MONITORAMENTO DE CURA E TRANSMISSÃO DA FILARIOSE LINFÁTICA (FL) NO MUNICÍPIO DO PAULISTA-PE: UMA OPORTUNA CONTRIBUIÇÃO DO SERVIÇO PARA A ELIMINAÇÃO DA TRANSMISSÃO DA FL NO BRASIL Jamerson Batista do Nascimento; Zuleide Tertuliano da Silva; Jorge Mário Carneiro de Santana; Alberto Luiz Alves de Lima; Fábio Diogo da Silva; Eudes José de Farias Silva; Frederico José Carvalho de Barros. (E-mail: [email protected]) INTRODUÇÃO: A Filariose Linfática (FL) é uma doença parasitária crônica causada pelo verme nematóide Wuchereria bancrofti. É transmitida ao homem através do vetor Culex quinquefasciatus. No Brasil, a doença é endêmica apenas na Região Metropolitana do Recife (RMR). Um dos grandes desafios dos programas de controle é a realização do monitoramento de cura pós tratamento uma vez que é muito comum a mudança de domicílio dos infectados. Paulista-PE tem realizado ações com o intuito de colaborar com o Brasil que é signatário da proposta levantada pela Organização Mundial da saúde (OMS) de eliminar a transmissão da endemia até 2020. Entre as principais ações: o monitoramento das potenciais fontes de infecção. OBJETIVOS: Avaliar se os pacientes microfilarêmicos diagnosticados no município entre 2001 e 2010 ainda apresentam microfilaremia. METODOLOGIA: Através do livro de registro de casos de filariose do laboratório municipal, contendo dados dos microfilarêmicos diagnosticados entre 2001 e 2010, foram realizadas visitas investigativas onde foi solicitada ao paciente, quando encontrado, a realização de exames de Filtração Noturna (FN) e Og4C3 (Através de punção venosa coletando-se cinco ml de sangue total para FN e quatro ml para o soro sempre a partir das 23h) para confirmação determinação da microfilaremia. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De 2001 a 2010 o município do Paulista diagnosticou 144 casos por Gota Espessa (GE). Destes, obteve-se informação de 109 pacientes (75,69%) onde 80 se submeteram aos exames de monitoramento, 26 mudaram de endereço para outros municípios e 3 haviam falecido. Considerando apenas os pacientes em que se obteve informação e residindo no município, investigou-se 69,5%. Apenas 3,75% continuaram positivos (três casos). Destes, apenas um Microfilarêmico e dois por Og4C3 (Soro). Ou seja, 1,25% de positividade para microfilaremia. Do total de casos registrados, não foram contabilizados os pacientes que mudaram de domicílio para fora dos limites do município como também àqueles que faleceram pelo fato de não funcionarem mais como fonte de infecção. 35 pacientes não foram encontrados e nenhuma informação foi obtida sobre eles. Dentre os positivos do monitoramento, todos foram encaminhados ao _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=846" tratamento. O único microfilarêmico detectado apresentou 5mf/ml de sangue total com histórico de tratamento anterior incompleto. Os pacientes identificados pelo Og4C3 (Soro) não participam do ciclo de transmissão. CONCLUSÃO: Considerando que quase 70% dos casos registrados no período ainda residindo no município e que apenas um apresentou microfilaremia considerada relativamente baixa, podemos considerar como um indício de que não houve reinfecção dos mesmos, uma vez que não saíram do município. Outra importante informação é que pela microfilaremia apresentada pelo único microfilarêmico encontrado, provavelmente não há participação destes no ciclo de transmissão. O resultado pode servir como informação relevante no sentido de compreender como está ocorrendo a transmissão da filariose no município. _______________________________________________________________________________ Revista Brasileira de Biodiversidade e Biotecnologia GPI Cursos - Teresina-PI - CNPJ:14.378.615/0001-60 Registro: http://gpicursos.com/slab2015/Sistema/trabalho-pdf.php?id=846"