ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Integrilin 0,75 mg/ml, solução para perfusão intravenosa 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Integrilin contém 0,75 mg/ml de eptifibatide. Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução para perfusão intravenosa 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicação terapêutica Integrilin é indicado na prevenção, na fase inicial, de um enfarte do miocárdio em doentes com angina instável ou enfarte do miocárdio sem onda-Q, em que o último episódio de toracalgia tenha ocorrido num período de 24 horas e com alterações ECG e/ou subida dos níveis de enzimas cardíacas. Os doentes com maior probabilidade de beneficiarem do tratamento com Integrilin são os que apresentam um risco elevado de desenvolver enfarte do miocárdio nos 3-4 dias subsequentes à instalação de sintomas de angina aguda, incluindo, por exemplo, os doentes com probabilidade de serem submetidos precocemente a PTCA (ver 5.1). Integrilin destina-se a ser utilizado em associação com ácido acetilsalicílico e heparina não fracccionada. 4.2 Posologia e modo de administração Este produto destina-se a ser utilizado, exclusivamente, no hospital por médicos especialistas com experiência no tratamento de síndromes coronárias agudas. Integrilin, solução para perfusão intravenosa, deve ser utilizado em conjunto com Integrilin, solução injectável. Adultos (≥ 18 anos de idade) com angina instável ou enfarte do miocárdio sem onda-Q: A posologia recomendada é de um bólus intravenoso de 180 micrograma/kg, administrado o mais cedo possível após o diagnóstico, seguido de uma perfusão contínua de 2,0 micrograma/kg/min, administrada durante um período máximo de 72 horas, até ao início de cirurgia de bypass aortocoronário com enxerto (CABG) ou até à alta hospitalar (a situação que primeiro se verificar). Se for efectuada uma Intervenção Coronária Percutânea (ICP) durante a terapêutica com Integrilin, a perfusão deve ser mantida durante 20-24 horas após a ICP de modo a atingir-se uma duração máxima global da terapêutica de 96 horas. A perfusão deve ser imediatamente interrompida se o doente necessitar de uma cirurgia cardíaca urgente ou de emergência durante o tratamento com Integrilin. Se o doente necessitar de cirurgia semielectiva, a perfusão de Integrilin deve ser atempadamente interrompida de modo a permitir que decorra um período de tempo suficiente para se obter a normalização da função plaquetária. 2 4.3 Contra-indicações Integrilin não deve ser utilizado no tratamento de doentes com: sinais de hemorragia gastrintestinal, hemorragia genito-urinária macroscópica ou outras hemorragias anómalas activas no período de 30 dias antes do tratamento; história de acidente vascular cerebral nos 30 dias anteriores ou de qualquer acidente vascular cerebral hemorrágico; antecedentes conhecidos de doença intracraniana (neoplasia, malformação arteriovenosa, aneurisma); grande cirurgia ou traumatismo grave nas últimas 6 semanas; história de diátese hemorrágica; trombocitopenia (< 100.000 células/mm3); tempo de protrombina > 1,2 vezes o valor de controlo ou International Normalized Ratio (INR) ≥ 2,0; hipertensão grave (pressão arterial sistólica > 200 mm Hg ou pressão arterial diastólica > 110 mm Hg sob terapêutica anti-hipertensiva); depuração de creatinina < 30 ml/min ou insuficiência renal grave; insuficiência hepática clinicamente significativa; administração parentérica concomitante ou planeada de outro inibidor da GP IIb/IIIa; hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Hemorragia Integrilin é um fármaco antitrombótico que actua por inibição da agregação plaquetária; o doente deverá, portanto, ser mantido sob cuidadosa observação para despiste de sinais de hemorragia durante o tratamento (ver 4.8). O risco de hemorragia poderá ser maior nas mulheres, nos idosos e em doentes com baixo peso corporal. Estes doentes devem ser mantidos sob cuidadosa observação para despiste de sinais de hemorragia. O risco de hemorragia é mais comum no local de acesso arterial em doentes submetidos a procedimentos arteriais percutâneos. Devem observar-se cuidadosamente todos os locais de potencial hemorragia, como por exemplo, locais de inserção de catéteres, locais de punção arterial, venosa ou por agulha, locais de desbridamento e áreas gastrintestinal, genito-urinária e retroperitoneal. Antes da perfusão de Integrilin devem realizar-se os seguintes exames laboratoriais para identificação de alterações hemostáticas pré-existentes: hematócrito ou hemoglobina, contagem de plaquetas, creatinina sérica, tempo de protrombina (PT) e tempo parcial de tromboplastina activada (aPTT). Nos doentes submetidos a ICP, dever-se-á, também, determinar o tempo de coagulação activada (ACT). Uma vez que Integrilin inibe a agregação plaquetária, deve usar-se de precaução ao utilizar este medicamento com outros fármacos que afectam a hemostase, incluindo trombolíticos, anticoagulantes orais, soluções de dextrano (ver 6.2), adenosina, heparinas de baixo peso molecular, sulfimpirazona, prostaciclina, agentes anti-inflamatórios não esteróides, dipiridamol, ticlopidina e clopidogrel. A experiência terapêutica com Integrilin é limitada nos doentes em que se encontra geralmente indicada uma terapêutica trombolítica (por ex., enfarte agudo do miocárdio transmural com novas ondas Q patológicas ou supradesnivelamento dos segmentos ST ou bloqueio de ramo esquerdo no ECG). Não se recomenda, portanto, a utilização de Integrilin nestas circunstâncias. Não existe qualquer experiência sobre o uso simultâneo de Integrilin e de heparinas de baixo peso molecular. Assim, não se recomenda a co-administração de heparinas de baixo peso molecular com Integrilin. A perfusão de Integrilin deve ser imediatamente interrompida se surgirem situações que requeiram uma terapêutica trombolítica ou se o doente tiver de ser submetido a uma CABG de emergência ou requerer uma bomba intra-aórtica ligada a um dispositivo em balão. 3 Tratando-se de procedimentos de emergência, deverão ser iniciados imediatamente após a suspensão de Integrilin. Na eventualidade de ocorrer uma hemorragia grave, não controlável por meio de compressão, deve interromper-se imediatamente a perfusão de Integrilin e a administração concomitante de qualquer heparina não fraccionada. Procedimentos arteriais No decurso do tratamento com eptifibatide, verifica-se um aumento significativo das taxas de hemorragia, especialmente na área da artéria femoral, no local de inserção da bainha do catéter. Certifique-se de que só a parede anterior da arterial femoral é puncionada. As bainhas arteriais podem ser removidas quando os valores da coagulação normalizam (por ex., quando o tempo de coagulação activada [ACT] é inferior a 180 segundos (geralmente 2-6 horas após a interrupção do tratamento com heparina). Após remoção da bainha de introdução, deve assegurar-se a hemostase mantendo o doente sob cuidadosa observação. Trombocitopenia Integrilin inibe a agregação plaquetária, mas não parece afectar a viabilidade das plaquetas. Conforme demonstrado em ensaios clínicos, a incidência de trombocitopenia foi baixa e semelhante nos doentes tratados com Integrilin e nos doentes que receberam placebo. Se o doente registar uma descida confirmada das plaquetas para níveis < 100.000/mm3, deve suspender-se a administração de Integrilin e de heparina não fraccionada e proceder-se à conveniente monitorização e tratamento do doente. Não existem dados sobre a utilização de Integrilin em doentes com trombocitopenia prévia devido à administração parentérica de outros inibidores da GP IIb/IIIA, sendo, como tal, necessário proceder à sua cuidadosa monitorização. Administração de heparina Recomenda-se a administração de heparina salvo nos casos em que exista contra-indicação (tal como antecedentes de trombocitopenia associada à utilização de heparina). No caso de um doente que pesa ≥ 70 kg, recomenda-se a administração de uma dose em bólus de 5.000 unidades, seguida de uma perfusão intravenosa constante de 1.000 unidades/hora. Se o doente pesar < 70 kg, deve administrar-se um bólus de 60 unidades/kg, seguido de uma perfusão de 12 unidades/kg/h. Deve proceder-se à monitorização do tempo parcial de tromboplastina activada (aPTT) por forma a manter um valor compreendido entre 50 e 70 segundos; acima de 70 segundos, poderá haver um aumento do risco de hemorragia. Caso seja necessário efectuar uma ICP, o tempo de coagulação activada (ACT) deve ser monitorizado de modo a manter-se um valor compreendido entre 300-350 segundos. A administração de heparina deve ser interrompida se o ACT exceder 300 segundos, não devendo ser reiniciada até que o ACT desça para um valor inferior a 300 segundos. Monitorização dos valores laboratoriais Antes de administrar Integrilin por perfusão, recomenda-se a realização dos seguintes exames laboratoriais para identificação de alterações hemostáticas pré-existentes: tempo de protrombina (PT) e aPTT, níveis séricos de creatinina, contagem plaquetária, hemoglobina e níveis de hematócrito. Dever-se-ão também monitorizar a hemoglobina, hematócrito e a contagem plaquetária nas 6 horas após o início da terapêutica e, pelo menos, uma vez por dia, subsequentemente, enquanto o doente se mantiver sob terapêutica (ou mais frequentemente, caso se observem sinais de diminuição marcada). Se a contagem plaquetária descer para níveis inferiores a 100.000/mm3 será necessário proceder à contagem adicional das plaquetas para excluir a existência de trombocitopenia. Dever-se-á suspender o tratamento com heparina não fraccionada. Em doentes submetidos a ICP, deve determinar-se também o ACT. Deve proceder-se à monitorização dos doentes para despiste de hemorragia e instituir um tratamento se tal for necessário (ver 4.9). Imunogenicidade 4 Em indivíduos que receberam doses múltiplas de Integrilin, não se observou uma resposta imunogénica ou formação de anticorpos contra o Integrilin. A experiência sobre a re-administração de Integrilin é limitada. Em caso de repetição do tratamento com Integrilin, não é previsível que se registe qualquer reacção alérgica ou diminuição da resposta terapêutica. Insuficiência hepática A experiência em doentes com insuficiência hepática é muito limitada. Administrar com precaução em doentes com insuficiência hepática cuja coagulação seja