práxis de enfermagem em pacientes com hanseníase

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Iniciação Científica
Curso de Enfermagem
Artigo de revisão bibliográfica
PRÁXIS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM HANSENÍASE
NURSING PRAXIS IN PATIENTS WITH LEPROSY
Ingrid Brenda de Azevedo Milhomens Coelho¹, Judith².
1 Aluna do Curso de Enfermagem
2 Coordenadora do Curso de Enfermagem
Resumo
Introdução: A Hanseníase, conhecida desde os tempos bíblicos como Lepra (Levítico 14, Bíblia Sagrada), era uma doença
desconhecida na sua origem, diagnóstico e tratamento, e por isso, tratada como uma punição da parte de Deus por algum ato
pecaminoso. O que se sabe realmente é que a Hanseníase é uma doença muito antiga, sendo considerada infectocontagiosa através
da ação do bacilo Mycobacterium Leprae. A história obscura de sua origem e seu alto grau de estigma social vigente despertou o
interesse em pesquisar sobre a práxis da enfermagem em pacientes com Hanseníase. Objetivo: Descrever a importância da atuação
do profissional da enfermagem na assistência ao paciente com Hanseníase. Materiais e Métodos: Revisão de literatura de caráter
descritivo, com levantamento das principais informações sobre o fenômeno, nas principais obras do Estado da Arte sobre Hansen íase.
Os artigos foram retirados das bases de dados SCIELO, GOOGLE ACADÊMICO, BIREME e LILACS, utilizando os descritores:
Hanseníase, processo de cuidar, enfermagem, tratamento e prevenção. Revisão de Literatura: Devido à falta de informações,
pessoas com Hanseníase não têm procurado assistência no início da doença, e quando estão em tratamento, muitas vezes desistem
por se tratar de um processo demorado. A Hanseníase possui um aspecto determinante de algumas consequências sociais e
psicológicas resultantes das incapacidades físicas que podem ocorrer na evolução da doença e que é a grande causa d o estigma e do
isolamento do paciente na sociedade. Conclusão: Foi possível observar que a Enfermagem é essencial na assistência à saúde da
comunidade e participa do trabalho coletivo dentro do posto de saúde lutando contra a hanseníase, contribuindo no controle da doença,
individualmente, com as famílias e com a povoação.
Palavras-Chave: Hanseníase; processo de cuidar; enfermagem; tratamento; prevenção.
Abstract
Introduction: The Hansen’s disease (leprosy), known since the Bible Times as (Leprosy) (Leviticus chapter 14, Holy Bible) it was an
unknown disease in its origin, diagnosis and treatment, for this reason it was treated as a punishment from God’s part for an act of sin
committed. What is really known is that leprosy is a very old disease as being considered infectious through the action of the bacillus
Mycobacterium Leprae. Its dark history of its origin and its high level of current social stigma, created the interest for rbesearching
about the nursing practice in patients with leprosy. Goal: to describe the importance of the nursing professional practice in the
assistance of the patients with leprosy. Materials and Methods: Revision of the literature of descriptive feature, with the arousal of the
main information about the phenomena , in the main works (literature) from the State of Art about leprosy. The articles were collected as
based in data from: SCIELO, GOOGLE ACADEMIC,BIREME and LILACS, using the describers: Leprosy, taking care process, nursing,
treatment and prevention. Revision of literature: Due to the lack of information, people who have leprosy haven’t looked for
assistance in the beginning of the disease, and as they go through treatment , many times they give up on because it’s a long process
which takes a lot of time. Leprosy has some determining aspects of some psychological and social consequences resulted from the
physical inability that might happen in the disease’s evolution and which is the big stigma cause and the patient isolati on in the
society. Conclusion: It was possible to observe that nursing is essential in the assistance of the health community and participates in
the collective work inside the health center, fighting against leprosy, contributing for the disease control, individually, with the families
and with the people.
Key - words: Leprosy, Process of Taking Care, Nursing, Treatment, Prevention.
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Contato: [email protected]
Introdução:
Na antiguidade a medicina era
fundamentada na magia, concordava que sete
demônios eram os culpados das doenças, entre
elas a Hanseníase. Os sacerdotes, respeitados
como médicos, vendiam talismãs com orações
usadas
contra
avanços
dos
demônios.
Acreditavam na dependência de milagres de Deus
para a cura da Lepra, como está escrito na Bíblia
sobre o banho no rio Jordão: ‘’Vai, lava-te sete
vezes no Rio Jordão e tua carne ficará limpa’’
(BRITTON; LOCKWOOD, 2004).
Um conceito mais recente diz que a
Hanseníase é considerada uma infecção
provocada pelo Mycobacterium Leprae, que
possui um alto poder de causar infecção numa
grande quantidade de pessoas, o que não quer
dizer que todos desenvolverão a doença. Isso
acontece em decorrência de seus aspectos
internos que envolvem o relacionamento que o
indivíduo tem com o hospedeiro e o nível de
contaminação do local onde está inserido. A
residência na qual esse indivíduo mora é apontada
como uma causa importante e propícia que pode
favorecer a transmissão da doença (MENDES,
2009).
Ainda hoje, discute-se se a hanseníase é
de origem asiática ou africana. Foi o médico
norueguês Gerhard Armauer Hansen, notável
pesquisador sobre o tema, que identificou, em
1873, este bacilo como o causador da lepra, a
qual teve seu nome trocado para hanseníase em
homenagem ao seu descobridor (DINIZ, 2005).
A Hanseníase é uma doença muito
antiga, comumente conhecida por lepra. Pode se
manifestar de várias formas no organismo
humano, acometendo a pele ou os nervos
periféricos.
Além de ser uma doença
infectocontagiosa, a Hanseníase traz, na sua
história, uma bagagem de preconceito e
discriminação que evolui para a segregação social
dos sujeitos que são vitimados por ela
(BAIALARDI, 2007).
Estudos mostram que o Brasil apresenta
muitos casos de Hanseníase, entretanto, o
tratamento não mais exige internação, pois
existem medicamentos altamente eficazes no
controle dessa doença crônica. Anteriormente, ao
ser diagnosticado com Hanseníase, o indivíduo
era mantido num leprosário, onde era submetido
ao tratamento desumano, se mantendo longe da
família e do convívio social (BORENSTEIN et al.
