos precursores nos
locais da sua reabsorção (PORTUGAL., 2012).
Os osteoclastos, além da reabsorção óssea, também colaboram na manutenção da
homeostasia do cálcio sanguíneo, que acontece através da sua resposta ao hormônio
da paratireoide e à calcitonina. Contribuem para o crescimento e desenvolvimento
ósseo, porque assim irá acontecer a libertação dos fatores de crescimento que ocorre
através da matriz extracelular mineralizada. Podemos ver um pouco dessas células e
da matriz na figura 3 abaixo (PORTUGAL., 2012).
Figura 3: Lâmina de um tecido ósseo mostrando os osteoclastos, osteoblastos e a matriz óssea acidófila
e basófila.
Fonte: UNICAMP, 2015.
2.3.2 Osteoblastos
Os osteoblastos são células que intervêm na manutenção do esqueleto, por vez que
ajudam e participam nos processos de formação, remodelação e reparação das
fraturas do tecido ósseo. Eles são células mononucleadas que se ordenam lado a lado
com sua morfologia variável, devido a uma atividade sintética bem intensa, temos
células cúbicas com citoplasma bastante basófilo, aparelho de Golgi e retículo
22
endoplasmático bem desenvolvidos. Em condições de atividade reduzida, a sua
basofilia diminui e as células se tornam achatadas. Na figura 4, podemos ver os
osteoblastos como foi descrito acima (PORTUGAL., 2012).
Figura 4: Lâmina do tecido ósseo mostrando os osteoblastos (em destaque nas setas).
Fonte: UNICAMP, 2015.
2.3.3 Células de Revestimento
São células achatadas e alongadas que são derivadas dos osteoblastos maduros que
não se desenvolveram na matriz extracelular óssea. Elas possuem um papel
importante na diferenciação de células mesenquimatosas e contribuem também para
a regulação da homeostasia mineral, regulando o fosfato extracelular e o fluxo de
cálcio. (PORTUGAL., 2012).
2.3.4 Osteócitos
Os osteócitos é constituído pelo componente celular do osso é que representado por
95%. São caracterizados como osteoblastos inativos que estão presos no interior da
matriz óssea – lacunas osteocíticas. Morfologicamente, são células achatadas e a
forma do corpo celular sofre variação conforme o tipo do osso que estão localizados.
Já histologicamente, não são muito desenvolvidos sendo constituídos por aparelho de
Golgi, núcleo com cromatina condensada e retículo endoplasmático rugoso. O
citoplasma contém dendrites e prolongamentos que atravessam as lacunas que
23
existem na matriz óssea e com isso há uma comunicação entre os osteócitos e as
células adjacentes. (PORTUGAL., 2012).
2.4 PERDA ÓSSEA (DESEQUILÍBRIO ÓSSEO) NO ENVELHECIMENTO
O processo de envelhecimento normal faz com que o sistema musculoesquelético se
transforma de forma progressiva a fim de adquirir características morfológicas e
estruturais que faça com que ele perca sua massa muscular e força (ARAÚJO, 2014).
Nas duas primeiras décadas de vida, há predominância da formação do tecido ósseo
com um progressivo incremento da massa mineral óssea até a quarta década da vida,
no qual é o período em que o indivíduo chega ao seu pico máximo da massa óssea
no seu desenvolvimento corporal (ARAÚJO, 2014).
Com o passar dos anos, várias formas de tratamento estão sendo propostos com o
intuito da atenuação da perda da DMO. Entre eles, podemos citar o uso dos
bifosfonatos, a terapia para repor os hormônios e os programas de exercício físico. A
força mecânica que é ocorre durante a prática de atividades físicas, tem sido apontado
como um importante estímulo para a osteogênese. Essas atividades estão sendo
sugeridas como um meio de proteção para a OP, o que sugere que pacientes mais
pró-ativos fisicamente aprensentem maior DMO (BARROS, 2010).
A OP e doença periodontal são doenças que reabsorvem o osso. Na maioria das
mulheres, a massa óssea chega no seu pico na terceira década de vida, e cai em
seguida. Esse decaimento da massa óssea é acelerada no início da menopausa e
alguns sintomas orais/periodontais podem ser observados nas manifestações
sistêmicas da menopausa (VISHWANATH., et al 2011).
A OMS propôs vários critérios operacionais capazes de definir a osteoporose em
mulheres na pós-menopausa, expressos em um T-score que é a diferença entre as
medições do paciente e uma média dos valores das populações de adultos jovens que
é dividido pelo desvio padrão adulto jovem. Ainda de acordo com a OMS, a OP é
considerada estar presente em casos que a DMO é de 2,5 desvios padrões (SDS)
24
abaixo do jovem normal. Já a osteopenia, com níveis entre 1 SD e 2,5 DP abaixo da
DMO normal (VISHWANATH., et al 2011).
