Título do Projeto - Portal de Periódicos da UFSJ

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Pereira ER, Ribeiro IML, Ruas EFG, et al.
Analysis of Major Complications...
ARTIGO DE PESQUISA
ANÁLISE DAS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DURANTE A TERAPIA HEMODIALÍTICA EM
PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
ANALYSIS OF MAJOR COMPLICATIONS DURING HEMODIALYSIS THERAPY IN PATIENTS WITH CHRONIC
RENAL FAILURE
ANÁLISIS DE LAS PRINCIPALES COMPLICACIONES DURANTE LA HEMODIÁLISIS EN PACIENTES CON
INSUFICIENCIA RENAL CRÓNICA
Eleno Rafael Pereira1, Iára Mariana Léllis Ribeiro2, Edna de Freitas Gomes Ruas3, Patrick Leonardo
Nogueira da Silva4, Renata Patrícia Fonseca Gonçalves5, Neiva Aparecida Marques Diamantino6
RESUMO
Este estudo objetivou analisar as principais complicações durante a terapia hemodialítica em pacientes com
insuficiência renal crônica. Tratou-se de um estudo descritivo-exploratório, retrospectivo, documental, com
abordagem quantitativa, realizado em um hospital do norte de Minas Gerais, Brasil. A amostra deste estudo foi
composta por 309 prontuários de pacientes em terapia renal substitutiva durante o período de julho a
dezembro de 2011. Foram identificadas como complicações mais frequentes: hipertensão (n=38; 12,7%),
hipotensão (n=13; 4,2%), câimbras (n=9; 2,9%) e cefaleia (n=8; 2,5%), com predominância em pacientes do sexo
masculino (n=194; 62,7%) na faixa etária de 50 a 74 anos (n=143; 46,2%). Como observado, a ocorrência de
complicações apresentadas pelos pacientes renais durante as sessões de hemodiálise é frequente. Portanto, a
constante avaliação dessas complicações deve estar inserida nos programas de controle de qualidade do
tratamento, de forma a contribuir com a intervenção eficaz da equipe de enfermagem.
Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem; Diálise Renal; Insuficiência Renal.
ABSTRACT
This study aimed to analyze the main complications during hemodialysis in patients with chronic renal failure.
This is a descriptive, exploratory, retrospective documentary study with a quantitative approach carried out in
a hospital in northern Minas Gerais (MG). The study sample consisted of 309 records of patients on renal
replacement therapy during the period July-December 2011. The results showed the following diagnosed
complications: hypertension (n=38, 12.7%), hypotension (n=13, 4.2%), cramps (n=9, 2.9%) and headache (n=8,
2.5%), with a predominance of male patients (n=194, 62.7%) aged 50-74 years (n=143, 46.2%). As noted, the
occurrence of renal complications presented by patients during hemodialysis is frequent. Therefore, the
constant evaluation of these complications should be inserted in the quality control of treatment programs to
contribute with the effective intervention of the nursing staff.
Keywords: Nursing Care; Renal Dialysis; Renal Insufficiency.
RESUMEN
Este estudio tuvo como objetivo analizar las principales complicaciones durante la hemodiálisis en pacientes
con insuficiencia renal crónica. Se trata de un estudio descriptivo, exploratorio, retrospectivo documental con
un enfoque cuantitativo llevado a cabo en un hospital en el norte de Minas Gerais (MG). La muestra del estudio
consistió en 309 historias clínicas de pacientes en tratamiento sustitutivo renal en el período de julio a
diciembre de 2011. Los resultados mostraron como las más frecuentes complicaciones: hipertensión arterial
(n=38, 12,7%), hipotensión (n=13, 4,2%), calambres (n=9, 2,9%) y cefalea (n=8, 2,5%), con un predominio de
pacientes del sexo masculino (n=194, 62,7%) de edad 50 a 74 años (n=143, 46,2%). Como se ha señalado, la
aparición de complicaciones renales presentadas por los pacientes durante la hemodiálisis es frecuente. Por lo
tanto, la evaluación constante de estas complicaciones se debe insertar en el control de calidad de los
programas de tratamiento de forma a contribuir en la intervención efectiva del equipo de enfermería.
