APROVADO EM 23-05-2012 INFARMED FOLHETO INFORMATIVO

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APROVADO EM
23-05-2012
INFARMED
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Streptase 1500000 U.I. Pó para solução para perfusão
Estreptoquinase
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento,
pois contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
O que contém este folheto:
1. O que é Streptase e para que é utilizado
2. o que precisa de saber antes de utilizar Streptase
3. Como utilizar Streptase
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Streptase
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Streptase e para que é utilizado
Streptase 1500000 U.I. é um medicamento usado nas seguintes situações:
Administração sistémica
- enfarte transmural agudo do miocárdio (ocorrido há menos de 12 horas), com
elevação persistente do segmento ST ou bloqueio recente do feixe-ramo esquerdo,
- tromboses venosas profundas (ocorridas há menos de 14 dias),
- embolismo pulmonar agudo e extenso,
- tromboses agudas e subagudas das artérias periféricas,
- doenças arteriais oclusivas crónicas (com menos de 6 semanas),
- oclusão das artérias ou veias centrais da retina (oclusões arteriais ocorridas há
menos de 6 a 8 horas, oclusões venosas ocorridas há menos de 10 dias).
Administração local
- enfarte agudo do miocárdio para reabertura dos vasos coronários (ocorrido há
menos de 12 horas),
- tromboses agudas, subagudas e crónicas assim como embolismo das veias e
artérias periféricas.
Nota: não é possível fazer afirmações acerca do resultado da terapêutica nos casos
em que a administração é efetuada fora dos prazos acima indicados.
2. O que precisa de saber antes de utilizar Streptase
Não utilize Streptase
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- se tem alergiaà estreptoquinase (substância ativa) ou a qualquer outro
componente deste medicamento (indicados na secção 6).
Dado o aumento do risco de hemorragia sob terapêutica trombolítica, Streptase
1500000 U.I. não deve ser administrado nas seguintes situações:
- hemorragias internas existentes ou recentes
- todas as formas de coagulação sanguínea reduzida, em particular fibrinólise
espontânea e coagulopatias extensas
- acidentes vasculares cerebrais recentes, cirurgia intracraniana ou intraespinal
- neoplasia intracraniana
- traumatismo craniano recente
- malformação ou aneurisma arterio-venoso (expansão de uma artéria)
- neoplasia conhecida com risco de hemorragia
- pancreatite aguda
- hipertensão incontrolável com valores sistólicos acima de 200 mm Hg e/ou valores
diastólicos acima de 100 mm Hg ou retinopatia hipertensiva de grau III/IV
(alterações no fundo do olho devido a pressão arterial elevada)
- implantação recente de uma prótese num vaso sanguíneo
- tratamento simultâneo com anticoagulantes orais (fármacos que inibem a
coagulação) (INR>1,3)
- lesões hepáticas ou renais graves
- endocardite (inflamação da membrana interna do coração) ou pericardite
(inflamação da cavidade que contém o coração). Casos isolados de pericardite, mal
diagnosticados como enfarte agudo do miocárdio e tratados com Streptase
resultaram em efusões pericárdicas incluindo tamponamento (sobrecarga de líquido
na cavidade que contém o coração)
- conhecida tendência para hemorragias
- grandes cirurgias recentes (6º ao 10º dia após a cirurgia, dependendo da
gravidade da intervenção cirúrgica)
- intervenções invasivas, como por ex., biópsia orgânica recente (remoção de uma
amostra de tecido de um órgão), massagem cardíaca externa prolongada
(traumatismo).
Administração local
Também é possível um efeito sistémico após administração local. Assim, as
contraindicações acima mencionadas, também devem ser tomadas em consideração
em caso de administração local.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro antes de utilizar Streptase.
Avaliação individual do benefício-risco
Nos casos seguintes, o risco da terapêutica em caso de eventos tromboembólicos
com risco de vida, em particular hemorragias, deve ser avaliado face ao benefício
esperado:
hemorragia gastrintestinal grave recente, ex. úlcera péptica ativa
risco de hemorragia local grave, ex. em caso de aortografia pela via lombar
traumatismo recente e reanimação cardiopulmonar
procedimentos invasivos, ex. intubação recente
punção de vasos não compressíveis, injeções intramusculares
parto recente, aborto
doenças do trato urogenital com tendência para hemorragia potencial ou existente
(cateterismo da bexiga)
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doença trombótica séptica
degeneração aterosclerótica grave, doenças vasculares cerebrais
doenças pulmonares com cavitação (p.ex. tuberculose aberta)
valvulopatias mitrais ou fibrilhação auricular
Administração local
Também é possível um efeito sistémico após administração local. Assim, as
advertências especiais acima mencionadas, também devem ser tomadas em
consideração em caso de administração local.
