Anais Eletrônico FISSURA EM VIGAS DE

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Anais Eletrônico
IX EPCC – Encontro Internacional de Produção Científica UniCesumar
Nov. 2015, n. 9, p. 4-8
ISBN 978-85-8084-996-7
FISSURA EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO EM SUBSOLOS DE EDIFÍCIOS NA CIDADE DE MARINGA –
PR
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Jailson Ataíde da Silva , Luiz Carlos da Silva Junior , Paulo Ricardo Benatto
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RESUMO: Esta pesquisa procura avaliar as fissuras em vigas de subsolos em edifícios que estão em construção,
através de relatório fotográfico e régua fissurômetro. Com a finalidade de medir suas aberturas e a elaboração de
uma planilha relatando caso a caso. Com a finalidade de comparação das estruturas com a norma em vigente da
NBR 6118 (ABNT, 2014) e adquirir maior conhecimento sobe o tema, que analisa e indica alternativas de soluções
patológicas mais comuns em concreto armado. Na realização da pesquisa as duas obras pesquisada eram em
estrutura de concreto convencional não contento pretensão no município de Maringá – PR. As obras se
encontravam em momentos diferentes de execução, onde, obra A se encontrava no 19° pavimentos e obra B
estava no 4° pavimentos. Desta forma, as vigas se comportou de vários estágios diferentes de carregamentos,
sendo encontrado na obra B vigas que não estavam no projeto estrutural do edifício.
PALAVRAS-CHAVE: Concreto; Estruturas; Fissuras
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INTRODUÇÃO
A ideia de associar barras metálicas à pedra ou argamassa, com a finalidade de aumentar a resistência às
solicitações de serviço, remonta aos tempos dos romanos. Durante a recuperação das ruínas das termas de
Caracalla em Roma, notou-se a existência de barras de bronze dentro da argamassa de pozzolana, em pontos
onde o vão a vencer era maior do que o normal na época. A associação da pedra natural ao concreto aparece
pela primeira vez na estrutura da Igreja de Santa Genoveva, hoje Pantheon (VASCONCELOS, 1992).
Há muito tempo, o homem vem desenvolvendo estes materiais, mais técnicas, firmando assim a
tecnologia da construção, nesta já incluso o cálculo, a concepção o detalhamento das estruturas, há muitas
limitações, as falhas involuntárias e outras causas acabam afetando as construções e limitando-as para o
desempenho que se propunham e acabam apresentando desempenho insatisfatório (SCHEIBEL,2014).
Para pessoas leigas são as manifestações mais preocupantes pois, sempre lembram problemas
estruturais. Em muitos casos são alvos de litígios judiciais. Para a identificação da consequência estrutural de uma
fissura se faz necessário uma investigação, avaliação (muitas vezes demorada) e diagnóstico. No entanto, muitas
vezes, devido à necessidade de determinação de responsabilidades, existe a necessidade de realização de uma
perícia (PONTES, 2002).
As fissuras em vigas estão tão presentes nas obras de edifícios que, comumente, passam despercebidas
durante a fase de execução, e constantemente são mais observadas em vigas de subsolos e térreos. A fissuração
excessiva pode comprometer a vida útil da estrutura bem como abreviar sua manutenção periódica, causar
desconforto aos usuários ou até mesmo a demolição da estrutura (FUSCO, 2008).
Segundo Souza; Ripper (2009), quando o projeto de engenharia for mal detalhado, a construção for
realizada com insuficientes planejamento e controle, os técnicos e operários não forem dotados da qualificação
adequada e os prazos de execução forem excessivamente curtos, a estrutura de concreto resultante será quase
certamente de má qualidade e irá se deteriorar de modo prematuro, absorvendo gastos de recuperação e de
reforço exagerados para ser mantida em condições de uso.
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MATERIAL E MÉTODOS
A pesquisa se concentrou em três edifício da cidade de Maringá-PR, onde todas elas adotaram o mesmo
sistema construtivo convencional em concreto armado. O material utilizado para medição das fissuras foi um
Fissurômetro, régua fabricada em acrílico, gravação em fotoquímica com graduação em milímetros de 0,05mm a
1,5 mm, com dimensões de aproximadamente 12,5cm x 4cm e 1mm de espessura. O fissurômetro deve ser
posicionado na fissura encontra, de modo que a escala correspondente da régua se identifique com a largura da
fenda conforme a NBR 6118(ABNT, 2014).
A pesquisa de concentrou na quantificação da abertura das fissuras com o fissurômetro, registrando
fotograficamente, sendo analisando as fissuras segundo suas respectivas disposições na viga do subsolo,
comparando as fissuras para análise dos fatores que causaram, coletando dados técnico das construtoras para
comparação de materiais usados por cada uma nas suas edificações, e planilha do Microsoft ® Excel com as
fissuras por vigas e por metro.