2008).
Em outro estudo, consta que, se a
Hanseníase for diagnosticada rapidamente, e o
indivíduo for submetido ao tratamento correto,
existe uma grande possibilidade de obter a cura, e
consequentemente, evitar alguma alteração de
ordem física e social. Para tanto, faz-se necessário
que a intervenção feita pelo profissional da saúde
tenha um suporte adequado para promover a
identificação, diagnóstico e tratamento da doença
(FILHO; SANTOS; PINTO, 2010).
O estudo de Júnior et al. (2008) ressalta
a importância da assistência de enfermagem ao
portador de Hanseníase. Fundamentados na
Teoria Transcultural de Madeleine Leininger, em
que se afirma, com relação à práxis desses
profissionais, ser o cuidado o cerne dessa atuação
e do saber, englobando ações de suporte que
facilitem a realização das demandas que surgem
nesse processo.
Para tal, o objetivo do trabalho foi
descrever a importância da atuação do profissional
da enfermagem na assistência ao paciente com
Hanseníase. O tema justifica-se pela relevância de
demonstrar à comunidade acadêmica a diferença
que ocorre, na vida do paciente Hanseniano, se
este tiver acesso à assistência correta
individualizada e em grupo.
Como a Hanseníase é uma doença que
necessita de tratamento específico, é importante
demonstrar, nas literaturas existentes, que as
ações empreendidas pela enfermagem fornecem
subsídios fundamentais que auxiliam de maneira
eficaz na promoção de saúde desse paciente e,
consequentemente, atuam como instrumentos
humanos no controle e combate à Hanseníase,
propondo
uma
educação
básica,
para
conscientização do paciente, familiares e toda
comunidade na qual o indivíduo estiver inserido.
Materiais e Métodos:
Trata-se de uma pesquisa do tipo
bibliográfica e descritiva. Utilizou-se informações
de obras já existentes do estado da arte sobre
Hanseníase, principalmente, de artigos científicos
presentes em sites de busca, como SCIELO,
GOOGLE ACADÊMICO, BIREME, LILACS, os
quais se encontram nas referências. A busca foi
em literaturas históricas de 1982 a 2016, sendo
que a revisão com os artigos foram de 2001 á
2016, contendo apenas uma referência do ano de
1982, mostrando que houve uma evolução na
definição da doença, assim como nos métodos
utilizados na identificação, no diagnóstico e
tratamento da Hanseníase, principalmente, no que
tange a práxis da enfermagem em paciente de
Hanseníase. Dessa busca foram selecionados 60
artigos a partir das palavras-chave: Hanseníase,
processo de cuidar, enfermagem, tratamento e
prevenção. Após a análise, foram utilizados 38
(trinta e oito) artigos. A pesquisa ocorreu de agosto
de 2015 a março de 2016. Os dados foram
tratados de forma metodológica por meio de leitura
e explanação dos resultados dentro da revisão. A
pesquisa seguiu as normas do NIP (Núcleo
Interdisciplinar 2016), e ABNT 2012.
Revisão de Literatura:
A Hanseníase é uma doença que existe há
muito tempo na história da humanidade, pois há
informações que descrevem a doença desde
antes do nascimento de Cristo. De acordo com
menções feitas na Bíblia, a Lepra era bem comum
e alguns personagens bíblicos foram acometidos
pela doença. Principalmente nas Escrituras do
Velho Testamento, há indicações sobre a
descoberta e as medidas que se tomavam para
alcançar a cura da Hanseníase. Todo esse
processo, no entanto, era mediado pelo sacerdote
que avaliava os casos e a gravidade da
manifestação da doença, e consequentemente,
encaminhava o paciente para os rituais de
purificação (DA CUNHA, 2002).
Seguindo esse parâmetro, Eidt (2004)
assinala que a origem da hanseníase é datada de
milhares de anos em países asiáticos (Índia, China
e Japão) e africano (Egito) e existem alguns que
acreditam que a doença tenha se originado na
África. Isso só comprova que a origem da
Hanseníase ainda é um fato obscuro. O certo é
que ela era conhecida comumente como Lepra,
sendo uma das doenças mais antigas que
acomete o ser humano. Existem registros
concretos da doença em ossadas encontradas no
Egito, provavelmente dois séculos antes de Cristo.
No estudo de Filho, Santos e Pinto (2010),
a Hanseníase é conhecida como uma doença
infecciosa e altamente contagiosa, de longa
duração, provocada pelo bacilo de Hansen.
Provavelmente foi descoberta em 1868, na
Noruega, e desde então essa doença é
considerada infectocontagiosa, tendo a sua origem
relacionada com fatores hereditários e castigo
divino. O perfil desse bacilo, que vive no interior
das células necessariamente, é que ele tem uma
preferência de ação nos nervos periféricos e nas
células cutâneas, provocando uma probabilidade
maior de causar incapacidades motoras na pessoa
contaminada.
EIDT (2004) cita que existem várias
narrativas que remetem à origem da doença.
Contudo, segundo a literatura, foi em 1873 que um
grande pesquisador chamado Gerhard Armauer
Hansen identificou a ação do Mycobacterium
leprae, no organismo humano, como o agente
causador da Lepra. Após algum tempo, a doença
passou a se chamar Hanseníase em homenagem
ao pesquisador. Os resultados dessas pesquisas
revelaram ser a Hanseníase uma grave doença
infectocontagiosa. Suas manifestações clínicas
surgem, sobretudo, em lesões na pele com
alterações de sensibilidade.
Um dos aspectos que a Hanseníase
apresenta é que se trata de uma doença crônica.
No seu histórico de origem, já recebeu vários
nomes como: morféia, mal de pele e doença
lasarina, entretanto, foi a denominação lepra que
provocou muito preconceito aos indivíduos
acometidos pela doença. “Lepra é uma
terminologia
atualmente
evitada
por
ser
estigmatizante, pejorativa e marginalizante, em
especial para os doentes e seus familiares” (DOS
SANTOS et al. 2012, p. 117).
