Resíduos Domiciliares

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Ano V • Nº 18 • 2006 • Distribuição Gratuita • Tiragem: 35.000 exemplares • www.bd.com/brasil
CRF-PE consolida programa
de educação continuada
O CRF-PE adotou o Seminário TAI - Técnicas
de Aplicação de Injetáveis da BD para atender às
exigências da DEVISA do Recife e da Resolução
357 do CFF.
A presidente do CRF-PE, dra. Silvana Cabral
Maggi, comenta em seu artigo os motivos que
estão levando a entidade a realizar programas
voltados à formação e capacitação técnica dos
profissionais pernambucanos. Página 2.
Por dentro da lei
BD em parceria com SBD e ANAD
pelo descarte e gerenciamento
responsável de resíduos domiciliares
A BD firmou acordo
de parceria com a Sociedade Brasileira de
Diabetes para a realização do Projeto BD
GRD – Gerenciamento
de Resíduos Domiciliares que visa implementar ações para a
redução do impacto
ambiental e do risco de
acidentes provocados
por resíduos biológicos
Treinamento do Projeto BD GRD.
domiciliares. Nas páginas 4 e 5, o vice-presidente da SBD, dr. Walter Minicucci explica as propostas desta iniciativa.
A Associação Nacional de Assistência ao Diabético – ANAD e a BD estão
trabalhando juntas no Projeto BD GRD para educar os portadores de diabetes no descarte e gerenciamento de resíduLeia também a história da família
os biológicos domiciliares, como seringas e
que acumulou resíduos biológicos
agulhas de insulina. Toda a equipe da entidadurante anos em casa. Página 5
de já recebeu treinamento. Veja na página 6.
Segurança é percebida pelo cliente
A segurança nos serviços prestados por um estabelecimento farmacêutico é fundamental para a conquista e fidelização dos clientes. A farmacêutica e consultora educacional da BD, Soraia Salla, trata desse assunto
no artigo da página 7.
Novos valores, novos desafios
O coordenador da Seccional de Bragança
Paulista e vice-coordenador da Comissão de
Farmácia do Conselho Regional do Estado
de São Paulo (CRF-SP), dr. Rodinei Vieira
Veloso, aborda as legislações que regulamentam as salas de aplicações de injetáveis em
farmácias e drogarias. Página 3.
O vencedor do reality show O
Aprendiz 2, Fabio Porcel, escreveu
artigo em que analisa onde e como o
profissional de farmácia precisa mudar para encantar os clientes.
Última página.
Capacitação Técnica
O compromisso do CRF-PE com a formação e
capacitação técnica de seus associados
Por: Dra. Silvana Cabral Maggi
Presidente do CRF-PE
Nova Diretoria do CRF-PE para o biênio 2006/2007 (da esquerda para a
direita): Maria José da Silva Pinto Tenório (Tesouraria), Rosiel José dos
Santos (Vice-Presidência), Silvana Cabral Maggi (Presidência) e Elba
Lúcia Cavalcanti de Amorim (Secretaria Geral).
A
falta de um curso espeDo ponto de vista técnicífico sobre aplicação co e ético, os farmacêuticos
de injetáveis era uma que participaram do Semidas lacunas apontadas nário TAI estão mais segupela Diretoria Executi- ros de suas responsabilidava de Vigilância Sanitá- des e mais bem preparados
ria da Secretaria de Saúde da Prefeitu- para supervisionar as aplicações feitas
ra do Recife (DEVISA), para a libera- pelos demais funcionários dos estabeleção da licença sanitária, que autoriza a cimentos habilitados a executar este serexecução deste serviço pelos estabele- viço. Conseqüentemente, o responsável
cimentos farmacêuticos no Estado de técnico pelo estabelecimento trabalha
Pernambuco. As aplicações de injetáveis com total tranqüilidade, pois sabe que
são responsabilidade técnica do profis- está atuando de acordo com a Lei. Além
sional farmacêutico, de acordo com a disso, estes profissionais estão seguros
Resolução 357 de abril de 2001 do CFF que os pacientes são bem atendidos nas
que diz: “As injeções podem ser realiza- farmácias e drogarias em que trabalham.
das pelo farmacêutico ou profissional
Os estabelecimentos também ganham
habilitado com autorização expressa do em credibilidade pelos serviços prestaResponsável Técnico”. Por isso, o CRF- dos. Afinal, estando seus profissionais
PE adotou o Seminário TAI - Técnicas capacitados e supervisionados por um
de Aplicação de Injetáveis da BD para farmacêutico com o conhecimento técatender às exigências da DEVISA do Re- nico da aplicação de injetáveis, é possícife e da Resolução 357 do CFF, no que vel proporcionar uma assistência de quatange às boas práticas farmacêuticas. lidade no atendimento aos clientes.
