Trematódeos - Marilanda Bellini

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Trematódeos
Neodermata:
penetração do miracídio = perda da
epiderme embrionária e substituição
pela neoderme sincicial
DERIVADA de céls. do
parênquima
11.000 spp., maioria endoparasitas
de vertebrados
Ciclo de vida com dois ou mais
estágios infectantes (= Digenea)
• 1º hospedeiro intermediário 
geralmente molusco
• 2º intermediário  artrópode
• hospedeiro definitivo 
vertebrados
Metacercária
Miracídio
Esporocisto
Rédia
Cercária
Digenea: histologia
da neoderme
1
Fam. Schistosomatidae: parasitas de vasos sangüíneos
de aves e mamíferos Schistosoma (= fenda/corpo)
Importância médica: S. haematobium (África e Oriente),
S. japonicum (Ásia), S. mekongi (Camboja), S.
intercalatum (África Central) e S. mansoni (África,
Antilhas e América do Sul).
FASES: adulto (dióicos), ovos, miracídios, esporocisto e
cercária
♂
♀
casal em
cópula
Digenea generalizado
Vo: ventosa oral
Vv: ventosa ventral
C: ceco
Pg: poro genital
Cg: canal ginecóforo
V: vulva
U: útero
O: ovo
Oot: oótipo
O: ovário
Gv: glândulas vitelínicas
A. Ovos
B. Miracídio
C. Cercária
Tb: terebratorium
Gp: glândulas de penetração
Ga: glândulas adesivas
2
SCHISTOSOMA MANSONI
Esquistossomose, bilharziose, barriga d’água, mal do caramujo
150 milhões de pessoas infectadas por Schistosoma spp.
Parasitos adultos (média de 5 anos de vida / até 30 anos) se alojam no sistema porta / fígado e intestino
Schistosomatidae
Bilharzielinae (sem dimorfismo, parasitos de aves e mamíferos domésticos)
Schistosomatinae (dimórficos, parasitos do homem e outros animais)
Bilhartz, 1852  descreveu o parasito durante necropsia, mas já havia detectado a presença de lesões em
múmias do Egito (> 3000 anos)
Weinland, 1858  nomeou o gênero Schistosoma (corpo “fendido”)
Sambon, 1907  descreveu S. mansoni
Spp. importantes:
•S. haematobium - esquistossomose vesical, África, Oriente Médio, ovos eliminados pela urina, hospedeiros
intermediários são moluscos do gênero Bulinus
•S. japonicum - moléstia de Katayama. China, Japão, Filipinas, sudeste Asiático, adultos vivem no sistema porta
e ovos eliminados pelas fezes, hospedeiros intermediários são moluscos do gênero Oncomelania
•S. mekongi - vale do Rio Mekong, no Camboja, muito parecido com o S. japonicum, hospedeiro intermediário
Neotricula aperta
•S. intercalatum - esquistossomose intestinal, África Central, adultos ficam no sistema porta, ovos eliminados
pelas fezes, hospedeiros intermediários moluscos do gênero Bulinus
•S. mansoni - esquistossomose intestinal, África, Antilhas, Am. Sul
•
Chegou na Am. Sul através dos escravos e com imigrantes, que trouxeram também outros
Schistosoma, porém somente S. mansoni se fixou aqui.