2.5 ENVELHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA NO IDOSO COM OSTEOPOROSE
Devido às grandes alterações demográficas no último século, modificações na
pirâmide etária e sua estrutura refletem em um aumento do envelhecimento da
população. Com a redução das taxas de natalidade e o aumento da longevidade
surge, então, uma necessidade de proporcionar melhor qualidade de vida ao idoso o
que resulta em uma maior preocupação de se criar meios a fim de suprir as
necessidades e gerar bem-estar adequado a essa faixa etária (LEITE, 2011).
Atualmente é bastante significativo o número de idosos que possuem limitações na
sua vida diária. É estimado que um terço dos idosos com 65 anos ou mais, necessita
de ajuda para realização de suas atividades, totalizando no país, um número de
600.000 idosos com algum tipo de dependência. O resultado de um envelhecimento
bem sucedido constitui vários desafios para a sociedade e grandes oportunidades
(LEITE, 2011).
A perda da autonomia, é uma das principais causas que influencia a qualidade de vida
das pessoas idosas, sobretudo quando esta se encontra em estado psicológico
abalado, na qual precisará de cuidados especiais e instituições capacitadas à prestar
a devida assistência a essa população. Portanto, é de extrema importância a
promoção da saúde e dos cuidados preventivos aos idosos, atitudes essas que
poderão possibilitar a melhoria da saúde, qualidade de vida e aumentar a longevidade
sem a incapacidade (LEITE, 2011).
A OP afeta a qualidade de vida do paciente de uma forma negativa, limitando assim a
sua realização de atividades de vida diária (AVD’s). A dor crônica que ela causa,
poderá acarretar em depressão, frustação, ansiedade e isolamento social. Com isso,
o exercício físico pode ser uma forma de intervenção que aumenta a confiança para
realizar as tarefas de forma independente, além da redução da perda óssea, aumento
da autoestima, reduz a depressão, ansiedade e a perda do medo da ocorrência de
quedas, aprimorando assim à saúde geral do paciente. A exposição à fraturas causa
25
um efeito mais elevado na qualidade de vida, do que a OP em si (CAPUTO, COSTA,
2014).
Cerca de 30% das pessoas que tem acima de 65 anos, caem uma ou mais vezes por
ano, e 3% desses desenvolvem fraturas. A dor não é causada pela osteoporose em
si e sim pela lombalgia que está relacionada com as microfraturas com raquialgia
significativa que levam à diminuição da qualidade de vida do indivíduo. Pacientes
portadores da osteoporose que são submetidos à atividade física, apresentam uma
melhora importante na dor e um decaimento no uso de analgésicos com aumento na
mobilidade e na sua devida capacidade funcional, além disso, um ganho na massa
óssea (KAYSER, et al. 2014).
2.6 OSTEOPOROSE
A Osteoporose é considerada uma doença esquelética sistêmica que tem como
característica a diminuição da massa óssea e deterioração microarquitetural do
provável tecido ósseo, com uma elevação da fragilidade maior e consequente
exposição à fratura. Ocorre quando a massa óssea diminui progressivamente em
relação à capacidade do corpo de substituí-la acarretando em uma perda substancial
da perda do osso. Na figura abaixo podemos observar a estrutura do osso normal e
do osso com osteoporose, bem característico (KAYSER, et al., 2014., CRUZ, 2013).
Figura 5: Em A: substância esponjosa normal e em B: substância esponjosa na osteoporose.
Fonte: CRUZ, 2013.
26
Segundo a International Osteoporosis Foundation, é estimado que em torno de 10
milhões de brasileiros sofrem com osteoporose no país, 2,4 milhões sofrem fraturas
anualmente e cerca de 200 mil habitantes morrerão por motivos de fraturas
osteoporóticas (KAYSER, et al., 2014).
É considerada pela OMS, uma epidemia do século capaz de gerar grandes impactos
econômicos e sociais e se torna mais comum que as gripes, alergias e colesterol alto.
A OP é considerada silenciosa nos casos em geral e não possuem sintomas de perda
óssea até a provável fratura (CRUZ, 2013).
Existem duas formas de OP: a primária; e a secundária. A primária ocorre pósmenopausa que é causada por uma deficiência de estrógeno que tem como
característica a perda óssea trabecular acelerada em mulheres que tem entre 55 e 75
anos. A OP secundária, geralmente pode ou não estar associada a outras doenças
ou alguns fatores associados de origem endócrina-metabólicas, que podem ser
hereditárias ou não, neoplásicas, renais, reumatológicas, digestivas e ao uso de
medicamentos que interferem no equilíbrio do cálcio (VASCONSELOS, 2010).