susceptível de ser afectada (ver 4.3, tempo de protrombina). Insuficiência renal A dose habitual de Integrilin pode ser administrada, com segurança, a doentes com insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina [Clcr] ≥ 30 ml/min). A experiência em doentes com insuficiência renal mais grave é limitada. Utilização pediátrica Não foram estabelecidas a segurança e eficácia em crianças e adolescentes com < 18 anos de idade. Assim, não se recomenda a sua utilização em doentes com menos de 18 anos. 4.5 Interacções medicamentosas e outras Integrilin não pareceu aumentar o risco de hemorragias major e minor associadas ao uso concomitante de warfarina e de dipiridamol. O risco de hemorragia não pareceu aumentar em doentes tratados com Integrilin que apresentavam um tempo de protrombina (TP) > 14,5 segundos e que se encontravam também a ser medicados com warfarina. Os dados relativos à utilização de Integrilin em doentes medicados com agentes trombolíticos são limitados. Não se obtiveram quaisquer provas consistentes de que Integrilin aumentasse o risco de hemorragias major ou minor associadas à utilização de um activador de plasminogénio tecidular, tanto no estudo da ICP como num estudo sobre o enfarte agudo do miocárdio; contudo, o Integrilin pareceu aumentar o risco de hemorragia quando administrado com estreptoquinase, num estudo sobre o enfarte agudo do miocárdio. Num estudo sobre o enfarte agudo do miocárdio em que participaram 181 doentes, o Integrilin (em regimes posológicos de um bólus injectável de até 180 micrograma/kg, seguido de uma perfusão de até 2 micrograma/kg/min, durante um período de até 72 horas) foi administrado concomitantemente com estreptoquinase (1,5 milhões de unidades durante 60 minutos). Com as velocidades de perfusão máximas (1,3 micrograma/kg/min e 2,0 micrograma/kg/min) estudadas, verificou-se que Integrilin esteve associado a um aumento da incidência de hemorragia e de transfusões em comparação com a incidência registada nos casos em que a estreptoquinase foi utilizada isoladamente. 4.6 Gravidez e aleitamento Não foram realizados estudos clínicos com o Integrilin em mulheres grávidas. Não foram realizados estudos na reprodução numa espécie animal em que o eptifibatide apresente uma actividade farmacológica semelhante à humana. Como tal, apenas se recomenda o uso de Integrilin durante a gravidez se os benefícios para a mãe compensarem o risco potencial para o feto. Desconhece-se se Integrilin é excretado no leite humano. Recomenda-se a interrupção do aleitamento durante o período de tratamento. 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Integrilin destina-se a ser utilizado em doentes hospitalizados. Não se dispõe de dados sobre doentes tratados com Integrilin fora do ambiente hospitalar. 4.8 Efeitos indesejáveis 5 A maioria dos efeitos indesejáveis observada em doentes tratados com Integrilin esteve geralmente relacionada com hemorragias ou com acidentes cardiovasculares, que ocorrem frequentemente nesta população de doentes. No ensaio PURSUIT, que envolveu cerca de 11.000 doentes, aos quais se administrou a dose terapêutica recomendada, a hemorragia foi a complicação mais frequente observada durante a terapêutica com Integrilin. A administração de Integrilin encontra-se associada a um aumento da incidência de hemorragias major e minor segundo os critérios do grupo do estudo Thombolysis in Myocardial Infarction (TIMI). Hemorragia As hemorragias minor foram as complicações mais frequentes associadas à administração de Integrilin (13,1 % com Integrilin vs. 7,6 % com placebo). As hemorragias minor foram definidas como hematúria espontânea macroscópica, hematemese espontânea, observação de perda sanguínea com descida de hemoglobina superior a 3 g/dl, ou superior a 4 g/dl na ausência de observação de uma fonte hemorrágica. Os episódios hemorrágicos foram mais frequentes em doentes submetidos a uma terapêutica concomitante com heparina no decurso de uma ICP quando o ACT excedeu 350 segundos (ver 4.4, utilização de heparina). As hemorragias major foram definidas como hemorragias intracranianas ou como descida das concentrações de hemoglobina superior a 5 g/dl. Foram referidas mais frequentemente hemorragias major em doentes tratados com Integrilin do que nos que receberam placebo, i.e., 10,8 % vs. 9,3 %, respectivamente. Contudo, Integrilin não pareceu aumentar o risco de hemorragia intracraniana, a qual foi referida em casos raros (0,1 % em doentes tratados com Integrilin vs. 0,06 % nos que receberam placebo). Nos doentes submetidos a cirurgia de CABG, a incidência de hemorragias registada com Integrilin não aumentou em comparação com o placebo. A incidência de episódios hemorrágicos graves ou potencialmente fatais foi de 1,9 % com Integrilin vs. 1,1 % com placebo. O tratamento com Integrilin aumentou apenas ligeiramente a necessidade de transfusões sanguíneas (11,8 % vs. 9,3 %, placebo). No subgrupo de doentes submetidos a ICP, foi observada hemorragia major em 9,7 % dos doentes tratados com Integrilin vs, 4,6 % dos doentes tratados com placebo. Outros efeitos indesejáveis Globalmente, no mesmo ensaio, a incidência de referências a eventos adversos graves, não hemorrágicos, foi semelhante nos doentes tratados com Integrilin e nos que receberam placebo. Os eventos relatados mais frequentemente (registados em ≥ 2 % em todos os grupos) foram os relacionados com a doença subjacente, nomeadamente, fibrilhação auricular, hipotensão, insuficiência cardíaca congestiva, paragem cardíaca e choque. No Quadro I, a seguir, apresentam-se os eventos adversos referidos no período de 30 dias após o início do tratamento com Integrilin. Os doentes com angina instável/enfarte do miocárdio sem onda Q (EMSOQ) [ensaio PURSUIT] receberam um bólus intravenoso de 180 micrograma/kg, seguido de uma perfusão contínua de 2,0 micrograma/kg/min durante um período de até 72 horas (96 horas, caso tivessem sido submetidos a uma ICP). 6 Quadro 1. Eventos Adversos Relatados no PURSUIT aos 30 Dias* Evento Adverso Placebo Eptifibatide (N=4.696) (N=4.679) 9,3 % 10,8 % Hemorragia Major Tipo ou Localização da Hemorragia Major Artéria Femoral de Acesso 1,3 2,7 Relacionada com a CABG 6,7 6,5 Genito-urinária 0,3 0,8 Gastrintestinal 0,4 1,5 Retroperitoneal 0,04 0,2 Oral/Orofaríngea 0,2 1,6 Descida da 1,5 1,4 Hemoglobina/Hematócrito Intracraniana 0,06 0,1 7,6 % 13,1 % Hemorragia Minor Tipo ou Localização da Hemorragia Minor Artéria Femoral de Acesso 1,3 3,3 Relacionada com a CABG 2,7 2,8 Genito-urinária 1,6 3,9 Gastrintestinal 0,8 2,8 Oral/Orofaríngea 0,3 3,0 Descida da 1,4 1,4 Hemoglobina/Hematócrito 18,7 % 19,0 % Qualquer Evento Adverso Não Hemorrágico Cardiovascular Hipotensão 6.2 6.9 Fibrilhação Auricular 6.4 6.3 Insuficiência Cardíaca 5.5 5.1 Congestiva Choque 2.5 2.6 Paragem cardíaca 2.7 2.3 Bloqueio Aurículo-ventricular 1.3 1.5 Flebite 1.5 1.4 Fibrilhação Ventricular 1.4 1.3 Taquicardia Ventricular 1.1 1.1 Hematológico/Linfático Trombocitopenia < 0.1 0.2 Neurológico Isquemia cerebral 0.5 0.4 *Não foi determinada a causalidade em todos os eventos adversos. 7 O Quadro 2 (em baixo) ilustra a incidência de hemorragias segundo os critérios do TIMI e por procedimentos cardíacos invasivos no ensaio PURSUIT. Quadro 2. Hemorragia (Critérios TIMI) por Procedimentos no Ensaio PURSUIT Major Minor Placebo Eptifibatide Placebo Eptifibatide n (%) n (%) n (%) n (%) Doentes 4.577 4.604 4.577 4.604 Incidência Global de Hemorragias 425 (9,3 %) 498 (10,8 %) 347 (7,6 %) 604 (13,1 %) Distribuição por Procedimentos: CABG 375 (8,2 %) 377 (8,2 %) 157 (3,4 %) 156 (3,4 %) Angioplastia sem CABG 27 (0,6 %) 64 (1,4 %) 102 (2,2 %) 197 (4,3 %) Angiografia sem angioplastia ou 11 (0,2 %) 29 (0,6 %) 36 (0,8 %) 102 (2,2 %) CABG Exclusivamente Terapêutica Médica 12 (0,3 %) 28 (0,6 %) 52 (1,1 %) 149 (3,2 %) As percentagens baseiam-se no número total de doentes cuja classificação TIMI foi determinada. As complicações hemorrágicas mais comuns estiveram associadas a procedimentos invasivos cardíacos (relacionados com CABG ou no local de acesso da artéria femoral). As hemorragias major foram raras no ensaio PURSUIT na grande maioria dos doentes que não foram submetidos a CABG no período de 30 dias após a sua inclusão no estudo. Parâmetros laboratoriais As alterações observadas durante o tratamento com Integrilin resultam da sua acção farmacológica já conhecida, i.e., inibição da agregação plaquetária. Deste modo, as alterações dos parâmetros laboratoriais associadas a hemorragia (por ex., tempo de hemorragia), são frequentes e previsíveis. Não se observaram diferenças aparentes entre os doentes tratados com Integrilin ou com placebo relativamente aos parâmetros da função hepática (TGO/AST, TGP/ALT, bilirrubina, fosfatase alcalina) ou da função renal (creatinina sérica e ureia sanguínea). 4.9 Sobredosagem No homem, a experiência com uma sobredosagem de Integrilin é extremamente limitada. Não existe qualquer indicação de ocorrência de eventos adversos graves associados à administração acidental de doses elevadas em bólus, de uma perfusão rápida descrita como sobredosagem ou de doses elevadas cumulativas. No ensaio PURSUIT, 9 doentes receberam doses em bólus e/ou em perfusão superiores ao dobro das especificadas no protocolo, ou foram identificados pelo investigador como tendo recebido uma sobredosagem. Nenhum destes doentes sofreu qualquer hemorragia excessiva, embora tenha sido relatada, num doente submetido a CABG, uma hemorragia moderada. Especificamente, nenhum doente sofreu uma hemorragia intracraniana. Potencialmente, uma sobredosagem de Integrilin poderá resultar em hemorragia. Devido à sua curta semi-vida e rápida depuração, a actividade do Integrilin pode ser prontamente revertida por interrupção da perfusão. Assim, embora Integrilin possa ser dialisado, é improvável que seja necessário o recurso a diálise. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: AGENTE ANTITROMBÓTICO (Inibidor da agregação plaquetária excl. a heparina), código ATC: B01A C16. 