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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA DO EXTRATO DA
PLANTA Wilbrandia ebracteata EM UM MODELO DE PULPITE INDUZIDA
EM RATOS Wistar.
Elaine Fernandes Felipe1; Dra. Karina Valerim Teixeira Remor (orientadora)2.
INTRODUÇÃO
A polpa dental é constituída por tecido conjuntivo especializado que ocupa a
cavidade interna do dente e é ricamente vascularizada e inervada; a sua principal função
é de garantir a formação de dentina secundária e terciária, além de reagir
especificamente a estímulos nocivos. Assim é comum a prescrição de medicamentos
antiinflamatórios, a fim de minimizar a resposta proveniente desse tecido (LUISI, S.;
BARBACHAN, J.; CHIES, J., 2004; HARGREAVES e GOODIS, 2009).
No entanto, é popular o uso de fitoterápicos, principalmente, após o
reconhecimento destes medicamentos pelo Ministério da Saúde em 1978 (BRASIL,
Ministério da Saúde, 2001).
Dentre as plantas medicinais com propriedades antiinflamatórias e com
potencial para o desenvolvimento de fitoterápicos, destaca-se a Wilbrandia ebracteata
(STASI; HIRUMA-LIMA, 2002). Para este fim, é mister reconhecer o grau da reação
inflamatória, a eficiência da planta medicinal, bem como, a posologia (CARVALHO,
2004). Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a indicação terapêutica da planta W.
ebracteata na pulpite.
Palavras-chave: Plantas Medicinais. Antiinflamatórios. Polpa Dentária.
MÉTODOS
A população deste estudo foi composta por 17 ratos Wistars, adultos e
machos, divididos em quatro grupos: a) E-1 – 06 ratos; Experimental de 24 horas; b) E2 – 05 ratos; Experimental de 48 horas; c) C-1 – 03 ratos; Controle de 24 horas; d) C-2
– 03 ratos; Controle de 48 horas.
Inicialmente, fez-se a indução pulpar nos animais, com broca esférica
diamantada nº01, na face distal dos Incisivos centrais superiores direito e esquerdo de
1
Graduando em Odontologia da UNISUL. Bolsista do PUIC. E-mail: [email protected]
Professora em Farmácia, Medicina, Nutrição e Odontologia da UNISUL. E-mail:
[email protected]
2
todos os ratos, sem causar exposição pulpar. Imediatamente após a atrição da broca no
esmalte dental dos ratos, foram administrados, por via oral, em cada animal 0,3
milímetros (ml) do extrato etanólico bruto da planta W. Ebracteata a 10%, nos grupos
E-1 e E-2. E nos grupos C-1 e C-2 foram administrados 0,3 ml de solução salina. As
doses de todos os grupos foram administradas 02 vezes ao dia, totalizando 0,6 ml por
dia. O extrato foi produzido no laboratório do professor Dr. Luiz Alberto Kanis,
UNISUL, SC.
Após 24 horas da indução da inflamação pulpar, foram extraídos os
incisivos centrais superiores direito e esquerdo dos grupos E-1 e C-1; os dentes foram
armazenados em reservatórios de plásticos contendo formol 10%, identificados e
conduzidos ao laboratório patológico Instituto de Pesquisa e Diagnóstico Veterinário,
situado em Curitibanos (SC) para a preparação das lâminas e análise histopatológica do
tecido pulpar.
E depois de 48 horas, foram extraídos os Incisivos centrais superiores
direito e esquerdo dos grupos E-2 e C-2; os dentes foram conservados e conduzidos da
mesma forma que nos grupos E-1 e C-1. Para a extração dos dentes, todos os ratos
foram previamente eutanasiados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A planta Wilbrandia ebracteata já tem o seu caráter antiinflamatório
comprovado em alguns estudos (FOLADOR, 2009; GAZOLA, 2008; STASI;
HIRUMA-LIMA, 2002), porém nenhum relato em modelo experimental de pulpite
induzida. Segundo o laudo patológico realizado no presente estudo, todos os grupos
apresentaram um leve a moderado infiltrado inflamatório misto formado por
macrófagos, linfócitos e plasmócitos.
O modelo experimental empregado neste estudo já foi utilizado com outras
plantas, como, a Zeyheria montana e Serjania erecta no estudo do Nossa (2009), esse
concluiu que o extrato da primeira apresentou melhor atividade antiinflamatória pulpar,
quando comparado ao extrato da segunda. Assim, verifica-se a viabilidade desta
metodologia de atividade antiinflamatório, de plantas, em pulpite induzida.
CONCLUSÕES
A atividade antiinflamatório do extrato etanólico bruto de Wilbrandia
ebracteata a 10% em pulpite induzida, não teve diferença histomorfológica significante,
no entanto mais estudos devem ser realizados acerca dos aspectos antiinflamatório dessa
em pulpite induzida.
AGRADECIMENTOS
Ao laboratório do professor professor Dr. Luiz Alberto Kanis pelo extrato da
Wilbrandia ebracteata.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Proposta de Política Nacional de Plantas Medicinais e
Medicamentos Fitoterápicos. Brasília DF, 2001. p. 13.
CARVALHO, J.C.T . Fitoterápicos antiinflamatórios: Aspectos químicos,
farmacológicos e aplicações terapêuticas. Ribeirão Preto, SP: Tecmedd, 2004.
ESTRELA, Carlos; FIGUEIREDO, José Antônio. Endodontia: princípios biológicos e
mecânicos. São Paulo: Artes Médicas, 1999. p. 141.
HARGREAVES, Kenneth M.; GOODIS, Harold E. Polpa Dentária. 1ª edição. São
Paulo: ed. Quintessence, 2009.
LUISI, Simone Bonato; BARBACHAN, João Jorge Diniz; CHIES, José Artur Bogo.
Resposta pulpar frente a agressões: lesões inflamatórias. Rev. Fac. Odonto., Porto
Alegre, v. 45, n.1, p. 60-63, jul. 2004.
Nossa, Patrícia Mara; Guenka, Leandro Caetano; Couto, Lucélio Bernardes; Perez,
Danyel Elias da Cruz. Effects of the serjania erecta and zeyheria montana ethanol
extracts in experimental pulpitis in rats: A histological study. Med Oral Patol Oral Cir
Bucal. 2013 Mar 1;18 (2):e337-42.
FOMENTO
O trabalho teve a concessão de Bolsa pelo Programa UNISUL de Iniciação
Científica (PUIC), da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL).
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