2.6.1 OSTEOPOROSE MANDIBULAR
A OP e a doença periodontal, são doenças que reabsorvem o osso. A OP é
caracterizada pela redução da massa óssea e deterioração da microarquitetura do
osso. Na periodontite, temos uma doença inflamatória que tem como característica a
reabsorção do osso alveolar e perda da ligação de tecido mole ao dente, sendo essa
uma das causas principais da perda dos dentes nos adultos. Contando que, a perda
do osso alveolar é uma característica da periodontite, nos casos de OP severa ou
osteopenia, considera-se como um fator agravante (VISHWANATH., et al 2011).
Nos últimos anos, houve um crescimento interessante na relação entre a perda óssea
por via oral, OP, perda de dentes e doença periodontal. Mas, é tudo muito incerto,
devido à diversidade de métodos de estudos para serem feitas as avaliações. Há
descrito na literatura, o importante papel da OP no surgimento e progressão da doença
periodontal e na perda dental. A desagregação do tecido periodontal, pode estar
27
relacionado com algumas condições sistêmicas que levarão o paciente à OP
(VISHWANATH., et al 2011).
Quanto mais precoce for a identificação de sinais e sintomas que relacionam a má
qualidade óssea e indícios de OP ou qualquer outra doença sistêmica, mais cedo
poderá ser determinada uma proposta de tratamento com o intuito de visar a melhoria
da qualidade de vida do paciente. Com isso, o objetivo da avaliação não é baseado
no diagnóstico específico da OP, e sim consiste na identificação de uma provável
correlação da caracterização das paredes corticais do canal da mandíbula em
indivíduos que apresentem risco da doença (CAMARGO., 2013).
A relação existente entre a densidade mineral óssea e a saúde dentária é um ramo
atual de pesquisa. O tratamento e a prevenção da OP podem ser úteis na manutenção
da saúde dentária do portador da patologia. A perda óssea e mobilidade dentária e
consequente perda dos dentes, é um fator que agrava na vida social dos pacientes.
Contudo, o entendimento do metabolismo ósseo é de grande valia para o dentista
para que informe o paciente dos riscos da perda óssea sistêmica e bucal
(RODRIGUES., et al., 2014).
A densitometria óssea por ser um dos exames utilizados para diagnóstico da OP, mas
possui um valor financeiro alto e é pouco acessível, muitos dos pacientes não tem
conhecimento da existência do mesmo e com isso, pode ocorrer de ter complicações
na patologia (RODRIGUES., et al., 2014).
Perante os altos gastos da saúde pública com os pacientes vítimas de fraturas e
demais complicações da OP, é evidente que haja um programa que previna a doença
com métodos mais acessíveis à população para que assim, auxiliem no diagnóstico
da OP (RODRIGUES., et al., 2014).
2.7 RADIOLOGIA E DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NA OP MANDIBULAR
Radiografias panorâmicas são amplamente utilizadas na prática odontológica como
também, as periapicais e são empregadas como exames complementares pela
facilidade de acesso, como podemos observar na figura 6 (CAMARGO., 2013).
28
Uma das principais causas de morbidade na população idosa, é devido à perda de
massa óssea na região oral. A radiografia panorâmica vem sendo utilizada para
triagem dos pacientes com doenças ósseas gerais, como a OP (CAMARGO, 2013).
Na radiografia, os índices das corticais da mandíbula (espessura e forma da cortical),
estão associados com a DMO em geral, do esqueleto. Já os marcadores bioquímicos
de remodelação óssea associam-se com o risco de fraturas por OP de homens idosos
e mulheres na pós-menopausa. A erosão no córtex da mandíbula que é detectada nas
radiografias, também pode ser útil nas mulheres com OP (CAMARGO, 2013).
Com base no exposto, a informação da OP na radiografia panorâmica, juntamente
com história familiar, informações clínicas e fatores de risco, são extremamente
suficientes para verificação de massa óssea em exames de outros sítios ósseos
(CAMARGO, 2013).
Figura 6: Imagem radiolúcida, cercada por duas linhas radiopacas e canal da mandíbula mostrado em
setas.
Fonte: (CAMARGO., 2013).
Já a tomografia computadorizada (TC), é um método de imagem que nos permite a
visualização de estruturas ósseas, por ter como vantagem a reprodução de uma
secção do corpo humano. Na odontologia é um meio bastante útil para identificação
de processos patológicos, visualização de dentes retidos, diagnóstico de traumas,
29
verificação dos seios paranasais e os leitos para implantes dentários (ALENCAR et
al., 2011).