8 O eptifibatide, um heptapeptido cíclico sintético, que contém seis aminoácidos, incluindo uma cisteínamida e um resíduo mercaptopropionil (desamino cisteinil), é um inibidor da agregação plaquetária, pertencente à classe dos RGD (arginina-glicina-aspartato)-miméticos. O eptifibatide inibe, reversivelmente, a agregação plaquetária, impedindo a ligação do fibrinogénio, do factor de von Willebrand e de outros ligandos de adesão aos receptores da glicoproteína (GP) IIb/IIIa. O eptifibatide inibe a agregação plaquetária em função da dose administrada e da concentração utilizada, conforme demonstra a agregação plaquetária ex vivo ao utilizar-se difosfato de adenosina (ADP) e outros agonistas da indução da agregação plaquetária. O efeito do eptifibatide é observado imediatamente após a administração de uma dose intravenosa em bólus de 180 micrograma/kg. Quando este regime é seguido de uma perfusão contínua de 2,0 micrograma/kg/min, na presença de concentrações fisiológicas de cálcio, provoca uma inibição > 80 % da agregação plaquetária ex vivo induzida pelo ADP em mais de 80 % dos doentes. A inibição das plaquetas foi rapidamente revertida, verificando-se um retorno da função plaquetária aos valores basais (> 50 % da agregação plaquetária) 4 horas após a interrupção de uma perfusão contínua de 2,0 micrograma/kg/min. Em doentes com angina instável ou enfarte do miocárdio sem onda-Q e na presença de concentrações fisiológicas de cálcio (anticoagulante D-fenilalanil-L-propil-Larginina clorometil cetona [PPACK]), a determinação da agregação plaquetária ex vivo, induzida pelo ADP, revelou uma inibição, dependente da concentração, com uma CI50 (concentração inibitória de 50 %) de aproximadamente 550 ng/ml e uma CI80 (concentração inibitória de 80 %) de aproximadamente 1.100 ng/ml. Ensaio PURSUIT O principal ensaio clínico realizado sobre a Angina Instável (AI)/Enfarte do Miocárdio Sem Onda Q (EMSOQ) foi o PURSUIT. Este ensaio, que envolveu 726 centros em 27 países, consistiu num estudo com dupla ocultação, distribuição aleatória, controlado com placebo, em que participaram 10.948 doentes com AI ou EMSOQ. Os doentes só poderiam ser incluídos no estudo se tivessem sofrido isquemia cardíaca em repouso (≥ 10 minutos) nas 24 horas anteriores e se: apresentassem alterações do segmento ST: infradesnivelamentos > 0,5 mm durante menos de 30 minutos ou supradesnivelamento persistente do segmento ST > 0,5 mm, não requerendo terapêutica de reperfusão ou fármacos trombolíticos, inversão da onda T (> 1 mm), ou aumento dos níveis da CK-MB. Os doentes foram distribuídos aleatoriamente pelo placebo, pelo tratamento com Integrilin administrado sob a forma de um bólus de 180 micrograma/kg, seguido de uma perfusão de 2,0 micrograma/kg/min (180/2,0), ou pelo Integrilin administrado num bólus de 180 micrograma/kg seguido de uma perfusão de 1,3 micrograma/kg/min (180/1,3). A perfusão foi mantida até ser concedida alta hospitalar, até à realização do bypass aorto-coronário por enxerto (CABG) ou durante um período de até 72 horas, dependendo da situação que primeiro ocorresse. Na eventualidade de ser efectuada uma ICP, a perfusão de Integrilin era mantida nas 24 horas subsequentes ao procedimento, permitindo administrar o fármaco durante um período de até 96 horas. O ramo de 180/1,3 foi interrompido após uma análise intermédia, conforme pré-especificado no protocolo, quando os dois ramos do tratamento activo pareciam registar uma incidência semelhante de hemorragias. Os doentes foram tratados de acordo com os padrões adoptados habitualmente pelo centro de investigação; as frequências da angiografia, ICP e CABG diferiam, portanto, amplamente de local para local e de país para país. Treze por cento dos doentes que participaram no PURSUIT foram tratados com ICP durante a perfusão do fármaco; cerca de 50 % destes doentes receberam stents intracoronários; 87 % foram submetidos a tratamento médico (sem ICP durante a perfusão de Integrilin). A grande maioria dos doentes foi medicada com ácido acetilsalicílico (75-325 mg uma vez por dia). 9 A heparina não fraccionada foi administrada por via intravenosa ou subcutânea, de acordo com o critério do médico, geralmente sob a forma de um bólus intravenoso de 5.000 U, seguido de uma perfusão contínua de 1.000 U/h. Foi recomendado um valor aPTT alvo de 50-70 segundos. Um total de 1.250 doentes foi submetido a uma ICP no período de 72 horas após a distribuição aleatória, recebendo heparina não fraccionada intravenosa para manter um tempo de coagulação activada (ACT) de 300-350 segundos. O principal parâmetro de avaliação final do estudo consistiu na ocorrência de morte por qualquer causa ou de novo enfarte do miocárdio (EM) (avaliado por um Comité de Eventos Clínicos mantido sob ocultação) no período de 30 dias após a distribuição aleatória. Em comparação com o placebo, a administração de Integrilin em doses de 180/2,0, reduziu significativamente a incidência de eventos contemplados pelo parâmetro de avaliação final (Quadro 3), correspondendo a uma redução de cerca de 15 eventos por cada 1.000 doentes tratados. Quadro 3. Incidência de Morte/EM Avaliado pelo CEC (População "Tratada de Acordo com a Distribuição Aleatória") Tempo a : Placebo Integrilin 30 dias 743/4.697 (15,8 %) 667/4.680 (14,3 %) Teste do χ2 de Pearson da diferença entre o placebo e Integrilin. Valor de p 0,034a Os resultados registados em relação ao parâmetro de avaliação final primário foram principalmente atribuídos à ocorrência de enfarte do miocárdio. A redução da incidência de eventos relacionados com o parâmetro de avaliação final, registada nos doentes tratados com Integrilin, foi observada na fase inicial do tratamento (nas primeiras 7296 horas), persistindo no decurso dos 6 meses, sem que se observasse qualquer efeito significativo sobre a mortalidade. Os doentes mais susceptíveis de beneficiar de um tratamento com Integrilin são os que se encontram em maior risco de desenvolver enfarte do miocárdio nos primeiros 3-4 dias após a manifestação da angina aguda. De acordo com achados epidemiológicos, existem certos indicadores associados a uma maior incidência de acidentes cardiovasculares, nomeadamente: idade frequência cardíaca ou pressão arterial elevadas dor cardíaca persistente ou recorrente, de origem isquémica, alterações ECG marcadas (em particular alterações do segmento ST). elevação das enzimas ou marcadores cardíacos (por ex., CK-MB, troponinas) e insuficiência cardíaca. Prolongamento do tempo de hemorragia A administração de Integrilin por bólus intravenoso e perfusão induz um aumento quíntuplo do tempo de hemorragia. Este aumento regride rapidamente após suspender-se a perfusão, registando-se o retorno do tempo de hemorragia aos valores basais decorridas aproximadamente 6 (2-8) horas. Quando administrado isoladamente, o Integrilin não exerce qualquer efeito mensurável sobre o tempo de protrombina (TP) ou o tempo parcial de tromboplastina activada (aPTT). 5.2 Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética do eptifibatide é linear e proporcional à dose quando o fármaco é administrado em bólus compreendidos entre 90 e 250 micrograma/kg e com débitos de perfusão entre 0,5 e 3,0 micrograma/kg/min. No caso de uma perfusão de 2,0 micrograma/kg/min, as concentrações plasmáticas médias do eptifibatide no estado de equilíbrio variam entre 1,5 e 2,2 micrograma/ml em doentes com doença arterial coronária. Estas concentrações plasmáticas são rapidamente atingidas quando a perfusão é precedida de um bólus de 180 micrograma/kg. O grau de ligação do eptifibatide 10 às proteínas plasmáticas humanas é de cerca de 25 %. Na mesma população, a semi-vida de eliminação plasmática é de cerca de 2,5 horas, a depuração plasmática varia entre 55 e 80 ml/kg/h e o volume de distribuição é de cerca de 185 a 260 ml/kg. Em indivíduos saudáveis, a excreção renal representa cerca de 50 % da depuração total do organismo; aproximadamente 50 % da quantidade depurada é excretada sob a forma inalterada. Não foram realizados estudos formais de interacção farmacocinética. Contudo, num estudo de farmacocinética realizado numa população não foi demonstrada qualquer interacção farmacinética entre Integrilin e os medicamentos administrados concomitantemente a seguir referidos: amlodipina, atropina, captopril, cefazolina, diazepam, digoxina, diltiazem, difenidramina, enalapril, fentanil, furosemida, heparina, lidocaína, lisinopril, metoprolol, midazolam, morfina, nitratos, nifedipina e warfarina. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os estudos toxicológicos realizados com o eptifibatide incluem estudos de doses únicas e repetidas, realizados no rato, coelho e macaco, estudos de reprodução no rato e no coelho, estudos de toxicidade genética in vitro e in vivo e estudos de irritação, hipersensibilidade e antigenicidade. Não se observaram efeitos tóxicos inesperados num fármaco com este perfil farmacológico, e os efeitos observados foram preditivos da experiência clínica, sendo a hemorragia o principal evento adverso. O eptifibatide não exerceu qualquer efeito genotóxico. Foram realizados estudos teratológicos em que o eptifibatide foi administrado por perfusão intravenosa a ratos fêmeas prenhes, em doses diárias totais de até 72 mg/kg/dia (cerca de 4 vezes a dose humana diária máxima recomendada com base na área da superfície corporal), e a coelhas prenhes em doses diárias totais de até 36 mg/kg/dia (cerca de 4 vezes a dose humana diária máxima recomendada com base na área da superfície corporal). Estes estudos não revelaram quaisquer sinais de diminuição da fertilidade nem lesões fetais decorrentes do eptifibatide. Não se dispõe de estudos de reprodução realizados em espécies animais em que o eptifibatide evidencia uma actividade farmacológica semelhante à do homem. Estes estudos não são, portanto, apropriados para se avaliar a toxicidade de eptifibatide na função reprodutora (ver 4.6). O potencial carcinogénico do eptifibatide não foi avaliado em estudos a longo prazo. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Ácido cítrico monohidratado, hidróxido de sódio, água para injectáveis. 6.2 Incompatibilidades O Integrilin não é compatível com a furosemida. Não existem dados relativos à utilização de Integrilin em associação com Dextrano. Na ausência de estudos de incompatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros, excepto os mencionados em 6.6. 6.3 Prazo de validade 3 anos 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2º - 8ºC. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente 11 Um frasco de 100 ml de vidro de Tipo I, fechado com rolha de borracha butílica e selado com cápsulas de alumínio. