O ABSOLUTISMO: INGLATERRA

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A SALA DO TIO NALDINHO
Professor José Ednaldo do Nascimento
O ABSOLUTISMO: INGLATERRA
História Moderna
1. HENRIQUE VII (1457-1509)
1.1. Ascensão: Primeiro rei da Dinastia Tudor e assumiu o trono após a morte de Ricardo III em guerra.
Como forma de reconciliar os nobres ingleses, casou-se com Isabel de Iorque, filha de Eduardo IV. Desta
forma, as Casas de Iorque e Lancaster estavam unidas originando a Dinastia Tudor;
1.2. Nobres: Henrique VII, apesar de ser pacífico, não era permissivo e, portanto, manteve a nobreza sob
constante vigilância como forma de impedir levantes contra sua autoridade;
1.3. Economia: O reinado de Henrique VII foi próspero, pois adotou as seguintes medidas:
a) Impostos: reestruturou os impostos aumentando a carga fiscal da nobreza;
b) Comércio: investiu na construção de uma frota para desenvolver o comércio com o continente
fortalecendo não só a economia, mas a própria marinha inglesa;
c) Diplomacia: restabeleceu as relações com a França, com a Espanha dos Reis Católicos, com a Escócia
e fez alianças com o Sacro Império Romano.
2. HENRIQUE VIII, O CONQUISTADOR (1491-1547)
2.1. Coroação: Henrique VIII foi coroado em 1509 e uma de suas primeiras medidas foi anunciar o seu
casamento com Catarina de Aragão alegando ser desejo de seu pai. Verdade ou não, o casamento foi
oportuno politicamente;
2.2. Catarina: O casamento começou a entrar em crise quando todos os filhos dados pela rainha à
Henrique VIII começaram a morrer. A primeira filha do casal morreu poucas horas após o nascimento, o
segundo filho morreu dois meses depois, foram seis filhos, apenas Maria I sobreviveu e casou, mas não
deixou herdeiros;
2.3. Amantes: Henrique VIII irritado com o fato de Catarina não ter filhos homens para suceder-lhe,
passa a ter caso com várias amantes. Algumas totalmente conhecidas no reino, outras sem identidades
reveladas. O certo é que o rei passou a ter filhos com elas;
2.4. Ana: O rei acabou apaixonando-se por Ana Bolena, moça que fazia parte da comitiva da rainha, e
com ela quis casar. O problema era o papa que não aceitaria o fim do casamento mesmo com a insistência
de Henrique VIII;
2.5. Anulação: Crammer, arcebispo da Cantuária anulou o casamento do rei com Catarina usando como
argumento que a Teoria do Direito Divino substituiu a autoridade da igreja. Estava fundada a Igreja
Anglicana;
2.6. Excomunhão: Através do Ato da Supremacia, o parlamento reconhecia o rei como o chefe da igreja
na Inglaterra e que o anglicanismo passava a ser a doutrina oficial. Diante disto, o papa Clemente VII
excomungou Henrique VIII;
2.7. Casamentos: Após ter casado com Ana Bolena, o rei inglês ainda casou mais quatro vezes tendo
com suas esposas diversos filhos;
2.8. Política Externa: Henrique VIII incorporou o País de Gales à Inglaterra através dos Atos das Leis
em Gales de 1535 e 1542. O rei inglês chegou a invadir a França por duas vezes, também aliou-se ao
Sacro Império Romano-Germânico para atingir seus interesses;