R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134
1123
Pereira ER, Ribeiro IML, Ruas EFG, et al.
Analysis of Major Complications...
Palabras clave: Atención de Enfermería; Diálisis Renal; Insuficiencia Renal.
1
Enfermeiro, Especialista em Urgência e Emergência pelas Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros (FIPMoc). 2 Enfermeira pela
Faculdade de Saúde Ibituruna (FASI). 3 Enfermeira, Professora Mestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de
Montes Claros (UNIMONTES), Faculdade de Saúde Ibituruna (FASI) e Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE). 4 Enfermeiro, Especialista
em Saúde da Família e Didática e Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). 5 Enfermeira,
Professora Mestre do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). 6 Enfermeira, Especialista
em Saúde Pública, Professora do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).
principalmente
INTRODUÇÃO
doenças
pela
como
progressão
diabetes
de
mellitus,
O aumento da incidência das
hipertensão arterial e glomerulonefrite
doenças crônicas na população é um fato
ou também por infecções repetidas do
conhecido
trato urinário(2).
e
tem
suscitado
muitas
Existe
discussões sobre a questão. O cuidado à
também
a
insuficiência
saúde das pessoas com essas doenças tem
renal aguda (IRA), que é caracterizada
sido um grande problema de saúde
pela perda da capacidade dos rins em
pública, abrangendo várias dimensões e
eliminar
água,
representando
ser
conservar
eletrólitos
enfrentado no dia a dia, tanto por
equilíbrio
aqueles que vivenciam a situação quanto
renal, independentemente da etiologia
para os cuidadores. Entre as doenças
ou mecanismos, provocando o acúmulo de
crônico-degenerativas não transmissíveis
substâncias nitrogenadas como ureia e
(DCNT) destacam-se o diabetes mellitus,
creatinina,
a hipertensão arterial, as artrites, as
diminuição da diurese. Uma IRA se instala
doenças cardiovasculares e a insuficiência
em poucas horas ou no máximo poucos
renal crônica (IRC)(1).
dias, podendo progredir para IRC ou
um
desafio
a
A IRC age nos rins dificultando ou
concentrar
e
urina,
manter
hidroeletrolítico
acompanhado
da
ou
o
função
não
da
melhorar sua função renal(3). Na IRA pós-
suas
renal, a obstrução do trato urinário é
funções. A principal delas é manter o
responsável por menos de 5% dos casos de
volume e a composição química dos
IRA. A obstrução do colo vesical é a causa
líquidos
mais
impedindo
que
ele
corporais
exerça
dentro
de
as
limites
comum
de
IRA
adequados à vida das células. Esses
geralmente
órgãos filtradores possuem, portanto, o
prostáticas
papel de manter a homeostasia, por isso
neurogênica, entre outras. A maioria dos
regulam a quantidade de água, íons e
casos de IRA é reversível, e o rim é
radicais ácidos que devem ser eliminados
relativamente
na urina quando a concentração desses
principais
substratos
capacidade de recuperar-se da perda
na
dieta
ultrapassa
as
necessidades do indivíduo. É causada
R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134
decorre
de
pós-renal,
doenças
(neoplasia),
peculiar,
órgãos,
devido
bexiga
entre
à
os
sua
quase total da função(4).
1124
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A IRA pré-renal é a forma de IRA
incompatibilidade
de
sanguínea
mais comum e representa uma resposta
presença
anticorpos
fisiológica à hipoperfusão renal leve a
contra o doador(6).