A TC possui algumas vantagens sobre a radiografia: as imagens tridimensionais que
são formadas a partir de uma série de cortes finos da estrutura interna; quando se
trata da diferenciação dos tipos de tecidos, se torna mais sensível, de modo que seja
feita uma análise melhor e mais demarcada; e uma possibilidade de manipulação e
ajuste da imagem a partir de uma varredura completa, com opção de adaptação de
brilho, realce de bordos e aumento de algumas áreas específicas, ajustes de contraste
ou escala de cinza. Além de visualizar estruturas anatômicas como seio maxilar, canal
mandibular, forame mentual e contorno do processo alveolar (ALENCAR et al., 2011;
MILAGRES., 2012).
A densitometria óssea por meio do exame absorciometria por dupla emissão de raioX (DEXA), é muito utilizado para o diagnóstico de OP na coluna e quadril e também
para avaliação óssea da mandíbula. É um meio não invasivo para os pacientes
portadores da OP, sendo que a existência da OP contribui como um fator negativo
quando relacionado com os implantes, sendo a densidade óssea a maior responsável
quando tratamos dos implantes dentários (MILAGRES, 2012).
A Ressonância magnética (RM) é um método de exame diagnóstico que possui
imagem seccionada em qualquer plano do corpo humano, sem que haja a radiação
ionizante. A imagem por RM é obtida pela interação do núcleo de hidrogênio ao campo
magnético intenso e pelos pulsos de radiofrequência. Uma imagem de RM nos permite
uma melhor visualização da anatomia da articulação temporo mandibular (ATM) e
algumas estruturas associadas, a posição em que o disco articular se encontra e as
alterações da cabeça da mandíbula vindas dos processos degenerativos (NUNES,
2013).
Com isso, pode ser concluído através de alguns estudos que a obtenção de imagens
por tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia quando
medida a espessura dos músculos da mandíbula humana, nos mostrou e indicou uma
força máxima que um músculo pode exercer. Os autores relataram que quando o
30
músculo estava contraído, tinham uma maior capacidade de reprodução do que
aqueles com o músculo relaxado. Por fim, chegaram à conclusão que a
ultrassonografia é bastante precisa e reprodutível quando se trata da medição da
espessura do músculo masseter e que permite também alterações na espessura do
músculo mandibular durante o seu crescimento. Podemos observar na figura 7 e 8 o
exame de ultrassom, posição do transdutor e avaliação do exame (VASCONCELOS,
2010).
Figura 7: Posição do transdutor na realização do exame de ultrassonografia mandibular de uma
paciente com osteoporose.
Fonte: VASCONCELOS, 2010.
Figura 8: Imagem de uma ultrassonografia do músculo masseter de uma paciente com osteoporose
mandibular. Em 1: superfície do transdutor; em 2: ramo da mandíbula; em 3: espessura do músculo
masseter (1,15 cm).
Fonte: VASCONCELOS, 2010.
31
2.8 PRINCÍPIOS FÍSICOS DO ULTRASSOM
O ultrassom é um método diagnóstico de imagem que utiliza ondas sonoras para
visualização em tempo real dos órgãos, estruturas e reflexos do organismo. É
bastante utilizado por ser um método rápido, de baixo custo, simples e com técnicas
pouco invasivas em comparação aos outros exames radiológicos. Apesar dos seus
benefícios, pode ocorrer uma divergência em seus resultados, sendo necessária a
quantificação da ecogenicidade e da ecotextura (PEIXOTO, et al., 2010).
2.8.1 Comprimento de Onda, Fre quência e Velocidade de Propagação
A propagação de um som se dá por meio de uma vibração que vem de uma onda
mecânica. No caso do Ultrassom, é gerado uma frequência na qual é superior ao
ouvido humano - acima de 20KHz (PEIXOTO, et al., 2010).
Entende-se por comprimento de onda (lambda λ), uma distância que é paralela à
propagação da mesma entre suas repetições, ou também, dois pontos semelhantes
em uma dada onda. Quanto menor for o comprimento da onda, melhor será o
resultado da visualização da imagem (PEIXOTO, et al., 2010).
Frequência do som é resultante do número de ciclos em um determinado período de
tempo, sendo que período é o tempo que se leva para obter um ciclo completo e
isolado (RUMACK, et al., 2012).
Velocidade de propagação pode ser entendida como a distância que um som percorre
em um determinado tempo V = lambida. f, está relacionada com a física do tecido no
corpo humano, podem ter uma variação constante independentemente da frequência
obtida, e possuem grande formação de artefatos (RUMACK, et al., 2012).
2.8.2 Impedância Acústica
A impedância acústica (Z) pode ser definida pelo produto da densidade (p) do meio
em que o som está sendo propagado e a sua velocidade (c), resultando em: Z = pc
(RUMACK, et al., 2012).