Toda falta de informação que envolvia as
principais questões em torno da Hanseníase, ou
seja, sua forma de transmissão, controle e
tratamento da doença formaram um cenário de
medo e segregação social desde o período
medieval. Durante muito tempo, os indivíduos
infectados eram fadados ao isolamento em
leprosários localizados longe das cidades. Os
portadores de Hanseníase eram impedidos do
convívio social e geralmente essa condição
resultava em morte. Além do medo que as
pessoas possuíam da contaminação, havia
também um estigma social muito forte em
decorrência das mutilações físicas ocasionadas
pela doença (BAIALARDI, 2007).
De acordo com Cunha (2002), é difícil
saber sobre as condições de salubridade que as
pessoas da idade medieval dispunham, contudo, o
certo é que a perspectiva de vida das pessoas não
ultrapassava os trinta anos. O entendimento sobre
a forma de transmissão da doença era de que esta
acontecia mediante contato direto com um doente.
Também acreditavam que a Hanseníase tinha
causa genética, condições climáticas e questões
relacionadas com a alimentação. “Portanto, a
Hanseníase teria se tornada endêmica devido a
associações de fatores como as más condições de
higiene, alimentação e moradia” (DA CUNHA,
2002, p. 236).
Segundo Eidt (2004), o surgimento da
Hanseníase, no continente da América do Sul, foi
favorecido pelo processo de colonização realizado
provavelmente pelos conquistadores oriundos da
Europa. Ademais, há relatos de que os primeiros
indivíduos contaminados pela Hanseníase na
Colômbia eram oriundos da Espanha. Dentre
alguns fatores importantes de transmissão da
Hanseníase nessa ocasião, o comércio ilegal de
escravos, trazidos em navios, foi o que determinou
o avanço da doença nesse continente.
Nesse sentido, há registro de que a
história da Hanseníase no Brasil começou
coincidentemente no Brasil Colônia. Foi realizado
o levantamento das autoridades da época e ficou
evidenciado um número absurdo de casos de
Hanseníase em terras brasileiras. O crescimento
de casos se deu principalmente pela entrada de
estrangeiros trabalhando nas propriedades
brasileiras, principalmente os escravos oriundos
da África. Como já existia um preconceito grande
em relação aos escravos, o estigma em relação
aos negros aumentou em decorrência das
deformidades geradas pela Hanseníase nos
corpos desses indivíduos (SANTOS; FARIA;
MENEZES, 2008).
Entretanto, para Eidt (2004), essa visão de
que os escravos foram os agentes responsáveis
pela grande disseminação da Hanseníase no
Brasil pode ser contestada diante do fato de que
um escravo doente não representava nenhum
interesse comercial. Principalmente se esse
indivíduo apresentasse lesões visíveis na pele.
Polêmicas à parte, o certo mesmo é que os
primeiros casos de Hanseníase registrados aqui
no Brasil são datados do século dezesseis, época
em que foi criado o primeiro leprosário para
abrigar os indivíduos infectados.
Marzliak et al. (2008) apresentam estudo
que demonstra haver um avanço de casos da
Hanseníase em terras brasileiras. Essa demanda
exigiu a implementação de algumas políticas
públicas de saúde visando atender os acometidos
pela doença. Essa situação fomentou o
surgimento de organizações de proteção ao
portador de Hanseníase. Na ocasião, surgiram
com força os locais para exclusão de pessoas com
diagnósticos de Hanseníase, instituindo o
isolamento do doente da vida em sociedade.
Entretanto, segundo Cunha (2002), a
exclusão das pessoas infectadas para locais
afastados da cidade, resultou num mal necessário,
pois a situação poderia fugir do controle da
vigilância sanitária. Afinal, a Hanseníase ainda era
uma doença cuja origem, diagnóstico e
tratamento, eram praticamente desconhecidos.
Num primeiro momento, os doentes foram
afastados como uma medida de caráter biológico.
Era preciso de uma atitude drástica para conter o
progresso da doença. A doença realmente
diminuiu, porém não o seu fim.
Considerando essas características, é
possível entender por que a Hanseníase tem um
estigma social persistente condenando o doente a
viver totalmente marginalizado da sociedade. A
pessoa com diagnóstico de Hanseníase era
vedada a realização das atividades mais simples
da vida social. Eram proibidas de frequentar os
grandes centros, de tocar objetos expostos no
comércio. Tarefas simples como lavar roupas em
locais públicos, não lhes eram permitidas. Os
portadores de Hanseníase eram duramente
punidos caso não cumprissem as normas. Sem
falar que eram proibidos de trabalhar em locais
onde fosse necessário manipular qualquer
alimento ou objeto que pudesse ser tocado por um
indivíduo saudável (EIDT, 2004).
Nesse sentido, Filho, Santos e Pinto
(2010), relatam que esse preconceito transmitido
pela doença compromete decisivamente a
disposição desses doentes na busca de
informações, na adesão e manutenção do
tratamento até alcançar o controle ou a cura.
Atualmente
o
preconceito
ainda
existe,
principalmente,
em
torno
das
questões
concernentes às incapacidades físicas e
mutilações ocasionadas pela Hanseníase. Esse
quadro se perpetua, pois a sociedade ainda
apresenta um comportamento cultural e moral que
fazem com que o portador da Lepra se sinta ainda
um ser humano inferior.
No estudo de Araújo (2003) sobre a
Hanseníase no Brasil, está o registro de como
ocorre o processo de identificação do
Mycobacterium leprae. Ou seja, acontece através
da resposta sequenciada da polimerase – PCR em
pesquisas que são realizadas diante de demandas
específicas. Uma das categorias mais usadas aqui
no Brasil é a de Madri. Nessa classificação são
considerados os polos virchowiano e tuberculóide
e dois grupos instáveis (indeterminado e dimorfo),
que se direcionam para um dos polos, no
progresso natural da doença.
Em outro estudo de Filho, Santos e Pinto
(2010), os autores demonstraram que a
Hanseníase é considerada uma questão de saúde
pública aqui no Brasil. Entretanto, apesar da
classificação como uma doença altamente
infecciosa, ela é totalmente tratável e com uma
adesão completa ao tratamento, pode-se obter a
cura. Não obstante, a Hanseníase possui um
aspecto determinante de algumas consequências
sociais
e
psicológicas
resultantes
das
incapacidades físicas que podem ocorrer na
evolução da doença e que é a grande causa do
estigma e do isolamento do paciente na
sociedade.