Anticorpos anti-estreptoquinase
Dado o aumento provável de resistência à terapêutica devido a anticorpos antiestreptoquinase, a repetição do tratamento com Streptase ou produtos contendo
estreptoquinase pode não ser eficaz se for administrado mais do que 5 dias,
particularmente entre 5 dias e 12 meses, após o tratamento inicial.
Do mesmo modo, pode haver uma redução do efeito terapêutico em doentes com
infeções estreptocócicas recentes, tais como faringite estreptocócica (inflamação
bacteriana da garganta), febre reumática aguda e glomerulonefrite aguda
(inflamação do rim).
Taxa de perfusão e profilaxia com corticosteróides
No início da terapêutica, observa-se frequentemente uma diminuição da pressão
arterial, taquicardia ou bradicardia (em casos individuais pode mesmo ocorrer
choque). Deste modo, no início da terapêutica, a perfusão deve ser realizada
lentamente. Para além disso, podem ser administrados corticosteróides
profilaticamente.
Pré-tratamento com heparina ou derivados cumarínicos
Se o doente estiver medicado com heparina, deve-se neutralizá-la pela
administração de sulfato de protamina antes de iniciar a terapêutica trombolítica. O
tempo de trombina não deve ser superior a duas vezes o valor de controlo normal
antes de se iniciar a terapêutica trombolítica. Em doentes previamente tratados com
derivados cumarínicos, a INR (Relação Normalizada Internacional) deve ser inferior a
1,3 antes de se iniciar a perfusão de estreptoquinase.
Tratamento simultâneo com ácido acetilsalicílico
Observou-se uma potenciação mútua, positiva, do efeito do ácido acetilsalicílico e da
estreptoquinase na esperança de vida de doentes com suspeita de enfarte do
miocárdio. A administração de ácido acetilsalicílico deve começar antes da
terapêutica com estreptoquinase e continuar durante, pelo menos, um mês.
Punção arterial
Se for necessária uma punção arterial durante a terapêutica intravenosa, é preferível
fazê-la nos vasos dos membros superiores. Após a punção, deve-se fazer pressão
durante pelo menos 30 minutos, aplicar um penso compressivo e verificar o local da
punção frequentemente para detetar eventuais sinais de hemorragia.
Outros medicamentos e Streptase
Informe o seu médico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente, ou se vier
a tomar outros medicamentos.
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O tratamento simultâneo ou prévio com anticoagulantes (fármacos que inibem a
coagulação, ex. heparina) ou substâncias que atuam sobre a função ou formação
plaquetária (p.ex., inibidores da agregação plaquetária, dextranos), pode aumentar o
perigo de hemorragia.
Antes de iniciar uma lise (tratamento para a dissolução do coágulo) sistémica
prolongada de tromboses venosas profundas e de oclusões arteriais com
estreptoquinase deve esperar-se que desapareçam os efeitos das substâncias que
atuam sobre a formação ou função das plaquetas. Ver também “Tome especial
cuidado com Streptase”.
Gravidez e amamentação
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar,
consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Devido a risco de lesões fetais, Streptase só deve ser administrado durante a
gravidez após uma cuidadosa consideração do benefício-risco. Durante as primeiras
18 semanas de gravidez, o uso de estreptoquinase deve ser limitado apenas a
indicações vitais.
Não existe informação disponível relativamente à utilização de Streptase durante o
aleitamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Não aplicável.
Este medicamento contém menos de 1 mmol (23 mg) de sódio por frasco para
injetáveis, ou seja, é praticamente isento de sódio.
3. Como utilizar Streptase
Utilize este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou
farmacêutico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Posologia
Nota: Quando é necessária uma terapêutica trombolítica e está presente uma
elevada concentração de anticorpos contra a estreptoquinase ou foi recentemente
administrada uma terapêutica com estreptoquinase (mais de 5 dias e menos de um
ano previamente), devem utilizar-se fibrinolíticos homólogos (Ver também “Tome
especial cuidado com Streptase”).
Enfarte transmural agudo do miocárdio com elevação persistente do segmento ST ou
bloqueio recente do feixe-ramo esquerdo
Administração sistémica
Na lise de curta duração para o tratamento do enfarte agudo do miocárdio,
administram-se 1500000 U.I. de Streptase dentro de 60 minutos.