Houve também excelente aceitação dos
Em se tratando de Atenção Farmaprofissionais que participaram dos trei- cêutica, os profissionais têm a obriganamentos promovidos pelo nosso Con- ção de se atualizarem constantemenselho em parceria
te, participando de
com a BD. Sendo os
congressos, cursos
Conselhos Regioe seminários como
nais de Farmácia os
o TAI. Tal atualizaórgãos fiscalizadoção é essencial,
res, a parceria que
principalmente deo CRF-PE firmou
vido às novas teccom a BD tornounologias que surse indispensável e
gem e também pesalutar, no sentido
los excelentes prode preencher esta Seminário TAI realizado em novembro/05
fissionais que a BD
lacuna e também
possui para minispara promover segurança aos farmacêu- trarem os Seminários. Afinal, é atraticos responsáveis por estes estabeleci- vés da Atenção Farmacêutica que o
mentos. O resultado disso é que os pro- profissional habilitado fornece as infissionais de farmácia em Pernambuco formações e orientações aos clientes,
estão hoje bem treinados e qualificados de forma individualizada, sobre as
ações dos medicamentos, composição,
para executarem este serviço.
2
guarda, conservação, validade e seus
efeitos no organismo.
Durante o curso acadêmico de farmácia no Estado de Pernambuco, não existe uma disciplina de aplicação de injetáveis. Só depois de formado, é que o profissional terá de buscar a formação técnica em injetáveis para poder adquirir a
responsabilidade de supervisionar os estabelecimentos farmacêuticos onde irão
trabalhar. Por isso, a atual Diretoria do
CRF-PE considera de grande valor os
Seminários TAI realizados pela BD. É
uma iniciativa com um caráter motivador para que o profissional farmacêutico amplie a confiança e competência no
seu dever de educar os usuários, seja nos
estabelecimentos farmacêuticos assim
como nos hospitais, em vista de termos
uma população carente de informações
sobre saúde.
Os farmacêuticos em todo o Estado
de Pernambuco devem ficar em contato permanente com o CRF-PE, assim
estarão sempre a par dos cursos, seminários e eventos educacionais promovidos por esta entidade.
Sem dúvida alguma, o Seminário TAI Técnicas de Aplicação de Injetáveis já
faz parte do nosso plano de trabalho
para a gestão 2006-2007. Através do
JORNAL DO FARMACÊUTICO, publicação de ampla penetração em Pernambuco, vamos informar os interessados
em participar dos eventos com antecedência para que haja melhor aproveitamento nas Faculdades de Farmácia,
seja a UFPE assim como as instituições
de ensino particulares.
Farmacêutico
Farmacêutico:
presença fundamental na aplicação de injetáveis
Por: Dr. Rodinei Vieira Veloso - Coordenador da Seccional de Bragança Paulista e vicecoordenador da Comissão de Farmácia do Conselho Regional do Estado de São Paulo (CRF-SP)
Professor de Deontologia e Legislação Farmacêutica da Universidade São Francisco em
Bragança Paulista, o dr. Rodinei Vieira Veloso, comenta aqui sobre algumas Leis e
Resoluções que regulam determinadas rotinas em farmácias e drogarias, especialmente
no que diz respeito às aplicações de injetáveis.