32
Os equipamentos de ultrassom, estão sendo baseados em ecos e na exibição do som
que será refletido. Para produção dos ecos, uma interface refletora terá que existir.
Em um meio completamente homogêneo, não haverá interfaces para serem refletidas,
nesse caso, o nome dado a esse meio é o anecóico (livres de ecos) (RUMACK, et al.,
2012).
2.8.3 Reflexão
A reflexao que é utilizada no ultrassom é determinada pelas características de uma
superfície e o seu tamanho. No caso dos refletores especulares, podemos entender o
funcionamento dele como um espelho para o som, que possui uma superfície lisa. Já
os refletores difusos, são ecos dispersos, no qual nos mostrará estruturas
semelhantes com os tecidos sólidos (RUMACK, et al., 2012).
Figura 9: Em A: Refletor especular; em B: refletor difuso.
Fonte: (RUMACK, et al., 2012).
2.8.4 Refração
É um fenômeno físico que ocorre quando o feixe sonoro não é incidente à interface
perpendicular de suas estruturas, que apresentarm uma diferença em dadas
velocidades de som, como sendo uma mudança de direção (PEIXOTO, et al., 2010.,
RUMACK, et al., 2012).
A refração é importante por ser causadora de um erro de registro (Figura 10) de uma
estrutura em uma imagem de US. Quando o equipamento faz a detecção do eco, ele
entende que a fonte desse eco está localizada em um campo de visão que é fixo e
parte do transdutor. Se o som sofrer o fenômeno da refração, o eco detectado poderá
33
ter origem de profundidade ou localização diferente da imagem que está sendo
mostrada. Com isso, o aumento do ângulo da varredura minimiza o artefato , por ficar
perpendicular à imagem (PEIXOTO, et al., 2010., RUMACK, et al., 2012).
Figura 10: Passagem do som de um tecido A, com velocidade de propagação acústica (c1), para o
tecido B, com VP diferente (c2), há alterações na direção da onda sonora, que é causada pela refração.
Fonte: RUMACK, et al., 2012
2.8.5 Atenuação
A atenuação pode ser determinada pela eficiência no qual o ultrassom irá penetrar em
um tecido especifíco e nos tecidos normais, que pode ter variações consideráveis
(RUMACK, et al., 2012).
Gráf ico 1: Valor de atenuação para os tecidos normais.
Fonte: (RUMACK, et al., 2012).
34
2.9 Equipamento de Ultrassom
2.9.1 Ecogenicidade
Tabela 1: Variação da ecogenicidade nos tecidos biológicos.
Fonte: Parisoto, 2011.
A maior parte dos tecidos biológicos fazem uma transmissão boa das ondas sonoras.
O ar, o osso e as estruturas calcificadas tem uma densidade bem diferente dos tecidos
moles (pois possuem baixa densidade), não transmitindo bem o som, resultando em
uma boa reflexão pelas ondas do ultrassom (PARISOTO, 2011).
A maioria das ondas de ultrassom passam pelo líquido e não produz reflexões ou ecos
(imagem preta) em seu interior. O gel utilizado para realizar o exame, causa pouca
reflexão e pode aumentar a aderência entre o transdutor e o corpo, eliminando o ar
entre ambos, classificando as estruturas de acordo com o grau em que se é produzida
(PARISOTO, 2011).
2.9.2 Trasmissor
Os pulsos de ultrassom são utilizados na maioria das aplicações clínicas por ter
disparos breves de energia acústica que serão transmitidos para o corpo. O transdutor
ultrassonográfico, é a fonte desses pulsos, que é energizado pela máxima voltagem
em momentos precisos de alta amplitude. Essa voltagem máxima utilizada no
transdutor, é limitada por algumas normas de segurança restritas à saída acústica em
equipamentos de diagnóstico. Uma grande maioria desses equipamentos nos oferece
uma atenuação da voltagem de saída (RUMACK, et al., 2012).
O transmissor também pode controlar a frequência dos pulsos que serão emitidos pelo
transdutor ou a frequência de repetição de pulsos (PRF). A PRF tem a característica
de determinar o intervalo de tempo entre os pulsos ultrassonográficos e é importante
35
na delimitação da profundidade a partir dos dados encontrados, tanto no modo-B,
quanto no modo Doppler. Os pulsos devem ser espaçados, a fim de permitir a
propagação do som, com tempo suficiente, até que a profundidade desejada seja
alcançada e retorne antes que o próximo pulso seja enviado (RUMACK, et al., 2012).
2.9.3 Transdutor
O transdutor ultrassonográfico é um dispositivo que gera energia mecânica através da
excitação elétrica. Pode conter um ou mais elementos piezoelétricos, que quando é
aplicado um pulso elétrico, vibram em frequências de ressonância, emitindo dessa
forma, o ultrassom. Ele também recebe energia mecânica após uma interação com o
meio de propagação, convertendo-a assim, em energia elétrica, da forma que
podemos armazenar, processar e visualizar esse sinal (PEIXOTO, et al., 2010).