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação Os estudos de compatibilidade física e química indicam que o Integrilin pode ser administrado através de um sistema intravenoso com sulfato de atropina, dobutamina, heparina, lidocaína, meperidina, metoprolol, midazolam, morfina, nitroglicerina, activador de plasminogénio tecidular ou verapamil. O Integrilin é compatível com Cloreto de Sódio a 0,9 % Injectável e com Dextrose a 5 % em Normosol R, na presença ou ausência de cloreto de potássio. Inspeccionar o conteúdo do frasco antes da sua utilização. Não utilizar se contiver partículas ou se apresentar alteração da cor. Durante a administração, não é necessário manter a solução de Integrilin ao abrigo da luz. Após a abertura do frasco, eliminar o produto não utilizado. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO SP Europe 73, rue de Stalle B-1180 Bruxelles Bélgica 8. NÚMERO(S) NO REGISTO COMUNITÁRIO DE MEDICAMENTOS 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 12 1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO Integrilin 2 mg/ml, solução injectável 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Integrilin contém 2 mg/ml de eptifibatide. Excipientes, ver 6.1. 3. FORMA FARMACÊUTICA Solução injectável 4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS 4.1 Indicação terapêutica Integrilin é indicado na prevenção, na fase inicial, de um enfarte do miocárdio em doentes com angina instável ou enfarte do miocárdio sem onda-Q, em que o último episódio de toracalgia tenha ocorrido num período de 24 horas e com alterações ECG e/ou subida dos níveis de enzimas cardíacas. Os doentes com maior probabilidade de beneficiarem do tratamento com Integrilin são os que apresentam um risco elevado de desenvolver enfarte do miocárdio nos 3-4 dias subsequentes à instalação de sintomas de angina aguda, incluindo, por exemplo, os doentes com probabilidade de serem submetidos precocemente a PTCA (ver 5.1). Integrilin destina-se a ser utilizado em associação com ácido acetilsalicílico e heparina não fracccionada. 4.2 Posologia e modo de administração Este produto destina-se a ser utilizado, exclusivamente, no hospital por médicos especialistas com experiência no tratamento de síndromes coronárias agudas. Integrilin, solução injectável, deve ser utilizado em conjunto com Integrilin, solução para perfusão. Adultos (≥ 18 anos de idade) com angina instável ou enfarte do miocárdio sem onda-Q: A posologia recomendada é de um bólus intravenoso de 180 micrograma/kg, administrado o mais cedo possível após o diagnóstico, seguido de uma perfusão contínua de 2,0 micrograma/kg/min, administrada durante um período máximo de 72 horas, até ao início de cirurgia de bypass aortocoronário com enxerto (CABG) ou até à alta hospitalar (a situação que primeiro se verificar). Se for efectuada uma Intervenção Coronária Percutânea (ICP) durante a terapêutica com Integrilin, a perfusão deve ser mantida durante 20-24 horas após a ICP de modo a atingir-se uma duração máxima global da terapêutica de 96 horas. A perfusão deve ser imediatamente interrompida se o doente necessitar de uma cirurgia cardíaca urgente ou de emergência durante o tratamento com Integrilin. Se o doente necessitar de cirurgia semielectiva, a perfusão de Integrilin deve ser atempadamente interrompida de modo a permitir que decorra um período de tempo suficiente para se obter a normalização da função plaquetária. 13 4.3 Contra-indicações Integrilin não deve ser utilizado no tratamento de doentes com: sinais de hemorragia gastrintestinal, hemorragia genito-urinária macroscópica ou outras hemorragias anómalas activas no período de 30 dias antes do tratamento; história de acidente vascular cerebral nos 30 dias anteriores ou de qualquer acidente vascular cerebral hemorrágico; antecedentes conhecidos de doença intracraniana (neoplasia, malformação arteriovenosa, aneurisma); grande cirurgia ou traumatismo grave nas últimas 6 semanas; história de diátese hemorrágica; trombocitopenia (< 100.000 células/mm3); tempo de protrombina > 1,2 vezes o valor de controlo ou International Normalized Ratio (INR) ≥ 2,0; hipertensão grave (pressão arterial sistólica > 200 mm Hg ou pressão arterial diastólica > 110 mm Hg sob terapêutica anti-hipertensiva); depuração de creatinina < 30 ml/min ou insuficiência renal grave; insuficiência hepática clinicamente significativa; administração parentérica concomitante ou planeada de outro inibidor da GP IIb/IIIa; hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Hemorragia Integrilin é um fármaco antitrombótico que actua por inibição da agregação plaquetária; o doente deverá, portanto, ser mantido sob cuidadosa observação para despiste de sinais de hemorragia durante o tratamento (ver 4.8). O risco de hemorragia poderá ser maior nas mulheres, nos idosos e em doentes com baixo peso corporal. Estes doentes devem ser mantidos sob cuidadosa observação para despiste de sinais de hemorragia. O risco de hemorragia é mais comum no local de acesso arterial em doentes submetidos a procedimentos arteriais percutâneos. Devem observar-se cuidadosamente todos os locais de potencial hemorragia, como por exemplo, locais de inserção de catéteres, locais de punção arterial, venosa ou por agulha, locais de desbridamento e áreas gastrintestinal, genito-urinária e retroperitoneal. Antes da perfusão de Integrilin devem realizar-se os seguintes exames laboratoriais para identificação de alterações hemostáticas pré-existentes: hematócrito ou hemoglobina, contagem de plaquetas, creatinina sérica, tempo de protrombina (PT) e tempo parcial de tromboplastina activada (aPTT). Nos doentes submetidos a ICP, dever-se-á, também, determinar o tempo de coagulação activada (ACT). Uma vez que Integrilin inibe a agregação plaquetária, deve usar-se de precaução ao utilizar este medicamento com outros fármacos que afectam a hemostase, incluindo trombolíticos, anticoagulantes orais, soluções de dextrano (ver 6.2), adenosina, heparinas de baixo peso molecular, sulfimpirazona, prostaciclina, agentes anti-inflamatórios não esteróides, dipiridamol, ticlopidina e clopidogrel. A experiência terapêutica com Integrilin é limitada nos doentes em que se encontra geralmente indicada uma terapêutica trombolítica (por ex., enfarte agudo do miocárdio transmural com novas ondas Q patológicas ou supradesnivelamento dos segmentos ST ou bloqueio de ramo esquerdo no ECG). Não se recomenda, portanto, a utilização de Integrilin nestas circunstâncias. Não existe qualquer experiência sobre o uso simultâneo de Integrilin e de heparinas de baixo peso molecular. Assim, não se recomenda a co-administração de heparinas de baixo peso molecular com Integrilin. A perfusão de Integrilin deve ser imediatamente interrompida se surgirem situações que requeiram uma terapêutica trombolítica ou se o doente tiver de ser submetido a uma CABG de emergência ou requerer uma bomba intra-aórtica ligada a um dispositivo em balão. 14 Tratando-se de procedimentos de emergência, deverão ser iniciados imediatamente após a suspensão de Integrilin. Na eventualidade de ocorrer uma hemorragia grave, não controlável por meio de compressão, deve interromper-se imediatamente a perfusão de Integrilin e a administração concomitante de qualquer heparina não fraccionada. Procedimentos arteriais No decurso do tratamento com eptifibatide, verifica-se um aumento significativo das taxas de hemorragia, especialmente na área da artéria femoral, no local de inserção da bainha do catéter. Certifique-se de que só a parede anterior da arterial femoral é puncionada. As bainhas arteriais podem ser removidas quando os valores da coagulação normalizam (por ex., quando o tempo de coagulação activada [ACT] é inferior a 180 segundos (geralmente 2-6 horas após a interrupção do tratamento com heparina). Após remoção da bainha de introdução, deve assegurar-se a hemostase mantendo o doente sob cuidadosa observação. Trombocitopenia Integrilin inibe a agregação plaquetária, mas não parece afectar a viabilidade das plaquetas. Conforme demonstrado em ensaios clínicos, a incidência de trombocitopenia foi baixa e semelhante nos doentes tratados com Integrilin e nos doentes que receberam placebo. Se o doente registar uma descida confirmada das plaquetas para níveis < 100.000/mm3, deve suspender-se a administração de Integrilin e de heparina não fraccionada e proceder-se à conveniente monitorização e tratamento do doente. Não existem dados sobre a utilização de Integrilin em doentes com trombocitopenia prévia devido à administração parentérica de outros inibidores da GP IIb/IIIA, sendo, como tal, necessário proceder à sua cuidadosa monitorização. Administração de heparina Recomenda-se a administração de heparina salvo nos casos em que exista contra-indicação (tal como antecedentes de trombocitopenia associada à utilização de heparina). No caso de um doente que pesa ≥ 70 kg, recomenda-se a administração de uma dose em bólus de 5.000 unidades, seguida de uma perfusão intravenosa constante de 1.000 unidades/hora. Se o doente pesar < 70 kg, deve administrar-se um bólus de 60 unidades/kg, seguido de uma perfusão de 12 unidades/kg/h. Deve proceder-se à monitorização do tempo parcial de tromboplastina activada (aPTT) por forma a manter um valor compreendido entre 50 e 70 segundos; acima de 70 segundos, poderá haver um aumento do risco de hemorragia. Caso seja necessário efectuar uma ICP, o tempo de coagulação activada (ACT) deve ser monitorizado de modo a manter-se um valor compreendido entre 300-350 segundos. A administração de heparina deve ser interrompida se o ACT exceder 300 segundos, não devendo ser reiniciada até que o ACT desça para um valor inferior a 300 segundos. Monitorização dos valores laboratoriais Antes de administrar Integrilin por perfusão, recomenda-se a realização dos seguintes exames laboratoriais para identificação de alterações hemostáticas pré-existentes: tempo de protrombina (PT) e aPTT, níveis séricos de creatinina, contagem plaquetária, hemoglobina e níveis de hematócrito. Dever-se-ão também monitorizar a hemoglobina, hematócrito e a contagem plaquetária nas 6 horas após o início da terapêutica e, pelo menos, uma vez por dia, subsequentemente, enquanto o doente se mantiver sob terapêutica (ou mais frequentemente, caso se observem sinais de diminuição marcada). Se a contagem