Revolução Gloriosa Com a restauração dos Stuarts, governaram o país Carlos II (1660-1685) e seu irmão Jaime II (16851688). O primeiro era católico e tentou, sem sucesso, restabelecer o absolutismo no país, o que provocou uma divisão no Parlamento. Com a morte de Carlos II, assumiu Jaime II, que também era católico e tentava implantar um Estado absolutista, o que já colocava parte do Parlamento de sobreaviso acerca das intenções do monarca. Em 1688, Jaime II, viúvo, resolveu casar–se com uma católica, o que provocou a reação de todo o Parlamento e a união das diferentes facções contra o monarca, dando início à Revolução Gloriosa de 1688. A fim de evitar a volta do absolutismo, o Parlamento inglês firmou um acordo com o príncipe holandês, Guilherme de Orange, que era protestante e casado com Maria Stuart, filha do primeiro casamento de Jaime II. Este foi expulso da Inglaterra, e o príncipe da Holanda assumiu o trono da Inglaterra com o título de Guilherme III. A condição para a posse era que o novo soberano jurasse o Bill of Rights (Declaração de Direitos), em 1689, que previa, entre outras coisas: . a superioridade do Parlamento sobre o rei; . a criação de um exército permanente; . o respeito à liberdade de imprensa; . a garantia das liberdades individuais; . a autonomia do poder judiciário; . a prévia aprovação do Parlamento para a criação de novos impostos; . a proteção à propriedade privada; . a garantia de liberdade de culto aos protestantes. No plano político, a Revolução Gloriosa firmou as bases de uma Monarquia Parlamentar Constitucional em substituição ao absolutismo. A burguesia urbana e a nobreza mais progressista assumiam, no plano socioeconómico, o destino da Inglaterra, que, a partir daí, caminhava a passos largos para o desenvolvimento do capitalismo industrial. Conclusão As Revoluções Inglesas do século XVII foram as primeiras revoluções burguesas ocorridas na Europa Ocidental. Essas revoluções contribuíram para delinear um aspeto político na Inglaterra, que envolveu, de um lado, os whigs (liberais), defensores da descentralização, e, de outro, os tories (conservadores), partidários de um centralismo.