Quando o transdutor é estimulado por diferentes voltagens, através de sua espessura,
este vibra. A frequência dessa vibração é determinada pelo material do transdutor,
velocidade de propagação e sua espessura. Quando ele é estimulado eletricamente,
o resultado é chamado de banda ou faixa de frequências (RUMACK, et al., 2012).
A largura de banda, são faixas produzidas pelo trasmissor que será detectada pelo
sistema de ultrassom. Está relacionado com o tipo de frequência que cada região do
corpo será transmitida através do ultrassom. Essa tecnologica, tem como
característica a preservação da assinatura tecidual e informação acústica. Os
geradores de feixes da largura de banda possui uma ressalva importante: reduzem os
artefatos de granulação pelo processo chamado de composição da frequência
(RUMACK, et al., 2012).
A formação da imagem pela utilização do ultrassom, é constituída a partir do
mapeamento de ondas ultrassônicas que serão refletidas em diferentes níveis de
cinza, princípio chamado de pulso-eco. O som produzido será em pulsos, ao invés de
ser continuamente. A imagem se forma a partir dos ecos que voltam dos tecidos ao
transdutor, após cada pulso (PEIXOTO, et al., 2010).
36
Quando acontece a pulsação do cristal, em torno de dois ou três comprimentos de
onda são emitidos em cada pulso, antes que aconteça o bloqueio do transdutor que
amortecerá a vibração (PEIXOTO, et al., 2010).
Os transdutores são classificados de acordo com o tipo de imagem que irão produzir.
Podem ser setoriais, lineares e convexos. Os setoriais podem ser mecânicos ou
eletrônicos, já os convexos, apenas eletrônicos. Ambos darão origem a feixes sonoros
divergentes de cunha e os lineares, produzem um feixe sonoro de linhas paralelas,
que constituirá um campo de imagem retangular (PEIXOTO, et al., 2010).
2.9.4 Modo de exibição dos ecos
Os sinais produzidos e processados pelo transdutor vão retornar como ecos e serão
analisados no monitor, de acordo com sua amplitude e força. A distância percorrida
entre o objeto de estudo e o transdutor, é baseada no tempo que a onda demora para
chegar ao objeto, refletir e retornar ao transdutor. Quanto maior for por tempo que o
som demorar a chegar ao transdutor, mais distante o objeto se encontra. O eco que é
retornado será transformado em impulso elétrico pelo cristal, enviado a um
amplificador e mostrado no monitor, que contém intensidades proporcionais à sua
energia. Dessa forma, eles serão codificados de diferentes formas: modo-A, modo-B
e modo-M (PEIXOTO, et al., 2010).
O modo-A é um método unidimensional, baseado na visualização da amplitude do eco
em um osciloscópio, será medida a distância percorrida pelo som, é utilizado com
menor frequência e mais usado em exames oftálmicos (PEIXOTO, et al., 2010).
O modo-B, nos permite uma variação de frequência que será utilizada no computador,
ou do índice da imagem. É o método da claridade, mais evidente, possui imagens de
melhor qualidade e são formadas a partir de estruturas estáticas, com o índice de
imagem mais baixo, como músculo e tendões. O retorno dos ecos é digitalizado e
convertido em intensidades de brilho variáveis, em duas dimensões, na escala de
cinza e exibidos em um monitor de televisão. Os ecos fortes são muito brilhantes, já
os fracos são acinzentados ou pretos. A imagem de retorno no modo-B, é atualizada
37
pelo computador para fornecer uma imagem bidimensional (2D), que caracteriza-se
como uma imagem dinâmica ou em tempo real (PEIXOTO, et al., 2010).
Para obtenção de imagens com altas resoluções que se movimentam ao longo do
tempo, temos o modo-M, que é utilizado em ecocardiogramas. Esse modo regista o
tempo no eixo horizontal e a profundidade na vertical. A movimentação dos pontos
poderá ser registrada com a relação que possui com o tempo. Os traçados de eco são
úteis para avaliação precisa das câmaras e paredes cardíacas (PEIXOTO, et al.,
2010).
2.9.5 Artefatos
Os artefatos são imagens que não são transmitidas exatamente como a imagem
verdadeira da área a ser examinada. Poderá ser superficial, deslocada ou errônea. É
um fator muito importante, pois evita falsas interpretações e resultados. O manuseio
do transdutor nos assegura um ângulo reto de incidência do feixe de ultrassom, com
relação a área de interesse, isso identificará a frequência do eco, a fim de que
perceberemos se a imagem é verdadeira ou não (PEIXOTO, et al., 2010).