ABO
e
pré-formados
moderada. A IRA pré-renal pode também
A diálise peritoneal (DP) é o
complicar qualquer doença, capaz de
processo artificial no qual se retira por
induzir
filtração todas as substâncias indesejáveis
hipovolemia,
cardíaco,
baixo
vasodilatação
débito
ou
presentes no organismo. Isso pode ser
seletiva(4).
feito usando a membrana filtrante do rim
Juntamente com a queda progressiva da
artificial ou da membrana peritoneal.
taxa
Esse
vasodilatação
de
sistêmica
intrarrenal
filtração
glomerular
(TFG)
tipo
de
diálise
aproveita
a
observada na IRC, ocorre a perda das
membrana peritoneal que reveste toda a
funções
e
cavidade abdominal do nosso corpo para
endócrinas do rim, comprometendo todos
filtrar o sangue, sendo que, para realizar
os outros órgãos do organismo. Conforme
a diálise, devemos introduzir um cateter
a TFG, a IRC pode ser classificada em
especial dentro da cavidade abdominal e,
regulatórias,
excretoras
(5)
leve, moderada, grave ou terminal .
por
Quando a queda da TFG atinge
valores
muito
dele
fazer
passar
uma
membrana semelhante ao plasma, sendo
geralmente
que a solução permanece por um período
inferiores a 15 ml/min., estabelecem o
necessário para que se realizem as
estágio mais avançado de perda funcional
trocas. Cada vez que uma solução nova
observado na IRC, a insuficiência renal
entra em contato com o peritônio, ele
crônica terminal, sendo necessária a
passa para a solução todos os tóxicos que
introdução
devem
de
baixos,
meio
uma
terapia
renal
substitutiva (TRS)(6). As TRS não chegam a
substituir integralmente a função renal,
ser
realizando
retirados
as
do
funções
organismo,
de
filtração
(8)
semelhante ao rim .
mas representam possibilidade de manter
Outro método de tratamento da
a vida, permitindo que o paciente retorne
Insuficiência
a uma vida normal e produtiva. As TRS
utilizado, é a HD, processo pelo qual
mais comuns são:
hemodiálise (HD),
ocorre a filtragem e depuração do sangue
diálise peritoneal (DP) e o transplante
de substâncias indesejáveis, como a
(7)
Renal
(IR),
e
o
mais
renal (TR) . Ainda que o TR seja a
creatinina e a ureia, que necessitam ser
terapêutica
a
eliminadas da corrente sanguínea devido
no
à deficiência no mecanismo de filtragem
maioria
dos
mais
adequada
portadores
de
para
IRC,
entanto apresenta contra indicações para
nos
pacientes
portadores
dessa
(2)
os portadores de neoplasia, infecções
patologia . Os tipos de acesso para HD
sistêmicas
são: o Cateter de Duplo Lúmen (CDL) para
em
atividades,
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hemodiálise, que é o acesso imediato à
infecções
circulação do paciente, conseguido ao
pseudoaneurisma. O acesso vascular é de
inserir um cateter de dupla luz ou de
importância vital ao paciente com IRC,
múltiplas luzes na veia subclávia, jugular
pois todo paciente sem condições de
interna
acesso deve ser considerado como sendo
ou
femoral.
Esses
cateteres
ou
mortalidade(5).
de
risco de desenvolvimento de infecção
existência de acesso vascular adequado é
primária da corrente sanguínea. Grande
fundamental a qualquer procedimento
parte das bacteremias relacionadas a
que envolva depuração extracorpórea do
cateteres
sangue.
pela
invasão
de
microrganismos da flora residente ou
(9)
transitórios da pele do paciente .
risco
aneurisma
utilizados são os que apresentam o maior
começam
alto
e
de
Esta
preocupação
A
é
particularmente importante no paciente
crônico e pessoas idosas. O número
Após três anos de implante da
crescente
de
indivíduos
hemodiálise
acesso venoso permanente de escolha
particularmente
para hemodiálise, a qual consiste de uma
estabelecimento e manutenção de acesso
anastomose subcutânea de uma artéria
vascular
com uma veia, tem sido relatada uma
25% das hospitalizações de pacientes em
sobrevida de 65-75%. Quando os vasos do
hemodiálise
adequado.