F
azer uma aplicação de in- por qualquer profissional legalmente hajeção pode parecer um ato bilitado, como é o caso dos enfermeiros.
banal para muita gente. Já no caso das farmácias e drogarias, as
Mas boa parte dessas pes- aplicações devem ser feitas por pessoas hasoas não sabem que ter um bilitadas em cursos supervisionados e apeprofissional à frente desse nas com a autorização expressa do resprocedimento é fundamental para a qua- ponsável técnico pelo estabelecimento,
lidade do tratamento, começando pela conforme a Resolução 357/2001, do CFF.
preparação do paciente, seguido pelo Vale destacar que, por regulamentação da
preparo do medicamento, que deve ser Vigilância Sanitária, todas as salas de aplicação devem poscuidadosamente
suir uma placa de
manipulado, até
O farmacêutico, além de ser identificação dos
chegar à aplicação
propriamente dita.
o responsável pela aplicação aplicadores com
nome completo,
Nesse sentido, a
dos medicamentos
função e supervisão.
presença do farmainjetáveis, também responde
Outro aspecto
cêutico é essencial,
pois se trata de um
pela biossegurança do lixo importante para a
normatização desprofissional familiagerado e seu destino
sas rotinas é o conrizado tanto com as
trole realizado por
interações medicamentosas, quanto com as técnicas mais meio do livro de registro de aplicações
dos medicamentos injetáveis, onde são
apropriadas de aplicação.
Em que pese o conhecimento técnico, anotadas todas as injeções efetuadas.
a atuação desse profissional mostra, ain- Esse registro permite ao profissional
da, o verdadeiro sentido da atenção far- acompanhar de perto, não apenas o flumacêutica, onde o paciente é colocado xo dos fármacos, mas principalmente o
tratamento do paciente.
em primeiro plano.
Possuir um local aparelhado adequaA legislação, entretanto, não limita a
aplicação de injeções ao farmacêutico. A damente, em condições técnicas, higiêResolução 328, de 22/07/99, da Agência nicas e sanitárias é outro ponto a ser conNacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), siderado no que diz respeito à aplicação
possibilita a realização desse procedimento de injeção. O Decreto Estadual 12.342,
“
”
Mais informações nos sites abaixo:
www.cff.org.br
www.cv
v
www.an
r
isa.gov.b
s.saude.s
p.gov.br
de 27/09/78, estabelece parâmetros em
relação ao espaço físico, instalação de
divisórias, tipo de piso e ventilação. Essas recomendações têm como premissa
básica a necessidade de se ter um local
adequado e um ambiente onde o paciente se sinta tranqüilo e seguro. O Decreto
também prevê que, nas regiões suburbanas e rurais menos estabelecidas economicamente, as exigências sobre as instalações e os equipamentos podem ser reduzidas a critério da autoridade sanitária, desde que resguardados os interesses
da saúde pública. Considerando que as
Vigilâncias Sanitárias são órgãos municipalizados, é possível encontrar algumas
diferenças na padronização do ambiente
de acordo com a região. Mais uma vez
se fala aqui da importância da atuação
de um farmacêutico no gerenciamento
desse processo.
A atuação de um profissional também
faz toda a diferença quando se fala em
biossegurança. Atento às legislações sanitárias, o farmacêutico, além de ser o
responsável pela aplicação dos medicamentos injetáveis, também responde pela
biossegurança do lixo gerado e seu destino. A RDC 306/04 da Anvisa e a Resolução Conama 358/05 estabelecem os critérios e as recomendações de segurança
para o paciente e para o aplicador, indicando as melhores formas de descarte
para cada tipo de material, como os perfurantes e cortantes.
3
ProjetoDomiciliares
BD GRD
Resíduos
Gerenciamento de Resíduos Domiciliares tem a parceria da SBD
Acordo de parceria foi firmado recentemente entre a Becton Dickinson e a Sociedade Brasileira de
Diabetes para realização do Projeto BD GRD – Gerenciamento de Resíduos Domiciliares.
O dr. Walter Minicucci, médico endocrinologista, professor da Unicamp e vice-presidente da SBD
(Comunicação), explica nesta entrevista os rumos deste projeto criado para que os farmacêuticos, médicos
e demais profissionais de saúde se envolvam em ações que estimulem os portadores de diabetes a
fazerem o descarte seguro e responsável dos resíduos biológicos domiciliares. Para conferir maior
credibilidade a esta parceria, o logotipo da SBD passa a ser impresso no coletor BD Descartex® 1,5 litro.
Como foi o início da participação da
SBD no projeto da BD ?
