Está oculto! Pe. Igor Damo Misturada a crise do capital financeiro, a mais nova epidemia do momento chamada no início de gripe suína, e agora de influenza A/H1N1, tem provocado medo. O vírus se espalha rapidamente, também se recombina facilmente facilitando a proliferação pelo mundo. O que ele provoca à nossa saúde, com certeza você já sabe por informação, contudo como ele surgiu, de fato, ainda é necessário investigar. Em um primeiro momento é bom saber que este vírus não é tão novo. Um jornal chamado de Journal of Virology, publicou em 1999 a presença deste vírus em aproximadamente 20% dos porcos criados pela indústria em pelo menos 30 estados nos Estados Unidos. Este mesmo vírus é proveniente da mesma família de vírus H1N1 causador da gripe Espanhola de 1918, no qual estimasse que matou de 20 a 40 milhões. Sem ingenuidade! As autoridades políticas, representantes do capital mundial sabiam da existência do vírus, e conheciam as possibilidades de sua atual manifestação. Conhecem sua existência histórica. Estavam alertados por cientistas e algumas organizações sociais, que tanto as pessoas como os animais, especialmente os porcos, “transportam” o vírus para todo lugar, embora não manifestem nenhum sintoma. O que tem paralisado qualquer ação contra iminência desta epidemia tem sido o pouco testemunho da indústria. Devido à grande produção e aglomeração de animais em granjas as cepas de vírus ficam no ar e podem infectá-los. Cegos diante do desejo do lucro, do dinheiro que, alias, sabemos causam muitas outras crises e epidemias neste nosso planeta terra, não tomaram nenhuma providência. É devido aos interesses de grandes granjas de porcos que se procura não mais falar em gripe suína. A quem diz que seja para não prejudicar os pequenos produtores destes animais. Contudo, embora, também, há verdade nisto, a intenção primeira é dissociar está epidemia do suíno, para não colocar em prejuízos as empresas mundiais de criação de porcos, responsáveis em absoluto. Tem-se certeza que esta gripe não nasce em pequenos chiqueiros, como existem por aqui em nossa região Oeste de Santa Catarina, pois as cepas não vingam a poucos animais. No México, por exemplo, onde o vírus se manifestou estão envolvidas, pelo menos, sete empresas transnacionais. Diz-se por aí que são associadas a grandes criadores mexicanos. Entre elas está a Granjas Carroll. Ela detém 35% da produção suína no México. Mais da metade da população de La Gloria, próxima a granja em Perote, foi infectada. Embora este fato tenha acontecido, o povo tenha denunciado por varias vezes a contaminação causada pela empresa, nada se fez. As pessoas sofrem perseguição. Os proprietários negam os fatos além de dizer que o povo tem “doenças comuns”. Enquanto isso, os países investem em remédios, sem informar os custos. Laboratórios e indústrias farmacêuticas mundiais se enriquecem. Uma delas é do ex. ministro de Busch, Donald Rumsfeld, segundo o que disse mídia independente. Os pobres que pouco podem fazer assadinhos com lombinhos de carne de pouco, sempre mais sujeitos a adquirir doenças ficam a mercê, não recebem recursos para melhorar suas condições básicas de vida, ao contrário de grandes empresas produtores de animais que estão recebendo milhões de pesos do governo Mexicano para ressarcir seus ganhos. Informa-se muito pouco sobre as reais causas desta epidemia. Faz-se necessário estudar e discutir sobre isto em espaço de grupo nas escolas, nas Igrejas, em associações e outros. Fatos como este embora sejam tristes, podem nos ajudar a ler e ver o mundo de outra forma. Isto é, a partir de baixo, de nós mesmo, sem acreditar ou somente ficar com informações simplificadas, pois parece que há uma máscara, além daquela que protege do vírus, “protegendo” certos culpados por esta e outras catástrofes que virão. Há, portanto, muita coisa oculta.