um
em
fístula arteriovenosa (FAV), que é o
próprio paciente não são adequados para
representa
idosos
desafio
difícil
ao
Aproximadamente
ocorrem
por
problemas
(9)
relacionados ao acesso vascular .
uma fístula, é realizado um enxerto
O entendimento do que vem a ser
arteriovenoso, criado pela interposição
uma
subcutânea de uma prótese biológica,
mudanças ao longo dos anos. Se nos
semibiológica ou sintética entre uma
primórdios da diálise poderia ser razoável
(9)
diálise
adequada
vem
sofrendo
artéria e uma veia . A FAV apresenta a
ter como objetivo evitar a morte por
melhor frequência de funcionamento em
hipovolemia ou hipervolemia, hoje o
cinco anos e durante este período requer
tratamento dialítico busca a reversão dos
menos
outros
sintomas urêmicos, a diminuição do risco
métodos de acesso. Antes da realização
de mortalidade, a melhoria da qualidade
da FAV, é necessário assegurar-se da
de vida e a reintegração social do
presença de um bom pulso arterial, da
paciente(6). Mesmo com as crescentes
presença
arterial
sofisticações nos métodos de diálise,
alternativa ou colateral e de uma veia de
tornando esse procedimento seguro e
intervenções
de
do
que
circulação
(10)
bom calibre
.
capaz de manter a vida dos pacientes por
As complicações das FAV são:
longos períodos, vale mencionar que em
baixo fluxo, trombose, isquemia da mão,
cerca de 30% das sessões de hemodiálise
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pode ocorrer algum tipo de complicação
decorrente
dessa
MÉTODOS
modalidade
terapêutica. Essas complicações incluem:
hipotensão
arterial
das
exploratório, retrospectivo e documental,
principais), câimbras, náuseas e vômitos,
realizado no Hospital do Rim, localizado
cefaleia, dor no peito, dor lombar,
na cidade de Montes Claros, Minas Gerais
prurido,
febre
(MG), Brasil, durante o período de julho a
reações
alérgicas,
embolia
e
(como
uma
Trata-se de um estudo descritivo-
calafrios,
diarreia,
arritmia
cardíaca,
gasosa,
dezembro de 2011.
hemorragia
Este
estudo
foi
realizado
em
gastrintestinal, problemas metabólicos,
decorrência do aumento de casos de
convulsões,
espasmos
musculares,
doenças renais crônicas atendidos pelo
inquietação,
demência,
Hospital do Rim na cidade de Montes
infecções, pneumotórax ou hemotórax,
Claros/MG. Essa instituição é voltada ao
insônia,
(11)
isquemia ou edema na mão e anemia
As
complicações
que
.
atendimento de pacientes com doenças
ocorrem
nefro-urológicas
e
cardiovasculares
durante a sessão de hemodiálise podem
(transplante
ser
são
nefroses,
extremamente graves e fatais. A equipe
afecções
de enfermagem tem grande importância
cardiovasculares).
na observação contínua dos pacientes
fundamentada na assistência à saúde,
durante a sessão, podendo ajudar a salvar
ensino
muitas
pesquisa
eventuais,
vidas
mas
e
algumas
a
evitar
complicações ao fazer
muitas
o diagnóstico
precoce de tais intercorrências. Sendo
em
tais
diálise,
doenças
de
autoagressão,
urológicas
e
Sua
doenças
concepção
graduação,
clínica
nefrites,
e
foi
pós-graduação,
capacitação
e
atualização permanente de profissionais
da área.
assim, o enfermeiro deve estar apto a
intervir
de
renal,
A amostra do estudo foi composta
complicações,
a
por 309 prontuários de pacientes em TRS
detecção
a
na modalidade de HD, além dos dados
intervenção destas, sendo um diferencial
coletados por meio dos bancos de dados
para
do
monitorização,
a
a
obtenção
qualidade
no
de
e
segurança
procedimento
e
de
(12)
hemodiálise
.