Os artefatos mais comuns nos exames de ultrassom são as imagens em espelho,
refração, reforço acústico, reverberação, lobo lateral e sombra acústica. As
reverberações são dois ou mais refletores no caminho do som. Um exemplo deste
artefato são os ecos internos criados por segmentos intestinais que são preenchidos
por gás (PEIXOTO, et al., 2010).
38
Figura 11: Artefato de reverberação. Em A, o artefato criado pela alça intestinal, e em B, imagem
esquemática do mecanismo.
Fonte: (PEIXOTO, et al., 2010).
Doença óssea osteometabólica é uma característica da OP e as manifestações
clínicas mais frequentes são a fratura óssea e perda da musculatura. As condições
que levam à uma perda óssea no esqueleto facial causam distúrbios na harmonia
funcional e eleva desordens temporomandibulares (VASCONSELOS, 2010).
O US, quando é utilizado na região da face, possui um valor maior no diagnóstico da
patologia. Na área odontológica, possui um alto desempenho e fácil manipulação. É
um exame de custo baixo, de fácil repetição e possui uma visualização em tempo real
das estruturas. Vem sendo bastante utilizado para complementação dos outros
métodos de exames de imagem (BALADI, 2014).
39
3 CONCLUSÃO
A osteoporose é uma doença óssea metabólica que deteriora o tecido ósseo e que
possui um impacto muito grande na qualidade de vida e sobrevida do idoso por
atrapalhar suas atividades funcionais de vida diária. A OP mandibular influencia na
condição periodontal por apresentar um quadro clínico de inflamação na gengiva mais
elevada do que em pacientes que não são portadores da patologia. A deterioração
que acontece no tecido ósseo alveolar, é capaz se sofrer uma reabsorção e devido à
baixa formação óssea, ocorre um desequilíbrio.
Devido aos diversos fatores que a patologia causa no paciente, temos um método de
diagnóstico por imagem, que ajuda no tratamento se descoberta precocemente. O
ultrassom não expõe os indivíduos à radiação, sendo seguro, de fácil reprodução do
exame e rápido. Com ele, temos a obtenção das imagens sem ter dupla interpretação
se usarmos corretamente o transdutor.
O ultrassom tem sido cada vez mais utilizado na área da odontologia, por ser rápido,
não invasivo, indolor e de custo acessível à população. É uma prática nova, mas que
vem sendo bastante usada por não causar danos ao paciente, tendo em vista que a
qualidade de vida do paciente sempre deve ser preservada.
40
4 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
ALENCAR, B. R. C., et al., Cirurgia oral em pacientes idosos: considerações clínicas,
cirúrgicas e avaliações de risco. RSBO. 2011 Apr-Jun;8(2):200-10.
ARAÚJO, S. P. A. Alterações morfofisiológicas decorrentes do processo de
envelhecimento do sistema musculoesquelético e suas consequências para o
organismo humano. Persp. Online; biol. & saúde, Campos dos Goytacazes, 12 (4),
22-34, 2014.
BALADI, G. M. Estudo da vascularização em mandíbulas de pacientes idosos
edêntulos e dentados por meio da ultrassonografia modo B e Doppler. São Paulo,
2014. Dissertação (Doutorado em Odontologia), Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2014.
BHATNAGAR, S., KRISHNAMURTHY, V., PAGARE., S., S., Diagnostic Efficacy of
Panoramic Radiography in Detection of Osteoporosis in Post-Menopausal Women
with Low Bone Mineral Density., J Clin Imaging Sci. 2013: 3: 23.
BARROS, R. H., DIAS, R. M. R., Relação entre atividade física e densidade mineral
óssea/osteoporose: uma revisão da literatura nacional. Motriz, Rio Claro, v.16 n.3
p.723-729, jul./set. 2010.
BERTULUCCI., B, A, L., et al., Doença periodontal em mulheres na pós- menopausa
e sua relação com a osteoporose. Rev Bras Ginecol Obstet. 2012; 34(12):563-7.
CAMARGO, J. A. Caracterização das paredes corticais do canal da mandíbula para
avaliação de alterações causadas pela osteopenia/osteoporose. São Paulo, 2013.
Dissertação (Mestrado em Odontologia), Universidade de São Paulo, São Paulo,
2013.
CAPUTO, L. E., COSTA, Z. M. Influência do exercício físico na qualidade de vida de
mulheres pós-menopáusicas com osteoporose. Rev bras reumatol. 2014; 54(6):467–
473.
41
CRUZ, A., et al., Vision of aging process in nursing: a literature review. Rev cur enf.
2013; Capa > v. 1, n. 01.
CRUZ, S. A. Medição da densidade óssea através de ondas eletromagnéticas.