Administração local
No enfarte agudo do miocárdio, os doentes recebem um bólus intra-coronário de
20000 U.I. de Streptase, em média, e uma dose de manutenção de 2000 U.I. a 4000
U.I. por minuto ao longo de 30 a 90 minutos.
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Tromboses agudas, subagudas e crónicas/embolismo das veias e artérias periféricas
e doenças arteriais oclusivas crónicas
Administração sistémica
Na trombólise de curta duração, os adultos com embolismo/oclusões venosas e
arteriais periféricas recebem uma dose inicial de 250000 U.I. de Streptase dentro de
30 minutos, seguida de uma dose de manutenção de 1500000 U.I. por hora ao longo
de, no máximo, seis horas. A perfusão de seis horas de Streptase pode ser repetida
no dia seguinte, em função do sucesso terapêutico da lise. Contudo, a repetição do
tratamento não deve, em caso algum, ser efetuada mais de 5 dias após a primeira
perfusão.
Como alternativa à lise de curta duração, uma lise a longo prazo pode ser
considerada para o tratamento de oclusões periféricas. Uma dose inicial de 250000
U.I. de Streptase é dada dentro de 30 minutos, seguida de uma dose de manutenção
de 100000 U.I. por hora. A duração do tratamento depende da extensão e
localização da oclusão. Em oclusões periféricas, a duração máxima do tratamento é
de 5 dias.
Administração local
Os doentes com tromboses e embolias periféricas agudas, subagudas e crónicas
recebem 1000 U.I. a 2000 U.I. de Streptase com intervalos de 3 a 5 minutos. A
duração da administração depende da extensão e da localização da oclusão e dura
até 3 horas com uma dose total máxima de 120000 U.I. de Streptase.
Uma angioplastia transluminal percutânea pode ser realizada simultaneamente, se
necessário.
Oclusões das artérias ou veias centrais da retina
Administração sistémica
Em caso de tromboses dos vasos centrais da retina, a lise das oclusões arteriais deve
ser limitada a um máximo de 24 horas; nas oclusões venosas, o máximo é de 72
horas. Se está indicada a continuação da trombólise devido a oclusões trombóticas
extensas, um intervalo de aproximadamente um dia deve ser respeitado seguido
pela administração de um fibrinolítico homólogo.
Posologia para recém-nascidos, bebés e crianças
Não existe experiência suficiente com Streptase em crianças. Deverá avaliar-se o
benefício do tratamento em função dos riscos potenciais que poderão agravar uma
situação com risco de vida.
Controlo da terapêutica
Administração sistémica
No caso de lise de curta duração durante 6 horas, deve ser administrada heparina
durante ou após a perfusão de Streptase quando o tempo de trombina (TT) ou o
tempo parcial de tromboplastina (aPTT) alcançarem menos de 2 ou 1,5 vezes o valor
de controlo normal, respetivamente. Os TT e aPTT devem ser prolongados para 2 a 4
e 1,5 a 2,5 vezes o valor normal, respetivamente, a fim de assegurar uma proteção
suficiente contra uma retrombose.
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Se a perfusão de Streptase não for repetida, a terapêutica com heparina é instituída
simultaneamente com a administração de anticoagulantes orais (ver tratamento de
"follow-up").
A lise de longa duração é controlada com o tempo de trombina. Deve ter-se como
objetivo um prolongamento do tempo de trombina de 2 a 4 vezes, que é o
considerado como dando uma proteção anticoagulante suficiente. Portanto, uma
administração simultânea de heparina pode-se tornar necessária a partir da 16ª hora
de tratamento. Se o tempo de trombina após 16 horas estiver ainda prolongado para
mais de 4 vezes o valor de controlo normal, a dose de manutenção de Streptase tem
de ser duplicada durante várias horas até que o tempo de trombina baixe.
Administração local
Como é habitual nas angiografias, a heparina é administrada -se necessário- antes
da angiografia como uma salvaguarda contra tromboses induzidas pelo cateter. O
sucesso da terapêutica pode ser determinado pela angiografia. Com um fluxo
sanguíneo suficiente durante mais de 15 minutos, a terapêutica é habitualmente
considerada bem sucedida e pode ser terminada.