plaquetária descer para níveis inferiores a 100.000/mm3 será necessário proceder à contagem adicional das plaquetas para excluir a existência de trombocitopenia. Dever-se-á suspender o tratamento com heparina não fraccionada. Em doentes submetidos a ICP, deve determinar-se também o ACT. Deve proceder-se à monitorização dos doentes para despiste de hemorragia e instituir um tratamento se tal for necessário (ver 4.9). Imunogenicidade 15 Em indivíduos que receberam doses múltiplas de Integrilin, não se observou uma resposta imunogénica ou formação de anticorpos contra o Integrilin. A experiência sobre a re-administração de Integrilin é limitada. Em caso de repetição do tratamento com Integrilin, não é previsível que se registe qualquer reacção alérgica ou diminuição da resposta terapêutica. Insuficiência hepática A experiência em doentes com insuficiência hepática é muito limitada. Administrar com precaução em doentes com insuficiência hepática cuja coagulação seja susceptível de ser afectada (ver 4.3, tempo de protrombina). Insuficiência renal A dose habitual de Integrilin pode ser administrada, com segurança, a doentes com insuficiência renal ligeira a moderada (depuração da creatinina [Clcr] ≥ 30 ml/min). A experiência em doentes com insuficiência renal mais grave é limitada. Utilização pediátrica Não foram estabelecidas a segurança e eficácia em crianças e adolescentes com < 18 anos de idade. Assim, não se recomenda a sua utilização em doentes com menos de 18 anos. 4.5 Interacções medicamentosas e outras Integrilin não pareceu aumentar o risco de hemorragias major e minor associadas ao uso concomitante de warfarina e de dipiridamol. O risco de hemorragia não pareceu aumentar em doentes tratados com Integrilin que apresentavam um tempo de protrombina (TP) > 14,5 segundos e que se encontravam também a ser medicados com warfarina. Os dados relativos à utilização de Integrilin em doentes medicados com agentes trombolíticos são limitados. Não se obtiveram quaisquer provas consistentes de que Integrilin aumentasse o risco de hemorragias major ou minor associadas à utilização de um activador de plasminogénio tecidular, tanto no estudo da ICP como num estudo sobre o enfarte agudo do miocárdio; contudo, o Integrilin pareceu aumentar o risco de hemorragia quando administrado com estreptoquinase, num estudo sobre o enfarte agudo do miocárdio. Num estudo sobre o enfarte agudo do miocárdio em que participaram 181 doentes, o Integrilin (em regimes posológicos de um bólus injectável de até 180 micrograma/kg, seguido de uma perfusão de até 2 micrograma/kg/min, durante um período de até 72 horas) foi administrado concomitantemente com estreptoquinase (1,5 milhões de unidades durante 60 minutos). Com as velocidades de perfusão máximas (1,3 micrograma/kg/min e 2,0 micrograma/kg/min) estudadas, verificou-se que Integrilin esteve associado a um aumento da incidência de hemorragia e de transfusões em comparação com a incidência registada nos casos em que a estreptoquinase foi utilizada isoladamente. 4.6 Gravidez e aleitamento Não foram realizados estudos clínicos com o Integrilin em mulheres grávidas. Não foram realizados estudos na reprodução numa espécie animal em que o eptifibatide apresente uma actividade farmacológica semelhante à humana. Como tal, apenas se recomenda o uso de Integrilin durante a gravidez se os benefícios para a mãe compensarem o risco potencial para o feto. Desconhece-se se Integrilin é excretado no leite humano. Recomenda-se a interrupção do aleitamento durante o período de tratamento. 16 4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas Integrilin destina-se a ser utilizado em doentes hospitalizados. Não se dispõe de dados sobre doentes tratados com Integrilin fora do ambiente hospitalar. 4.8 Efeitos indesejáveis A maioria dos efeitos indesejáveis observada em doentes tratados com Integrilin esteve geralmente relacionada com hemorragias ou com acidentes cardiovasculares, que ocorrem frequentemente nesta população de doentes. No ensaio PURSUIT, que envolveu cerca de 11.000 doentes, aos quais se administrou a dose terapêutica recomendada, a hemorragia foi a complicação mais frequente observada durante a terapêutica com Integrilin. A administração de Integrilin encontra-se associada a um aumento da incidência de hemorragias major e minor segundo os critérios do grupo do estudo Thombolysis in Myocardial Infarction (TIMI). Hemorragia As hemorragias minor foram as complicações mais frequentes associadas à administração de Integrilin (13,1 % com Integrilin vs. 7,6 % com placebo). As hemorragias minor foram definidas como hematúria espontânea macroscópica, hematemese espontânea, observação de perda sanguínea com descida de hemoglobina superior a 3 g/dl, ou superior a 4 g/dl na ausência de observação de uma fonte hemorrágica. Os episódios hemorrágicos foram mais frequentes em doentes submetidos a uma terapêutica concomitante com heparina no decurso de uma ICP quando o ACT excedeu 350 segundos (ver 4.4, utilização de heparina). As hemorragias major foram definidas como hemorragias intracranianas ou como descida das concentrações de hemoglobina superior a 5 g/dl. Foram referidas mais frequentemente hemorragias major em doentes tratados com Integrilin do que nos que receberam placebo, i.e., 10,8 % vs. 9,3 %, respectivamente. Contudo, Integrilin não pareceu aumentar o risco de hemorragia intracraniana, a qual foi referida em casos raros (0,1 % em doentes tratados com Integrilin vs. 0,06 % nos que receberam placebo). Nos doentes submetidos a cirurgia de CABG, a incidência de hemorragias registada com Integrilin não aumentou em comparação com o placebo. A incidência de episódios hemorrágicos graves ou potencialmente fatais foi de 1,9 % com Integrilin vs. 1,1 % com placebo. O tratamento com Integrilin aumentou apenas ligeiramente a necessidade de transfusões sanguíneas (11,8 % vs. 9,3 %, placebo). No subgrupo de doentes submetidos a ICP, foi observada hemorragia major em 9,7 % dos doentes tratados com Integrilin vs, 4,6 % dos doentes tratados com placebo. Outros efeitos indesejáveis Globalmente, no mesmo ensaio, a incidência de referências a eventos adversos graves, não hemorrágicos, foi semelhante nos doentes tratados com Integrilin e nos que receberam placebo. Os eventos relatados mais frequentemente (registados em ≥ 2 % em todos os grupos) foram os relacionados com a doença subjacente, nomeadamente, fibrilhação auricular, hipotensão, insuficiência cardíaca congestiva, paragem cardíaca e choque. No Quadro I, a seguir, apresentam-se os eventos adversos referidos no período de 30 dias após o início do tratamento com Integrilin. Os doentes com angina instável/enfarte do miocárdio sem onda Q (EMSOQ) [ensaio PURSUIT] receberam um bólus intravenoso de 180 micrograma/kg, seguido de uma perfusão contínua de 2,0 micrograma/kg/min durante um período de até 72 horas (96 horas, caso tivessem sido submetidos a uma ICP). 17 Quadro 1. Eventos Adversos Relatados no PURSUIT aos 30 Dias* Evento Adverso Placebo Eptifibatide (N=4.696) (N=4.679) 9,3 % 10,8 % Hemorragia Major Tipo ou Localização da Hemorragia Major Artéria Femoral de Acesso 1,3 2,7 Relacionada com a CABG 6,7 6,5 Genito-urinária 0,3 0,8 Gastrintestinal 0,4 1,5 Retroperitoneal 0,04 0,2 Oral/Orofaríngea 0,2 1,6 Descida da 1,5 1,4 Hemoglobina/Hematócrito Intracraniana 0,06 0,1 7,6 % 13,1 % Hemorragia Minor Tipo ou Localização da Hemorragia Minor Artéria Femoral de Acesso 1,3 3,3 Relacionada com a CABG 2,7 2,8 Genito-urinária 1,6 3,9 Gastrintestinal 0,8 2,8 Oral/Orofaríngea 0,3 3,0 Descida da 1,4 1,4 Hemoglobina/Hematócrito 18,7 % 19,0 % Qualquer Evento Adverso Não Hemorrágico Cardiovascular Hipotensão 6.2 6.9 Fibrilhação Auricular 6.4 6.3 Insuficiência Cardíaca 5.5 5.1 Congestiva Choque 2.5 2.6 Paragem cardíaca 2.7 2.3 Bloqueio Aurículo-ventricular 1.3 1.5 Flebite 1.5 1.4 Fibrilhação Ventricular 1.4 1.3 Taquicardia Ventricular 1.1 1.1 Hematológico/Linfático Trombocitopenia < 0.1 0.2 Neurológico Isquemia cerebral 0.5 0.4 *Não foi determinada a causalidade em todos os eventos adversos. 18 O Quadro 2 (em baixo) ilustra a incidência de hemorragias segundo os critérios do TIMI e por procedimentos cardíacos invasivos no ensaio PURSUIT. Quadro 2. Hemorragia (Critérios TIMI) por Procedimentos no Ensaio PURSUIT Major Minor Placebo Eptifibatide Placebo Eptifibatide n (%) n (%) n (%) n (%) Doentes 4.577 4.604 4.577 4.604 Incidência Global de Hemorragias 425 (9,3 %) 498 (10,8 %) 347 (7,6 %) 604 (13,1 %) Distribuição por Procedimentos: CABG 375 (8,2 %) 377 (8,2 %) 157 (3,4 %) 156 (3,4 %) Angioplastia sem CABG 27 (0,6 %) 64 (1,4 %) 102 (2,2 %) 197 (4,3 %) Angiografia sem angioplastia ou 11 (0,2 %) 29 (0,6 %) 36 (0,8 %) 102 (2,2 %) CABG Exclusivamente Terapêutica Médica 12 (0,3 %) 28 (0,6 %) 52 (1,1 %) 149 (3,2 %) As percentagens baseiam-se no número total de doentes cuja classificação TIMI foi determinada. As complicações hemorrágicas mais comuns estiveram associadas a procedimentos invasivos cardíacos (relacionados com CABG ou no local de acesso da artéria femoral). As hemorragias major foram raras no ensaio PURSUIT na grande maioria dos doentes que não foram submetidos a CABG no período de 30 dias após a sua inclusão no estudo. Parâmetros laboratoriais As alterações observadas durante o tratamento com Integrilin resultam da sua acção farmacológica já conhecida, i.e., inibição da agregação plaquetária. Deste modo, as alterações dos parâmetros laboratoriais associadas a hemorragia (por ex., tempo de hemorragia), são frequentes e previsíveis. Não se observaram diferenças aparentes entre os doentes tratados com Integrilin ou com placebo relativamente aos parâmetros da função hepática (TGO/AST, TGP/ALT, bilirrubina, fosfatase alcalina) ou da função renal (creatinina sérica e ureia sanguínea). 4.9 Sobredosagem No homem, a experiência com uma sobredosagem de Integrilin é extremamente limitada. Não existe qualquer indicação de ocorrência de eventos adversos graves associados à administração acidental de doses elevadas em bólus, de uma perfusão rápida descrita como sobredosagem ou de doses elevadas cumulativas. No ensaio PURSUIT, 9 doentes receberam doses em bólus e/ou em perfusão superiores ao dobro das especificadas no protocolo, ou foram identificados pelo investigador como tendo recebido uma sobredosagem. Nenhum destes doentes sofreu qualquer hemorragia excessiva, embora tenha sido relatada, num doente submetido a CABG, uma hemorragia moderada. Especificamente, nenhum doente sofreu uma hemorragia intracraniana. Potencialmente, uma sobredosagem de Integrilin poderá resultar em hemorragia. Devido à sua curta semi-vida e rápida depuração, a actividade do Integrilin pode ser prontamente revertida por interrupção da perfusão. Assim, embora Integrilin possa ser dialisado, é improvável que seja necessário o recurso a diálise. 