Estudos mais recentes demonstram que,
no Brasil, foi elaborado um plano estratégico no
combate à Hanseníase. A meta era que pudesse
chegar à marca de um caso de Hanseníase numa
amostra de cem mil pessoas. Entretanto, esse
objetivo não foi alcançado mesmo diante da
diminuição do índice de prevalência e o aumento
de pacientes que foram submetidos ao tratamento
poliquimioterápico (PQT). O motivo para o não
alcance das metas estabelecidas pode ter sido o
fato de que ainda existam muitos pacientes que
não foram diagnosticados ou haja a prevalência
oculta do fenômeno (LIMA et al. 2013).
De acordo com Backes et al. (2008), é
justamente nesse cenário de preconceito e
estigma social, apresentado durante o processo de
descoberta e trajetória da Hanseníase até os dias
de hoje, que se discute a prática da enfermagem
no tratamento dos indivíduos infectados. A
atividade desenvolvida pelo profissional da saúde
envolve dois aspectos fundamentais, sendo que o
primeiro engloba ações de preservação, respeito,
reconhecimento
da
diversidade
humana,
idiossincrasia, as diversas situações e demandas
de cada paciente. O segundo aspecto, não menos
importante, é fazer com que essa prática esteja
em consonância com as regras estabelecidas,
princípios essenciais em interface com outras
áreas de assistência à promoção de saúde.
O paciente tem um desenvolvimento de
percepção negativa sobre seu próprio valor em
resposta a situação atual, por que a hanseníase
ataca também o psicológico do paciente, portanto
o enfermeiro tem que da o apoio para esse
paciente, identificar o sentimento básico de valor
próprio do paciente, a imagem que ele tem de si
próprio, físicos e psicológicos (NANDA, 2009)
Numa visão mais global sobre a práxis da
enfermagem, Júnior et al. (2008) destacam que,
“nessa perspectiva, para uma assistência
adequada, o enfermeiro pode avaliar os
comportamentos dos cuidados assistenciais que
são prestados, decidindo com a pessoa se esses
cuidados podem ser mantidos ou se há a
necessidade de buscar outras formas de
tratamentos que não venham ferir à dignidade de
cada um.” Para Dos Santos et al. (2012), esse
cuidado tem como objetivo alcançar a cura do
paciente, independente de não obter êxito no que
foi traçado. Por isso, é preciso que esse cuidado
seja contínuo e global, abarcando as várias
dimensões da vida do paciente.
Formas Clínicas da Doença (Segundo a
Classificação de Madri, 2000):
Abordando a temática sobre a hanseníase
no Brasil, Araújo (2003) apresenta as formas
clínicas da doença: Hanseníase Indeterminada
(HI), Hanseníase Turbeculóide (HT), Hanseníase
Virchowiana (HV) e Hanseníase Dimorfa (HD). A
HI é considerada uma manifestação inicial da
doença, pois apresenta algumas alterações de
sensibilidade em área inespecífica da pele.
Geralmente, decorridos alguns meses o quadro
pode evoluir ou para cura ou para outra
manifestação clínica da doença.
Para Souza (1997), a HT se caracteriza
por uma manifestação das lesões bem definidas e
diminuídas, onde há ausência de dor, acometendo
a pele de maneira bem desigual, comprometendo
filetes nervosos e anexos cutâneos. A HV é uma
forma clínica comum em indivíduos que possuem
imunidade baixa em relação ao Mycobacterium
Leprae. Essa forma de hanseníase é bastante
grave e crônica, pois compromete a pele, órgão
genital masculino, nervos, fígado e baço e produz
outras sequelas sérias no indivíduo. Essa
manifestação
clínica
demonstra
uma
susceptibilidade ao bacilo, o que ocasiona a
multiplicação e disseminação da doença.
Por último, a Hanseníase Dimorfa é uma
forma
que
apresenta
bastante
variação
principalmente quanto aos sinais que aparecem na
pele, nos nervos e implicação sistêmica. Esta
forma clínica é bastante parecida com a
tuberculóide, pois as lesões são aumentadas e em
maior quantidade. A HD é considerada
indeterminada, correspondendo aos casos que
não podem ser classificados em nenhum dos tipos
polares e nem nos respectivos grupos satélites
(OPRAMOLLA 2000).
Transmissão:
Em um estudo sobre os fatores de riscos
para a transmissão da Hanseníase, Santos, Castro
e Falgueto (2008) explicam que a convivência com
indivíduo Hanseniano acometido pelos tipos
virchowiano ou dimorfo apresenta grande
possibilidade de transmissão, principalmente, se a
doença ainda não tiver sido descoberta e o
tratamento iniciado. “Esses indivíduos possuem
carga bacilar suficiente para favorecer a
transmissão através das vias aéreas superiores”
(p. 739).
Filho, Santos e Pinto (2010) demonstram
que um dos fatores que favorecem a transmissão
da Hanseníase e dificultam o controle dos casos
em tratamento pode ser as péssimas condições
sanitárias de indivíduos que vivem em locais de
baixa renda social e econômica. É preciso
considerar o fato de que essa doença seja
altamente contagiosa, podendo se desenvolver
principalmente em grandes centros urbanos que
apresentam infraestruturas e políticas públicas em
saúde inadequadas ao desenvolvimento humano.
Estudos de Duarte, Ayres e Simonetti
(2009) revelam que os cuidados em relação à
hanseníase são primordiais como medidas de
enfrentamento à doença, a qual se apresenta
como um problema de saúde pública. Inicialmente
o tratamento prevê impedir a transmissão e
disseminação da doença. Nesse processo, o
trabalho da enfermagem deve ser realizado de
forma integrada e organizada junto aos doentes e
familiares. Ações específicas desse tratamento
requer uma consulta de enfermagem, realização
de exames, testes e aplicação da vacina BCG,
atendendo a necessidade de cada caso.
Sintomas:
Para um diagnóstico de Hanseníase, de
acordo com Cunha (2002), é preciso compreender
que, após o desenvolvimento da doença, ocorre o
alojamento do bacilo nos nervos periféricos,
causando manchas e nódulos, ulcerações nas
plantas dos pés e nas palmas das mãos, perda de
pêlos do corpo, inclusive dos cílios e
sobrancelhas, insensibilidade das extremidades,
dentre outras lesões. Esses são os principais
sintomas.
