GRIPE INFLUENZA A H1N1 É uma doença causada por uma das mutações (geralmente H1N1) do vírus Influenza A. Portanto, é um vírus novo, com material genético desconhecido para o sistema imunológico das pessoas. Este novo vírus surgiu devido a uma grande variação antigênica do vírus Influenza. Tal fenômeno acontece a intervalos irregulares que variam de 10 a 40 anos. É uma doença respiratória aguda, altamente contagiosa, que afetou todo o mundo rapidamente em 2009 porque as pessoas não tinham imunidade contra ele. A OMS fez alerta de pandemia (alerta epidemiológico nível 6) em 11/06/2009 pela gravidade da situação. O relatório anunciou 17 mil mortes de norte-americanos, sendo 1800 crianças até agora. O CDC estima que 41 a 84 milhões de casos de H1N1 ocorreram entre abril de 2009 e 16 de janeiro de 2010. Já nos porcos, a doença é considerada endêmica nos Estados Unidos, e surtos ocorreram na América do Norte e do Sul, Europa, África e partes do leste da Ásia. O que se sente? Os sintomas lembram os sintomas da gripe. O individuo afetado pode ter início abrupto de febre alta associado à tosse, dores musculares e nas articulações (“juntas”), dor de cabeça, prostração, coriza, garganta inflamada, calafrios e, às vezes, vômitos e diarreia. A doença pode evoluir para falta de ar e insuficiência respiratória seguida de morte. Contudo, a grande maioria dos casos evolui espontaneamente para cura sem apresentar complicações. Como se evita? Estes casos de gripe suína podem ocorrer em qualquer época do ano. Contudo, tem incidência maior no outono-inverno nas zonas temperadas do globo. Muitos países vacinam rotineiramente as populações suínas contra este vírus. Não há problemas em ingerir carne de porco ou produtos derivados dela (salame, por exemplo). A doença não é contraída desta forma. Para as pessoas que lidam diariamente com porcos, recomenda-se a prática de uma boa higiene, essencial sempre em todo contato com animais, especialmente durante abate, pós-abate e manuseio para prevenir exposição a estes agentes de doença. Animais doentes ou que tenham morrido de doença não devem ser processados nos abatedouros, e as autoridades competentes devem ser informadas sobre quaisquer eventos relevantes. Para protecão pessoal devem ser utilizadas algumas medidas preventivas: evitar contato íntimo com pessoas que não estejam bem e que tenham febre ou tosse; lavar as mãos com água e sabão frequentemente e quando necessário; manter hábitos saudáveis como se alimentar corretamente, realizar atividades fisicas e manter sono adequado. Se houver uma pessoa doente na mesma casa: deixar um aposento separado para o doente. Se isso não for possível, este deve manter-se a uma distância de 1 metro pelo menos dos outros; deve-se cobrir boca e nariz ao entrar em contato com o doente. Máscaras podem ser usadas com esta finalidade e depois dispensadas; lavagem de mãos após contato com o doente; não compartilhar utensilios como copos, toalhas, alimentos ou objeto de uso pessoal; deixar o local onde o doente está bem arejado. Deixar portas e janelas abertas para circular o ar; manter os utensílios domésticos limpos; O doente deverá também cobrir a boca e nariz com lenço ao tossir e espirrar. A lavagem de mãos deve frequente e, principalmente, após tossir ou espirrar será importante para prevenir o contágio de outras pessoas. Por essa mesma razão, durante a doença, recomende familiares e amigos para que não visite o doente. As pessoas devem se manter atualizadas sobre o problema através de boletins da OMS. Como se trata? A maioria dos casos de gripe suína se recuperam completamente da doença sem a necessidade de suporte hospitalar ou de antivirais. Alguns casos ocorridos nos Estados Unidos de gripe suína em humanos foram sensíveis ao uso de oseltamivir e zanamivir, mas, resistentes à amantadina e remantadina. Ou seja, estes últimos não foram eficazes. Entretanto, ainda não existem informações suficientes que recomendem o uso rotineiro de antivirais nos casos de gripe suína. Há relatos de depósitos destes antivirais pelo governo em caso de necessidade e vários laboratórios da Europa e da America do Norte têm permissão para produção de tais medicações. Existem relatos de sucesso usando oseltamivir em tempo hábil (dentro de 48h após início dos sintomas) mesmo em casos graves. O doente deverá ficar em casa, afastado do trabalho ou escola e evitar locais com acúmulo de pessoas durante a doença. Repouso e manter boa hidratacão também será importante durante sua recuperação.