5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS 5.1 Propriedades farmacodinâmicas Grupo farmacoterapêutico: AGENTE ANTITROMBÓTICO (Inibidor da agregação plaquetária excl. a heparina), código ATC: B01A C16. 19 O eptifibatide, um heptapeptido cíclico sintético, que contém seis aminoácidos, incluindo uma cisteínamida e um resíduo mercaptopropionil (desamino cisteinil), é um inibidor da agregação plaquetária, pertencente à classe dos RGD (arginina-glicina-aspartato)-miméticos. O eptifibatide inibe, reversivelmente, a agregação plaquetária, impedindo a ligação do fibrinogénio, do factor de von Willebrand e de outros ligandos de adesão aos receptores da glicoproteína (GP) IIb/IIIa. O eptifibatide inibe a agregação plaquetária em função da dose administrada e da concentração utilizada, conforme demonstra a agregação plaquetária ex vivo ao utilizar-se difosfato de adenosina (ADP) e outros agonistas da indução da agregação plaquetária. O efeito do eptifibatide é observado imediatamente após a administração de uma dose intravenosa em bólus de 180 micrograma/kg. Quando este regime é seguido de uma perfusão contínua de 2,0 micrograma/kg/min, na presença de concentrações fisiológicas de cálcio, provoca uma inibição > 80 % da agregação plaquetária ex vivo induzida pelo ADP em mais de 80 % dos doentes. A inibição das plaquetas foi rapidamente revertida, verificando-se um retorno da função plaquetária aos valores basais (> 50 % da agregação plaquetária) 4 horas após a interrupção de uma perfusão contínua de 2,0 micrograma/kg/min. Em doentes com angina instável ou enfarte do miocárdio sem onda-Q e na presença de concentrações fisiológicas de cálcio (anticoagulante D-fenilalanil-L-propil-Larginina clorometil cetona [PPACK]), a determinação da agregação plaquetária ex vivo, induzida pelo ADP, revelou uma inibição, dependente da concentração, com uma CI50 (concentração inibitória de 50 %) de aproximadamente 550 ng/ml e uma CI80 (concentração inibitória de 80 %) de aproximadamente 1.100 ng/ml. Ensaio PURSUIT O principal ensaio clínico realizado sobre a Angina Instável (AI)/Enfarte do Miocárdio Sem Onda Q (EMSOQ) foi o PURSUIT. Este ensaio, que envolveu 726 centros em 27 países, consistiu num estudo com dupla ocultação, distribuição aleatória, controlado com placebo, em que participaram 10.948 doentes com AI ou EMSOQ. Os doentes só poderiam ser incluídos no estudo se tivessem sofrido isquemia cardíaca em repouso (≥ 10 minutos) nas 24 horas anteriores e se: apresentassem alterações do segmento ST: infradesnivelamentos > 0,5 mm durante menos de 30 minutos ou supradesnivelamento persistente do segmento ST > 0,5 mm, não requerendo terapêutica de reperfusão ou fármacos trombolíticos, inversão da onda T (> 1 mm), ou aumento dos níveis da CK-MB. Os doentes foram distribuídos aleatoriamente pelo placebo, pelo tratamento com Integrilin administrado sob a forma de um bólus de 180 micrograma/kg, seguido de uma perfusão de 2,0 micrograma/kg/min (180/2,0), ou pelo Integrilin administrado num bólus de 180 micrograma/kg seguido de uma perfusão de 1,3 micrograma/kg/min (180/1,3). A perfusão foi mantida até ser concedida alta hospitalar, até à realização do bypass aorto-coronário por enxerto (CABG) ou durante um período de até 72 horas, dependendo da situação que primeiro ocorresse. Na eventualidade de ser efectuada uma ICP, a perfusão de Integrilin era mantida nas 24 horas subsequentes ao procedimento, permitindo administrar o fármaco durante um período de até 96 horas. O ramo de 180/1,3 foi interrompido após uma análise intermédia, conforme pré-especificado no protocolo, quando os dois ramos do tratamento activo pareciam registar uma incidência semelhante de hemorragias. Os doentes foram tratados de acordo com os padrões adoptados habitualmente pelo centro de investigação; as frequências da angiografia, ICP e CABG diferiam, portanto, amplamente de local para local e de país para país. Treze por cento dos doentes que participaram no PURSUIT foram tratados com ICP durante a perfusão do fármaco; cerca de 50 % destes doentes receberam stents intracoronários; 87 % foram submetidos a tratamento médico (sem ICP durante a perfusão de Integrilin). A grande maioria dos doentes foi medicada com ácido acetilsalicílico (75-325 mg uma vez por dia). 20 A heparina não fraccionada foi administrada por via intravenosa ou subcutânea, de acordo com o critério do médico, geralmente sob a forma de um bólus intravenoso de 5.000 U, seguido de uma perfusão contínua de 1.000 U/h. Foi recomendado um valor aPTT alvo de 50-70 segundos. Um total de 1.250 doentes foi submetido a uma ICP no período de 72 horas após a distribuição aleatória, recebendo heparina não fraccionada intravenosa para manter um tempo de coagulação activada (ACT) de 300-350 segundos. O principal parâmetro de avaliação final do estudo consistiu na ocorrência de morte por qualquer causa ou de novo enfarte do miocárdio (EM) (avaliado por um Comité de Eventos Clínicos mantido sob ocultação) no período de 30 dias após a distribuição aleatória. Em comparação com o placebo, a administração de Integrilin em doses de 180/2,0, reduziu significativamente a incidência de eventos contemplados pelo parâmetro de avaliação final (Quadro 3), correspondendo a uma redução de cerca de 15 eventos por cada 1.000 doentes tratados. Quadro 3. Incidência de Morte/EM Avaliado pelo CEC (População "Tratada de Acordo com a Distribuição Aleatória") Tempo a : Placebo Integrilin 30 dias 743/4.697 (15,8 %) 667/4.680 (14,3 %) Teste do χ2 de Pearson da diferença entre o placebo e Integrilin. Valor de p 0,034a Os resultados registados em relação ao parâmetro de avaliação final primário foram principalmente atribuídos à ocorrência de enfarte do miocárdio. A redução da incidência de eventos relacionados com o parâmetro de avaliação final, registada nos doentes tratados com Integrilin, foi observada na fase inicial do tratamento (nas primeiras 7296 horas), persistindo no decurso dos 6 meses, sem que se observasse qualquer efeito significativo sobre a mortalidade. Os doentes mais susceptíveis de beneficiar de um tratamento com Integrilin são os que se encontram em maior risco de desenvolver enfarte do miocárdio nos primeiros 3-4 dias após a manifestação da angina aguda. De acordo com achados epidemiológicos, existem certos indicadores associados a uma maior incidência de acidentes cardiovasculares, nomeadamente: idade frequência cardíaca ou pressão arterial elevadas dor cardíaca persistente ou recorrente, de origem isquémica, alterações ECG marcadas (em particular alterações do segmento ST). elevação das enzimas ou marcadores cardíacos (por ex., CK-MB, troponinas) e insuficiência cardíaca. Prolongamento do tempo de hemorragia A administração de Integrilin por bólus intravenoso e perfusão induz um aumento quíntuplo do tempo de hemorragia. Este aumento regride rapidamente após suspender-se a perfusão, registando-se o retorno do tempo de hemorragia aos valores basais decorridas aproximadamente 6 (2-8) horas. Quando administrado isoladamente, o Integrilin não exerce qualquer efeito mensurável sobre o tempo de protrombina (TP) ou o tempo parcial de tromboplastina activada (aPTT). 5.2 Propriedades farmacocinéticas A farmacocinética do eptifibatide é linear e proporcional à dose quando o fármaco é administrado em bólus compreendidos entre 90 e 250 micrograma/kg e com débitos de perfusão entre 0,5 e 3,0 micrograma/kg/min. No caso de uma perfusão de 2,0 micrograma/kg/min, as concentrações plasmáticas médias do eptifibatide no estado de equilíbrio variam entre 1,5 e 2,2 micrograma/ml em doentes com doença arterial coronária. Estas concentrações plasmáticas são rapidamente atingidas quando a perfusão é precedida de um bólus de 180 micrograma/kg. O grau de ligação do eptifibatide 21 às proteínas plasmáticas humanas é de cerca de 25 %. Na mesma população, a semi-vida de eliminação plasmática é de cerca de 2,5 horas, a depuração plasmática varia entre 55 e 80 ml/kg/h e o volume de distribuição é de cerca de 185 a 260 ml/kg. Em indivíduos saudáveis, a excreção renal representa cerca de 50 % da depuração total do organismo; aproximadamente 50 % da quantidade depurada é excretada sob a forma inalterada. Não foram realizados estudos formais de interacção farmacocinética. Contudo, num estudo de farmacocinética realizado numa população não foi demonstrada qualquer interacção farmacinética entre Integrilin e os medicamentos administrados concomitantemente a seguir referidos: amlodipina, atropina, captopril, cefazolina, diazepam, digoxina, diltiazem, difenidramina, enalapril, fentanil, furosemida, heparina, lidocaína, lisinopril, metoprolol, midazolam, morfina, nitratos, nifedipina e warfarina. 5.3 Dados de segurança pré-clínica Os estudos toxicológicos realizados com o eptifibatide incluem estudos de doses únicas e repetidas, realizados no rato, coelho e macaco, estudos de reprodução no rato e no coelho, estudos de toxicidade genética in vitro e in vivo e estudos de irritação, hipersensibilidade e antigenicidade. Não se observaram efeitos tóxicos inesperados num fármaco com este perfil farmacológico, e os efeitos observados foram preditivos da experiência clínica, sendo a hemorragia o principal evento adverso. O eptifibatide não exerceu qualquer efeito genotóxico. Foram realizados estudos teratológicos em que o eptifibatide foi administrado por perfusão intravenosa a ratos fêmeas prenhes, em doses diárias totais de até 72 mg/kg/dia (cerca de 4 vezes a dose humana diária máxima recomendada com base na área da superfície corporal), e a coelhas prenhes em doses diárias totais de até 36 mg/kg/dia (cerca de 4 vezes a dose humana diária máxima recomendada com base na área da superfície corporal). Estes estudos não revelaram quaisquer sinais de diminuição da fertilidade nem lesões fetais decorrentes do eptifibatide. Não se dispõe de estudos de reprodução realizados em espécies animais em que o eptifibatide evidencia uma actividade farmacológica semelhante à do homem. Estes estudos não são, portanto, apropriados para se avaliar a toxicidade de eptifibatide na função reprodutora (ver 4.6). O potencial carcinogénico do eptifibatide não foi avaliado em estudos a longo prazo. 