Breve histórico dos cenários econômicos Após a primeira guerra mundial e a segunda guerra com o desenvolvimento do plano Marshal, o crack da bolsa de valores de New York em 1929 a sociedade após o período de ressaca, sentiu-se a necessidade de regulamentar os investimentos através de constituição de órgãos regulamentares, índices econômicos, e dar uma maior transparência das empresas junto á sociedade. Quando Alan Greenspan, americano de ascendência húngaro-romeno, recebeu um telefone do presidente dos USA, Ronald Reagan quando estava no consultório do ortopedista, para ser o Chairman(CEO) do FED, essa indicação foi motivada por uma pesquisa com executivos de Wall Street que apontava Greenspan como favorito para suceder Paul Volcker na presidência do mais importante banco central do mundo, onde por 18 anos e meio pode observar como poucos a evolução da economia e porque não da Historia mundial. Atualmente em seu livro “A Era da Turbulência”, compreende um esforço para entender as mudanças na economia e na historia recente, descritas na maior parte das quase 500 paginas do livro onde retrata a razão do triunfo do capitalismo sobre o comunismo, ou da supremacia da economia de mercado sobre a do planejamento central, para Greenspan, o deslocamento de capital de velhos para novos setores da economia, com a inevitável eliminação dos primeiro(síntese da destruição criativa de Joseph Shumpeter), é o caminho para o progresso humano. Num exercício de futurologia, o ex-presidente do FED traça um cenário próspero para a economia mundial em 2030, desde que removidas ás barreiras que restringem o lassezfaire. Reconhece que o corte dos benefícios sociais introduzidos após a segunda Guerra Mundial, que está em curso, joga os seres humanos num horizonte de incertezas, mas sugere que atravessar esta era de turbulências seria o preço a ser pago para desfrutar das atuais e futuras conquistas da economia de mercado, pelo menos por enquanto, um preço que talvez ainda não esteja compensado o custo da travessia. Nos últimos dez anos, após decorrido a guerra fria, a quebra do bloco soviético, os escândalos financeiros, a criação de diversas moedas, o fortalecimento da econômica de paises através de blocos econômicos, queda do muro de Berlim, os tigres asiáticos, China, Índia, Irlanda, o acentuado processo de globalização, e demais,da concorrência global, e de bolsas de valores, com suas respectivas oscilações, o mundo externou o feeling dos investidores. Há uma wave econômica, que constituiu um conceito mais abrangente do significado da palavra RESULTADO EMPRESARIAL, seja lucro ou prejuízo, citados conceitos não se prender somente ao aspecto financeiro, mas econômico, ambiental, social, governânça cooperativa, ecologicamente correta, SOX, branding etc. Numa economia de mercado, se o salário resulta dos conhecimentos e habilidades de um trabalhador, o lucro expressa a competência da empresa, eficiência administrativa, excelência de seus produtos ou serviços, atualidade tecnológica e gerencial, ambiental, social,capacidade de atender as demandas de seus clientes, visão de futuro e planejamento de longo prazo, compreendem os atributos essenciais de uma empresa lucrativa em qualquer setor de atividade, quanto mais saudáveis e lucrativas forem, maior e mais rápido será o retorno para toda a sociedade, na forma de impostos, emprego, renda, investimento governamental, distribuição adequada da riqueza. Particularmente no Brasil, nos últimos dez anos, nos governos de FHC e o atua LULA, temos a oportunidade de alcançar níveis mais confortáveis da nossa econômica, desde que a base para a sonhada estabilidade seja atingida, iniciando necessariamente com uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, pois sem ela jamais atingiremos a sonhada estabilidade. Em toda historia da humanidade, desde os tempos mais remotos, o sucesso de uma nação está alicerçada em sua base educacional, não podemos nos dá ao luxo de sonhar sem pensar nesse obstáculo. No Brasil as maiores empresas ainda têm um longo caminho a trilhar até que seu planejamento alcance seus respectivos relatórios e que possam ser considerados importantes instrumentos de divulgação de infomações, abaixo a CVM fornece informações dessas empresas que não encontra sintonia racional em suas atividades com o mercado. a) Descrição dos negócios, produtos e serviços, histórico das vendas físicas dos últimos dois anos e vendas em moeda de poder aquisitivo da data do encerramento do