Natal, 2013. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica e Computação).
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, 2013.
DALLANEZI., G., et al., Qualidade de vida de mulheres com baixa massa óssea na
pós-menopausa. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2011; 33(3):133-8.
DUARTE, L., B., S., et al., Comparação preliminar entre ultrassonografia quantitativa
de falanges e densitometria óssea na avaliação da massa óssea em adolescentes.
Arq Bras Endocrinol Metab. 2012: 56(1):19-24.
FECHINI, A. R. B., TROMPIERI, N. O processo de envelhecimento: as principais
alterações que acontecem com o idoso com o passar dos anos. Rev Cien Inter. 2012
Jan-Mar; p. 106.
GONÇALVES. M. M. C., A qualidade de vida em idosos institucionalizados.
Bragança, 2015. Projeto para obtenção do grau de Mestre em cuidados continuados.
Escola Superior de Saúde de Bragança. Bragança, 2015.
JUNIOR, S. B. E., et al. Doenças crônicas não transmissíveis e a capacidade
funcional do idoso. J. res.: fundam. care. online 2014. abr./jun. 6(2):516-524.
KAYSER, B., et al., Influence of chronic pain on functional capacity of the elderly.
Rev Dor. São Paulo, 2014 jan-mar;15(1):48-50.
LEITE, G. A. M. Gestão da qualidade de vida e da dependência em idosos
institucionalizados nas organizações do terceiro setor. Vila Real, 2011. Dissertação
(Mestrado em Gestão), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,
2011.
MILAGRES, C. M. R. Avaliação da densidade óssea mandibular por meio de
tomografia computadorizadas: multislice de feixe cônico. São José dos Campos,
2012. Tese (Doutorado em Biopatologia Bucal – aréa radiologia odontológica),
42
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José dos Campos,
2012.
MONTOYA, G. A. J., et al., Oral health in the elderly patient and its impact on general
well-being: a nonsystematic review. Clin Interv Aging. 2015; 10: 461-467.
NUNES, B. T. Estudo da correlação entre posicionamento do disco articular, cabeça
da mandíbula, estalo e dor à palpação em pacientes portadores de disfunção
temporomandibular avaliados clinicamente e pela ressonância magnética. São
Paulo, 2013. Dissertação (Mestrado em Odontologia), Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2013.
PAPALÉO, C. E. O uso da ultrassonografia na odontologia. Porto Alegre, 2010.
Especialização em radiologia odontológica e imaginologia, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010.
PARISOTO, F. M. O ensino de conceitos do eletromagnetismo, óptica, ondas e física
moderna e contemporânea através de situações na medicina. Porto Alegre, 2011.
Dissertação (Mestrado em Ensino da Física), Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre, 2011.
PORTUGAL, G. C. I. L. Osteopenia e osteoporose: fatores modificáveis e nãomodificáveis. Porto, 2012. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas),
Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2012.
RAUM, K., et al., Ultrasound to Assess Bone Quality. Curr Osteoporos Rep. 2014:
12:154–162.
RODRIGUES, T. J., et al. Avaliação de pacientes odontológicos para auxílio no
diagnóstico precoce da osteoporose. Rev. bras. odontol., Rio de Janeiro, v. 71, n. 2,
p. 211-5 jul./dez. 2014.
SANTOS., F., M., N., et al., Qualidade de vida e capacidade funcional de idosos com
osteoporose. Rev. Min. Enferm. 2012: jul./set., 16(3): 330-338.
43
SILVA, M. C. F. P. Sistema de análise de imagens de ecografia para reumatologia.
Bragança, 2014. Dissertação (Mestrado em Tecnologia Biomédica). Escola Superior
de Saúde de Bragança. Bragança, 2014.
SOUZA. G. P. M., Diagnóstico e tratamento da osteoporose. Rev Bras Ortop. 2010;
45(3): 220-9.
TAVARES, S., M., D., et al., Fatores associados à qualidade de vida de idosos com
osteoporose residentes na zona rural. Esc Anna Nery(impr.) 2012: abr-jun; 16 (2):
371-378.
VASCONSELOS, B. P. Avaliação ultrassonográfica da musculatura mastigatória e
da força de mordida molar máxima em indivíduos com osteoporose nos ossos da
face. Ribeirão Preto, 2010. Dissertação (Mestrado em Ciências, do programa de
Odontologia – Reabilitação Oral, Área de Concentração: Biologia Oral). Universidade
de São Paulo, Ribeirão Preto, 2010.
VISHWANATH, B. S., et al., Correlation of periodontal status and bone mineral
density in postmenopausal women: A digital radiographic and quantitative ultrasound
study. Indian J Dent Res. 2011 Mar-Apr;22(2):270-6.
Download