A presente publicação faz parte integrante da Exposição Itinerante VIANA DO CASTELO, CIDADE NÁUTICA DO ATLÂNTICO e tem como objetivo operacional ser um instrumento de exploração dos conteúdos daquela exposição. Para esse efeito elenca um conjunto de atividades para serem trabalhadas pelos alunos do 5º e 6º ano de escolaridade. Para os outros níveis de ensino expressamos o desejo que esta publicação possa ser uma fonte de inspiração para os docentes daqueles níveis, que saberão realizar as adaptações de linguagem e as aplicações didáticas necessárias. Chegados aqui, a pergunta surge de imediato: instrumento para que fim, com que sentido? A resposta é simples: promover a cultura marítima dos cidadãos e, no caso da Exposição em referência, das crianças e jovens vianenses. A cidade de Viana está indiscutivelmente ligada ao mar. O património, a economia, as sociabilidades, a cultura festiva, de recreio, gastronómica e religiosa está, em Viana, impregnada de mar. Ainda que com menor efeito, também de rio. Neste sentido a Câmara Municipal de Viana do Castelo aposta em tornar Viana uma Cidade Náutica do Atlântico, operacionalizando um conjunto de projetos nos domínios da atividade náutica - desportivas, de recreio e lazer - do turismo, do património cultural e ambiental e da educação. O Centro de Mar é, no plano estratégico, o veículo para a concretização daquele desígnio. A responsabilidade educativa, cultural e cívica dos professores , fazem destes profissionais aliados indiscutíveis e imprescindíveis para o sucesso de uma tal ambição. Na medida das suas possibilidades, a Câmara Municipal de Viana do Castelo dará o seu contributo: colaborando nas iniciativas que a este respeito as Escolas quiserem concretizar; promovendo o desporto escolar nas modalidades náuticas; concebendo instrumentos didáticos de que esta brochura e a exposição itinerante a ela associada são exemplos. 1 Atividade 1 Mareantes vianenses da época dos Descobrimentos Identifica, através das pistas, o nome do mareante vianense. 1. a. Nasci no século XV. b. Naufraguei perto do Brasil, mas salvei-me. c. Fui aventureiro, diplomata, comerciante. Sou Sou mais conhecido pelo nome de 3. a. Orientei as navegações que levaram à descoberta de parte da costa atlântica do Canadá. Sou Fiquei conhecido pela alcunha de 2. a. Fui navegador e dono de uma caravela. b. Negociei especiarias de Lisboa para o Norte da Europa c. O Rei D. João III deu-me a Capitania de Porto Seguro, no Brasil Sou 2 Atividade 2 O Porto de Viana do Castelo 1. O entreposto comercial marítimo de Viana tem quatro valências. Indica as quatro valências do porto de Viana do Castelo. 2. Em que ano o porto comercial de Viana do Castelo movimentou mais mercadorias (em toneladas). 3. Quantos navios movimentou o porto de Viana do Castelo em 2011? 4. Em que ano foram fundados os ENVC, Estaleiros Navais de Viana do Castelo? 5. As primeiras embarcações construídas pelos ENVC, entregues em 1948, foram para a pesca. Indica que peixe pescavam e qual o nome da arte de pesca. 6. As embarcações de pesca do bacalhau eram conhecidas por “Frota Branca”. Indica a razão para serem conhecidas por esta designação. 3 Atividade 3 Turismo de lazer O Mapa seguinte, do litoral de Viana do Castelo, apresenta a localização das 11 praias do concelho de Viana do Castelo. Praia da Ínsua Praia de Afife Praia de Arda / Bico Praia de Carreço Indica os nomes das praias que faltam e pinta os círculos em branco de acordo com a legenda do mapa no painel da Exposição “Viana do Castelo, Cidade Náutica do Atlântico”. Praia de Canto Marinho Praia do Rodanho Praia de Castelo do Neiva Qualidade de Ouro 2012 Bandeira Azul Praia Dourada Mapa das Praias de Viana 4 Praia Acessível Atividade 4 Centro de mar. Viana cidade náutica O Centro de Mar é constituído por seis projetos, quatro dos quais são centros para a prática de desportos náuticos. Debaixo de cada imagem coloca o nome do desporto para o qual foi construído o respetivo edifício. 