– Dr. Walter Minicucci: Antigamente,
quem fazia o tratamento do diabetes
com insulina, usava seringa de vidro e
agulha reusável, que eram limpas e esterilizadas em casa ou nas farmácias.
Mesmo depois que surgiu o material descartável, continuou-se a usar as seringas de vidro e agulhas reusáveis. Além
disso, grande parte dos portadores de
diabetes reutilizava as seringas e agulhas
descartáveis diversas vezes. Da mesma
forma, fazer a punção de ponta-de-dedo
com lanceta para o teste de glicemia era
um procedimento pouco adotado em
nosso país. Por isso, a quantidade de resíduos gerados no tratamento do diabetes era insignificante. Nos últimos anos,
as pessoas reconheceram que reaproveitar as seringas e agulhas não é bom para
saúde e torna a aplicação desconfortável, pois a agulha fica cada vez mais
romba a cada aplicação. Por outro lado,
as pessoas com diabetes perceberam que
fazer testes freqüentes de glicemia capilar é fundamental para o bom controle.
Isso significa que mais seringas, agulhas,
frascos de insulina, lancetas e fitas reagentes estão sendo descartados, gerando um volume cada vez maior destes resíduos de tratamento de saúde.
Há uma preocupação real com os danos que todo esse enorme volume de material descartado pode causar ao meio
ambiente. Afinal o plástico e aço das seringas, agulhas e lancetas podem levar séculos para desaparecerem da natureza.
Também há o risco de os profissionais
que recolhem o lixo domiciliar, os garis,
ficarem sujeitos a punções e cortes acidentais com estes resíduos contaminados.
Sabemos que grande parte do lixo de
nossas cidades não é tratado e vai parar
em lixões a céu aberto, onde existem pessoas, inclusive crianças, que vivem como
catadores. Acreditamos que chegou a
hora de iniciarmos ações integradas no
gerenciamento destes resíduos domiciliares representados principalmente pelas
seringas, agulhas e lancetas descartáveis.
As pessoas com diabetes estão conscientes deste problema?
– Dr. Walter Minicucci: Acredito que
não, pois temos a tendência de considerar que geramos pouco lixo individualmente. Não possuímos dados estatísticos, mas avalio que nem o médico que
indica estes produtos, nem o farmacêutico que os vende têm idéia do impacto
ambiental e do risco biológico que tais
resíduos representam.
Em linhas gerais, qual é a colaboração da SBD nesta campanha para que as
pessoas descartem corretamente o material usado nas aplicações de insulina e
nos testes de glicemia domiciliares?
– Dr. Walter Minicucci: O primeiro
passo é alertar a sociedade para o problema. Queremos trocar idéias com
quem lida com diabetes, especialmente
os médicos, farmacêuticos, enfermeiros,
os próprios diabéticos e seus familiares.
A SBD também está aberta a parcerias
com empresas e indústrias que produzem material para tratamento do diabetes, com instituições de saúde, órgãos
BD inicia uma nova era no descarte e gerenciamento dos resíduos
perfurantes, cortantes e biológicos domiciliares
O Projeto BD GRD - Gerenciamento de Resíduos Domiciliares é uma iniciativa que visa a conscientização de toda a sociedade para que sejam adotados hábitos e procedimentos no descarte seguro e o
gerenciamento responsável de perfurantes, cortantes e
resíduos biológicos domiciliares.
Este projeto vem colaborar com os profissionais de
saúde como farmacêuticos, médicos, enfermeiros e outros, na Educação Continuada dos pacientes com dia-
4
betes e familiares no que diz respeito ao descarte correto de seringas, agulhas, lancetas, fitas reagentes e todo
os resíduos infectantes gerados em domicílio. Através
desta iniciativa e com a participação de entidades e
serviços de saúde (ONGs, entidades assistenciais, instituições hospitalares, farmácias, drogarias e demais serviços de saúde) será possível estabelecer ações para a
redução do impacto ambiental e do risco de acidentes
provocados por resíduos biológicos domiciliares.
públicos, entidades privadas e associações de apoio
às pessoas com diabetes. Nos engajamos nesta campanha durante a gestão do dr. Leão Zagury na Presidência da SBD e agora contamos com total apoio
do atual presidente da Sociedade, dr. Marcos Tambascia. Foi assim que fortalecemos a parceria com
a BD, empresa que há anos vem realizando um trabalho educacional muito importante com os usuários de seus produtos.