Nefrodata
e
das
prescrições
e
evoluções das sessões hemodialíticas dos
pacientes, registradas em fichas que são
Portanto, objetivou-se analisar as
complicações
durante
hemodialítica
em
a
pacientes
terapia
com
arquivadas
nos
prontuários
e
armazenadas em arquivo específico.
Utilizou-se
um
formulário
insuficiência renal crônica de um hospital
semiestruturado como instrumento de
do norte de Minas Gerais.
coleta de dados, o qual foi elaborado por
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meio da ficha utilizada pela instituição
do Norte de Minas (CEP FUNORTE) sob
para prescrição e evolução das sessões de
parecer consubstanciado nº 147.045.
hemodiálise. Esse instrumento contempla
RESULTADOS E DISCUSSÃO
o perfil socioeconômico (idade, sexo) e
clínico
(doença
associadas,
básica,
acesso
hemodiálise),
além
doenças
utilizado
das
para
complicações
apresentadas durante a sessão de HD.
O número estimado de pacientes
em
diálise
vem
aumentando
gradualmente ao longo dos anos, de
42.695, em 2000, a 91.314, em 2011,
A coleta somente teve início após
tendo permanecido constante em relação
a autorização da instituição por meio da
a 2010. Mais da metade desses pacientes
assinatura do Termo de Consentimento
encontrava-se na região Sudeste(13). A
Institucional (TCI) e da aprovação do
constatação, a partir da década passada,
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Os
da alta incidência e prevalência da IRC
dados foram coletados pelo responsável
vem alarmando a comunidade científica
técnico do setor de forma a garantir o
mundial.
anonimato
foram
paciente em terapia hemodialítica ou TRS
entregues ao pesquisador responsável e
existam de vinte a trinta outros com IRC
tabulados
em seus diferentes estágios(14).
das
para
informações
posterior
e
análise
e
discussão com a literatura científica.
Admite-se
que
para
cada
Analisou-se 309 prontuários de
O estudo obedeceu aos preceitos
pacientes, os quais compreenderam a
éticos regulamentados pela Resolução nº
amostra deste estudo, que realizaram
196 de 10.10.1996, do Conselho Nacional
hemodiálise na instituição estudada e as
de Saúde (CNS), do Ministério da Saúde,
características desses pacientes estão
vigente na época da aprovação do projeto
apresentadas na Tabela 1.
de pesquisa. O projeto foi enviado e
aprovado pelo CEP das Faculdades Unidas
Tabela 1 – Perfil dos pacientes em tratamento hemodialítico atendidos no
Hospital do Rim, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil, 2011.
Variável
Sexo
Faixa etária
Quadro clínico
Descrição
- Masculino
- Feminino
n=309
194
115
%
62,7
37,3
MAP(1)
-
DP(2)
-
- 0-24 anos
- 25-49 anos
- 50-74 anos
- 75-99 anos
19
107
143
37
6,1
34,6
46,2
13,1
16,68
34,70
61,02
81,75
2,67
2,28
2,36
3,17
- Agudo
- Crônico
- Conservador
47
261
01
15,2
84,4
0,4
-
-
Fonte: Prontuários dos pacientes em tratamento hemodialítico no Hospital do Rim.
MAP(1) = Média Aritmética Ponderada; DP(2) = Desvio Padrão.
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Os
apresentados
dos pacientes em hemodiálise difere
revelam a predominância de pacientes do
daquele da população geral da região
sexo masculino (62,7%), na faixa etária de
noroeste
50 a 74 anos (46,2%), com média de idade
caracterizando-se
de
avançada
61,02
resultados
Analysis of Major Complications...
anos
e
desvio
padrão
significativo de 2,36, na qual favorece o
surgimento
das
do
e
Rio
Grande
por
do
idade
predomínio
de
Sul,
mais
gênero
masculino.