Igualmente, de acordo com o estudo de
Duarte, Ayres e Simonetti (2009), a Hanseníase se
expressa, principalmente, lesionando as estruturas
dermatológicas e neurológicas do ser humano. “O
comprometimento dos nervos periféricos é sua
característica principal e lhe confere um grande
potencial incapacitante” (p. 101).
No estudo de Filho, Santo e Pinto (2010),
no que concerne a identificação para casos de
Hanseníase, destacou-se a importância da ação
do profissional de enfermagem diante da queixa
da doença, para a realização de testes específicos
em busca do diagnóstico. “A não realização de
testes para suspeita diagnóstica sugere a
existência de dificuldade para a realização da
consulta de enfermagem dirigida aos doentes e
seus comunicantes” (p. 615).
Prevenção e Tratamento de Incapacidades
Físicas:
Nos primeiros estudos sobre a prevenção
das incapacidades na Hanseníase, Cristofolini
(1982) já enfatizava a necessidade de
implementação de medidas de prevenção
propostas pelas políticas de saúde visando o
controle da doença. As ações para contenção da
Hanseníase buscavam diminuir a morbidade,
prevenir as incapacidades, manter a união da
família e encorajar a reinserção na sociedade.
Todas essas medidas são relevantes, pois é
grande o número de casos de incapacidades
motoras em pacientes Hansenianos. É preciso
também fazer uma adaptação dos instrumentos
que esses indivíduos usam para fazer suas tarefas
diárias (CRISTOFOLINI, 1982).
As medidas de prevenção da Hanseníase,
visando o seu controle, estão fundamentadas na
identificação de novos casos, no tratamento com
poliquimioterapia,
na
fiscalização
dos
comunicantes de cada domicílio, no cuidado de
incapacidades físicas e na recuperação do
paciente. Essas são medidas básicas e essenciais
(LIMA et al, 2013).
As ações de prevenção e contenção da
Hanseníase estão fundamentadas na identificação
precoce de novos casos, assim como na adesão
do tratamento poliquimioterápico (que impede a
transmissão do bacilo), no monitoramento dos
outros membros da família, no cuidado das
incapacidades e na recuperação desse paciente.
(LANZA; LANA, 2011).
Em relação à prevenção de incapacidades
e deformidades físicas, o estudo de Virmond e
Vieth (1997), esclarece que havia uma contradição
no significado do termo prevenção em
Hanseníase, pois o conceito de prevenção era
utilizado para representar as ações que
prevenissem
o
aparecimento
dessas
incapacidades ou, na pior das hipóteses, diante do
surgimento delas, que se apresentassem medidas
de controle. “Entretanto, os esforços das políticas
de
saúde
concentraram-se
quase
que
exclusivamente no diagnóstico precoce e no seu
tratamento” (p. 358).
O estudo de Gonçalves, Sampaio e
Antunes (2009) explica que a prevenção das
deformidades e limitações motoras ocasionadas
pela Hanseníase no paciente é feita por meio de
um rápido diagnóstico e adesão ao tratamento. “O
monitoramento por meio de exame neurológico
sistemático possibilita diagnóstico e intervenção
precoce em quadro de acometimento neural,
reduzindo as chances de desenvolverem
incapacidades” (p. 268).
Segundo a literatura de Rodini et al.
(2010), a consequência da incapacidade física
para o paciente com Hanseníase, considerando as
dimensões físicas e sociais, é bastante mutável,
pois varia de indivíduo para indivíduo. Ou seja,
“uma pessoa com incapacidade grave pode
continuar realizando suas atividades de vida diária
sem maiores problemas, e, para outras, uma
mínima incapacidade dificulta a vida social” (p.
160).
Ainda em relação à prevenção e
tratamento das incapacidades físicas, é preciso
adotar medidas simples para serem realizadas
diariamente.
A
adesão
ao
tratamento
medicamentoso e o cuidado com os nervos do
corpo
são
importantes
para
evitar
as
deformidades. O autocuidado é essencial, pois,
mesmo após o uso dos remédios, podem surgir
algumas complicações. Por isso, é fundamental
estar atento ao cuidado com o corpo (olhos, nariz,
mãos, braços, pés, pernas). Diante desses
problemas, a educação básica em enfermagem
orientará o paciente no aprendizado dos exercícios
que deverão ser feitos visando à recuperação
(OLIVEIRA et al. 1998).
De todos os problemas causados pela
Hanseníase,
as
incapacidades
motoras
apresentam alto grau de comprometimento da vida
desse paciente nas esferas social e psicológica.
Daí a importância da intervenção do enfermeiro
que deve estar apto a fazer uma avaliação
diagnóstica clínica, a identificar as prováveis
variações e apontar as complicações manifestadas
pela doença. Também é atribuição do enfermeiro
coordenar as ações assistenciais de cuidado, a
fazer prescrição para os pacientes e seus
familiares sobre o estigma que envolve a doença,
conscientizando-os do perigo de serem vítimas de
preconceito e discriminação por causa da doença.
Não obstante, a Hanseníase é uma doença
tratável e tem cobertura completa das políticas
públicas de saúde (LIMA et al. 2013).
Tratamento Quimioterápico:
A Hanseníase tem cura, pois o tratamento
é feito pela poliquimioterapia (PQT), que são as
combinações dos seguintes medicamentos:
RIFAMPICINA e DAPSONA para o caso
Paucibacilar (PB) e RIFAMPICINA, DAPSONA e
CLOFAZIMINA para o caso Multibacilar (MB).
Esses medicamentos são supervisionados pela
equipe de enfermagem, nos postos de saúde,
sendo feita uma dose única mensal e entregue a
cartela das doses auto administradas. O paciente
que inicia o tratamento, já na primeira dose, não
oferece mais riscos para a sociedade. São
considerados curados aqueles que cumprem o
ciclo de 6 doses supervisionadas, em um período
de 9 meses para o estágio Paucibacilar, e 12
doses supervisionadas em um período de 18
meses para o estagio Multibacilar. (PINHEIRO,
2009).
Segundo Pereira (1999), a PQT mata o
bacilo tornando-o inacessível, evitando a evolução
da doença, prevenindo as incapacidades e a
deformidades causadas pela a hanseníase,
levando à cura. Para cada paciente que começa o
tratamento é preenchida uma ficha de
acompanhamento da PQT a fim de controle
desses pacientes.