2.9. Morte: Henrique VIII tornou-se obeso mórbido e como estava com a saúde fraca faleceu em 1547.
3. EDUARDO VI (1537-1553)
3.1. Características: Terceiro rei da Dinastia Tudor e o primeiro rei protestante da Inglaterra. Assumiu o
trono como nove anos de idade. Durante seus seis anos de reinado, o país foi administrado pelo Conselho
Regencial, pois faleceu antes de atingir a maioridade;
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3.2. Protestantismo: A Igreja Anglicana foi totalmente reformada por Eduardo VI e Tomás Crammer e a
maioria dos aspectos que fossem similares ao catolicismo foram abolidos;
3.3. Guerra: Eduardo VI pretendia unificar a Inglaterra e a Escócia e, para tanto, iniciou uma empreitada
contra este país. Apesar de ter conseguido vencer as primeiras batalhas, o rei foi obrigado a retirar as
tropas e desistir da guerra devido a impossibilidade de manter seus custos;
3.4. Revoltas: A Rebelião do Livro de Oração aconteceu por conta da imposição dos serviços religiosos
em inglês e foi a primeira grande forma de descontentamento. Além dela, houve uma revolta liderada por
Robert Kett devido à invasão de senhores de terras em pastagens comuns;
3.5. Morte: Em 1553, Eduardo VI descobriu possuir uma enfermidade terminal e ficou recluso no Palácio
de Placentia. Faleceu em julho de 1553.
4. MARIA I, A SANGUINÁRIA (1516-1558)
4.1. Contendas: Com a morte de Eduardo VI, Joana Grey, prima em segundo grau do rei, foi proclamada
rainha conforme articulado pelo próprio rei antes de sua morte. Maria, irmã do falecido rei e que deveria
assumir a coroa, havia sido impedida por ser católica;
4.2. Reação: Maria reuniu um pequeno exército e conseguiu depor Joana, assumindo o trono como
Rainha da Inglaterra. Também foi rainha consorte da Espanha ao casar com Filipe II. Para que sua posse
ao trono fosse considerada legítima, ela validou o casamento de seus pais, Henrique VIII com Catarina de
Aragão;
4.3. Perseguição: Maria I reestabeleceu o catolicismo na Inglaterra e perseguiu os protestantes
queimando cerca de 280 dissidentes religiosos, tais fatos renderam-lhe o cognome de Sanguinária;
4.4. Morte: A rainha estava deprimida, pois além do abandono de seu marido Filipe II da Espanha, ainda
enfrentava conspirações de sua irmã para assumir o trono e uma impopularidade enorme, morreu em
novembro de 1558 de câncer.
5. ELIZABETH I, A VIRGEM (1533-1603)
5.1. Contexto: Elizabeth passou um ano e meio presa por suposta ajuda aos protestantes na tentativa de
derrubar Maria. Ela é filha de Henrique VIII e Ana Bolena. Após a morte da última, foi considerada
bastarda e não tinha direito ao trono;
5.2. Atos: Ao ser coroada, sua primeira iniciativa foi a restauração da Igreja Anglicana. A rainha também
não casou apesar dos diversos pedidos de matrimônio;
5.3. Produção: A Era Dourada, como ficou conhecido o período de seu reinado, foi marcado pela
produção artística e intelectual e nomes como os de Francis Bacon, Francis Drake, Christopher Marlowe e
William Shakespeare serão destacados;
5.4. A Guerra Anglo-Espanhola:
a) Causas: a rainha inglesa obrigou o comparecimento ao serviço religioso da Igreja Anglicana. Além
disso, Maria Stuart, rainha católica deposta da Escócia e prima de Elizabeth, foi acusada de traição e
decapitada por querer tomar o trono inglês. Era o pretexto que Filipe II da Espanha queria para a guerra;
b) Disputa: vale destacar ainda, os afundamentos dos navios ingleses que transportavam escravos. Os
espanhóis consideravam o tráfico de escravos ingleses ilegal. Francis Drake e Hawkins tornaram-se
corsários passando a atacar os galeões espanhóis;
c) Desenvolvimento: Elizabeth apoiou Guilherme I de Orange das Províncias Unidas contra o domínio
espanhol. Os espanhóis (católicos) sentiram-se humilhados com a execução de Maria Stuart da Escócia à
mando de Elizabeth. O Papa Pio V autorizou Filipe II a depor Elizabeth além de ter excomungado a
rainha;
d) Armada: Os espanhóis enviaram a Invencível Armada que pretendia invadir a Inglaterra, o que não
aconteceu devido ao bloqueio da armada inglesa. Os espanhóis ainda tiveram metade da armada destruída
por uma tempestade, aumentando a identidade nacional inglesa.