•* S. bovis (bois), S. matthei (carneiros e macacos), S. spindale (bois, búfalos, carneiros)
•No Brasil, em outros vertebrados, quando parasitados, a sp. presente é S. mansoni
Morfologia
Varia ao longo do ciclo de vida:
zigoto => larva miracídio => esporocisto => cercária => adulto (macho e fêmea)
Macho: 1 cm
esbranquiçado
corpo coberto por tubérculos
ventosa oral e ventosa ventral (acetábulo)
ginecóforo - dobras laterais da parede do corpo, onde se abriga a fêmea
não há órgão copulador - espermatozóides passam pelos canais deferentes que se abrem no
poro genital, dentro do ginecóforo, e aí alcançam a fêmea
Fêmea: 1,5 cm
cor mais escura - sangue semidigerido
tegumento liso
ventosa oral e acetábulo
vulva e útero (com um ou dois ovos)
ovário
glândulas vitelogênicas e ceco
Zigoto:
150 micrômetros
oval
epísculo voltado para trás
cinco estádios até chegar a miracídio
Miracídio:
180 micrômetros
- células epidérmicas onde se implantam numerosos cílios => movimentação no meio aquático
- porção anterior com glândulas de penetração (“terebratorium”), cílios e terminações nervosas
=> funções táteis e sensoriais
3
- é a forma que penetra no caramujo, já leva consigo o sexo das cercárias
cada miracídio produz de 100 a 300 mil cercárias
Esporocisto: miracídio se libera de sua epiderme, que é substituída pela neoderme
metamorfose = esporocisto = em forma de saco que contém células germinativas
céls. germinativas (50 a 100) sofrem intensa multiplicação
3 fases de esporocistos (I, II e III)
rédia = esporocisto em estágio adiantado, com boca
Cercária:
500 micrômetros
cauda bifurcada
duas ventosas: a anterior é oral, com glândula de penetração
forma de infecta o homem
cauda é perdida após penetração = esquistossômulo
metacercária: em espécies que encistam na vegetação, aguardando o hospedeiro
Ciclo de vida
Nos hospedeiros definitivos: vertebrados
•Penetração das cercárias: se ingeridas pela boca, morrem com o suco gástrico
•Pela mucosa (pés e pernas principalmente): facilitado pelo esvaziamento das glândulas pré-acetabulares ricas
em enzimas proteolíticas
•Larvas resultantes: esquistossômulos => migram pelo tecido subcutâneo e ao penetrar num vaso são levadas
passivamente pela pele até os pulmões
•Dos pulmões, esquistossômulos chegam ao coração e depois são disseminados pelos pontos mais diversos da
rede capilar; aqueles que conseguissem chegar ao sistema porta hepático permaneceriam ali (esse é o principal
caminho - o outro é pelo sistema tissular, passando pelo diafragma e parênquima hepático)
•No fígado ocorre aumento de peso e atingem maturidade sexual
•No 25º dia migram (contra a corrente) para a veia mesentérica inferior, onde se acasalam
•Em torno do 35º dia = primeiros ovos são liberados (400/dia - 50% atinge o meio externo) através da luz
intestinal (em torno de 6 dias, tempo em que ocorre a maturação dos ovos => em miracídios)
•Há perfuração da parede venular (reação inflamatória, pressão causada pela presença de ovos
e do casal) e ovos seguem para o exterior junto com as fezes
•Expectativa de vida no exterior = 24 horas (fezes líquidas) a 5 dias (sólidas)
•Na água, ovos liberam miracídios
Nos hospedeiros intermediários: moluscos
•Suposta atração miracidiana: miracídio detectaria substâncias (nome genérico de miraxone) produzidas pelos
moluscos
•Capacidade de penetração restringe-se a 8 horas após a eclosão do miracídio
•Contato como molusco aciona a descarga do conteúdo das glândulas de adesão / enzimas proteolíticas iniciam
a ação de digestão dos tecidos
•Miracídio ultrapassa o epitélio do molusco (processo que dura 10 a 15 minutos) - 30% dos miracídios
conseguem, dos quais 30% evoluem
•No processo de penetração há perda de outras estruturas, inclusive do epitélio ciliado
•Sistema nervoso desaparece = o miracídio se transforma em um saco resistente com células germinativas =
esporocisto
•Todo este processo de penetração e modificação do miracídio leva 48 horas
•As células germinativas (de 50 a 100) começam um intenso processo de multiplicação
•Depois de 27-30 dias as cercárias estão prontas para serem liberadas no ambiente (28ºC)
•Cada miracídio pode gerar de 100 a 300 cercárias
•Molusco parasitado por 2 miracídios = dobro de cercárias; porém com mais de 5 não há aumento progressivo do
número de cercárias  sugere mecanismo de prevenção de cargas parasitárias excessivas no hospedeiro
•Glândulas de escape facilitam a saída pelo epitélio do manto
•Parasitismo causa problemas no caramujo: inibição reversível da reprodução (parasitos se alojam no tecido
reprodutivo)
•B. glabrata: 4500 cercárias /dia; B. straminea: 400 cercárias/ dia
No ambiente:
•Cercárias vivem 36-48 horas, com maior atividade nas primeiras 8 horas
•Nadam ativamente na água
•Locais de infecção: valas com água parada, açudes, campos de arroz
•Horários: das 10 às 16 horas preferencialmente
4
CICLO DE
Schistosoma mansoni
5
Patologia
1. Dermatite cercariana (imediatamente após a penetração das cercarias) - 2 a 3 dias, febre baixa, urticária
2. Esquistossomose aguda
Assintomática
Sintomática (febre de Katayama) - febre e calafrios, fraqueza, perda de peso, dor abdominal,
ocorre 3 a 9 semanas depois da infecção => causado por deposição de imunocomplexos em diversos órgãos e
tecidos (ovos só são encontrados nas fezes depois de 6 semanas) / Aguda grave - sintomas semelhantes a uma
virose
3. Esquistossomose crônica - depois de 2-3 meses. Lesão característica = granuloma ao redor dos ovos no
fígado e nos mesentérios
Forma intestinal
Forma hepato-esplênica (formas mais graves = barriga d’água)
4. Complicações em razão da deposição de ovos no tecido pulmonar, nervoso ou ainda pela associação com
outras infecções
Ex.: Salmonelas podem se instalar no tegumento dos vermes  cura da infecção bacteriana só
funciona se a parasitose for tratada
Veia porta
Veia esplênica
Veia mesentérica inferior
Veia sigmóide
A) Granuloma hepático em
início de formação,
vendo-se a casca do
ovo e restos do
miracídio;
B) Granuloma com ovo já
destruído e calcificado.