São oferecidas também a vacina BCG
(Bacillus Calmette-Guérin) para familiares que
convivem com pacientes Hansenianos, pois essa
vacina serve para reforça a imunidade e não para
o tratamento da Hanseníase. Além disso, ela só
pode ser aplicada se o paciente não possuir a
marca da vacina ou se estiver apenas uma (
BRASIL, 2001).
Função
do
Enfermeiro
Multidisciplinar Frente à
Paciente Hanseniano:
e da Equipe
Assistência ao
A Hanseníase é uma doença crônica
infectocontagiosa,
transmitida
em
baixas
condições sociais e econômicas, determinando,
dessa forma, o avanço da doença e seu controle.
Além do estigma social, a Hanseníase tem poder
incapacitante prejudicando o trabalho e a vida em
sociedade do indivíduo. Diante desse quadro, é
preciso que o tratamento da Hanseníase seja
multidisciplinar. Nesse contexto o papel da
enfermagem tem a ação de planejar e propor
ajuda no controle do paciente, de sua família e da
comunidade, realizando pesquisa de campo para
identificar as condições de saúde do local, e
posteriormente, propor tratamento adequado e
eficaz. (COSTA, 2010).
No estudo de Lima et al. (2013), no que
tange a casos de Hanseníase, o primeiro passo
seria realizar um diagnóstico da doença, pois
quanto mais cedo encaminhar o paciente para o
tratamento maior a probabilidade de interromper a
sequência de sua transmissão. “O diagnóstico
clínico da Hanseníase baseia nos exames
dermatológico e neurológico, pesquisa de nervos
periféricos, à procura de espessamentos; seguindo
das provas de sensibilidade superficial, da
histamina ou policarpina” (LIMA, et al. 2013, p. 10).
Outro estudo mais contemporâneo relata
que são grandes os benefícios desse diagnóstico
inicial da Hanseníase na promoção de saúde
desse paciente, pois, de acordo com Rodrigues et
al. (2015), é provável que “as incapacidades
físicas podem ser evitadas ou reduzidas, se as
pessoas
afetadas
forem
identificadas
e
diagnosticadas precocemente, tratadas com
técnicas adequadas e acompanhadas pelos
serviços de saúde de atenção básica” (p. 298).
O papel do enfermeiro, na ação da
atenção básica, de acordo com Lima et al. (2013),
representa uma dimensão basilar na distinção
desses indivíduos com características típicas para
essa doença. Para tanto, é necessário que esse
profissional faça parte de um programa de
assistência à saúde que esteja inserido na
comunidade, e consequentemente, tenha acesso
direto com esses indivíduos, possibilitando uma
ação interventiva que promova mudanças
ambientais e nos fatores transformáveis.
Nesse sentido, Rodrigues et al. (2015)
afirmam que a atuação da enfermagem é
primordial no desempenho do papel assistencial
em prol da saúde das pessoas, fazendo parte de
um trabalho em grupo no combate à Hanseníase,
agindo pontualmente em medidas estratégicas
visando, controlar a doença, de maneira individual,
atendendo os infectados, seus parentes e
comunidades em que estão inseridos.
No estudo de Souza, Nóbrega e Silva
(2002), consta que a educação em saúde é uma
das atribuições de enfermagem que exerce uma
função
fundamental
nesse
contexto
de
adoecimento por Hanseníase, pois representa
uma
atividade
renovadora
reforçando
a
estabilidade emocional do doente. Alguns conflitos
são comuns resultantes das interações entre
pacientes e familiares por conta de fatores
estressores. “É importante que o enfermeiro tenha
conhecimento desses problemas, para que possa
intervir junto aos familiares, individualmente ou em
grupo” (p. 91).
Em estudo de Rodrigues et al. (2015), a
literatura enfatiza que uma das mais importantes
atribuições da enfermagem é a consulta realizada
entre enfermeiro e paciente. Nesse momento
podem ser detectadas dificuldades relacionadas
com a Hanseníase, assim como a descobertas de
outras enfermidades. Nessa consulta o paciente
recebe orientações e cuidados de enfermagem
visando a qualidade de vida por meio de
atividades que busquem a recuperação e
reabilitação das principais demandas do doente.
Na visão de Lima et al. (2013), a consulta
de enfermagem é significativa tanto para o
enfermeiro quanto para o indivíduo portador de
Hanseníase, pois representa um verdadeiro
encontro
viabilizando
etapas
importantes,
compreendendo o registro da história de vida
desse paciente: o exame físico, o diagnóstico, a
prescrição e o progresso da enfermagem. “O
processo de escuta perpassa por essas fases e,
dependendo da qualidade realizada, ela poderá
reconhecer uma série de condições que fazem
parte da vida das pessoas e constituem-se nos
determinantes dos perfis de saúde e da doença”
(p. 10).
De forma mais específica, Junior et al.
(2008) são incisivos quando afirmam que é função
do enfermeiro, no manejo de pacientes com
Hanseníase, promover uma formação contínua
dos componentes de sua equipe de enfermagem.
A consulta de enfermagem deve apontar os
elementos de riscos e de anuência no tratamento
da Hanseníase. “É imprescindível que a
enfermagem relacione o cuidado e sua influência
na assistência, sendo suporte na facilitação e
capacitação a indivíduos ou grupos, para manter
ou reaver o seu bem-estar ou ajudá-los a enfrentar
dificuldades ou a morte” (p. 714).
O estudo de Oliveira (2008) sobre o papel
estratégico do enfermeiro, no controle da
Hanseníase no Brasil, mostra um crescimento
notável na participação desse profissional quanto
ao combate à doença, coordenando ações em
saúde que apresentam complexidade. Esse
avanço foi possível com a introdução do
tratamento poliquimioterápico (PQT). Dessa
atividade surgiu a demanda de monitoramento e
aplicação de técnicas inéditas realizadas pela
enfermagem. Diante das dificuldades físicas
apresentadas pelos pacientes, passou a ser
atribuição da enfermagem as ações que envolvem
a prevenção e tratamento dessas incapacidades.