Tratamento de "follow-up"
Após cada terapêutica com estreptoquinase, pode ser instituído um tratamento de
"follow-up" com anticoagulantes ou inibidores da agregação plaquetária, como
prevenção de retrombose. Com a terapêutica por heparina, em particular, deve-se
considerar como um risco aumentado de hemorragia. A terapêutica com heparina é
controlada individualmente com o tempo de trombina ou aPTT. O objetivo deve ser o
de alcançar um prolongamento de 2 a 4 vezes do tempo de trombina e de 1,5 a 2,5
vezes o de aPTT. Para a profilaxia a longo prazo, podem ser administrados
anticoagulantes orais como, por exemplo, derivados cumarínicos ou inibidores da
agregação plaquetária.
Modo de administração
Streptase administra-se por via intravenosa ou intra-arterial.
A duração da terapêutica depende da natureza e extensão da oclusão do vaso e
difere em função da indicação (ver secção 4.2, do RCM).
Streptase apresenta-se sob a forma de um liofilizado branco. Após a reconstituição
com soro fisiológico, obtém-se uma solução límpida, incolor ou amarelada.
Com o fim de assegurar que o conteúdo do frasco se dissolva rápida e totalmente,
devem injetar-se 5 ml de soro fisiológico no frasco que contém o Streptase e
eliminar o vácuo residual separando a agulha da seringa.
Para administração com uma bomba de perfusão, pode utilizar-se soro fisiológico,
solução de lactato de Ringer, solução de glucose ou levulose a 5% como solventes.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu
médico, farmacêutico ou enfermeiro.
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4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
As reações adversas apresentadas em seguida baseiam-se na experiência obtida nos
ensaios clínicos e após comercialização. As reações adversas são apresentadas por
ordem decrescente de gravidade dentro das seguintes classes de frequência:
Muito frequentes ≥ 1/10
Frequentes
≥ 1/100 e <1/10
Pouco frequentes ≥ 1/1.000 e <1/100
Raras
≥ 1/10.000 e <1/1.000
Muito raras
< 1/10.000 (incluindo casos isolados)
Doenças do sangue
Frequentes: hemorragias no local da injeção e equimoses (pequenas hemorragias na
pele). Hemorragias gastrointestinais ou urogenitais, epistaxe (hemorragia nasal).
Pouco frequentes: hemorragias cerebrais, suas complicações e possível desfecho
fatal, hemorragias retinianas, hemorragias graves (também com desfecho fatal)
incluindo hemorragias hepáticas, hemorragias retroperitoneais (na parte de trás do
abdómen), rotura do baço. Raramente são necessárias transfusões sanguíneas.
Muito raras: durante o tratamento trombolítico (dissolução do coágulo) do enfarte
agudo do miocárdio, podem ocorrer hemorragias no pericárdio (saco que envolve o
coração), incluindo rotura do miocárdio (rotura do músculo cardíaco).
Nas complicações hemorrágicas graves, a terapêutica com Streptase é interrompida
e deverá ser administrado um inibidor das proteinases, p.ex. a aprotinina, nas doses
a seguir indicadas: inicialmente, 500000 U.I.Q (unidades inativadoras da
quininogenina) até 1000000 U.I.Q, seguidas de 50000 U.I.Q por hora em perfusão
intravenosa gota a gota até paragem da hemorragia. Adicionalmente é recomendada
a combinação com antifibrinolíticos sintéticos. Se necessário, pode proceder-se à
administração de fatores da coagulação. Tem sido referido que a administração
adicional de antifibrinolíticos sintéticos é eficaz em casos isolados de episódios
hemorrágicos.
Doenças do sistema imunitário
Muito frequentes: desenvolvimento de anticorpos anti-estreptoquinase (ver também
“Tome especial cuidado com Streptase 1500000 U.I.”).
Frequentes: reações alérgicas-anafiláticas com exantema, rubor (vermelhidão da
pele com sensação de calor), prurido, urticária, edema angioneurótico, dispneia,
broncospasmo (constrição das vias respiratórias) ou hipotensão.
Muito raras: reações alérgicas tardias, tais como doença do soro, artrite (inflamação
das articulações com dor, inchaço e limitação de movimentos), vasculite (inflamação
da parede de um vaso sanguíneo), nefrite (inflamação dos rins) e sintomas neuroalérgicos (relativos aos nervos) (polineuropatia – doença que afeta vários nervos,
p.ex. síndrome de Guillain Barré), reações alérgicas graves, até choque, incluindo
paragem respiratória.
Reações alérgicas ligeiras ou moderadas podem ser tratadas com a administração
concomitante de um antihistamínico e/ou terapêutica corticosteróide. Se ocorrer uma
reação alérgica/anafilática grave, a perfusão de Streptase deve ser imediatamente
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interrompida e instituído um tratamento apropriado. Devem seguir-se as
recomendações clínicas habituais para o tratamento do choque. A terapêutica para a
lise deve continuar com fibrinolíticos homólogos.
