Farmacologia dos Antipsicóticos e Lítio - ICB

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Psicose
Farmacologia dos
Antipsicóticos e Lítio
• Psicose - estado no qual o indivíduo
perde o contato com a realidade
N t G
Newton
G. d
de Castro
C t
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
Professor Associado, MD, DSc
Lab. de Farmacologia Molecular
CCS – sala J1-029
–
–
–
–
alucinações
ilusões
delírios
transtornos do pensamento formal
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
Medicina M2 BMF224
Mai/15
Esquizofrenia
•
•
•
•
diagnóstico - século XIX
tragédia clássica - “ficar louco”
Hamlet - “loucura”
loucura de Ofélia
Rei Lear III - “Poor Tom” filho de Gloucester
Eugen Bleuler & Emil Kraepelin
• início do século XX - busca de um processo
fundamental
• distinção entre esquizofrenia e transtornos
afetivos
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Principal causa de psicose crônica
• distúrbios da percepção e integração da
realidade
• casos graves - prejuízo da cognição e
motivação
• Sintomas Positivos: delírios e alucinações, fala
e comportamento desorganizados,
desorganizados afeto
incongruente
• Sintomas Negativos: isolamento social, redução
da produção e fluência do pensamento e da
produção da fala (alogia),
(alogia) anedonia,
anedonia avolição,
avolição
embotamento afetivo
• Déficits Cognitivos: prejuízo da cognição:
memória, aprendizado, cognição social
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Esquizofrenia
1
Esquizofrenia
Teorias da esquizofrenia
•
– aumento do tamanho ventricular
– diminuição do córtex pré-frontal e
hipocampo; diminuição do tamanho do
neurônio
– cérebros de esquizofrênicos: 30 - 50%
de diminuição de mielina no córtex préfrontal e hipocampo
– não há grande perda de células da glia
(atrofia sem neurodegeneração)
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• Abordagem neuroanatômica
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• primeiro episódio - adolescentes ou adultos
jovens
– 25% somente um episódio agudo
– 25 % estado permanente
– 50% episódios recorrentes ao longo da
vida
• prevalência de 1% na população geral
• fator hereditário
– prevalência de 10% entre irmãos com pais
esquizofrênicos
– >40% de concordância entre gêmeos
monozigóticos
Teorias da esquizofrenia
Genética da esquizofrenia
Abordagem genética
Hipótese: Genética
alterações no
desenvolvimento embrionário
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– deleção 22q11 - 20-25% de incidência de
esquizofrenia:
q
catecol-O-metiltransferase
– 13q32 - receptor 5-HT2A
– 1q42 - proteína DISC-1
– 15q13-14 - receptores nicotínicos α7
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Mutações
M
t õ de
d vários
á i loci
l i conferem
f
susceptibilidade à esquizofrenia. Ex.:
Fundamentals of Neuropsychopharmacology Fig 18.03
2
Fisiopatologia da Esquizofrenia
Teorias da esquizofrenia
Hipótese dopaminérgica
• Jean Delay & Pierre Deniker - clorpromazina
antipsicótico, mas com efeitos neurológicos
semelhantes à doença de Parkinson
• Abordagem
Ab d
neuroquímica
í i
• anfetamina
Quatro vias dopaminérgicas
– administração prolongada em doses
elevadas - efeitos semelhantes aos sintomas
positivos da esquizofrenia em pessoas
normais (exceto alucinação auditiva)
• Arvid Carlsson – dopamina: neurotransmissor
• ensaios de interação fármaco-receptor correlação entre afinidade pelo receptor D2
(antagonismo) e efeito antipsicótico
DA e 5-HT: comportamento, humor, cognição
MESOCORTICAL
TÚBEROINFUNDIBULAR
DA
secreção de
prolactina
Hiperfunção DA límbica:
sintomas positivos
Saliência de
incentivo
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MESOLÍMBICA
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Hipofunção
DA cortical:
sintomas
negativos e
cognitivos
NIGROESTRIATAL
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– exacerba os sintomas da esquizofrenia
q
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– Hipótese dopaminérgica
(ativação excessiva mesolímbica)
– Hipótese serotoninérgica
(ativação excessiva?)
