Os minerais e a água em nossas vidas Os recursos minerais As

Os minerais e a água em nossas vidas
Os recursos minerais
As rochas encontradas na crosta terrestre são compostas por diversos
minerais. Do ponto de vista científico, mineral pode ser definido como toda
substância sólida encontrada na crosta terrestre e que apresenta
características físico-químicas que não se alteram. Veja alguns tipos de mineral
abaixo.
Ferro: encontrado em abundância na crosta terrestre, é utilizado como
componente químico para outras matérias-primas, como o aço.
Cobre: muito utilizado para fabricação de fios condutores.
Diamante: mineral com grande resistência e dureza utilizado em joias.
Também tem aplicações industriais, como a fabricação de brocas de
perfuração de poços artesianos.
Areia: matéria prima fundamental na construção civil e na produção de vidros.
Os minerais podem ser divididos em dois grupos: metálicos e não
metálicos. São considerados minerais metálicos os que apresentam
propriedades físicas e químicas que permitam boa condução de calor e de
eletricidade. São considerados minerais não metálicos os que não
apresentam as características físicas e químicas dos metais.
Os minerais e os seres vivos
Como você sabe, a crosta terrestre é fonte de um número muito grande
de materiais que usamos em uma enorme variedade de produtos. Mas, além
de ser fonte de matéria-prima, alguns de seus componentes fazem parte da
estrutura dos seres vivos e são essenciais ao funcionamento de seus
organismos.
Os vegetais produzem seu alimento através da fotossíntese e para tanto
precisam de água, dióxido de carbono e luz do Sol. A água é geralmente
retirada da terra da planta e leva os minerais dissolvidos.
Uma vez absorvidos pelo vegetal, esses minerais têm funções variadas.
O magnésio, por exemplo, faz parte da clorofila, substância responsável pela
fotossíntese.
Os minerais também são necessários para o bom funcionamento do
organismo dos animais menores mantendo sua saúde.
Portanto, quando você come feijão, com arroz e couve, além de saciar a
fome, está ingerindo nutrientes importantes para o funcionamento de seu corpo
e manutenção de sua saúde.
A participação dos minerais na adubação do solo
O desenvolvimento das plantas depende de várias condições do
ambiente. Uma delas é a disponibilidade, no solo, de nutrientes minerais como
nitrogênio, fósforo, potássio e outros.
Fósforo, nitrogênio, cálcio e potássio são nutrientes minerais que as
plantas necessitam em grande quantidade, por isso são denominados
macronutrientes. Já manganês, ferro, cloro e zinco, também existem no solo,
são fundamentais para os vegetais, mas em pequenas quantidades. São os
chamados micronutrientes. Dissolvidos na água, esses nutrientes são
absorvidos pelas raízes e passam a fazer parte do corpo das plantas.
A decomposição de restos de animais e vegetais libera os minerais que
constituíam os corpos desses organismos novamente para o ambiente. Esse
processo enriquece o solo e é conhecido como adubação orgânica. Os
adubos orgânicos mais comuns são os estercos de animais (principalmente de
bois e galinhas), o húmus de minhoca, cinzas e produtos resultam da
compostagem.
Olhando para as plantas, um especialista consegue avaliar a qualidade
do solo. A deficiência de nitrogênio, por exemplo, faz com que as folhas fiquem
amareladas. O nitrôgênio é importante para a planta produzir proteínas, até a
clorofila, que é o pigmento responsável pela cor verde das plantas e participa
da fotossíntese. Em solos com deficiência de fósforo e de potássio, por outro
lado, as plantas não produzem flores e frutos. Sem potássio, as folhas ficam
com aparência de apodrecidas nas pontas e bordas.
Os solos diferem uns dos outros em relação à quantidade de sais
minerais que possuem. Isso depende da rocha que lhes deu origem.
Para planejar o cultivo de uma determinada área, é necessário fazer
análise laboratorial do solo para escolher o tipo de lavoura mais indicada ou
para fazer a adubação adequada.
Chamamos de adubação inorgânica a utilização de fertilizantes
industrializados, constituídos de minerais extraídos diretamente das rochas ou
obtidos quimicamente em laboratórios. Esse tipo de adubação é feito após
análise do solo para complementar os minerais faltantes, mas excesso de
adubo pode matar as plantas.
A água
Sabemos, até o momento, que o nosso planeta é o único planeta do
Sistema Solar em abundância de água e que passa por um ciclo contínuo.
Podemos dizer que ela evapora constantemente, formando nuvens e
precipitando de volta à superfície em um ciclo sem fim: o ciclo da água ou
hidrológico.
Ao realizar seu ciclo, a água exerce também a função de integrar terras,
oceanos e atmosfera em um sistema em que a água passa das nuvens à terra,
aos oceanos e volta às nuvens por meio de uma série de fenômenos que
dependem da energia disponível em cada região. A principal fonte de energia
que alimenta o ciclo da água é o Sol.
Os três estados da água
Quando a temperatura é de 0o C ou abaixo dela, a água no estado
líquido se transforma no estado sólido, que é o gelo.
Quando a água líquida passa para o estado sólido, ela ocupa mais
espaço, ou seja, aumenta seu volume.
Circulando pela atmosfera, o vapor de água se distribui por todo o
planeta. Portanto, a atmosfera sempre possui água, mesmo quando o céu está
limpo e sem nuvens há vapor de água misturado ao ar atmosférico.
O ciclo da água (ciclo hidrológico)
O calor do Sol faz a água existente em depósitos como rios, lagos,
mares e oceanos evaporar.
Lembre-se que a evaporação é a passagem de um líquido ao estado de
vapor.
À medida que o vapor sobe, encontra camadas de ar cada vez mais
frias. Isso faz o vapor condensar, ou seja, retornar ao estado líquido como
pequenas gotas. Essa gotinhas podem se solidificar, formando os cristais de
gelo, que irão construir as nuvens. Quanto mais água ou gelo estiverem
acumulados na nuvem, mais pesada ela fica. Então, surgem as grandes e
escuras nuvens de chuva.
As chuvas e as tempestades de neve são a forma pela qual a água
retorna à superfície, onde volta a acumular em rios, lagos, mares, oceanos,
geleiras e se infiltrar no solo, formando depósitos subterrâneos.
Mas o ciclo é muito mais complexo, pois dele também participam os
seres vivos. As plantas absorvem água pelas raízes. Essa água circula pelo
vegetal e pode retornar à atmosfera pela transpiração realizada pelas folhas.
Nas regiões onde há cobertura vegetal, como florestas, bosques,
campos e áreas de agricultura, acontece o que os pesquisadores denominam
evapotranspiração, que corresponde à evaporação da água no solo, de
riachos e outros depósitos e à transpiração realizada pelas plantas.
Evapotranspiração = evaporação da água da superfície + transpiração
das folhas
Referências Bibliográficas
 Construindo consciências, 6ª série? Apec – Ação e pesquisa em
educação em Ciências – 2 ed – São paulo: Scipione, 2006.
 Ciências no século XXI: 6º ano/Iris Stern. – São Paulo: Atual, 2009.
 Observatório de Geografia: 6º ano: temas e desafios/ Regina Araújo,
Ângela Corrêa da Silva, Raul Borges Guimarães – São Paulo: Moderna,
2009.