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Imunidade
•Resistência adquirida a reinfecções
•Esquistossômulos: são suscetíveis a anticorpos que reconhecem seus antígenos de superfície
•Adultos: quatro mecanismos mais conhecidos
1. Adsorção de antígenos do hospedeiro em sua superfície
2. Eliminação de seus antígenos de superfície
3. Resistência do tegumento aos mecanismos de defesa = tegumento refratário
4. Secreção de fatores imunorreguladores que clivam imunoglobulinas e inibem a ação de
linfócitos e mastócitos.
MOLUSCOS TRANSMISSORES
Filo Mollusca
Classe Gastropoda
Subclasse Pulmonata
Ordem Basommatophora
Família Planorbidae
Biomphalaria
10 spp., somente B. glabrata, B. tenagophila e B. straminea foram encontradas eliminando cercárias na natureza
 transmissoras de esquistossomose
Grupo antigo, família Planorbidae registrada no Jurássico (160 MA)
Identificação principalmente baseada na anatomia dos órgãos internos
Biologia
•Concha discoidal, 40 mm de diâmetro
•Hemolinfa vermelha - hemoglobina
•Hábitat preferencial: locais com muita matéria orgânica, com boa insolação, temp. entre 20 e 26ºC, pH neutro,
salinidade baixa, pouca turbidez e pouca correnteza, baixa profundidade, vegetação enraizada próximo às
margens
•Alimentam-se de folhas, algas, bactérias, matéria orgânica
•A intervalos regulares sobem para respirar, mas também absorvem da água através do tegumento
Características
•Resistentes à dessecação  importância epidemiológica em razão da área que ocorrem
•Moluscos parasitados são mais sensíveis às condições severas de dessecação
•Épocas de estiagem = se abrigam na concha (agüentam até 24 semanas)
•Sangue rico em água, cloreto de sódio, pigmento contendo ferro que permite absorção do oxigênio à baixa
pressão
•Anidrobiose: diminui seu metabolismo a 1/7 do usual, produz uma camada de muco que obstrui a concha e
diminui as perdas de líquido
•Fototropismo positivo de B. glabrata = à semelhança do miracídio
•Hermafroditas, podendo autofecundar-se, mas a reprodução cruzada ocorre mais freqüentemente (desovas
maiores)
•Com 30 dias de idade, o caramujo atinge a maturidade sexual e ovipõe
•Ovos em massas gelatinosas (n>100), posturas diárias, no crepúsculo vespertino; usam estruturas sólidas
•Eclosão = 7 dias após postura
•Duração da estação chuvosa = influência sobre o número de desovas  influência nas taxas de infecção humana
Características
Tamanho
Concha
Caráter interno diag.