complicações
Dos 309 prontuários utilizados para
nefrológicas, sendo a maioria (84,4%) dos
o estudo, verificou-se a presença de 295
pacientes portadores de IRC.
diagnósticos
de
doenças
de
base
Um estudo científico(15) corrobora
associadas à insuficiência renal. Foi feita
com os achados deste estudo, mostrando
análise desse total e os resultados estão
que a maioria dos pacientes que iniciou
representados na Tabela 2. Nessa mesma
TRS
sexo
tabela buscou-se representar também o
masculino, com idade média de 53 anos,
tempo de tratamento, os tipos de acessos
na faixa etária de 45 a 64 anos. Os dados
e
em
hemodiálise
(16-17)
de outro estudo
era
do
revelam que o perfil
as
principais
complicações
dos
pacientes em tratamento hemodialítico.
Tabela 2 – Diagnóstico, tempo de tratamento, tipos de acessos e principais complicações dos
pacientes em tratamento hemodialítico no Hospital do Rim, Montes Claros, Minas Gerais,
Brasil, 2011.
Variável
Descrição
n=309
%
- DM
87
28,1
- GNC
80
26,0
- NEH
105
34,0
Diagnósticos
- NTI/Pielonefrite
08
2,5
- Uropatia obstrutiva
15
4,8
- Outras
14
4,6
- Até 6 meses
90
29,1
- De 6 meses a 1 ano
21
6,7
- De 1 a 2 anos
54
17,4
Tempo de tratamento
- De 2 a 4 anos
63
20,3
- De 4 a 6 anos
41
13,3
- Acima de 6 anos
40
13,2
- CDL provisório
78
25,2
Tipos de acessos
- CDL permanente
19
6,1
- FAV
212
68,7
- Hipertensão
38
12,7
- Hipotensão
13
4,2
- Câimbras
09
2,9
- Cefaleia
08
2,5
- Mal-estar
07
2,2
Complicações
- Dispneia
06
1,9
- Hipoglicemia
06
1,9
- Ansiedade
05
1,6
- Febre
02
0,6
- Vômitos
02
0,6
-Outros
213
68,9
Fonte: Prontuários dos pacientes em tratamento hemodialítico no Hospital do Rim.
DM = Diabetes Mellitus; GNC = Glomerulonefrite Crônica; NEH = Nefroesclerose Hipertensiva; NTI = Nefrite
Tubulointersticial.
CDL = Cateter Duplo-Lúmen; FAV = Fístula Arteriovenosa.
R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134
5
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Entre as 295 doenças de base
diagnosticadas,
a
Nefroesclerose
Hipertensiva aparece como a principal
à excessiva infusão de volume de solução
salina, estresse e também por alterações
hidroeletrolíticas do banho(5).
causa associada à insuficiência renal, com
A maioria dos pacientes (29,1%)
105 (34%) dos diagnósticos, seguido da
encontrava-se em hemodiálise a menos
Diabete Mellitus, com 87 (28,1%) e da
de seis meses, seguido dos que se
glomerulonefrite crônica, com 80 (26%).
encontrava em tratamento entre dois a
Dados equivalentes são encontrados na
quatro anos (20,3%) e entre um a dois
literatura(7), na qual cita-se que os
anos
pacientes apresentavam como doença
mostrou
prévia, principalmente, a Nefroesclerose
realizavam o tratamento a menos de um
Hipertensiva (31,3%), Diabetes Mellitus
ano, já 60,6% realizavam o tratamento
(25,3%),
num período igual ou maior que 12
seguido
da
Glomerulonefrite
Crônica (24,5%).