Que perspectivas a SBD tem em relação ao desenvolvimento desta campanha em parceria com a BD?
– Dr. Walter Minicucci: A RDC 306/04 da
ANVISA e a Resolução CONAMA 358/05 determinam que o gerenciamento dos RSS – resíduos
de serviços de saúde – é de responsabilidade do
estabelecimento que os gera, sejam farmácias, drogarias, hospitais, clínicas médicas, odontológicas
ou veterinárias. Já no âmbito domiciliar, a implementação de processos para o gerenciamento de
resíduos de saúde ainda vai demorar a maturar.
Portanto, precisamos iniciar este projeto já, agora.
É o que a BD está fazendo com a SBD. A mídia nos
ajudará a divulgar a campanha, utilizaremos todas
as ferramentas de comunicação e recursos possíveis para levantar a discussão em torno do problema e conscientizar as pessoas de que todas são responsáveis pela preservação do meio ambiente.
Sempre que nós tocamos neste assunto, vêm
duas perguntas: que mundo nós vamos deixar para
nossos filhos e netos? Que tipo de herança deixaremos para a sociedade se as pessoas que manipulam o lixo estão se infectando com resíduos de
saúde contaminados? Existe hoje, em algumas cidades em todo mundo, uma cultura voltada à segregação e reciclagem de resíduos, como ocorre
com papel, vidro, plástico e outros materiais. A idéia vai por
este caminho: queremos que as
pessoas com diabetes se habituem a usar coletores para segregar seringas e agulhas de
aplicação de insulina, assim
como o material usado nos
testes de glicemia.
Queremos orientar as pessoas a
encaminharem os
coletores preenchidos ao destino
mais apropriado,
através do serviço
de coleta especial
de resíduos de
saúde que já existem em algumas
cidades.
O BD Descartex® 1,5 litro agora
traz impresso o logotipo da SBD.
Exemplo de cidadania
Família comprometida com o
meio ambiente
H
arry Bender e
Maria Aparecida
Marchiorete Pereira Pinto são os
pais do adolescente
Daniel, de 15 anos, diagnosticado com diabetes
tipo 1 há mais de 11 anos.
Desde então o casal adota procedimentos de descarte seguro e responsável
dos resíduos gerados no
tratamento do rapaz. Há
alguns anos, eles levavam
os resíduos à chácara que
possuíam, onde eram
queimados num fogão a
lenha até se transformarem em cinzas. Como tiHarry e a esposa Maria Aparecida: descarte
veram que vender a chácara, passaram a armazeresponsável e ecologicamente correto.
nar os resíduos em descartadores improvisados que
foram mantidos por um longo período num pequeno aposento do apartamento em que vivem em São Paulo. “Tentamos várias vezes entregar
os resíduos em farmácias do nosso bairro, mas o material nunca foi
aceito”, conta Harry.
Nos últimos anos, a família chegou a acumular quase 25 quilos de
agulhas, lancetas e outros produtos usados no tratamento do Daniel.
“Aquilo estava nos incomodando bastante, pois vez ou outra os recipientes caiam das estantes e os resíduos se espalhavam pelo chão”, relata
Maria Aparecida. Ela conta que houve situações críticas em que os resíduos representavam alto risco de acidentes. “Eu mesma cheguei a me
puncionar acidentalmente algumas vezes com as agulhas acondicionadas de forma inadequada”, relata ela.
Harry e Maria Aparecida encontraram a solução para dar o melhor
destino a todo àquele material. Ao participarem do Projeto Eu Amo
Viver promovido pela Dia-A-Dia – Unidade Tatuapé assistiram várias
palestras, dentre elas, palestras sobre descarte e gerenciamento de resíduos biológicos domiciliares, em que foi apresentado o BD Descartex de
1,5 litro, bem como as instruções de uso do produto e cuidados necessários.” Felizmente, hoje sabemos como lidar com segurança com estes
resíduos e para onde encaminhar os coletores, e não precisamos mais
nos incomodar por armazená-los em casa”, diz Harry.