exercício social; b) Comentários sobre a conjuntura econômica geral, concorrência nos mercados, atos governamentais e outros fatores exógenos relevantes sobre o desempenho da companhia; c) Recursos humanos, número de empregados no término dos dois últimos exercícios e tour over nos dois últimos anos, segmentação da mão-de-obra segundo a localização geográfica, nível educacional ou produto, investimento em treinamento, fundos de seguridade e outros planos sociais; d) Investimentos, descrição dos principais investimentos realizados, objetivos montantes e origens dos recursos alocados; e) Pesquisa e desenvolvimento, descrição sucinta dos projetos, recursos alocados, montante aplicado e situação dos projetos; f) Novos produtos e serviços, descrição de novos produtos, serviços e expectativas a eles relativas; g) Proteção ao meio ambiente, descrição e objetivos dos investimentos efetuados e montantes aplicados; h) Reformulação administrativa, descrição das mudanças administrativas, reorganizações societárias e programas de racionalização; i) Investimentos em controladas e coligadas, indicação dos investimentos efetuados e objetivos pretendidos com as inversões; j) Direitos dos acionistas e dados de mercado, políticas relativas á distribuição de direitos, desdobramentos e grupamentos, valor patrimonial por ação, negociação e cotação das ações em Bolsa de Valores; k) Perspectivas e planos para o exercício em cursos e os futuros, podendo ser divulgado a expectativa da administração, quanto ao exercício corrente, baseada em premissas e fundamentos explicitamente colocados, sendo que esta informação não de confunde com projeções por não se quantificada. O Brasil por ser um país continental geo-economicamente dividido em regiões, tem sul e sudeste os mais centrados na participação de nossa economia, o centro-oeste, região de poder político e agropastoril, o norte e nordeste, regiões de bolsões de pobreza, com uma massa social desprovida de educação de qualidade, mas farta em mão de obra quantitativa que anacronicamente tem o menor salário mínimo do país. Na região nordeste temos o maior número de estados do Brasil, temos os agravos sociais mais deprimentes, o pior salário, um contingente de mão de obra sem qualificação, os maiores estados dessa região, geograficamente falando são Maranhão e Bahia, uma educação que necessita se qualificar, uma herança política respaldada no coronelismo, em compensação temos recursos naturais incomensuráveis, riquezas naturais ainda não explorada economicamente, uma melhor qualidade de vida, e diversos fatores que devem vislumbrar o menor dos investidores, se o mesmo pensar de modalidade futurísticas, daí podemos entender o grande potencial que nos apresenta. No momento presente, onde o LUCRO é uma miscelânea de diversas variáveis, as regiões Norte e Nordeste, tem talvez a oportunidade que a historia lhe reserva, devendo ser racionalmente lapidada sem deixar seqüelas que iniba o seu crescimento. O próprio relatório do Banco Mundial, insere em seus anais a necessidade de investimentos nessas regiões do Brasil por entender que o custo para a realização dos empreendimentos que notabilizem o progresso econômica é bastante promissor, haja vista, que a abundância em mão de obra e custos reduzidos são fatores que acolhem um capital especulativo, devendo entender citado investidor que o continuísmo de seus ganhos depende da responsabilidade social e ambiental que esteja atrelada ao planejamento empresarial. Devemos entender que no Brasil paira no meio econômico uma transparência incomum, senão vejamos antigamente o nobre professor idealizador da teoria da Insolvência(Prof. Stephen Kanitz) que utilizada com sua formula identificar as 500 maiores empresas no Brasil, com o advento dos fundos econômicos, ficou reduzido as 100 maiores, com a globalização, ficou melhor identificar as melhores empresas para trabalhar, se tivermos a idéia de acompanhar verificamos que a grande mudança focou o homem como agente imprescindível a existência de lucratividade. Antigamente a sapiência era baseada em respeito aos ídolos, depois a fé, em seguida a tecnologia e hoje é focado no homem, isso nos concede interpretar que a base de qualquer progresso é o homo sapiens com todas suas variáveis emocionais. Estou fazendo esse histórico para entendermos que os cenários econômicos, traçados nos últimos dez anos para o Brasil, tem pura base social, o que nos leva a crer que o lucro necessita de base para sua continuidade e