De maneira mais generalista, Costa (2010)
afirma que as atividades realizadas pelo
profissional da enfermagem resultam numa
diminuição da prevalência oculta por meio de uma
redução de espaço entre a apresentação dos
primeiros sintomas e o diagnóstico propriamente
dito. Esse resultado pode ser obtido através de um
trabalho em equipe, sistematizado e com
planejamento de ações. Os resultados desse
trabalho virão em longo prazo no que se refere ao
controle da Hanseníase.
Conforme estudo de Souza et al (2013), a
prática da enfermagem é essencial no tratamento
de Hanseníase, pois as ações implantadas devem
ser capazes de evitar o abandono do tratamento
que
pode
ocasionar
implicações
sérias,
aumentando o risco de transmissão dos casos
diagnosticados e não cuidados adequadamente,
permitindo que a sequência de transmissão
continue devido à interrupção da ação
medicamentosa. Tal situação pode potencializar o
desenvolvimento de problemas físicos e
deformidades pelo corpo, assim como manter o
estigma social vigente, segregando os doentes e
seus familiares.
A literatura de Dos Santos et al. (2012)
destaca a importância da prática da educação em
saúde no cuidado ao paciente do programa de
Hanseníase. Essa deve ser uma ação
transformadora em interface com os pacientes,
familiares e comunidade. “Portanto, cabe ao
enfermeiro estender o seu olhar para os
problemas sociais, históricos e culturais. É fazer
com que indivíduos resgatem sua cidadania,
colocando-a em evidência na promoção da saúde”
(p. 123).
Também nesse sentido, Lima et al. (2013)
afirmam que a assistência prestada pelos
profissionais da enfermagem precisa estar
centrada para as ações que envolvem a educação
com o objetivo de aumentar o conhecimento de
portadores de Hanseníase. Essas ações
educativas podem aumentar o nível de
consciência desses pacientes e também o grau de
adesão ao tratamento. “O enfermeiro deve estar
atento às mudanças que estão ocorrendo no país
e no mundo, para que possa adequar seu
conhecimento
teórico-prático
às
reais
necessidades de saúde da população” (p. 14).
Diagnósticos de enfermagem, NANDA, NOC E NIC. Tabela de diagnósticos, conforme NANDA,
2009.
Diagnóstico
Resultado
Intervenção
Baixa Autoestima Situacional:
Desenvolvimento de percepção
negativa sobre seu próprio valor
em resposta a uma situação
atual.
Diagnóstico
Resposta adaptativa a um
desafio funcional significativa
devido a uma deficiência
física.
Resultado
Melhora
da
autoestima;
Aconselhamento;
Melhora do sistema de apoio,
identificar o sentimento básico
de valor próprio do cliente, a
imagem que ele tem de si
próprio: aspectos existentes,
físicos e psicológicos.
Intervenção
Controle Familiar Ineficaz do
Regime Terapêutico:
Padrão
de
regulação
e
integração
aos
processos
familiares de um programa de
tratamento de doenças e
sequelas de doenças que é
insatisfatório
para
atingir
objetivos específicos de saúde.
Diagnóstico
Extensão da compreensão
sobre determinado regime de
tratamento, ações da família
para controlar estressores
que consomem recursos
familiares.
Resultado
Ensino: processo de doença;
Controle de medicamentos;
Orientação
antecipada;
Orientação quanto ao sistema
de
saúde
promoção
do
envolvimento familiar.
Intervenção
Desesperança:
Estado subjetivo no qual um
indivíduo
não
enxerga
alternativas
ou
escolhas
pessoais disponíveis ou enxerga
alternativa limitada e é incapaz
de mobilizar energias a seu
Ações
pessoais
para
minimizar a melancolia e
manter o interesse pelos
eventos de vida;
Vontade e energia para
manter as atividades de vida
Controle do humor, promoção
da capacidade de resiliência,
assistência na automodificação;
Aconselhamento;
Grupo de apoio.
favor.
diária, a nutrição
segurança pessoal.
Diagnóstico
e
Resultado
a
Intervenção
Distúrbio na imagem
corporal:
Confusão na imagem mental Resposta adaptativa a um
do eu físico de uma pessoa.
desafio funcional significativo
devido a uma deficiência
física; Julgamento sobre o
próprio valor;
Resposta
de
adaptação
psicossocial de um individuo a
uma
mudança
de
vida
importante.
Diagnóstico
Resultado
Melhora da imagem corporal;
Melhora
da
autoestima;
Aumento da socialização;
Melhora do sistema de apoio.
Intervenção
Integridade da pele
prejudicada:
Estar em risco de a pele ser Gravidade
do
alterado de forma adversa.
comprometimento
das
funções fisiológicas devido a
prejuízo da mobilidade física;
Integridade estrutural e função
fisiológica normal da pele e
das mucosas.
Diagnóstico
Resultado
Cuidado com lesões; Cuidado
com o local; Controle da
nutrição; Cuidado com a pele;
Tratamento tópicos.
Intervenção
Intolerância a atividade:
Estar
em
risco
de
experimentar
energia
fisiológica
ou
psicológica
insuficiente para suporta ou
completar
as
atividades
diárias
requeridas
ou
desejadas.
Diagnóstico
Ações pessoais de controle da
energia necessário para iniciar
e manter uma atividade;
Capacidade
de
sustentar
atividades.
Resultado
Realização de exercício/treino
para fortalecimento;
Controle
de
energia;
Assistência no autocuidado;
Controle da dor;
Controle do ambiente.
Intervenção
Interação social
prejudicada:
Quantidade insuficiente ou
excessiva
ou
qualidade
ineficaz de troca social.
Apoio ambiental caracterizado
pelo relacionamento e pelos
objetivos dos membros da
família.
Manutenção do processo da
família;
Promoção da
integridade
familiar;
Aconselhamento.
Diagnóstico
Resultado
Intervenção
Manutenção ineficaz da
saúde:
Incapacidade de identificar, Ações pessoais para promover Grupo de apoio melhorado do
controlar ou buscar ajuda para um ótimo bem – estar, sistema de apoio promoção do
manter a saúde.
recuperação e reabilitação.
envolvimento familiar;
Avaliação da saúde; Educação
para a saúde, identificação de
risco;
Melhora
da
autorresponsabilidade.