O casal afirma que sempre teve muita preocupação com o destino dos
resíduos gerados no tratamento do diabetes de Daniel, especialmente
por estarem conscientes dos riscos de acidentes que esse material representa a quem lida com lixo e também pelo impacto ambiental. “Estamos
contribuindo com a sociedade, reduzindo os riscos de infecção e de
contaminação do meio ambiente”, explica Maria Aparecida.
5
ANAD adere ao
Projeto BD GRD
Resíduos
Domiciliares
A Associação Nacional de Assistência ao Diabético – ANAD uniu-se à BD para
implementar o projeto educacional para que os portadores de diabetes filiados à entidade
façam a coleta adequada dos seus resíduos biológicos domiciliares. Com esta iniciativa, a
associação e a BD avançam em ações de responsabilidade social e ambiental.
A
ANAD se engajou no
projeto BD, para que
seus associados façam o
descarte e o gerenciamento corretos dos materiais usados em aplicações de insulina e testes de glicemia
domiciliares. Segundo o presidente da
entidade, dr. Fadlo Fraige Filho, a preocupação com estes resíduos decorre da
forma que eles são habitualmente descartados por portadores de diabetes. Na
opinião do médico, a maioria das pessoas com diabetes descarta as seringas,
agulhas de insulina e lancetas para coleta de amostra de sangue capilar no
lixo comum, sem perceber que tal procedimento provoca danos ao meio ambiente e risco de lesões infectantes em
quem manipula o lixo.
O dr. Fadlo ressalta que, embora o
diabetes não seja transmissível por sangue, fluidos corporais ou qualquer outra via, existem pacientes que podem
ter vírus da Aids, hepatite e outras doenças contagiosas. “Após serem usados,
os materiais perfurantes e cortantes destas pessoas tornam-se infectantes e perigosos a quem mexe no lixo comum,
se não forem descartados em um
coletor apropriado”, explica. Além disso, ele observa que quando depositados em lixões nas periferias das cidades, tais resíduos ficam expostos às chuvas e produzem um material percolado
que pode atingir os lençóis freáticos,
contaminando as águas de nascentes e
de poços artesianos.
A diretora executiva da associação,
Lílian de Castilho, comenta que anteriormente eram improvisados coletores a partir de garrafas plásticas de
refrigerantes e caixas de papelão, porém não eram seguros ou práticos de
usar. “A solução foi o BD Descartex
de 1,5 litro, um coletor ideal para o
descarte de seringas, agulhas e lancetas”, afirma.
Treinamento dado pela BD na ANAD dentro do Projeto BD GRD.
6
Dr. Fadlo Fraige Filho, presidente da FENAD
e ANAD.
Toda a equipe educacional, funcionários e voluntários da associação participaram de um treinamento ministrado pela consultora educacional da BD,
farmacêutica Soraia Salla. O treinamento é fundamental para o desenvolvimento do Projeto BD GRD, pois é administrado com material educativo de
alta qualidade e embasado em informações e orientações indispensáveis ao
bom atendimento ao cliente.
A ANAD é atendida pelo serviço especial de coleta de resíduos de serviços
de saúde (RSS), da mesma forma que
os estabelecimentos hospitalares, farmacêuticos, clínicas médicas e veterinárias. Desta forma, os associados que
adquirem o BD Descartex® 1,5 litro no
bazar da associação, podem fazer a devolução dos coletores preenchidos à
própria entidade. “É um serviço que
prestamos aos nossos associados por
aderirem à proposta de gerenciar os resíduos domiciliares de saúde com segurança e de forma ecologicamente correta”, observa o dr. Fadlo Fraige Filho.
Ele ressalta ainda que a iniciativa da
ANAD de participar do projeto serve
de modelo ao Poder Público e também
aos estabelecimentos farmacêuticos.
“Será muito bom para todo mundo se
as farmácias e drogarias também aderirem a esta idéia”, sugere.
Clientes leais
Você seguro, cliente satisfeito
Por: Soraia Salla
Farmacêutica e consultora educacional BD
Você já pensou que sua segurança é fundamental para a satisfação do cliente?
