UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE DST – DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS ALINE B. PESSOA ESTER P. GUSMÃO SERGIO M. DE OLIVEIRA STELLA P. SANTOS SÃO PAULO 2009 Introdução As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são tidas como um grave problema de saúde pública por afetarem muitas pessoas. Além disso, os sinais e sintomas são de difícil identificação e o acesso ao tratamento correto, também. Uma das principais preocupações relacionadas às DST é o fato de facilitarem a transmissão sexual do HIV. Quando acometem gestantes, podem atingir o feto durante seu desenvolvimento, causando-lhe lesões. Podem, também, provocar uma interrupção espontânea da gravidez (aborto), determinar uma gravidez ectópica (fora do útero) ou, ainda, causar o nascimento de crianças com graves má-formações. Durante o parto, podem atingir o recém-nascido, causando doenças nos olhos, pulmões, etc. Diante dessas possibilidades, o acesso irrestrito das pessoas ao diagnóstico precoce e tratamento adequado de todas as DST é fundamental. O que são DST As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) são doenças causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Algumas DST são de fácil tratamento e de rápida resolução. Outras, contudo, têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora relatada por pacientes. As mulheres, em especial, devem ser bastante cuidadosas, já que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao médico. Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até a morte. O tratamento tem como principal objetivo interromper a cadeia de transmissão da enfermidade. O atendimento e o tratamento de DST são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. As DST são o principal fator facilitador da transmissão sexual do vírus da aids, pois feridas nos órgãos genitais favorecem a entrada do HIV. O uso de preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão, tanto das DST quanto do vírus da aids. Outras formas de contágio Algumas DST também podem ser transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez ou durante o parto. Podem provocar, assim, a interrupção espontânea da gravidez ou causar graves lesões ao feto. Outras DST podem também ser transmitidas por transfusão de sangue contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. 2 Doenças Sexualmente Transmissíveis Existem várias doenças sexualmente transmissíveis, entre elas o Cancro Mole, Candiloma acuminado ou HPV, Gonorréia e Clamídia, Herpes, Linfogranuloma Venéreo, Sífilis, Tricomoníase, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), Vaginose Bacteriana, Corrimento Vaginal, Donavanose, HTLV, Pediculose Pubiana. Neste trabalho iremos apresentar detalhes os sintomas e a prevenção de algumas delas. AIDS Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causada pela infecção do organismo humano pelo HIV (vírus da imunodeficiência adquirida, traduzido do inglês Human Immunodeficiency Virus). O HIV compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar adequadamente sua função de proteger o organismo contra as agressões externas, tais como: bactérias, outros vírus, parasitas e células cancerígenas. Mesmo apresentando resultado positivo para a infecção pelo HIV, um indivíduo pode não estar com a aids. A aids representa o estágio mais avançado da infecção pelo HIV, quando o sistema imunológico já se encontra bastante comprometido e surgem determinadas infecções, conhecidas como doenças oportunistas. Sintomas A infecção pelo HIV é um processo de longa duração que passa por diferentes estágios. A duração e a gravidade de cada estágio dependem de vários fatores relacionados tanto ao vírus quanto ao indivíduo infectado e apresenta sintomas diferentes. O tempo entre a exposição ao HIV e o início dos sinais e sintomas, em geral, varia de cinco dias a três meses. As manifestações podem resultar em gripe persistente, perda de peso progressiva, diminuição da força física, febre intermitente, dores musculares, suores noturnos, diarréia, entre outras reações. Quando a infecção pelo HIV já está avançada, começam a aparecer doenças oportunistas, tais como: tuberculose, pneumonia, diarréia crônica. Formas de Contágio Contato sexual desprotegido com pessoa soropositiva; contato direto com sangue contaminado (que inclui compartilhamento de agulhas para injeção de drogas; transfusões de sangue e/ou hemoderivados; acidentes com materiais biológicos, ocupacionais ou não, que gerem contato direto destes com mucosas, com pele lesionada ou ferida e com tecidos profundos do corpo, permitindo o acesso à corrente sangüínea); da mãe portadora do HIV para o filho, durante a gestação, o parto ou pelo aleitamento. Prevenção