Distribuição
Positividade
Resistência ao parasito
B. glabrata
até 40 mm
7 giros, com giros
lisos e arredondados
crista renal presente
B. tenagophila
Até 40 mm
8 giros, com carena
mais acentuada
crista renal ausente
contínua do RN ao
PR; introduzido no
RS; ocasional no MA,
PA, PI
BA, RJ até RS
alta (> 80%)
alta
baixa
baixa (até 100% de
susceptibilidade)
B. straminea
até 17 mm
5 giros, paredes
laterais arredondadas
crista renal ausente
enrugamento na
parede da vagina
NE (comum),
ocsaional no PA e GO
7
baixa (< 1%)
baixa
Fatores que afetam o sucesso dos S. mansoni nos moluscos
•Molusco em anidrobiose = parasito pára seu desenvolvimento
•Se o caramujo possui esporocisto, com o início das chuvas = retomada do crescimento
•Se possui esporocisto secundário ou cercárias = autocura
•Sistemas de defesa: faltam linfócitos e outras respostas mais específicas aos antígenos
•Outras células desempenham esse papel:
Células fixas: céls. endoteliais bloqueadoras, céls. reticulares e céls. de poro
Células móveis: hemócitos
•Células endoteliais bloqueadoras de antígenos: impedem a disseminação de microorganismos, ficam nos
espaços hemolinfáticos
•Células reticulares: presas aos tecidos por fibrilas extracelulares, alta capacidade endocítica
•Células de poro: ligadas às células reticulares e têm papel seletivo na endocitose de proteínas
•Hemócitos: circulam pela hemolinfa (sist. circ. aberto), entre órgãos e tecidos
•Alta mobilidade, produzem lectinas (~ imunoglobulina) que possuem alta habilidade de se ligarem a
carboidratos e imobilizam corpos estranhos por aglutinação
•B. glabrata tem lectinas com receptores para carboidratos que ocorrem também nos esporocistos do parasito
 base da interação entre molusco e parasito
•Estimulação dos hemócitos viabiliza a síntese de um tipo de citocina pelos tecidos nervosos
•Morte do esporocisto: ligada à produção de peroxidase, superóxido e peróxido de hidrogênio, encontrados na
cápsula formada quando do encapsulamento do parasito
•Também pode ocorrer pseudopodia pelos hemócitos, destruindo diretamente o tegumento do parasito
Estratégias do parasito
Mimetismo molecular - o parasito sintetiza determinantes antigênicos semelhantes ao do hospedeiro
Mascaramento antigênico - esporocistos absorvem em sua superfície os antígenos do plasma do hospedeiro
Combate aos moluscos
1976 - 8 milhões de brasileiros infectados
Programa Especial de Controle da Esquistossomose: RN, CE, PB, Al, SE
Moluscos - habilidade de se enterrar no fundo dos ambientes, fugindo da ação dos moluscocidas 
repovoamento
Moluscocidas químicos: + de 7000 produtos já foram testados
Hoje: Bayluscid que é inócuo para animais de sangue quente, mas tóxico para os demais
Moluscocidas vegetais: timbó, casca de caju (tóxico para peixes)
Controle biológico:
Áreas preservadas: Biomphalaria sobrevive em densidades baixas
Bons testes em laboratório, porém no campo...
Dezenas de espécies já foram testadas: patos, peixes, marrecos, gaviões, quelônios,
sanguessugas, insetos, hemípteros, outros caramujos
Manipulação de linhagens
Única saída:
Política de educação sanitária
Condições adequadas de abastecimento de água
Saneamento básico acessível a todos
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Planorbidae: pulmonados de água doce, com um par de tentáculos finos e
cilíndricos, concha enrolada em espiral plana, sem opérculo, hermafroditas,
com orifícios genitais do lado esquerdo.
B. glabrata, B. tenagophila e B. straminea: vetores de S. mansonii
Biomphalaria glabrata
B. glabrata
B. tenagophila
B. straminea
9
Neves, 2006
Fasciola hepatica
Fasciolose / “baratinha do fígado”
Zoonose: parasito de carneiros, bovinos, veados e coelhos
Ocasional em humanos  2 milhões de infectados
Mundial, maior prevalência no Sul da Europa, norte da África, Cuba, Irã, Bolívia, Peru, Chile, Argentina,
Uruguai, Colômbia, Venezuela
Áreas úmidas, alagadiças
Brasil: menos de 100 casos relatados / ocorrência em áreas onde a prevalência em animais é alta (até
70%)
SP: Vale do Paraíba
Curitiba
Hospedeiro intermediário: aproximadamente 20 spp. de moluscos dos gêneros Lymnaea
Lymnaea: alto potencial biótico (um exemplar pode atingir 100.000 indivíduos ao final de F2), resistentes à
seca, hermafroditas, pulmonados
Brasil: L. columella e L. viatrix
Adultos
Hermafroditas