– Hipótese glutamatérgica
(hi f
(hipofunção)
ã )
3
Fisiopatologia da Esquizofrenia
Hipótese serotoninérgica
Hipótese glutamatérgica
Fisiopatologia da Esquizofrenia
Fisiopatologia da Esquizofrenia
Stahl, SM. Essential Psychopharmacology
Hipofunção de NMDAR e sintomas negativos
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Hipofunção de NMDAR e sintomas positivos
Stahl, SM. Essential Psychopharmacology
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• Antipsicóticos atípicos
– geralmente bloqueio 5-HT
5 HT2A > D2
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• Efeitos alucinógenos do LSD e de alcalóides
de cogumelos Psylocibe
– agonista parcial de receptores 5-HT2A
• fenciclidina, cetamina – antagonistas do NMDAR
induzem psicose semelhante à esquizofrenia
• aumento da concentração de ácido quinurênico
no LCR de pacientes esquizofrênicos
• menor concentração de D-serina no LCR
• estudos post mortem - diminuição da
concentração de glutamato no córtex frontal e
hipocampo
• antagonista NMDA - aumenta DA no córtex préfrontal e estruturas subcorticais
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Fisiopatologia da Esquizofrenia
4
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Impacto da farmacoterapia
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Histórico - clorpromazina
• 1930 - efeitos anti-histamínico e sedativo da
prometazina
• 1940 - prometazina – tentativa de tratar agitação
de pacientes psiquiátricos
• 1949 - 1950 - Charpentier - clorpromazina
• Laborit
L b it & cols.
l - clorpromazina
l
i - potencializa
t
i li
efeito anestésico, diminui alerta e motilidade,
produz sedação - “hibernação artificial”
• 1951 - Paraire & Sigwald - clopromazina para
tratamento de doenças psiquiátricas
• 1952 Delay & Deniker - efeito antipsicótico da
clorpromazina
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Fármacos utilizados no tratamento de
psicoses ou outros distúrbios psiquiátricos
caracterizados por sinais e sintomas
psicóticos
Antipsicóticos - histórico
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Antipsicóticos
5
Antipsicóticos de 1ª Geração
Classificação
Antipsicóticos de 1ª Geração (Típicos)
•
FENOTIAZÍNICOS:
– alifáticos: clorpromazina, trifluorpromazina
piperazínicos: flufenazina, trifluperazina,
perfenazina
– piperidínicos: tioridazina,
tioridazina mesoridazida
BUTIROFENONAS:
– haloperidol, droperidol
TIOXANTENOS: clorprotixeno, tiotixeno
INDOLONA: molindona
DIFENILBUTILPIPERIDINA: pimozida
Antipsicóticos de 2ª Geração (atípicos)
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Farmacodinâmica – 1ª geração
Receptores Bloqueados
D2
++
+++
+
+++
++
++
Piperazínicos
p
((flufenazina))
+
+++
+
++
++
++
Piperidínicos (tioridazina)
+
++
++
+++
-
++
Tioxantinas (clorprotixeno)
++
+++
+
+++
++
++
+++
+
+/-
+
+/-
Butirofenonas (haloperidol) +
+ potente dos
típicos
5HT2A

D1
Fenotiazínicos
Alifáticos (clorpromazina)
notar razão
D2 / 5HT2A
H1 Musc
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•
•
•
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•
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–
6
Farmacodinâmica – 2ª geração
2ª geração
Mesolímbica
(saliência, motivação
motivação))
3ª ?