Doenças do sistema nervoso
Raras: sintomas neurológicos (ex: tonturas, confusão, paralisia, hemiparesia –
paralisia do lado esquerdo ou direito do corpo, agitação ou convulsões) no contexto
de hemorragias cerebrais ou alterações cardiovasculares (relativas ao coração e à
circulação sanguínea) com hipoperfusão (diminuição do fluxo sanguíneo) do cérebro.
Cardiopatias e vasculopatias
Frequentes: no início da terapêutica, hipotensão, taquicardia ou bradicardia (ver
também “Tome especial cuidado com Streptase 1500000 U.I.” sob o título Taxa de
perfusão e profilaxia com corticosteróides).
Muito raras: embolismo por colesterol.
No âmbito da terapêutica fibrinolítica (dissolução do coágulo) com Streptase em
doentes com enfarte do miocárdio, os seguintes efeitos têm sido notificados como
complicações do enfarte do miocárdio e/ou sintomas de reperfusão (reabertura de
vasos sanguíneos obstruídos):
Muito frequentes: hipotensão, alterações do ritmo e da frequência cardíaca, angina
de peito.
Frequentes: isquemia recorrente (depleção de sangue), insuficiência cardíaca, reenfarte (repetição do enfarte), choque cardiogénico (desencadeado pela insuficiência
cardíaca), pericardite, edema pulmonar.
Pouco frequentes: paragem cardíaca (com paragem respiratória), insuficiência mitral
(válvula do coração), efusão pericárdica (acumulação de líquido seropurulento no
saco que envolve o coração), tamponamento cardíaco (introdução de líquido no saco
que envolve o coração), rotura do miocárdio, embolismo pulmonar ou periférico.
Estas complicações cardiovasculares estão associadas a risco de vida e podem levar
à morte.
Durante a lise local das artérias periféricas, não pode excluir-se a embolização distal
(fora do coração).
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Muito raras: edema pulmonar não cardiogénico (não desencadeado pela insuficiência
cardíaca) após terapêutica trombolítica intra-coronária em doentes com um enfarte
do miocárdio extenso.
Doenças gastrintestinais
Frequentes: náuseas, diarreia, dor epigástrica (na parte superior do abdómen) e
vómitos.
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Frequentes: cefaleias e dores lombares, dores musculares, arrepios e/ou febre assim
como astenia/mal-estar.
Achados laboratoriais
Frequentes: elevações transitórias das transaminases séricas (parâmetros da função
hepática), assim como da bilirrubina.
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Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
5. Como conservar Streptase
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Para a embalagem fechada: Conservar a temperatura entre +2ºC a +25ºC. Não
congelar.
Para a embalagem reconstituída: Conservar a temperatura entre +2ºC a +8ºC. Não
congelar.
Após a reconstituição com soro fisiológico, demonstrou-se uma estabilidade físicoquímica durante 24 horas entre +2ºC e +8ºC. Do ponto de vista microbiológico e
dado que Streptase não contém conservantes, o produto reconstituído deve ser
imediatamente utilizado. Caso não seja imediatamente utilizado, a sua conservação
não deve exceder 24 horas entre +2ºC e +8ºC.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no rótulo e na
embalagem exterior, após "VAL.". O prazo de validade corresponde ao último dia do
mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como deitar fora os medicamentos que já não utiliza.
Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Streptase
- A substância ativa é a estreptoquinase pura estabilizada, derivada do filtrado de
culturas de estreptococos beta-hemolíticos do grupo C de Lancefield.
- Os outros componentes são: albumina humana, L-glutamato de sódio
monohidratado, di-hidrogenofosfato de sódio di-hidratado e hidrogenofosfato
dissódico di-hidratado.
Qual o aspeto de Streptase e conteúdo da embalagem
Streptase apresenta-se sob a forma farmacêutica de pó para solução para perfusão,
branco, acondicionado em frasco para injectáveis de 6 ml, em vidro tipo I incolor.
Embalagem com um frasco para injectáveis, contendo 1500000 U.I. de
estreptoquinase.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
CSL Behring GmbH
Emil-von-Behring-Str. 76
35041 Marburg
Alemanha
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Para quaisquer informações sobre este medicamento queira contatar o representante
local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
CSL Behring Lda
Avenida 5 de Outubro, 198 - 3º Esq.
1050-064 Lisboa
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