Na transmissão sexual, recomenda-se a prática do sexo seguro (relação monogâmica com parceiro HIV negativo e uso de preservativo em todas as relações sexuais). Na transmissão pelo sangue, recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV. 3 Tratamento A aids ainda não tem cura e caso não seja tratada, ou seja tratada de maneira inadequada, pode resultar em morte. O tratamento da aids é feito com medicamentos anti-retrovirais, drogas que inibem a reprodução do HIV no sangue. A associação desses medicamentos é popularmente conhecida como "coquetel". Também faz parte do tratamento contra a aids o controle do avanço da doença, feito por meio dos testes realizados regularmente de acordo com o pedido da equipe médica. Com a terapia anti-retroviral tem-se melhorado a qualidade de vida em todos os estágios da infecção e ampliado a sobrevida das pessoas portadoras do HIV. As doenças oportunistas são, em sua maioria, tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações. Sífilis Congênita – Transmissão Vertical da Sífilis A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pelo Treponema pallidum, bactéria causadora da sífilis. Essa infecção se dá através da placenta de uma mulher grávida que esteja infectada pela sífilis. É uma doença grave e pode causar má formação do feto, sérias conseqüências para a saúde da criança ou até a morte. Sinais e Sintomas A sífilis pode se manifestar logo após o nascimento ou durante os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança infectada pode apresentar problemas muito sérios, entre eles: pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou retardamento. A doença pode também levar à morte. Há ocorrências em que a criança nasce aparentemente normal e a sífilis se manifesta só mais tarde, após o segundo ano de vida. Transmissão da sífilis A transmissão da mãe infectada para o bebê pode ocorrer em qualquer fase da gestação ou durante o parto. Estando presente na corrente sangüínea da gestante, após penetrar na placenta, o treponema ganha os vasos do cordão umbilical e se multiplica, rapidamente, por todo o organismo da criança que está sendo gerada. A infecção do feto depende do estágio da doença na gestante. Quanto mais recente a infecção materna, mais treponemas estarão circulantes e, portanto, mais grave será o risco de transmissão para o bebê. Prevenção Realização do teste diagnóstico em mulheres com intenção de engravidar, tratamento imediato dos casos diagnosticados nas mulheres e em seus parceiros. Tratamento Realizar testes em amostra de sangue dos recém-nascidos cujas mães apresentaram infecção pela sífilis ou em casos de suspeita clínica de sífilis congênita. O tratamento deve ser imediato nos casos detectados e deve ser feito com penicilina. Com o tratamento adequado, mães com sífilis podem dar à luz a crianças saudáveis. 4 A notificação e investigação dos casos detectados, incluindo os que nascem mortos ou os casos de aborto por sífilis, são compulsórias e dever de todo cidadão, obrigatórias a médicos e outros profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e privados de saúde (Lei nº 6259). DST EM NUMEROS A Organização Mundial de Saúde estima que ocorram, no mundo, cerca de 340 milhões de casos de DST por ano. Nessa estimativa não estão incluídos a herpes genital e o HPV. Em números, no Brasil, as estimativas de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa são: Sífilis: 937.000 Gonorréia: 1.541.800 Clamídia: 1.967.200 Herpes genital: 640.900 HPV: 685.400 Fonte: PN-DST/AIDS, 2003. GRIPE SUINA – H1N1 O que é a Gripe Suína É uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. A gripe suína ou gripe porcina é uma doença respiratória altamente contagiosa e aguda que aflige os porcos, causada por um entre os diversos vírus suínos de Influenza Tipo A. A incidência tende a ser elevada e a mortalidade baixa (entre 1% e 4%). O vírus é difundido entre os porcos por aerossóis e contato direto e indireto, e existem porcos portadores assintomáticos. Os surtos entre os porcos acontecem ao longo de todo o ano, com incidência ampliada no verão e inverno, nas zonas temperadas. Muitos países vacinam as populações de porcos rotineiramente contra a gripe suína. Os vírus da gripe suína são mais comumente do subtipo H1N1, mas outros subtipos também estão em circulação na população de porcos (entre os quais o H1N2, H3N1, H3N2). Os porcos também podem ser infectados por vírus da gripe aviária e vírus da gripe sazonal humana, além dos vírus de gripe suína. O vírus suíno H3N2, ao que se acredita, foi originalmente introduzido nas populações porcinas pelo contato com os seres humanos. Os porcos ocasionalmente podem estar infectados com mais de um vírus ao mesmo