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Acadêmico do Curso de Engenharia civil do Centro Universitário Cesumar – UNICESUMAR, Maringá – PR. [email protected]
IX EPCC – Encontro Internacional de Produção Científica UniCesumar
03 a 06 de novembro de 2015
Maringá – Paraná – Brasil
Anais Eletrônico
IX EPCC – Encontro Internacional de Produção Científica UniCesumar
Nov. 2015, n. 9, p. 4-8
ISBN 978-85-8084-996-7
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RESULTADOS E DISCUSSÕES
Obra A
Foram encontradas na obra A fissuras de 0,1mm à 0,4mm (Figura 1), sendo analisado o segundo subsolo
da edificação, conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014) a abertura máxima é de 0,4mm para vigas de concreto armado
sem protensão.
O Fck utilizado pela construtora foi de 40 Mpa e brita de ½ em todas as vigas. A obra “A” demostrou maior
número de fissuras 0,1mm. Foram analisadas 10 vigas totalizando 213,85 metros lineares e seção transversal
diferentes, sendo 5 vigas de 20x70cm, 3 de 20x60cm, 1 de 25x75cm e 1 de 12x60cm. O edifício se apresentava
com total de 19 pavimentos construídos, sendo encontrado apenas uma fissura com 0,04mm no subsolo. A obra A
apresentou uma menor fissuração, ficando dentro dos limites da NBR 6118 (ABNT, 2014).
Figura 1: Fissura de 0,4mm na viga V13.
O gráfico abaixo mostra as fissuras 0,1mm e 0,2mm foram as que predominaram na edificação, apesar de
apresentar no gráfico 2% da fissura 0,4mm foi encontrada apenas uma na viga V13.
Gráfico 1: Fissura em vigas do subsolo obra A.
Essa obra não apresentou em nenhuma das vigas analisadas fissura próxima ao vão, sendo possível
encontras somente fissuras próximas ao meio do vão. Essa obra obteve 0,2 fissuras por metro linear.
Obra B
A Obra B apresentou uma variação de fissuras desde 0,1mm a 0,5mm, foram analisadas 8 vigas
totalizando 231 metros lineares, sendo 5 vigas de 20x60cm, 2 de 25x60cm e 1 de 15x60cm (Gráfico 2).
A especificação do projeto utilizado pela construtora em relação fotor A/C = 0,4, pedra brita ½ e Fck de
40 Mpa. O edifício B assim como a obra A apresentou em maior número de fissuras com 0,1mm, sendo
totalizados 49% que corresponde a 48 fissuras.
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Gráfico 2: Fissura em vigas do subsolo obra B.
A maior concentração de fissura na obra B foram no meio do vão da viga, diferente da obra A essa
edificação obteve fissuras próximos ao apoio. A Figura 2 abaixo mostra o esquema da configuração das fissuras
encontradas nas obras A e B.
A obra B apresentou quatros fissuras próximas aos apoios, a Figura 3 mostra uma fissura de 0,4mm no
apoio e as outras três fissuras se concentrava numa distância máxima de 40cm de seu apoio, obtendo 0,4 fissura
por metro linear.
Figura 2: Configuração das fissuras avaliadas nas obras A e B. Figura 3: Fissura concentrada no apoio Fonte:
Scheibel, 2014.
da viga V305.
O gráfico 3 mostra a comparação de fissura entre a obra A e B, como podemos observar o maior número
de fissura encontradas foram na obra B, também mostra que a obra A não teve nenhuma fissura de 0,5mm.
Gráfico 3: Comparação de fissuras entre a obra A e B
Fonte: O autor, 2015
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CONCLUSÃO
A obra A e B utilizaram como classe de agressividade ambiental CAA II (agressividade moderado), com
cobrimento nominal de 2,5cm conforme NBR 6118 (ABNT, 2014). O Fck utilizado por ambas foi de 40 Mpa e fator
a/c = 0,4.
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Maringá – Paraná – Brasil
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Nov. 2015, n. 9, p. 4-8
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A obra B apresentou um índice elevado de fissura em comparação com a obra A, sendo encontrados
fissuras próxima ao apoio. O edifício B estava com vigas a mais do que especificava os projetos estrutura, sendo
colocadas vigas sobre vigas.
Recomendável que a obra B tenha um acompanhamento de suas fissuras para saber se suas fissuras
são passivas ou ativas sendo que a mesma possui apenas quatro pavimentos levantados. Um exame rápido
que pode ser realizado é uma prova de carga conforme NBR 9607 (ABNT, 1986).
As fissuras em vigas de concreto armado de subsolos de edifícios, as consequências que essas fissuras
podem causar em uma construção e as suas possíveis prevenções para que não aconteça e os tratamentos para
fissuras já existentes, aumentando a vida útil das estruturas, sempre levando em consideração a norma de
regulamentação NBR 6118 (ABNT, 2014).
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto procedimento. 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Projeto e Execução de Obras de 7211/82, 1982.
BAUER L.A, Falcão. Materiais de construção. Editora LTC. 5° Edição Revisada. São Paulo – SP, 2000
SCHEIBEL, André Taveira da Silva; Fissuração em vigas de concreto armado – Estudo de caso de vigas de
subsolos e pavimento térreo de edifícios em construção no município de Maringá/PR. Monografia
(graduação em engenharia civil). Departamento de ciências exatas tecnológica, Centro Universitário de Maringá.
Maringá, 2014.
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