1 2 3 4 5 Atividade 5 Embarcações: Kyak A figura seguinte apresenta três embarcações de canoagem de competição (kyaks). Indica para cada imagem a classe e o número de tripulantes. Classe Numero de tripulantes Classe Numero de tripulantes Classe Numero de tripulantes 6 Atividade 6 Classes olímpicas de vela A figura seguinte apresenta as embarcações de Vela Olímpica (2012). Indica para cada uma delas o número de tripulantes. Comprimento : 2,86 m Comprimento : 4,23 m Comprimento : 4,23 m Comprimento : 4,5 m Classe : RS:X Classe : Laser Radial Classe : Laser Classe : Finn Tripulacao Tripulacao Tripulacao Tripulacao Comprimento : 4,70 m Comprimento : 4,995 m Comprimento : 6,00 m Comprimento : 6,92 m Classe : 470 Classe : 49er Classe : Elliot 6m Classe : Star Tripulacao Tripulacao Tripulacao Tripulacao 7 Atividade 7 Remo: Parelhos e Pontas. Nas embarcações de remo há dois tipos principais de embarcações: parelhos, dois remos por remador; pontas (shell), um remo por remador. Preenche o Quadro I indicando para cada tipo de embarcação o número de remadores e o número de remos. a) b) Quadro I. Tipos de embarcações a remo e respetivas caraterísticas. TIPO DE EMBARCACAO Parelhos Pontas (Shell) 8 Comprimento (m) Skiff (1X) 8,20 Double scull (2x) 10,40 Quadri scull (4x) 13,40 Dois sem timoneiro (2-) 10,40 Dois com timoneiro (2+) 10,40 Quatro sem timoneiro (4-) 13,40 Quatro com timoneiro (4+) 13,70 Oito com timoneiro (8+) 19,90 No de Remadores No de Remos Atividade 8 Avanços e recuos do mar 1. A imagem desta página é uma representação do litoral de Viana do Castelo há aproximadamente 18 000 anos. a) Há 18 000 anos, se estivesses na Praia Norte, em Viana, qual a distância que tinhas de percorrer até encontrares o mar? b) E qual era a temperatura da água do mar nessa altura? c) Indica uma razão para a temperatura da água do mar nessa altura ser tão baixa? Beiral de Viana Canto Marinho Sopé Atualmente Há 4.000 anos Há 18.000 anos Há 124.000 anos ~ 28 km ~1,5 km ~ 30 km Terra Mar Avanços e recuos do mar 9 2. Consulta a Exposição “Viana do Castelo, Cidade Náutica do Atlântico” e procura identificar os animais representados na imagem com os seguintes números: (Coloca o nome vulgar e o respetivo nome científico) 1 3 2 4 1 3 2 10 4 Atividade 9 Sobreviver... Nas dunas e nas praias rochosas 1. Consulta os painéis da Exposição VIANA DO CASTELO, CIDADE NÁUTICA DO ATLÂNTICO e indica os maiores desafios que enfrentam os seres vivos que vivem na zona de fronteira entre o mar e a terra, por exemplo nas dunas e nas praias. 2. Indica três caraterísticas que permitem ao cardo-marítimo (Eryngium maritimum) sobreviver no ambiente tão agreste das dunas. 11 Atividade 10 Correntes frias e correntes quentes Experiencia A água fria e a água quente misturam-se? Propomos uma experiência que te irá ajudar a compreender o que acontece quando temos duas correntes no Oceano com diferentes temperaturas: uma quente e outra fria. Material: 4 garrafas de plástico de 1,5L; Água; 4. De seguida, tapa com o outro quadrado de cartolina uma garrafa com água quente (colorida) e inverte sobre a outra garrafa com água fria. 5. Retira os cartões, fazendo-os deslizar, para que as águas nas garrafas entrem em contacto. 6. Observa o que acontece e escreve as tuas conclusões. 2 quadrados de cartolina grossa (dimensões: 7cm x 7 cm); Cafeteira elétrica ou microondas; Corante alimentar. Procedimento: 1. Enche duas garrafas com água fria até ao topo; 2. Pede a um adulto que coloque nas outras duas garrafas, água previamente aquecida na cafeteira (não é necessário que a água esteja a ferver). Coloca em cada uma delas um pouco de corante e mistura bem, agitando as garrafas; 3. Tapa com um quadrado de cartolina uma garrafa com água fria e inverte-a sobre a outra garrafa com água quente (colorida). Nota: as garrafas são sempre combinadas duas a duas (fria + quente); na primeira experiência a garrafa com água fria fica por cima da garrafa com água quente; na segunda experiência a garrafa de água fria fica por baixo da garrafa com água quente. 12 cartão água quente água fria colorida 3. 4. Sabias que? A grande circulação oceânica A grande circulação oceânica — circulação termoalina global — é o deslocamento das massas de água no planeta e que liga todos os oceanos a uma velocidade baixa (cerca de 0,9 km/dia). A água desta circulação desloca-se em certos locais do globo em profundidade e noutros locais mais perto da superfície. Termoalina refere-se à temperatura e teor de sais da água. No Atlântico, a corrente do Golfo que bordeja a costa leste da América do Norte circula até às regiões polares. Ao longo deste trajeto, liberta calor e aumenta a sua salinidade e assim a sua densidade. Quando chega aos mares do Labrador/ Canadá e da Gronelândia, as águas afundam e são de novo transportadas para Sul, mas agora em profundidade. Isto dá-se em todo o planeta Terra. Nas regiões polares as massas de água de baixa temperatura e alta salinidade deslocam-se para grandes profundidades. Estima-se que a