INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES RINOFARINGITE TONSILITE OTITE SINUSITE LARINGITE Viroses Respiratórias TRANSMISSÃO DIRETA A principal forma de transmissão ocorre por contato direto com fômites contaminados com aerossóis e partículas maiores levados ao meio ambiente através de tosse e coriza. Viroses Respiratórias SÍNDROME GRIPAL x RESFRIADO COMUM Gripe X Resfriado Gripe (Influenza) Resfriado (Rinovírus) Sistêmico Local (nariz / garganta) Início Súbito Gradual Febre Usualmente alta Ausente / Baixa Queda do estado geral, tosse, fadiga, mialgia, cefaléia Congestão nasal, espirro, coriza, dor de garganta Severas (Otite, pneumonia, broncoespasmo) Leves / Moderadas Sazonal (inverno) Não sazonal Quadro clínico Principais sintomas Complicações Ocorrência Viroses Respiratórias • - - - - - Principais Sinais e Sintomas: Rinorréia (coriza) clara e flúida; Espirros; Obstrução nasal; Dor de garganta; Febre pode estar ausente; Viroses Respiratórias • • • • __________ _________________ _______ PREVENÇÃO: HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS! _________ __ __ _________ ____ __________ __ ______ ___________ ____ __________ _ ___________ __________ _____ • ________ ____ ________ __ _________ ______ • _____ __ _________________ _______ • ______ _____ RINOVÍRUS (grego: rhinos = nariz) • 1956, TR superior, ~ 50% resfriados comuns EPIDEMIOLOGIA • • • A doença ocorre em todo o mundo. O vírus é transmitido através de contato íntimo, por meio de secreções respiratórias contaminadas. As taxas de infecção são mais elevadas entre lactentes e crianças e diminuem com a idade. •TABELA 1. Faixas-etárias predominantes. Teresina,2010. IDADE N % 2 meses-11 meses 24 20,87 1 ano-4 anos e 11meses 64 55,65 5 anos- 10anos 27 23,48 TOTAL FONTE: Serviço de Urgência 115 100,00 • TABELA 2. Sintomas apresentados no momento do atendimento.Teresina,2010. Tto correto Tto incorreto Sem TOT SINTOMAS Tto AL 50(4 Sintomas de tosse ou 6(1,2 3,4% dificuldade de respirara 23(46%) 21(42%) %) ) 15(1 3,0% Sintomas de Pneumonia 11(73,3%) 4(26,6%) ) 23(2 Sintomas de bronquite| 22(95,6% 0,0% asma ) 1(4,3%) ) 27(2 12(44,4% 3,4% Sintomas de amigdalite ) 15(55,5%) ) TOTAL 68(59,1% 6(5,2 115(1 ) 41(35,6%) %) 00%) FONTE: Serviço de Urgência •TABELA 3.Medicações mais prescritas no serviço de Urgência.Teresina,2010. Medicações % Aerossol 47,80% Sintomáticos 31,30% Corticosteróide oral 20% Amoxicilina 10,40% Mucolíticos 9,50% FONTE: Serviço de Urgência FARINGITE: AGENTE ETIOLÓGICO VIRAL BACTÉRIAS COMUNS BACTÉRIAS ATÍPICAS E FUNGOS Vírus Respiratórios HSV EBV Coxsackie A Estreptococos grupo A Fusoespiroquetas C diphteriae N gonorrheae Mycoplasma pneumoniae Candida sp é 50% das faringites FARINGITE • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • • • • Exposição a IVAS Tosse Rinite Rouquidão FARINGITE EXAME FÍSICO CRITERIOSO NORMAL: amígdalas e pilares é hiperemia INFECÇÃO: Faringe posterior inflamada Vermelho brilhante Amígdalas é, c/ exsudato Linfonodomegalia cervical anterior FARINGITE ESTREPTOCÓCICA FARINGITE ESTREPTOCÓCICA MONONUCLEOSE INFECCIOSA FARINGITE: DIAGNÓSTICO CLÍNICO LABORATORIAL Estreptococos do grupo A 30% crianças 10% adultos 95% antibioticoterapia Cultura swab e Pesquisa Antígeno Acurado Relação custo-benefício FARINGITE: TRATAMENTO AUTO LIMITADO CURTA DURAÇÃO ANTIBIÓTICO ê TEMPO DE DOENÇA ê COMPLICAÇÕES NÃO SUPURATIVAS PENICILINAS E MACROLÍDEOS FARINGITE SINAIS DE PERIGO Dor persistente Dificuldade Respiratória Dificuldade para deglutir Massa palpável Presença de sangue: faringe ou ouvido ê Complicações Supurativas: (abscessos) FARINGITE: COMPLICAÇÕES • SUPURATIVAS • ABSCESSOS • EPIGLOTITE • TRATAMENTO • DRENAGEM • ANTIBIÓTICO FARINGITE: COMPLICAÇÕES • NÃO SUPURATIVAS • FEBRE REUMÁTICA • • • • • Infecções subclínicas Cardite: permanente