Diagnóstico
Resultado
Intervenção
Medo:
Resposta à ameaça percebida Ações pessoais para eliminar
que
é
conscientemente ou
reduzir
sentimentos
reconhecida como um perigo.
incapacitantes de apreensão;
Tensão
ou
desconforto
despertados por uma fonte
identificável.
Diagnóstico
Resultado
Aumento
da
segurança;
Melhora do enfrentamento;
Apoio à tomada de decisão;
Assistências
em
exames,
procedimento/ tratamento.
Intervenção
Sentimento de Impotência:
Estar em risco de falta de
controle percebida sobre uma
situação
ou
sobre
a
capacidade de uma pessoa de
afetar significativamente um
resultado.
Atividades pessoais de um
indivíduo competente para
exercer a organização das
próprias decisões da vida;
Convicção pessoal de que uma
pessoa pode influenciar um
resultado de saúde.
Roteiro para as consultas:
A consulta de enfermagem é um fator
determinante no atendimento ao paciente de
Hanseníase. Inicialmente, esse primeiro encontro
pode ser realizado com o objetivo de conhecer e
propor intervenção sobre as dificuldades e quadro
geral de saúde de manifestação da doença. Essa
consulta tem uma forma determinada. Ou seja,
ela pode proporcionar um benefício eficaz sendo
realizada por um profissional capacitado
provocando um impacto nas condições de saúde
populacional, o que resultará em transformações
Esclarecimento de valores;
Orientação quanto ao sistema
de saúde;
Suporte
emocional;
Intervenção na crise.
no panorama epidemiológico (MENDES, 2009).
Enfatizando a importância da prática da
consulta de enfermagem, Duarte, Ayres e
Simonetti (2008), afirmam que a entrevista é
considerada pioneira nesse processo de escuta e
visa, dentre outras ações, o controle da
Hanseníase. A consulta é caracterizada por ações
ágeis que objetivam o cuidado desse paciente,
envolvendo os seguintes passos: “Histórico de
enfermagem, prescrição de enfermagem e
implementação da assistência e evolução de
enfermagem. A consulta de enfermagem é
proposta como exemplo de aplicação individual
no processo de enfermagem” (p. 768).
Na visão de Silva et al. (2009), a consulta
de enfermagem para pacientes de Hanseníase
pode ser compreendida a partir do cumprimento
de cinco fases importantes e sequenciais: a
história de vida do paciente, o exame de contato,
o diagnóstico, a orientação e o progresso de
enfermagem. “Tal prática é uma atividade
independente,
realizada
pelo
enfermeiro,
objetivando propiciar condições na melhoria da
qualidade de vida por meio de uma abordagem
contextualizada e participativa” (p. 293).
Considerações Finais:
Diante disso, e do que foi exposto sobre o
histórico de dificuldade e preconceito que envolve
a Hanseníase desde o seu surgimento até os dias
atuais, faz-se importante pesquisar os principais
aspectos do trabalho que envolvem a práxis da
enfermagem em pacientes com hanseníase, a
partir do diagnóstico inicial e durante o processo
de tratamento. As pesquisas nessa área poderão
resultar em melhorias que promoverão mudanças
significativas no manejo e cuidados não só ao
paciente portador de hanseníase, mas também
aos outros usuários da saúde de maneira geral.
Concluiu-se que a enfermagem é
essencial na assistência à saúde da população,
pois representa o trabalho coletivo dentro do
posto de saúde, lutando contra a Hanseníase,
atuando no controle da doença, individualmente,
com as famílias e a povoação. A consulta de
enfermagem é feita inicialmente pelo profissional
de saúde, o enfermeiro; nesse primeiro
atendimento ao paciente, realizando os testes
necessários para elaboração dos diagnosticados
a fim de se identificar os problemas de saúde.
Nesse processo são aplicadas medidas de
enfermagem com o objetivo de promover a
promoção de saúde, auxílio, recuperação e
regeneração do doente.
Para tanto, verificou-se a importância da
Educação Básica nesse processo de prescrição
ao portador de Hanseníase sobre o conhecimento
que o paciente precisa obter para aderir ao
tratamento de maneira global, para realizar a
prática do autocuidado e ser um indivíduo ativo
na busca da cura dessa doença. A entrevista
realizada pela consulta de enfermagem deve
refletir a capacidade desse profissional da saúde
na realização de ações que promovam a
evolução de enfermagem na busca pela cura.
A revisão de literatura que fundamentou
esse
estudo
possibilitou
potencializar
o
entendimento sobre a relevância que o
profissional de enfermagem desempenha no
trabalho multidisciplinar que é realizado no
tratamento da Hanseníase. As ações de cunho
educativas são de suma importância para
envolver tanto o paciente quanto os familiares a
uma adesão consciente ao tratamento da doença,
contribuindo para eliminar a Hanseníase do nosso
país.
Verificou-se também que as ações da
enfermagem na implementação de medidas
preventivas e intervenções adequadas no
processo de tratamento em indivíduos portadores
de Hanseníase podem reduzir as incapacidades
físicas apresentadas por essas pacientes, assim
como potencializar a chance de uma rápida
integração social, a partir de uma conscientização
de pacientes e familiares sobre as questões de
estigma que envolvem a doença.
A realização desse trabalho proporcionou
compreender que a falta de capacitação
profissional da enfermagem pode trazer sérias
implicações na qualidade de serviços prestados
aos portadores de Hanseníase. O conhecimento
teórico é de suma importância para fundamentar
uma prática competente e eficaz.
Esse estudo não foi exaustivo, sendo
necessária a realização de novas pesquisas
abordando a temática, pois a área da
enfermagem necessita de uma formação
continuada, e também está sujeita às frequentes
atualizações de novos conhecimentos que se
apresentam no mundo globalizado, tanto no que
diz respeito à práxis da enfermagem, quanto ao
que concernem os principais fatores que
envolvem a Hanseníase.
Agradecimentos:
Agradeço a Deus primeiramente por te
me dado força durante esse percurso que não foi
fácil, a Judith minha orientadora e coordenadora
do curso de enfermagem que me ajudou muito, a
minha mãe Andrea, ao meu esposo Fernando e a
Jandira, que foram essenciais na minha formação
talvez eu não conseguisse sem a ajuda deles, a
toda equipe da Faculdade Icespe Promove, e a
todos que me ajudaram direto e indiretamente, o
meu muito obrigado.
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