As
meses.
doenças
Estudo(21)
(17,4%).
que
39,4%
semelhante
dos
estudo(22)
Outro
pacientes
relata
que
glomerulares
teoricamente não está estabelecido um
representam 15,7% das doenças de base
limite de tempo a ser vivido ao pacientes
para a aquisição da insuficiência renal
em tratamento por hemodiálise. Sabe-se
crônica (IRC)(18). A hipertensão é uma
que
causa
realizando esse tipo de tratamento há
frequente
transmissão
da
de
DRC
devido
hipertensão
à
sistêmica
arterial
glomerular(19).
pode
A
hipertensão
relacionar-se
como
patologia prévia da doença renal, ou
muitos
pacientes
com
IRC
mais de uma década.
para o glomérulo, causando lesão no
capilar
há
No
entanto,
um
dos
grandes
problemas dos pacientes em programa de
diálise crônica é um acesso vascular que
garanta
a
secundária desta, provocada por estenose
tratamento
(10)
de artéria renal que resulta na elevação
acesso vascular utilizado é a FAV (68,7%),
dos níveis pressóricos devido à isquemia
seguido do CDL Provisório (25,2%). Outros
renal causada por obstrução parcial ou
autores(7) reforçam os dados encontrados
total de uma ou de ambas as artérias
e em seus estudos o acesso vascular
renais. Tal isquemia crônica pode resultar
predominante foi a FAV, que permite a
em perturbações da função renal, além
depuração extrarrenal de uma forma
do descontrole pressórico, e pode levar a
periódica e contínua, que constitui uma
distúrbios de retenção de sal e água e das
das
funções
endócrinas
renais
(20)
.
A
manutenção
de
seu
. Neste estudo, o principal
principais
metas
do
tratamento
hemodialítico.
hipertensão arterial se manifesta devido
R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134
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No Brasil, as FAVs são os acessos
A
hipotensão
sem
dúvida,
Os CDLs são acessos vasculares utilizados
tratamento hemodialítico, ocorrendo em
em casos de urgências dialíticas ou em
até 20% das sessões. A fisiopatologia
pacientes sem outra via de acesso e
envolve a taxa de ultrafiltração, a queda
podem
da
temporários
ou
(22)
permanentes
. O alto percentual de
principal
é,
vasculares permanentes mais utilizados.
ser
a
arterial
osmolaridade,
dialisato,
a
a
complicação
do
temperatura
do
biocompatibilidade
da
pessoas iniciando hemodiálise com acesso
membrana de diálise, a introdução de
temporário indica a possibilidade de
endotoxinas na circulação e o uso de
dificuldades no acesso ao nefrologista
acetato como tampão(23). Durante as
antes do estágio terminal da doença,
sessões de hemodiálise o paciente fica
diagnóstico
mesmo
suscetível à ocorrência de complicações
renal
agudas, tais como hipotensão arterial,
tardio
subdiagnóstico
ou
da
doença
crônica(15).
que
Quanto
acontecer
durante
o
tratamento
tratamento, à medida que o excesso de
hemodialítico, embora tenha se tornado
líquido é removido. Acontece geralmente
cada
avançado
quando grande quantidade de líquido é
ao
retirada podendo ocorrer também devido
aprimoramento de máquinas e fabricação
à alteração da composição eletrolítica do
de
dialisato(5).
vez
ao
poderá
mais
seguro
tecnologicamente,
deslizadores
e
devido
mais
eficientes,
os
pacientes acometidos com IRC na fase
Reforça-se em outro estudo(25) a
terminal, em que a principal alternativa
presença de câimbras musculares entre as
de tratamento é a hemodiálise, estão
principais intercorrências, relatando que
suscetíveis
complicações
elas ocorrem em até 20% dos tratamentos
responsáveis por considerável morbidade
de hemodiálise. A patogênese não é
a
inúmeras
(23)
e mortalidade
As
.
totalmente
complicações
predominantes
provavelmente
durante o tratamento na hemodiálise no
ultrafiltração
período
estudado
hipotensão,
(12,7%),
hipotensão
foram:
hipertensão
(4,2%),
câimbras
conhecida,
mas
está
relacionada
à
rápida,
hiponatremia
comprometem
mais
e
os
membros inferiores e frequentemente são
(2,9%) e a cefaleia (2,5%). Achados
precedidas
condizentes com os dados de outro
Ratifica-se por outro autor(5) que as
autor(24) mostram que as complicações
câimbras musculares acontecem quando
agudas
os
mais
frequentes
foram
a
hipertensão arterial, a hipotensão arterial
líquidos
de
hipotensão
e
eletrólitos
arterial.
deixam
rapidamente o espaço extracelular.
e cefaleia.