tempo, o que acarreta a possibilidade de que os genes desses diferentes vírus se misturem. Isso poderia resultar em um vírus de gripe que contenha genes originários de diversas fontes, o que é definido como um vírus "recombinante". Ainda que os vírus da gripe suína normalmente sejam específicos da espécie e apenas infectem porcos, 5 ocasionalmente cruzam a barreira entre espécies e podem causar a doença a seres humanos. O Ministério da Saúde confirmou no dia 07 de Junho mais um caso de influenza A (H1N1), a gripe suína, no Estado do Rio de Janeiro. Com isso, já chegam a 36 os casos confirmados no País. \ O Estado de São Paulo concentra o maior número de casos confirmados: 15. Em seguida vem o Rio de Janeiro, com 9, e Santa Catarina, com 5. Os demais ocorreram no Mato Grosso (2), Tocantins (3), Minas Gerais (1) e Rio Grande do Sul (1). Apesar de nove contágios terem ocorrido dentro do País, o ministério considera a transmissão limitada. Outros 45 casos suspeitos estão sendo monitorados nos Estados de São Paulo (17), Minas Gerais (1), Paraná (4), Rio de Janeiro (5), Rio Grande do Norte (2), Rondônia (2), Distrito Federal (3), Espírito Santo (2), Pernambuco (1), Santa Catarina (6) e Goiás (2). Até o momento, 411 casos foram descartados. A influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, causou mortes no México, Canadá e nos Estados Unidos, vem registrando milhares de casos ao redor do mundo e despertou o temor de uma pandemia. Formas de Contagio A contaminação se dá da mesma forma que a gripe comum, por via aérea, contato direto com o infectado, ou indireto (através das mãos ) com objetos contaminados. Não há contaminação pelo consumo de carne ou produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius destrói quaisquer microorganismos patogênicos. Não foram identificados animais (porcos) doentes no local da epidemia (México). Trata-se, possivelmente, de um vírus mutante, com material genético das gripes humana, aviária e suína. Sintomas e Tratamento Assim como a gripe humana comum, a influenza A (H1N1) apresenta como sintomas febre repentina, fadiga, dores pelo corpo, tosse. Esse novo surto, aparentemente, também causa mais diarreia e vômitos que a gripe convencional. De acordo com a OMS, os medicamentos antiviral oseltamivir e zanamivir, em testes iniciais mostraram-se efetivos contra o vírus H1N1. Ter hábitos de higiene regulares, como lavar as mãos, é uma das formas de prevenir a transmissão da doença. Existe uma vacina para os porcos, porém ainda não se descobriu uma que possa ser utilizada pelos humanos. A vacina destinada à prevenção da gripe "convencional" oferece pouca ou nenhuma proteção contra o vírus H1N1. O Japão anunciou que pretende desenvolver uma vacina eficaz.[20] Também o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) estão a investigar formas de tratamento. O Instituto Butantan, em São Paulo, está colaborando com a Organização Mundial de Saúde em uma pesquisa para elaborar uma vacina preventiva contra a gripe suína e tem previsão de finalizar o processo dentro de quatro a seis meses. Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) concluíram as primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1) mapeadas no Brasil. De acordo com 6 o Ministério da Saúde, o material foi desenvolvido a partir de dados coletados de três pacientes - dois do Rio de Janeiro e um de Minas Gerais -, todos diagnosticados no laboratório. Uma análise preliminar mostrou que, nos casos brasileiros, não existe indicativo de variação em relação ao vírus que circula em outras localidades. Segundo Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, o sequenciamento genético é fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico. Precauções para quem acaba de voltar de regiões afetadas Os viajantes que acabam de retornar dos países em que foram registrados casos da gripe suína devem ficar atentos à sua saúde. Caso apresente febre e outros sintomas gripais, os indivíduo devem procurar imediatamente um serviço de saúde, relatando seus sintomas e a realização da viagem, caso esta tenha ocorrido nos últimos dez dias. Medidas de Prevenção Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência nas áreas afetadas. Substituir sempre que necessário Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável Evitar locais com aglomeração de pessoas Evitar o contato direto com pessoas doentes Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal Evitar tocar olhos, nariz ou boca Lavar as mãos freqüentemente com sabão e água, especialmente depois de tossir ou espirrar Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes a esses países Não usar medicamentos sem orientação médica Bibliografia Site: ministeriodasaude.gov.br 7