grande circulação do oceano envolva um terço da água do oceano, com um fluxo de 20 milhões de metros cúbicos por segundo, ou seja cerca de 5000 vezes o fluxo que se observa nas Cataratas de Niagara na América do Norte. Figura 1. Circulação te en qu a u Corr ente de ág a Corrente de águ termoalina global. A fita branca representa a circulação de água quente e baixa salinidade mais perto da superfície e a fita azul a circulação em profundidade, água fria e baixa salinidade. As setas representam o sentido de movimento da água. fria 13 Atividade 11 As grande correntes oceânicas A circulação oceânica à superfície acontece devido às forças resultantes da circulação termoalina (temperatura e teor de sais), da ação dos ventos, da geometria das bacias oceânicas e das forças geradas pela rotação da terra (Forças de Coriolis). Um dos aspetos mais extraordinários originados por estes fatores é a existência de grandes circuitos circulares de água do mar, as grandes correntes oceânicas também chamadas de giros. Devido à Força de Coriolis, no hemisfério norte, os giros circulam no sentido dos ponteiros do relógio e no hemisfério sul no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio. 1. Coloca no mapa da Figura 2 os números correspondentes a cada giro (grandes correntes oceânicas) que ocorre nos oceanos. Portugal Equador 1 Giro do Atlântico Norte 2 Giro do Atlântico Sul 3 Giro do Pacífico Norte 4 Giro do Pacífico Sul 5 Giro do Oceano Índico Figura 2. As grandes correntes oceânicas (giros). Para saber mais: O giro do Atlântico Norte tem uma das correntes mais rápidas que pode atingir velocidades de 9km/h. Chama-se corrente do Golfo e é muito importante porque permite moderar o clima do Norte da Europa, transportando águas quentes das regiões tropicais para as latitudes mais altas. Sabias que existe uma corrente junto ao nosso país? Chama-se sistema de correntes de Portugal e pertence ao grande giro oceânico do Atlântico Norte. 14 Já ouviste falar no fenómeno upwelling? É um fenómeno que acontece na nossa costa nos meses de verão (junho, julho e agosto) e que resulta da conjugação dos ventos, da Força de Coriolis e do seu efeito nas correntes superficiais. Quando o vento sopra para sul, a água superficial afasta-se da costa, devido à rotação da Terra, provocando uma subida das águas mais profundas e frias. Estas águas são ricas em nutrientes (ex. nitratos e fosfatos) essenciais aos organismos fotossintéticos. Atividade 12 Poluição nos mares Sabias que o lixo, quando está no mar, pode demorar semanas, meses ou até mesmo anos, até estar completamente degradado? 1. Descobre o tempo médio de duração do lixo marinho preenchendo o quadro II com os nomes dos materiais/objetos referidos na tabela ao lado. Tempo medio Materiais/objetos tabela 4 semanas Jornal 2 meses Lixo radioativo 8 meses Pedaço de madeira pintado 1 ano Papel 13 anos Copo de plástico 50 anos Garrafa de plástico 200 anos Linha de pesca 450 anos Caroço de maçã Beata de cigarro Lata de alumínio 650 anos Tempo Vidro indeterminado Pelo menos Quadro 2. 250 000 anos 15 Solucoes Atividade 5 1. K1 1 tripulante 2. K2 2 tripulantes 3. K4 4 tripulantes Atividade 6 RS:X Laser Radial Laser Finn 470 49er Elliott 6m Star 1 1 1 1 2 2 3 2 Atividade 7 Tipo de embarcação Parelhos Pontas (Shell) Atividade 10 Podemos concluir que, no primeiro caso, a água quente sobe para a garrafa com água fria porque é menos densa do que esta. A água quente, em contacto com a água fria, arrefece, torna-se mais densa e começa a descer, e assim sucessivamente. t0 16 t1 Comprimento Nº de (m) Remadores Nº de Remos Skiff (1X) 8,20 1 2 Double scull (2x) 10,40 2 4 Quadri scull (4x) 13,40 4 8 Dois sem timoneiro (2-) 10,40 2 2 Dois com timoneiro (2+) 10,40 2 2 Quatro sem timoneiro (4-) 13,40 4 4 Quatro com timoneiro (4+) 13,70 4 4 Oito com timoneiro (8+) 8 8 19,90 Ou seja, as águas vão-se misturando. No segundo caso, a água quente mantém-se em cima e a água fria mantém-se em baixo. Na natureza isto também acontece. As correntes quentes sobem porque são menos densas e as correntes frias afundam, designando-se este mecanismo por correntes de convecção. Com as correntes de ar quentes e frias acontece exatamente o mesmo. Atividade 12 I. Tempo médio de duração do lixo marinho Tempo médio 4 semanas Materiais/objetos Papel 8 meses 13 anos 50 anos 450 anos 450 anos 650 anos Pelo menos 250 000 anos Jornal Pedaço de madeira pintado Copo de plástico Fralda descartável Garrafa de plástico Linha de pesca Lixo radioativo