R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134
1131
Pereira ER, Ribeiro IML, Ruas EFG, et al.
Analysis of Major Complications...
A Cefaleia é um sintoma frequente
constante avaliação dessas complicações
em pacientes com IRC submetidos à HD.
deve
As
a
programa de controle da qualidade do
hipertensão arterial, hipotensão arterial,
tratamento. Deve também haver uma
alterações no peso corporal e ansiedade.
orientação ao paciente sobre as possíveis
Pode ser também uma manifestação sutil
complicações e como elas ocorrem, para
da síndrome do desequilíbrio, ou pode
que
estar relacionada ao uso de solução de
alteração física durante a hemodiálise.
causas
diálise
mais
encontradas
contendo
acetato(11).
são:
Outros
estar
ele
inserida
esteja
em
alerta
qualquer
a
qualquer
A equipe de enfermagem deve
fatores encontrados no presente estudo
estar
atenta
às
complicações
foi o mal-estar (2,2%), dispneia (1,9%),
portadores de IRC, de forma a contribuir
hipoglicemia (1,9%), ansiedade (1,6%),
em uma intervenção eficaz durante o
febre (0,6%) e vômitos (0,6%). E como
tratamento,
explica a literatura científica, mal-estar e
assistência de enfermagem de qualidade
vômitos são sintomas comuns e podem
ao paciente nefropata.
estar associados a outras complicações
REFERÊNCIAS
bem
como
em
dos
uma
agudas, febre pode ser causada por
fatores
químicos,
físicos
e/ou
(5)
1. Silva DMGV, Vieira RM, Koschnik Z,
infecciosos .
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
de
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renal
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Em conclusão, dos 309 pacientes
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em tratamento na instituição pesquisada,
2. Lenardt MH, Hammerschmidt KSA,
houve uma prevalência de pacientes com
Borghi ACS, Vaccari E, Seima MD. O idoso
IRC, do sexo masculino, na idade entre 50
portador de nefropatia diabética e o
e 74 anos, que utilizavam como principal
cuidado
acesso a FAV, e entre as complicações
Enferm. 2008;17(2):313-20.
ocorridas
3. Costa JAC, Vieira-Neto OM, Moysés
durante
as
sessões
de
si.
Texto
Neto
frequência, a hipertensão (12,7%), a
Medicina, Ribeirão Preto. 2003; 36:307-
hipotensão (4,2%), a câimbra (2,9%) e a
24.
cefaleia (2,5%).
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complicações
renal
aguda.
Insuficiência Renal Aguda. In: Kasper DL,
pelos
Braunwald E, Fauci AS, Hauser SL, Longo
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DL, Jameson JL. Harrison – Medicina
hemodiálise
apresentadas
Insuficiência
Contexto
hemodiálise, apresentaram com maior
Como observado, a ocorrência de
M.
de
é
frequente.
Assim,
a
R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134
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Recebido em: 24/05/2014
Versão final em: 05/10/2014
Aprovado em: 22/10/2014
Endereço de correspondência
Patrick Leonardo Nogueira da Silva
Av. Dr. Sidney Chaves, 1171, apto 102, bl. H,
bairro Edgar Pereira. Montes Claros/MG.
Brasil. Cep: 39400-048
E-mail: [email protected]
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo, 2005.
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Complicações associadas à hemodiálise
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LatinoCientífica,
Encontro Latino-Americano de Iniciação
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Latino-
Americano de Pós-Graduação e Encontro
Nacional
de
Iniciação
à
Docência.
R. Enferm. Cent. O. Min. 2014 maio/ago; 4(2):1123-1134
1134
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