É sabido que a satisfação pode fazer do cliente comum um cliente leal. Olhando por esse prisma, fica fácil deduzir
que quando mostro e ofereço segurança no que faço, cada vez mais me aproximo do cliente leal.
U
m item importante para
estabelecer essa relação
de segurança é o grau de
atenção que dispensamos na aplicação de injeções. Lembre-se que
este é um momento crucial onde o cliente se encontra apreensivo e principalmente atento a todas as nossas atitudes.
Atendimento na sala de
aplicação
está “arrumada”, sem lixo a mostra e
limpa. No segundo momento ele observará sua desenvoltura durante os procedimentos de preparo da medicação,
aplicação e descarte. Por isso é fundamental seguir as recomendações para
que seu cliente se sinta seguro.
Alguns cuidados durante o manuseio
da medicação também são importantes
para garantir a confiança e a segurança
de nosso cliente. Não deixe a agulha destampada por tempo desnecessário, pois
isso pode levar a riscos de contaminação do material. É essencial lembrar que,
após o uso, a seringa não deve ser reencapada e sim descartada por completo
no coletor de perfurantes e cortantes.
luvas, algodão seco e, é claro, não esquecer o coletor de perfurantes e cortantes BD Descartex®. Este kit, que deverá
ser levado em cada aplicação domiciliar,
oferecerá as condições mínimas de segurança necessárias, para você e o cliente,
como as existentes na sala de injeções.
Atendimento no balcão
Atendimento domiciliar
Oferecer um ambiente seguro na sala
de injeções é fundamental. Ela deve estar equipada com um coletor de perfurantes e cortantes com paredes rígidas e
identificação apropriada. É importante
observar a sua posição para que o descarte da seringa seja feito imediatamente, diminuindo assim os riscos de acidentes. Deve ser colocado em uma altura adequada para que ninguém precise pular ou agachar no momento do descarte. O coletor é considerado um equipamento de proteção coletiva, portanto deve ser mantido em local fixo, visível e nunca em área de trânsito de pessoas. Também é necessário o uso de equipamentos de proteção individual, como
luvas de procedimento, pois isso auxilia na prevenção de contaminação com
sangue infectado.
Qual a percepção do cliente? No primeiro momento ele perceberá se a sala
Para aquelas farmácias que realizam
aplicação em domicílio, alguns cuidados extras são fundamentais. É recomendado que estes estabelecimentos
montem, por exemplo, kits com papel
toalha, sabonete líquido, alcohol swabs,
Estar atento durante a aplicação da
injeção é fundamental. No entanto, será
que este é o único momento em que devemos praticar segurança? Por exemplo,
quando o cliente vem a sua farmácia
querendo comprar uma seringa e para
isso traz outra usada como referência,
deve-se tomar cuidado para que somente
o cliente a manuseie e, logo após, descarte-a no coletor de perfurantes e cortantes da sua sala de injeções. O mesmo
serve para lancetas usadas nos testes de
glicemia capilar (teste de “ponta-dededo”) e outros produtos passivos de
contaminação.
Todos os itens necessários para uma
aplicação de injeção segura devem fazer
parte da rotina de atendimento, e não
ser mais um aspecto a ser observado.
Condições físicas adequadas e disciplina são importantes, mas a receita para
o sucesso é: ATENÇÃO AO CLIENTE.
Afinal, é isto que ele sempre procura, e
o resultado será a sua satisfação.
7
Novos rumos e desafios
no mercado farmacêutico
Mercado
Farmacêutico
Por: Fabio Porcel
Gerente de Desenvolvimento da Dez Brasil
O administrador de empresas Fabio Porcel já trabalhou na área
de propaganda médica da Aventis e no Grupo EMS – Sigma
Pharma, prestando serviços de consultoria em treinamento para
grandes redes de drogarias e distribuidoras de produtos farmacêuticos. Em meados do ano passado, ele participou e venceu o
programa O Aprendiz 2.
O
cenário mudou. O mercado farmacêutico já
não é mais o mesmo. As
mudanças tornam-se
evidentes também nas
farmácias independentes, e correr atrás das
ferramentas de marketing não é uma
ação apenas de grandes organizações
farmacêuticas.