6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS 6.1 Lista dos excipientes Ácido cítrico monohidratado, hidróxido de sódio, água para injectáveis. 6.2 Incompatibilidades O Integrilin não é compatível com a furosemida. Não existem dados relativos à utilização de Integrilin em associação com Dextrano. Na ausência de estudos de incompatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros, excepto os mencionados em 6.6. 6.3 Prazo de validade 3 anos 22 6.4 Precauções especiais de conservação Guardar a 2º - 8ºC. Manter o recipiente dentro da embalagem exterior. 6.5 Natureza e conteúdo do recipiente Um frasco de 10 ml de vidro de Tipo I, fechado com rolha de borracha butílica e selado com cápsula de alumínio. 6.6 Instruções de utilização e manipulação e eliminação Os estudos de compatibilidade física e química indicam que o Integrilin pode ser administrado através de um sistema intravenoso com sulfato de atropina, dobutamina, heparina, lidocaína, meperidina, metoprolol, midazolam, morfina, nitroglicerina, activador de plasminogénio tecidular ou verapamil. O Integrilin é compatível com Cloreto de Sódio a 0,9 % Injectável e com Dextrose a 5 % em Normosol R, na presença ou ausência de cloreto de potássio. Inspeccionar o conteúdo do frasco antes da sua utilização. Não utilizar se contiver partículas ou se apresentar alteração da cor. Durante a administração, não é necessário manter a solução de Integrilin ao abrigo da luz. Após a abertura do frasco, eliminar o produto não utilizado. 7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO SP Europe 73, rue de Stalle B-1180 Bruxelles Bélgica 8. NÚMERO(S) NO REGISTO COMUNITÁRIO DE MEDICAMENTOS 9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO 23 ANEXO II A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO 24 A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote no EEE SP Labo N.V., Industriepark 30 – 2220 Heist-Op-Den-Berg, Bélgica Autorização de fabrico emitida em 8 de Abril de 1997 por Ministère des Affaires Sociales de la Santé Publique et de l'Environnement, Inspection Générale de la Pharmacie, Quartier Vésale, 1e Cité administrative de l'Etat, 1010 Bruxelas. B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E À UTILIZAÇÃO A SEREM CUMPRIDAS PELO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Medicamento de receita médica restrita. 25 ANEXO III ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO 26 A. ROTULAGEM 27 INTEGRILIN 0,75 mg/ml - 100 ml Embalagem exterior (cartonagem) Integrilin 0,75 mg/ml solução para perfusão intravenosa eptifibatide Um frasco de 100 ml contém 75 mg de eptifibatide. Excipientes: ácido cítrico monohidratado, hidróxido de sódio, água para injectáveis. 1 frasco 75 mg/100 ml Via intravenosa Ler o folheto informativo antes da utilização. Manter fora do alcance e da vista das crianças. Inspeccionar o conteúdo do frasco. Não utilizar se contiver partículas. Exp. Guardar a 2ºC - 8ºC (no frigorífico). Manter o recipiente dentro da embalagem exterior. Após a abertura do frasco eliminar o produto não utilizado. Titular da autorização de introdução no mercado: SP Europe, 73, rue de Stalle, B-1180 Bruxelles, Bélgica EU/… Lote Medicamento sujeito a receita médica. Acondicionamento primário (rótulo) Integrilin 0,75 mg/ml solução para perfusão intravenosa Via intravenosa Ler o folheto informativo antes da utilização. Exp. Lote 75 mg/100 ml 28 INTEGRILIN 2 mg/ml - 10 ml Embalagem exterior (cartonagem) Integrilin 2 mg/ml solução injectável eptifibatide Um frasco de 10 ml contém 20 mg de eptifibatide. Excipientes: ácido cítrico monohidratado, hidróxido de sódio, água para injectáveis. 1 frasco 20 mg/10 ml Via intravenosa Ler o folheto informativo antes da utilização. Manter fora do alcance e da vista das crianças. Inspeccionar o conteúdo do frasco. Não utilizar se contiver partículas. Exp. Guardar a 2ºC - 8ºC (no frigorífico). Manter o recipiente dentro da embalagem exterior. Após a abertura do frasco eliminar o produto não utilizado. Titular da autorização de introdução no mercado: SP Europe, 73, rue de Stalle, B-1180 Bruxelles, Bélgica EU/… Lote Medicamento sujeito a receita médica. Acondicionamento primário (rótulo) Integrilin 2 mg/ml solução injectável Via intravenosa Ler o folheto informativo antes da utilização. Exp. Lote 20 mg/10 ml 29 B. FOLHETO INFORMATIVO 30 FOLHETO INFORMATIVO Este folheto contem informações importantes para si. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. - Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico hospitalar. Neste folheto: 1. O que é Integrilin e para que é utilizado 2. Antes da administração de Integrilin 3. Como é que Integrilin é administrado 4. Efeitos secundários 5. Conservação de Integrilin Integrilin 0,75 mg/ml solução para perfusão intravenosa eptifibatide - A substância activa é eptifibatide. Os outros ingredientes são o ácido cítrico monohidratado, hidróxido de sódio e água para injectáveis. Titular da autorização de introdução no mercado: SP Europe 73, rue de Stalle B-1180 Bruxelles Bélgica 1. Fabricante: SP Labo N.V. Industriepark 30 B-2220 Heist-op-den-Berg Bélgica O QUE É INTEGRILIN E PARA QUE É UTILIZADO Integrilin solução para perfusão intravenosa: frasco de 100 ml, embalagem com um frasco (para ser utilizado com Integrilin solução injectável). Integrilin é um inibidor da agregação plaquetária. Isto significa que ajuda a evitar a formação de coágulos sanguíneos. Integrilin é utilizado em doentes com manifestações de insuficiência coronária grave, definida como dor torácica espontânea e recente, associada a alterações electrocardiográficas ou a alterações biológicas. 2. ANTES DA ADMINISTRAÇÃO DE INTEGRILIN Integrilin não deve ser administrado: se tem hipersensibilidade (alergia) ao eptifibatide ou a qualquer outro ingrediente de Integrilin; se teve uma hemorragia recente a nível do estômago, intestinos, bexiga ou de outros órgãos, por exemplo, se detectou a presença anormal de sangue nas suas fezes ou urina (à excepção de hemorragia menstrual) no período de 30 dias antes do tratamento; se teve um acidente vascular cerebral nos 30 dias anteriores ou qualquer acidente vascular cerebral hemorrágico (assegure-se, também, de que o seu médico se encontra informado sobre qualquer acidente vascular cerebral que tenha sofrido); se teve um tumor cerebral ou uma situação que afecte os vasos sanguíneos à volta do cérebro; se foi submetido a uma grande cirurgia ou teve um traumatismo nas últimas 6 semanas; se tem ou teve problemas hemorràgicos; se tem ou teve dificuldade de coagulação do sangue ou uma contagem de plaquetas baixa; se tem ou teve hipertensão grave (pressão arterial elevada); 31 - se tem ou teve problemas renais ou hepáticos graves; se tem sido tratado com outro medicamento do mesmo tipo do Integrilin; INFORME O SEU MÉDICO SE LHE FOR APLICÁVEL QUALQUER DESTAS CONDIÇÕES. É IMPORTANTE QUE COLOQUE AS SUAS DÚVIDAS AO SEU MÉDICO OU AO FARMACÊUTICO HOSPITALAR. Cuidado especial com Integrilin: Recomenda-se o uso de Integrilin exclusivamente em doentes adultos hospitalizados em unidades de cuidados intensivos coronários. Integrilin não se destina a ser utilizado em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade. Durante a utilização de Integrilin será mantido sob rigorosa observação para detectar quaisquer sinais de hemorragia não habitual ou inesperada. SE TIVER QUALQUER DÚVIDA, COLOQUE-A AO SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO HOSPITALAR. Gravidez Recomenda-se o uso de Integrilin durante a gravidez apenas se sua utilização for muito importante para o seu caso. O seu médico assistente irá averiguar se este tratamento será ou não demasiado arriscado para o seu bébé. Não deixe de informar o seu médico assistente se está grávida ou planeia engravidar. Aleitamento Consulte o seu médico ou farmacêutico hospitalar antes de tomar qualquer medicamento. Se estiver a amamentar, a amamentação deverá ser interrompida durante o período de tratamento. Tomar Integrilin com outros medicamentos: Informe o seu médico ou farmacêutico hospitalar se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. Para evitar a possibilidade de interacções medicamentosas, indique ao seu médico ou farmacêutico hospitalar quais os medicamentos que se encontra a tomar. Particularmente: os que diluem o sangue (anticoagulantes orais) ou medicamentos que evitam a formação de coágulos sanguíneos, incluindo warfarina, dipiridamol, ticlopidina, ácido acetilsalicílico (excepto na dose que lhe é administrada no âmbito do tratamento com Integrilin). 3. COMO É QUE INTEGRILIN É ADMINISTRADO Integrilin é administrado na veia por injecção directa, seguida de uma perfusão (solução gota a gota). A dose administrada baseia-se no seu peso. A dose recomendada é de 180 micrograma/kg, administrados em bólus (injecção intravenosa rápida), seguindo-se uma perfusão (solução gota a gota) de 2,0 micrograma/kg/minuto durante um período de até 72 horas. Se for efectuada uma intervenção coronária percutânea (ICP) durante a terapêutica com Integrilin, a administração da solução intravenosa pode ser mantida durante um período de até 96 horas. Deverão também ser-lhe administradas doses de ácido acetilsalicílico (aspirina) e de heparina (se não for contra-indicado no seu caso). É improvável que lhe seja administrada uma dose excessivamente elevada de Integrilin. Contudo, se ocorrer uma hemorragia inesperada ou grave, a administração da solução intravenosa pode ser interrompida. Em casos muito raros pode, se necessário, recorrer-se a uma transfusão de sangue. 32 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS Como os demais medicamentos, Integrilin pode ter efeitos secundários. Embora possam não ocorrer efeitos secundários, estes podem requerer cuidados médicos caso se verifiquem. As hemorragias ligeiras, i.e., presença de sangue na urina, de sangue nos vómitos, é o efeito secundário mais comum com este tipo de medicamento. Entre os outros efeitos que podem ocorrer em doentes que necessitam deste tipo de tratamento incluem-se os que se encontram relacionados com a doença que está a ser tratada, tais como, frequência cardíaca rápida ou irregular, pressão sanguínea baixa, choque ou paragem cardíaca. Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico hospitalar. 5. CONSERVAÇÃO DE INTEGRILIN Este medicamento deve ser mantido fora do alcance e da vista das crianças. É guardado a 2ºC - 8ºC (no frigorífico). O recipiente deve ser guardado na embalagem de cartão exterior. Durante a administração, é, contudo, desnecessário manter a solução de Integrilin ao abrigo da luz. Antes de utilizar Integrilin o conteúdo do frasco deve ser inspeccionado. Após a abertura do frasco, o produto não utilizado deve ser eliminado. Integrilin não deve ser utilizado após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Integrilin não deve ser utilizado caso sejam detectadas quaisquer partículas ou alteração da cor. Este folheto foi revisto pela última vez em 33 Outras informações Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. België/Belgique/Belgien 73, rue de Stalle/Stallestraat 73 B-1180 Bruxelles/Brussel Tel: + 32-(0)2 370 92 11 Luxembourg/Luxemburg Rue de Stalle 73 B-1180 Bruxelles Belgique/Belgien Tel: + 32-(0)2 370 92 11 Danmark Hvedemarken 12 DK-3520 Farum Tlf: + 45-44 95 50 66 Nederland Maarssenbroeksedijk 4 NL-3606 AN Maarssen Tel: + 31-(0)30 240 88 88 Deutschland Thomas-Dehler-Straße 27 D-81737 München Tel: + 49-(0)89 627 31-0 Österreich Badener Strasse 23 A-2514 Traiskirchen Tel: + 43-(0)2252 502-0 Ελλάδα Αγίου Δημητρίου 63 GR-174 55 Αλιμος τηλ.: + 30-1 98 97 300 Portugal Casal do Colaride Agualva P-2735 Cacém Tel: +351-(0)1 431 25 31 España Km. 36, Ctra. Nacional I E-28750 San Agustín de Guadalix - Madrid Tel: + 34-91 848 85 00 Suomi/Finland Riihitontuntie 14A/Rietomtevägen 14 A FIN-02200 Espoo/Esbo Puh/Tfn: + 358-(0)9 613 55 51 France 92 rue Baudin F-92307 Levallois-Perret Tél: + 33-(0)1 41 06 35 00 Sverige Box 27190 S-102 52 Stockholm Tfn: + 46-(0)8 670 89 00 Ireland Shire Park Welwyn Garden City Hertfordshire AL7 1TW - UK United Kingdom Tel: +44-(0)1 707 363 636 United Kingdom Shire Park Welwyn Garden City Hertfordshire AL7 1TW - UK Tel: + 44-(0)1 707 363 636 Italia Centro Direzionale Milano Due Palazzo Borromini I-20090 Segrate (Milano) Tel: + 39-02 21018.1 34 FOLHETO INFORMATIVO Este folheto contem informações importantes para si. - Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente. - Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico hospitalar. Neste folheto: 1. O que é Integrilin e para que é utilizado 2. Antes da administração de Integrilin 3. Como é que Integrilin é administrado 4. Efeitos secundários 5. Conservação de Integrilin Integrilin 2 mg/ml solução injectável eptifibatide - A substância activa é eptifibatide. Os outros ingredientes são o ácido cítrico monohidratado, hidróxido de sódio e água para injectáveis. Titular da autorização de introdução no mercado: SP Europe 73, rue de Stalle B-1180 Bruxelles Bélgica 1. Fabricante: SP Labo N.V. Industriepark 30 B-2220 Heist-op-den-Berg Bélgica O QUE É INTEGRILIN E PARA QUE É UTILIZADO Integrilin solução injectável: frasco de 10 ml, embalagem com um frasco (para ser utilizado com Integrilin solução para perfusão intravenosa). Integrilin é um inibidor da agregação plaquetária. Isto significa que ajuda a evitar a formação de coágulos sanguíneos. Integrilin é utilizado em doentes com manifestações de insuficiência coronária grave, definida como dor torácica espontânea e recente, associada a alterações electrocardiográficas ou a alterações biológicas. 2. ANTES DA ADMINISTRAÇÃO DE INTEGRILIN Integrilin não deve ser administrado: se tem hipersensibilidade (alergia) ao eptifibatide ou a qualquer outro ingrediente de Integrilin; se teve uma hemorragia recente a nível do estômago, intestinos, bexiga ou de outros órgãos, por exemplo, se detectou a presença anormal de sangue nas suas fezes ou urina (à excepção de hemorragia menstrual) no período de 30 dias antes do tratamento; se teve um acidente vascular cerebral nos 30 dias anteriores ou qualquer acidente vascular cerebral hemorrágico (assegure-se, também, de que o seu médico se encontra informado sobre qualquer acidente vascular cerebral que tenha sofrido); se teve um tumor cerebral ou uma situação que afecte os vasos sanguíneos à volta do cérebro; se foi submetido a uma grande cirurgia ou teve um traumatismo nas últimas 6 semanas; se tem ou teve problemas hemorràgisos; se tem ou teve dificuldade de coagulação do sangue ou uma contagem de plaquetas baixa; se tem ou teve hipertensão grave (pressão arterial elevada); 35 - se tem ou teve problemas renais ou hepáticos graves; se tem sido tratado com outro medicamento do mesmo tipo do Integrilin; INFORME O SEU MÉDICO SE LHE FOR APLICÁVEL QUALQUER DESTAS CONDIÇÕES. É IMPORTANTE QUE COLOQUE AS SUAS DÚVIDAS AO SEU MÉDICO OU AO FARMACÊUTICO HOSPITALAR. Cuidado especial com Integrilin: Recomenda-se o uso de Integrilin exclusivamente em doentes adultos hospitalizados em unidades de cuidados intensivos coronários. Integrilin não se destina a ser utilizado em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade. Durante a utilização de Integrilin será mantido sob rigorosa observação para detectar quaisquer sinais de hemorragia não habitual ou inesperada. SE TIVER QUALQUER DÚVIDA, COLOQUE-A AO SEU MÉDICO OU FARMACÊUTICO HOSPITALAR. Gravidez Recomenda-se o uso de Integrilin durante a gravidez apenas se sua utilização for muito importante para o seu caso. O seu médico assistente irá averiguar se este tratamento será ou não demasiado arriscado para o seu bébé. Não deixe de informar o seu médico assistente se está grávida ou planeia engravidar. Aleitamento Consulte o seu médico ou farmacêutico hospitalar antes de tomar qualquer medicamento. Se estiver a amamentar, a amamentação deverá ser interrompida durante o período de tratamento. Tomar Integrilin com outros medicamentos: Informe o seu médico ou farmacêutico hospitalar se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente quaisquer outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica. Para evitar a possibilidade de interacções medicamentosas, indique ao seu médico ou farmacêutico hospitalar quais os medicamentos que se encontra a tomar. Particularmente: os que diluem o sangue (anticoagulantes orais) ou medicamentos que evitam a formação de coágulos sanguíneos, incluindo warfarina, dipiridamol, ticlopidina, ácido acetilsalicílico (excepto na dose que lhe é administrada no âmbito do tratamento com Integrilin). 3. COMO É QUE INTEGRILIN É ADMINISTRADO Integrilin é administrado na veia por injecção directa, seguida de uma perfusão (solução gota a gota). A dose administrada baseia-se no seu peso. A dose recomendada é de 180 micrograma/kg, administrados em bólus (injecção intravenosa rápida), seguindo-se uma perfusão (solução gota a gota) de 2,0 micrograma/kg/minuto durante um período de até 72 horas. Se for efectuada uma intervenção coronária percutânea (ICP) durante a terapêutica com Integrilin, a administração da solução intravenosa pode ser mantida durante um período de até 96 horas. Deverão também ser-lhe administradas doses de ácido acetilsalicílico (aspirina) e de heparina (se não for contra-indicado no seu caso). É improvável que lhe seja administrada uma dose excessivamente elevada de Integrilin. Contudo, se ocorrer uma hemorragia inesperada ou grave, a administração da solução intravenosa pode ser interrompida. Em casos muito raros pode, se necessário, recorrer-se a uma transfusão de sangue. 36 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS Como os demais medicamentos, Integrilin pode ter efeitos secundários. Embora possam não ocorrer efeitos secundários, estes podem requerer cuidados médicos caso se verifiquem. As hemorragias ligeiras, i.e., presença de sangue na urina, de sangue nos vómitos, é o efeito secundário mais comum com este tipo de medicamento. Entre os outros efeitos que podem ocorrer em doentes que necessitam deste tipo de tratamento incluem-se os que se encontram relacionados com a doença que está a ser tratada, tais como, frequência cardíaca rápida ou irregular, pressão sanguínea baixa, choque ou paragem cardíaca. Caso detecte efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico hospitalar. 5. CONSERVAÇÃO DE INTEGRILIN Este medicamento deve ser mantido fora do alcance e da vista das crianças. É guardado a 2ºC - 8ºC (no frigorífico). O recipiente deve ser guardado na embalagem de cartão exterior. Durante a administração, é, contudo, desnecessário manter a solução de Integrilin ao abrigo da luz. Antes de utilizar Integrilin o conteúdo do frasco deve ser inspeccionado. Após a abertura do frasco, o produto não utilizado deve ser eliminado. Integrilin não deve ser utilizado após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Integrilin não deve ser utilizado caso sejam detectadas quaisquer partículas ou alteração da cor. Este folheto foi revisto pela última vez em 37 Outras informações Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado. België/Belgique/Belgien 73, rue de Stalle/Stallestraat 73 B-1180 Bruxelles/Brussel Tel: + 32-(0)2 370 92 11 Luxembourg/Luxemburg Rue de Stalle 73 B-1180 Bruxelles Belgique/Belgien Tel: + 32-(0)2 370 92 11 Danmark Hvedemarken 12 DK-3520 Farum Tlf: + 45-44 95 50 66 Nederland Maarssenbroeksedijk 4 NL-3606 AN Maarssen Tel: + 31-(0)30 240 88 88 Deutschland Thomas-Dehler-Straße 27 D-81737 München Tel: + 49-(0)89 627 31-0 Österreich Badener Strasse 23 A-2514 Traiskirchen Tel: + 43-(0)2252 502-0 Ελλάδα Αγίου Δημητρίου 63 GR-174 55 Αλιμος τηλ.: + 30-1 98 97 300 Portugal Casal do Colaride Agualva P-2735 Cacém Tel: +351-(0)1 431 25 31 España Km. 36, Ctra. Nacional I E-28750 San Agustín de Guadalix - Madrid Tel: + 34-91 848 85 00 Suomi/Finland Riihitontuntie 14A/Rietomtevägen 14 A FIN-02200 Espoo/Esbo Puh/Tfn: + 358-(0)9 613 55 51 France 92 rue Baudin F-92307 Levallois-Perret Tél: + 33-(0)1 41 06 35 00 Sverige Box 27190 S-102 52 Stockholm Tfn: + 46-(0)8 670 89 00 Ireland Shire Park Welwyn Garden City Hertfordshire AL7 1TW - UK United Kingdom Tel: +44-(0)1 707 363 636 United Kingdom Shire Park Welwyn Garden City Hertfordshire AL7 1TW - UK Tel: + 44-(0)1 707 363 636 Italia Centro Direzionale Milano Due Palazzo Borromini I-20090 Segrate (Milano) Tel: + 39-02 21018.1 38