Chega ao Brasil medicamento oral inovador contra o câncer

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Chega ao Brasil medicamento oral inovador contra o câncer
Foto: DivulgaçãoTerapia inovadora para os pacientes com leucemia linfoide crônica (LLC), novo
medicamento ibrutinibe reduz o risco de progressão da doença em 78%
A história dos pacientes brasileiros com Leucemia Linfoide Crônica (LLC), um tipo de câncer do
sangue, está prestes a mudar. Até pouco tempo, eles não tinham muitas opções de
tratamento, tendo que recorrer a múltiplas terapias, às vezes pouco eficazes, dependendo do
estágio da doença. A partir deste mês a Janssen disponibiliza no mercado Brasileiro o
IMBRUVICATM (ibrutinibe).
Aprovado em julho deste ano, em regime de priorização, pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), o tratamento é uma nova alternativa para pacientes com leucemia linfoide
crônica/ linfoma linfocítico de pequenas células (LLC/LLPC) , que não responderam ao
tratamento inicial ou que apresentaram recaídas.
“Os pacientes com LLC têm poucas opções de tratamento e, muitas vezes, recebem prescrição
de várias linhas de terapia à medida que sofrem recaídas ou se tornam resistentes aos
tratamentos atuais. O lançamento do IMBRUVICATM (ibrutinibe) traz uma nova alternativa
para essas pessoas, com um tratamento oral, menos efeitos adversos e que possibilita uma
melhora na qualidade de vida dos pacientes”, diz o Dr. Luis Henrique Boechat, diretor Médico
da Janssen no Brasil.
“Com o desenvolvimento e a chegada de novos medicamentos chegamos a um ponto em que
o diagnóstico de alguns tipos de câncer, como a LLC, deixou de ser uma sentença de morte
para o paciente. No caso da LLC tem o agravante da idade. Os pacientes em geral têm mais de
70 anos e estão mais sensíveis às terapias mais agressivas como a quimioterapia, por isso um
medicamento como este, que age diretamente na parte da célula responsável pela doença,
contribui para melhorar a forma como os pacientes convivem com a LLC mantendo o bemestar e melhorando os índices de sobrevida”, explica o Dr. Guilherme Perini, hematologista no
Hospital Israelita Albert Einstein.
A LLC é um câncer do sangue, de crescimento lento, que atinge as células brancas do sangue
(linfócitos), com maior prevalência em pacientes com uma média de idade de 72 anos no
diagnóstico2. O ibrutinibe é um medicamento oral, com uma tomada diária, que inibe a
multiplicação da tirosina quinase de Bruton (BTK), uma proteína diretamente ligada à
proliferação e sobrevivência das células neoplásicas. Nos últimos estudos clínicos
apresentados, o medicamento teve resultados significativos de sobrevida livre de progressão e
sobrevida global em pacientes que não tiveram resultados no primeiro tratamento 3,4.
Em março deste ano o IBOPE Inteligência realizou uma pesquisa a pedido da Janssen, com
mais de 2002 brasileiros, que avaliou o conhecimento sobre a doença do diagnóstico ao
tratamento e reforça a importância do novo medicamento para os pacientes. O estudo
mostrou que 64% dos entrevistados, que declararam saber o que é leucemia, associam o
tratamento de uma leucemia com quimioterapia, que normalmente tem uma conotação
negativa na qualidade de vida do paciente, e somente 13% dos entrevistados que sabem o que
é leucemia indicou comprimidos orais como forma de tratamento.
Na população com mais de 55 anos, os mais atingidos pela LLC, a associação com
quimioterapia é de 57% para aqueles que sabem o que é leucemia. Ainda considerando esta
população 69% concordam que o tratamento quimioterápico é agressivo e afeta a qualidade
de vida do paciente e 56% disseram que se tivessem que tratar uma leucemia dariam
preferência a uma terapia oral.
A segurança e a eficácia de ibrutinibe foram avaliadas em vários estudos clínicos apresentados
recentemente. O principal estudo Fase 3 RESONATE™ (PCYC-1112), em pacientes com LLC
recidivada ou refratária (R/R) que receberam pelo menos uma terapia anterior, os resultados
representam taxa de resposta global de 63% em pacientes que falharam a primeira terapia e,
após o primeiro ano, uma redução de 78% de progressão ou morte dos pacientes tratados com
ibrutinibe e os índices de sobrevida global representam a redução de 57% do risco de morte
nos pacientes tratados com o medicamento.
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