Periodicidade: Semanal Temática: Diversos Vida Económica Classe: Economia/Negócios Dimensão: 123 08­11­2013 Âmbito: Nacional Imagem: S/PB Tiragem: 26000 Página (s): 45 Cotações das ações em máximos históricos Centrando nos nos exemplos dos mercados norte americano e alemão temos observado que as cotações de muitas ações registam um desempenho que se caracteriza pela realização de máximos históricos atingindo zonas inexploradas dos gráficos e parecem ter uma capacidade de levitar para além dos seus fundamentais Muitos investidores têm se questionado sobre os fatores que mais motivam e sustentam o atual percurso das cotações e aqui notamos um conjunto de argumentos que quase parecem um eco dos idos de 2007 antes da crise do subprime nos EUA e da falência da Lehman Brothers uma maior eficiência de custos das empresas que para aumentar a rentabilidade reduzem capacidade mas tal pode significar que a prazo os ganhos têm um topo as perspetivas de maior crescimento económico com aumento da despesa das famílias e do investimento das empresas a liderança do setor tecnológico no desempenho das cotações e a capacidade do mercado de trabalho de se expandir em resposta ao ciclo económico No entanto verificamos que existem fatores que diferenciam ambos os cenários pré e pós em que se destacam o elevado endividamento de alguns Estados e dos respetivos Bancos Centrais as taxas de juro de referência muito baixas a longa sequência de resultados trimestrais menos favoráveis as quebras nas vendas e nas margens de receitas mais baseadas em ganhos de produtividade e maior resposta dos investidores quando as notícias surpreendem pela negativa e afastam o cenário de retirada de estímulos dos decisores governos ou bancos centrais Poderemos estar então num ambiente de mercado em que nos devemos pautar pelo afastamento perante o risco Não forçosamente atendendo que existem muitos mercados que ainda podem oferecer histórias de recuperação e de reestruturação com companhias a prosseguirem estratégias de recapitalização e reorientação do seu negócio com entrada em novos segmentos de mercado por exemplo implementação de um marketing mais agressivo ou seja que no conjunto podem justificar a atenção Também não significa que todo o conjunto de ações já atingiu máximos e nos deveremos restringir a participar em cenários de uma nova acumulação de ganhos mas antes possuir uma carteira mais estruturada e dependente da evolução do crescimento económico de certas economias despistando eventuais cenários de excessiva concentração em risco soberano em referência ao risco de um país e diluindo uma hipotética correção de eventuais setores Como fazê lo Optar por uma estrutura de investimento como os modelos de gestão fundos ETF etc inspirar se em análises diversas ou consultar o seu gestor de investimentos Participar diretamente com a sua poupança em colocações em bolsa acompanhando o incremento das OPV e de cenários de fusões e de aquisições também pode constituir uma forma de investir na economia real e dar o seu voto à empresa e conceito que considera mais relevante Poderemos assistir a algumas revisões em baixa de recomendações porque os preços lvo foram ou estarão brevemente a ser atingidos mas nesses cenários a complacência dos investidores tende a reorientar se para ativos a desconto face ao seu passado… se a volatilidade grosso modo a amplitude de variação de preços não subir dos atuais valores que correspondem a mínimos de seis anos