essa base é o Homem como centro do universo, não podemos entender que qualquer cenário econômico seja diferente sob pena de incorre em falha grave no seu plano. Decorrido 6 anos do governo LULA, o seu nome somente se registrará na historia de houver um avanço econômico das regiões mais pobre do Brasil, mesmo porque essa gama de famigerados tem valor político na definição do destino de um país, e nenhum cenário de qualquer modalidade não poderá desprezar citada massa que detém o destino de um país, mesmo porque já se aprendeu que capital especulativo não tem responsabilidade social e sim objetivos econômicos e financeiros, onde já se comprovou que sem uma base social os lucros financeiros são ilusórios e desprovidos de essencialidade racional. Não poderia concluir o presente trabalho sem destacar que após leituras e pesquisas informativas sobre a lide, chegamos a conclusão que o Cenário Econômico para os últimos 10 anos do Brasil, foi parcialmente alcançado quando comparado com o Orçamento Plurianual de Investimentos, traçado pela equipe econômico, os números não nos deixa enganar, mas temos a certeza que o caminho é árduo e profícuo e será alcançado desde que os obstáculos sejam plenamente ultrapassados, ficando portanto registrado que o pleno progresso de cenários econômicos traçados devem levar em consideração o grande bolo que se chama Brasil e não somente algumas regiões, somente agora podemos entender o que sabiamente está inserido no artigo primeiro da nossa Constituição Federal, onde cita que: “A Republica Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem com os fundamentos: a) a soberania; b) a cidadania; c) a dignidade da pessoa humana; d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; e) o pluralismo político. Parágrafo Único – Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente nos termos deste Constituição. Ou se traçam cenários econômicos, considerando a cultura, seus valores e suas riquezas naturais por regiões visando compensar seus bens susceptíveis, sem nenhum pensamento discriminatório e que integre todas as regiões na sua plenitude ou qualquer cenário traçado ser tornará figura de retórica, que servirá para a academia e similares como peça de estudos, não alcançando os objetivos desejados. Vivemos, portanto, num mundo de imagens. E se é a imagem que dita o valor de sua empresa, gerir em tempos de paz a maneira como ela é vista torna-se uma ação de fundamental importância para a prevenção de crises. Uma das máximas do jornalismo diz que “bad news are good news”. Ou seja, quando tudo vai bem, não espere atenção. Toda organização deveria ter como objetivo estabelecer relações mútuas com seus públicos seja eles internos ou externos. Afinal são essas relações que moldam e definem a imagem institucional da empresa. Uma boa comunicação com estratégia, fundamental, metas e fins, definem que tipa de imagem deveria ser criada e mantida. As ferramentas de comunicação, quando bem utilizadas, dão transparência aos negócios e agilidade as respostas, chegando ao patamar de construir confiança e assegurar escolhas. Ainda que todo esse cenário seja compreendido por gestores e empreendedores, segundo os números da Economist Intelligence Unit, apenas 61% das grandes empresas monitoram a percepção que o público externo tem da organização. Ao mesmo tempo, a administração de crises é a área em que as empresas se sentem mais fracas, apenas 10% se consideram excelentes na administração de riscos de imagem e de reputação. Está claro que prevenir uma crise é melhor do que administra-la. Minimiza-la e escapar ileso do turbilhão que ela causa é desejo de todo gestor. Conhecer como pensa e o que espera seu Stakeholder, a imprensa e seu funcionário, ajuda a encurtar o caminho nesse processo. A fim de comprovar o que está exposto acima, algumas agencias de risco de investimentos, divulga que as empresas nos Estados Unidos não estão informando o suficiente sobre riscos que enfrentam em função das mudanças climáticas e a SEC(Securities Exchange Commission) equivalente ao CVM(Comissão de Valores Mobiliários no Brasil), deveriam exigir maior rigor no disclousure, isso prova a importância da transparência através das demonstrações e relatórios, dos quais são necessários para a avaliação dos investidores. Autor: Elenito Elias da Costa Contador; Auditor; Analista Econômico Financeiro; Consultor de Cursos do CDL/SEBRAE; Professor Universitário; Professor Avaliador do MEC/INEP do Curso de Ciências Contábeis.