Não faz muito tempo, as grandes redes apostavam em grandes descontos
para chamar a atenção dos seus clientes. Isso desencadeou uma grande competição, em que as farmácias independentes começaram a perder a briga dos
preços. Nesse momento, o mercado farmacêutico se transformou em um imenso mercado de commodities, onde não
existe fidelização de clientes, mas sim
aqueles altamente descontentes com os
serviços prestados pelas drogarias. Ninguém estava preocupado em atender às
necessidades principais do seu público.
A grande “sacada” começou quando
todo o mercado percebeu que só o desconto não era suficiente para a fidelização. Havia mais alguma coisa que só
seria descoberta se os próprios clientes
demonstrassem.
Como costumo dizer, consumidor bom
é aquele que reclama. Dessa forma, sabemos o que podemos melhorar. Uma
ferramenta importante são os cartões de
fidelização, em que descobrimos qual é
o principal perfil de compra do cliente,
podemos controlar a reposição de estoques, oferecer a promoção certa que não
somente agregue venda, mas que atenda
também as suas necessidades, e essa fer-
ramenta não deve ser apenas uma realidade para as grandes redes. As farmácias
independentes cada vez mais devem focar
todas as atenções na fidelização de seus
clientes, com atendimento personalizado através de malas diretas promocionais,
agregando valor à venda de produtos e
personalizando serviços como delivery,
Diabetic Center, atenção farmacêutica e
atendentes especializados em perfumaria.
Atender às necessidades hoje não é dar
apenas o que os clientes querem, mas
sim oferecer condições para aquilo que
eles desejam.
A fidelização não se faz apenas com
bom atendimento. Devemos deixar claro que cada venda é uma impressão digital. O mercado está exigente, mas as exigências mudam de pessoa para pessoa,
de lugar para lugar. Dentre as várias competências necessárias para ser um bom
profissional de farmácia está a flexibilidade. Saber o que irá encantar o seu cliente é o ponto-chave de qualquer atendimento. Por que falar de preço, se o que
irá interessar é a qualidade do produto?
Por que falar de desconto, se o que interessa é o bom atendimento? Então, a
única maneira de obter resultados nesse
mercado é investindo em prestação de
serviços, em que o ponto mais importante
são as pessoas. Ou seja: investir no capital humano é a única saída.
Profissionais treinados, preparados e
motivados com certeza serão o grande
diferencial. E mais: a atenção farmacêutica entra de maneira muito forte, pois
estamos falando de clientes diferenciados que, quando entram em uma drogaria, sabem que estão comprando seu
bem mais precioso: a saúde. Fazer com
que fiquem satisfeitos, sem dúvidas
quanto ao atendimento e ao que estão
levando para tratar de sua saúde, é o
mesmo que lhes proporcionar um ambiente de conforto em que terão todos
os motivos para voltarem àquele estabelecimento.
A atenção farmacêutica ainda é considerada um diferencial, um artigo de
luxo, pois não é comum encontrar profissionais dispostos a exercê-la. No entanto, como dissemos no início deste comentário, o cenário vem mudando muito e ainda precisa mudar mais.
Em minha experiência no programa
O Aprendiz 2, tive que lidar com os desafios impostos pelas mudanças. Da noite para o dia, tive que enfrentar situações desconhecidas em cada nova tarefa. Acredito que só consegui chegar à
vitória graças ao trabalho em equipe que
tive, à oportunidade de realizar com os
demais participantes. Vejo que, na área
farmacêutica, ocorre algo semelhante:
o estabelecimento só se desenvolve se
todos os seus funcionários trabalharem
como num time integrado e consistente. E isso vale para todos os colaboradores, do auxiliar à diretoria.
O Jornal BD Mão Boa é uma publicação da Becton Dickinson Indústrias Cirúrgicas Ltda. Rua Alexandre Dumas,
1976 - CEP - 04717-004, Chácara Santo Antônio - São Paulo-SP • CRC 0800 55 56 54 • email: [email protected]
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Soraia Salla • Jornalista Responsável: Milton Nespatti (MTB 12460-SP) • Revisão: Sérgio Cides • Projeto gráfico
e diagramação: [email protected]. As matérias desta publicação podem ser reproduzidas desde que citada a fonte. As opiniões e conceitos
publicados são de responsabilidade dos entrevistados e colaboradores dos artigos.
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