Formato de folha, 20-30 mm
Vivem por 10 anos
20.000 ovos/dia em condições propícias (25-30ºC)
Habitam porções proximais dos ductos biliares
Ovo  miracídio  esporocisto  rédia  cercária  metacercária
•Ovos grandes (130-150 micrômetros)
•Caem na luz intestinal e são eliminados pelas fezes
•Cerca de 10 dias depois de eliminado, eclode um miracídio que penetra na cavidade pulmonar desses
caramujos
•Lá se transforma em esporocistos, rédias e cercárias (extremidade caudal simples)
•As cercárias encistram em folhas de plantas e se transformam em metacercárias
•Metacercárias, após ingeridas por humanos, atravessam a parede intestinal e se alojam nas vias biliares
•Eventualmente  migrações erráticas a diversos tecidos
•Vermes amadurecem em 12 semanas, ovos são detectáveis após 4 meses de infecção
Patologia
Fase aguda = período de migração da larva: hepatomegalia dolorosa e febre, com eosinofilia e leucocitose
intensa
Fase crônica = febre baixa e dor abdominal
Fatores importantes na epidemiologia humana
•Criação de ovinos e bovinos em áreas alagadiças
•Longevidade dos ovos nos pastos durante o período frio
•Presença de Lymnaea
•Longevidade da metacercária na vegetação aquática (até 1 ano)
•Presença de parasitos nos animais
•Presença de roedores e outros reservatórios nessas regiões, disseminando o parasito
•Plantação de hortaliças nessas áreas
•Consumo dessas hortaliças ou da água infectada
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Ciclo de
Fasciola hepatica
Vo – ventosa oral
Li – faringe
Pg – poro genital
Gv – gl. Vitelogênicas
U – útero
vd – viteloduto
Tp – testículo posterior
Oo – oótipo
O – ovário
Cd- canal deferente
Vv – ventosa ventral
c – cirro
Ce- ceco
NO CARAMUJO:
metacercária (cercária
encistada)
cercária
livre
miracídio que
penetra no caramujo
esporocisto jovem
esporocisto com rédias da 1ª geração
rédias de 1ª ger. com rédias de 2ª ger.
rédias da 2ª ger. com cercárias
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Digenea: trematódeo
chinês Clonorchis (= Opisthorchis) sinensis
Aula prática 5: Digenea (Schistosoma mansoni)
Passo 1
Material: lâminas contendo cercárias de Schistosoma mansoni.
Ao microscópio observe e esquematize: cabeça e cauda.
Passo 2
Material: lâminas contendo adultos (machos e fêmeas) de S. mansoni.
Primeiramente identifique o macho e a fêmea e a seguir, observe e esquematize:
(a) nos machos: ventosa oral, ventosa ventral, canal ginecóforo, testículos (vistos por transparência) e
região do poro genital.
(b) nas fêmeas: região das ventosas oral e ventral, região do útero e vulva, ovário e glândulas
vitelínicas.
Passo 3
Material: corte de fígado e intestino infectados por S. mansoni e corado por HE.
Ao microscópio (20x) observe as lesões granulomatosas causadas pela presença dos ovos dos vermes
nos tecidos.
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Monogenea
•Ectoparasitos de peixes marinhos e de água doce, poucas spp. em anfíbios e répteis (1 sp.
em olho de hipopótamo)
•Um hospedeiro  alta especificidade
•1.100 spp, 0,3-20 mm
•Haptor: adesão (glândulas adesivas em algumas spp.) => sobrevivência no hospedeiro
•Caracteres importantes: âncoras e ganchos queratinizados, espinhos esclerotizados
•Fotorreceptores e mecanoceptores
•Superfície do corpo => tegumento sincicial
•Tubo digestivo incompleto, sem estômago / faringe secreta proteinase
•Monóicos / fertilização cruzada / Neoophora
•Ovos => Larvas (oncomiracídio) => Adultos
•Larva coberta por cílios, bons nadadores, ciclo curto (24 h)
•Não representa problema para humanos  poucos estudos
•Gyrodactylidae (1 mm) = parasitos de brânquias de peixes, são vivíparos
•Dactylogyridae (2 mm) = parasitos de brânquias de peixes, são ovíparos
•Capsalidae = pele, narinas, boca de peixes marinhos
•Diplozoidae (Diplozoon paradoxum) = se uma larva encontra a outra, elas se fundem e
atingem a maturidade sexual / duto espermático se funde com a vagina (cópula
permanente)
•Pylostomatidae = parasitos de bexigas natatórias, cavidades nasais, boca e faringe de
anfíbios e répteis
•Em anfíbios = boom populacional do parasito coincide com período reprodutivo dos
hospedeiros. Gonadotropinas dos hospedeiros influenciam a reprodução dos parasitos.
Oncomiracídio
Ciclo de
Polystoma
integerrimum
13
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