Prevenção: 7º dia doença é Recorrência: 5-15 a Profilaxia • GLOMERULONEFRITE AGUDA • Benigna • Depósito glomerular • HAS, hematuria e edema O QUE FAZER? História e exame físico criterioso Dúvida: Investigue por laboratório Reavaliar o paciente OTITES E SINUSITES OTITE EXTERNA • • Canal auditivo externo Etiologia • Foliculite (estafilo e estreptococos) • Otite do nadador (P aeruginosa) • Sinais e sintomas • Dor auricular e Prurido • Tratamento • C/ Celulite: antibiótico sistêmico (oxacilina e macrolideos) • S/ Celulite: antibiótico tópico (neomicina, polimixina, calor local) OTITE MÉDIA E SINUSITE: PATOGÊNESE PROCESSO INFECCIOSO EVOLUTIVO (IVAS VIRAL) ê • Resistência do Hospedeiro + edema + Inflamação local ê Bloqueio drenagem ouvido médio / seios paranasais ê Acúmulo de secreção e ê vascularização ê OTITE MÉDIA / SINUSITE OTITE MÉDIA • Infecção Ouvido Médio • Crianças e adultos (ocasional) • Etiologia • S pneumoniae • H influenza • Moraxella catarrhalis • Sinais e Sintomas • Febre Dor ê Audição • Vertigem, tinitus, irritabilidade (crianças) • Otoscopia: MT vermelha, brilhante, ê mobilidade, secreção OTITE MÉDIA: COMPLICAÇÕES Incidência: 0,5% Perfuração MT Fixação/destruição ossicular Abscesso cervical Osteomielite Paralisia facial Mastoidite Abscesso cerebral Mortalidade: 18% Meningoencefalite Trombose de seio lateral SINUSITE • Infecção de seios paranasais • 80%: IVAS 20%: Rinite Alérgica • SINTOMAS PERSISTENTES (> 10 DIAS) • Etiologia • S pneumoniae * S. aureus • H influenza • Moraxella catarrhalis • Sinais e Sintomas • • • • Cefaléia - Obstrução / Secreção Nasal Dor à palpação de seio paranasal Transiluminação ausente Rx: opacificação, espessamento mucosa e nível hidroaéreo Sinais maiores: cefaléia, dor ou pressão facial, obstrução ou congestão nasal, secreção nasal ou pós-nasal purulenta, hiposmia ou anosmia, e secreção nasal ou pós-nasal purulenta ao exame. Sinais menores: febre, halitose, odontalgia, otalgia ou pressão nos ouvidos e tosse.( J. bras. pneumol. vol.32 suppl.6 São Paulo Nov. 2006 II Diretrizes brasileiras no manejo da tosse crônica ) • Dois ou mais dos seguintes sintomas: obstrução nasal, rinorréia anterior ou posterior, dor ou pressão facial, redução ou perda do olfato; • Um ou mais achados endoscópicos: pólipos, secreção mucopurulenta drenando do meato médio, edema obstrutivo da mucosa no meato médio; E/ou alterações de mucosa do complexo óstio-meatal (COM) ou seios paranasais visualizadas na tomografia computadorizada (TC).Rev. Bras.Otorrinolaringol. vol.74 no.2 suppl.0 São Paulo 2008 Diretrizes Brasileiras de Rinossinusites SINUSITE: RECOMENDAÇÕES O Diagnóstico é Clínico Rx em criança < 6 anos: dispensável Hx + exame físico = 88% Punção aspirativa: dispensável Antibioticoterapia: Sempre CONSIDERAR: Fatores de Risco: Internados, uso recente de antibióticos (< 90 dias) e Idade <2 anos) 50% Haemophilus e 100% moraxella e 30% S. pneumoniae: são RESISTENTES a penicilinas OMA E SINUSITE: TRATAMENTO 1º Linha: Amoxicilina (+Clavul.) Efetividade Segurança Tolerabilidade Baixo custo Espectro estreito Outros: Cefalosporinas 2º e 3 geração, Macrolideos Evolução: 48 a 72 hs Duração: 7 dias após ê sintomas Complicações: Tratamento rápido e agressivo INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES “A MAIORIA DAS IVAS SÃO VIRAIS, ABT SÃO PRESCRITOS DESNECESSARIAMENTE EM >50% DOS PACIENTES” BIBLIOGRAFIA 1. J. pediatr. (Rio J.). 1999; 75(6): 419-432: sinusite, criança. 2. J Pediatr (Rio J) 2003;79(Supl.1):S77-S86: infecções de vias aéreas superiores, vírus respiratórios. 3.J. bras. pneumol. vol.32 suppl.6 São Paulo Nov. 2006 4.. American Academy of Pediatrics. Respiratory Syncytial Virus. In: Peter G, ed. 1997 Red Book: Report of the Committee on Infectious Diseases. 24th ed. Elk Grove Village, IL: American Academy of Pediatrics