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5.5. Dificuldades: As guerras contra a Espanha e a Irlanda trouxeram prejuízos financeiros tão grandes
que afetaram os últimos quinze anos do reinado de Elizabeth I. A população estava descontente, pois a
rainha havia aumentado os impostos e também a repressão aos católicos;
5.6. Morte: A rainha faleceu com sessenta e nove anos de idade e ficou estabelecido que seu sucessor
fosse o rei Jaime VI da Escócia, filho de Maria Stuart a quem Elizabeth I havia mandado executar por
traição.
6. JAIME I (1566-1625)
6.1. Início: Com a morte de Elizabeth, Jaime VI da Escócia foi visto como seu sucessor já que era
sobrinho-neto de Henrique VIII. Jaime assumiu o governo com uma série de problemas, pois a Inglaterra
possuía uma dívida de 400 mil libras;
6.2. Único Reino: Apesar de assumir a Inglaterra como Jaime I, também governava a Escócia (como
Jaime VI) e tinha a pretensão de unificar os dois reinos sob uma única coroa e um único parlamento e lei.
A ideia, porém, não foi bem vista em nenhum dos dois reinos;
6.3. Diplomacia: Jaime I tratou de encerrar a longa Guerra Anglo-Espanhola iniciada no reinado de
Elizabeth I. Continuou a perseguição aos católicos, apesar de serem menos intensas;
6.4. Tramas: Um católico chamado Robert Catesby planejou destruir o rei e o parlamento através da
chamada Conspiração da Pólvora. A parte de baixo da Câmara dos Lordes foi preenchida com 36 barris
de pólvora que seriam explodidas na abertura do Parlamento;
6.5. Rivalidade: O rei e o parlamento não tinham um bom relacionamento, prova disso foi que o rei
ordenou o fechamento da Câmara dos Lordes após esta não concordar com a união entre Inglaterra e 6.6.
Escócia. Voltou ao funcionamento por meio de um acordo onde liberava recursos para pagar as dividas do
rei em troca de concessões reais;
6.6. Morte: Em março de 1625, Jaime I morreu de um ataque violento de disenteria. Também sofria de
artrite, gota e caçulo renal.
7. CARLOS I, O MÁRTIR (1600-1649)
7.1. Contexto: Após Jaime I assumir o trono inglês, Carlos mudou-se para a Inglaterra. Henrique
Frederico, seu irmão, acabou morrendo em 1612. Carlos, então tornou-se postulante ao trono inglês,
assumindo-o em 1625;
7.2. Conflitos: Durante seu reinado, houve uma série de confrontos entre o rei e o Parlamento, pois
enquanto este tentava restringir os gastos do rei, o rei desejava mais dinheiro para seus interesses.
Aumentou os impostos e realizou uma série de outras ações sem autorização do Parlamento, pois
acreditava que podia governar livremente conforme a Teoria do Direito Divino;
7.3. A Revolução Inglesa:
a) Causas: antes da revolução, o Parlamento tinha poder apenas consultivo e enviava os avisos (Bill of
Rights) ao rei, que não tinha a obrigação de segui-los, pois era detentor do poder absoluto. O Parlamento
chegou a reunir-se três vezes durante o reinado de Carlos;
b) Petição dos Direitos: aprovada em junho de 1628 e trazia em sua redação quatro atos que limitavam os
poderes reais. O rei organizou outra forma para se arrecadar impostos e, ao descobrir que os próprios
parlamentares não haviam pago, mandou prendê-los;
c) Partidários: Com a cobrança de impostos cada vez maiores, os ingleses dividiram-se em Cavaleiros
(partidários do rei) e Cabeças Redondas (aliados do Parlamento);
7.4. Fim: Carlos I foi aprisionado, julgado e executado após a vitória dos Cabeças Redondas liderados
por Oliver Cromwell.
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