religião e saúde mental em feira de santana

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RELIGIÃO E SAÚDE MENTAL EM FEIRA DE SANTANA
MARLON CORREIA DE FRANÇA
Bolsista PROBIC/CNPq, Graduando em História, Universidade Estadual de Feira de
Santana, e-mail: [email protected]
Palavra chaves:
Transtornos mentais; Religião; Hospital Colônia Lopes Rodrigues.
Introdução:
O tratamento das doenças mentais na cidade de Feira de Santana tiveram início a
partir da fundação do Hospital Colônia Lopes Rodrigues em meados de 1960, cujo
objetivo era acomodar 12 pacientes transferidos do Hospital Juliano Moreira de Salvador,
configurando o primeiro serviço público de reabilitação mental de cidade. Ao longo das
décadas seus serviços evoluíram conforme a necessidade de restruturação da essência
terapêutica revisando assim tratamento por reabilitação agrícola para uma intervenção
psicossocial. Entretanto, inicialmente é preciso compreender a classificação do que era
ter transtorno mental nesse período, pois psicólogos e psiquiatras tenderam a considerar
experiências religiosas como transtornos mentais.
Com base nas considerações acima, o trabalho se justifica na compreensão do
perfil religioso dos pacientes, buscando compreender se estes transtornos eram realmente
patológicos ou apenas experiências religiosas distorcida no contexto sociocultural da
época, identificando para isso, através da análise de prontuários, os critérios médicos de
classificação de distúrbio mental. O tema voltar-se-á para uma realidade vivida pelo
médico, paciente e sua família, como objeto do conhecimento histórico.
Visto que a sociedade brasileira vinha passado por várias transformações sociais
e a saúde estava engajada nelas. O campo feirense nos possibilitar uma analisar esse
“avanços” implantados pelas organizações política, na qual tomava medida que estava
diretamente ligada coma economia e as ideia neoliberais sobre a saúde pública. Feira de
Santana por ser um cidade de transição para várias regiões do país e pela proporção que
vinha ganhando pelo seu interposto comercial não ficou de fora dessa politicas pública de
saúde. Por outro lado, a campo religioso plural de Feira de Santana, também, foi ganhando
espaço e despertando discussões no campo historiográfico feirense não só sobre as
religiões que foram praticada, mais também envolvendo os estudos que via algumas
pratica como transtorno mental e loucura.
OBJETIVO:
Procurarei nesse trabalho trazer um discursão no campo religioso e loucura, buscando
entender, através das fontes como no período dos anos de 1960-1980, foram visto e
contextualizado esse debate. Esse estudo tem como outro proporção é fortalecer ainda
mais o campo histográfico feirense, diversificado e possibilitando novas temáticas após a
conclusão desse trabalho, apesar de ter outro trabalhos discute saúde e religião não está
diretamente ligado a história.
METODOS:
Inicialmente serão feitos pesquisas, leituras em publicações que abordem dados
psicológicos e psiquiátricos originais em experiências espirituais. Será feita análise dos
prontuários, um instrumento privilegiado para a análise das atividades da instituição e de
seus agentes terapêuticos. Considerar-se-á também a importância da fundação do
Hospital na cidade e de seus tratamentos clínicos. Além das Fichas dos pacientes, jornal
Folha do Norte período 1960-1980 notícias sobre o Hospital, bem como informações
sobre os grupos religiosos da cidade de Feira de Santana. Entrevistas com profissionais
de saúde e de pessoas que receberam os tratamentos. Documentos do Ministério da Saúde,
Estabelecimento de Saúde: Hospital Especializado Colônia Lopes Rodrigues e Secretaria
de Atenção à Saúde do Estado da Bahia.
Trabalhamos na respectiva da História Cultural com os conceitos de representação e
práticas formuladas por Roger Chartier(1990). Análise do discurso médico como uma
oposição ao discurso religioso e as práticas dos sujeitos que faziam procedimentos
médicos no Hospital Colônia Lopes Rodrigues na perspectiva cientifica. Nesse aspecto,
observar se nos prontuários, fichas, era colocado prática religiosa dos pacientes.
RESUTADOS DAS DISCUSSÕES:
As mudanças que vem acontecendo no cenário da psiquiatria partindo das implantações
hospitalares e das condições cujos internados vem compartilhando desse modelo. Os
grupos religiosos ao fazerem rituais religiosos como orações, exorcismo para livrar
amigos e parentes da loucura como como ocorrem as conversões Que não partir mais do
alisamento, no hospital especializados em atendimento psiquiátrico, sendo inserido no
meio social. Nesse aspecto, e buscando ampliar o campo historiográfico feirense no qual
não há pesquisas envolvendo a questão sobre Doença Mental e Religião.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O Hospital Colônia Lopes Rodrigues está contribuindo com seu arquivo, no qual
possibilita os levantamentos das fontes necessárias para que possamos entender as
representações religiosas no período que a sociedade brasileira estava sobre o regime
ditatorial no qual qualquer questionamento contra ele seria silenciado, e nesse aspecto, os
hospital psiquiátrico seria fundamental para afastar as ameaças contra a ditadura militar.
As fontes que se encontra no grupo de estudo CPR (Centro de pesquisa das religiões), e
os próprios trabalhos produzidos na UEFS possibilitará uma investigação por serem
fontes que trabalha no campo historiográfico feirense, referente a saúde, doenças e as
perspectiva religiosa
REFERÊNCIAS:

CHARTIER, Roger. História Cultural entre Práticas e representações. Lisboa.
Difel. 1990.

JABERT, Alexander & FACCHINETTIC, Cristiana. A experiência da loucura segundo o
espiritismo: uma análise dos prontuários médicos do Sanatório Espírita de Uberaba.
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental. Associação Universitária de
Pesquisa em Psicopatologia Fundamental Brasil., Vol. 14, n°. 3, Septiembre, 2011, p.
513-529.
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MENEZES, Maria Odete. A psicanálise na Bahia (1926-1937): os estudos de Arthur Ramos
sobre a loucura, educação infantil e cultura. Dissertação Mestrado Ensino em História e
Filosofia da Ciências Salvador UFBA/UEFS, 2002

KOENIG, Harold G. Religião, espiritualidade e psiquiatria: uma nova era na
atenção à saúde mental. Revista de Psiquiatria Clínica. Disponível em:
(http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s1/5.html). Acesso em 23 de março de
2014.
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PICCININI, Walmor J. História da Psiquiatria e Religião através da produção científica.
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RODRIGUES, Nina. O animismo fetichista dos negros baiano. Editora Teatro
XVIII. 2005. p. 140-555.
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SOALHEIRO, Bárbara. Louco Eu? Super. Interessante. Março de 2005.
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SILVA, Elizete da. O campo religioso feirense; um olhar poético. In: SILVA,
Aldo José Morais (Org). História Poesia Sertão: Diálogo com Eurico Alves
Boaventura. Ed. UEFS, 2010. p.125-139
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