Nigroestriatal
(controle motor)
*
maior razão D2 / 5HT2A
dissociação rápida D2
(alguns) agonismo parcial 5HT1A
*
* agonista
parcial
Tuberoinfundibular
(controle hormonal)
• nigroestriatal: da substância negra aos gânglios da base
• mesolímbica: região tegmental ventral do mesencéfalo ao nucleus accumbens
• mesocortical: região tegmental ventral (VTA) ao córtex límbico pré-frontal (PFC)
• tuberoinfundibular: hipotálamo à pituitária anterior
Masana et al. (2012) Curr. Top. Med. Chem. 12:2357
Receptores dopaminérgicos
Receptores D1 e D5
DA
AC
s
Receptores D1 - subtipos D1 e D5
- acoplado à proteína Gi/o
Fosforilação de
vários substratos
PKA
Transcrição gênica
PO3
PO3
CREB
DNA
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Receptores D2 - subtipos D2, D3 e D4
+
AMPc
- acoplado à proteína Gs
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•
•
•
*
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*
Mesocortical
(cognição)
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1ª geração
Vias dopaminérgicas centrais
7
DA
AC
+
AMPc
Fosforilação de
vários substratos
PKA
Transcrição gênica
PO3
PO3
CREB
DNA
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K+
Flupentixol
t1/2 35 h
“atípicos”
Pobreza de
linguagem
Ideias delirantes
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Alucinações
KD em receptores D2 de dopamina (nM)
Antipsicóticos de 2ª geração
Eficácia clínica dos AP típicos
Embotamento
afetivo
P/ sintomas
positivos
–
–
–
–
–
–
–
–
clozapina
l
i
risperidona
quetiapina
olanzapina
ziprazidona
sertindol
amissulprida
asenapina
– aripiprazol
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i/o
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Potência clínica ↔ afinidade D2
Dose média diária na clínica (µm
mol/kg)
Receptores D2, D3 e D4
OBS: não disponível no Brasil
8
Receptor 5-HT2A
Antagonistas dos receptores:
•
serotoninérgicos
g
5-HT2A
•
dopaminérgicos D2 (e D1)
•
muscarínicos
•
adrenérgicos α1 e α2
•
histaminérgico H1
Agonistas parciais 5-HT1A
DAG
PIP2
acoplado à proteína Gq
.. . .
.
.. .
IP3
fosforilação
CaMK
Ca2+
....
calmodulina
PKC
fosforilação
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Retículo endoplasmático
Antipsicóticos de 2ª Geração
“Atipicalidade”:
• baixa relação
ç
•
afinidade D2
afinidade 5-HT
5 HT2A
baixa incidência de efeitos motores
aripiprazol (mecanismo distinto)
Antipsicóticos de 2ª Geração
• Provável impacto do bloqueio 5-HT2A:
– Via mesolímbica: não interfere com
efeitos antipsicóticos
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– Via nigroestriatal: reduz o bloqueio D2 o
bastante para atenuar sintomas
extrapiramidais
– Via mesocortical: aumenta a liberação de
dopamina o bastante para melhorar
cognição
Nesta classe, muitos fármacos são agonistas inversos 5-HT2A
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Gq
PLC
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Antipsicóticos de 2ª Geração
9
Aripiprazol: agonista parcial D2
Aripiprazol: agonista parcial D2
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MECANISMO DE ESTABILIZAÇÃO DOPAMINÉRGICA:
• antagoniza dopamina em área onde há liberação excessiva
• ativa receptores D2 em regiões de baixa atividade
DA
100 nM
R. Mailman (2009 - cortesia)
Comparativo dos efeitos
• mecanismo de ação multi-receptor
• menor risco de efeitos neurológicos
Via dopaminérgica
Mesolímbica
Mesocortical
Papel na
esquizofrenia
hiperativa,
hiperativa,
sintomas
positivos
hipoativa,,
hipoativa
sintomas nega
nega-tivos//cognitivos
tivos
Típicos
(1a geração)
cessam,
anedonia
não melhoram
hiperproefeitos EP
ou pioram
lactinemia
D2/5-HT2A
cessam,
anedonia
pequena
melhora?
pouco
efeito
variável
Agonista
parcial D2
cessam
pequena
melhora?
pouco
efeito
normal;
reduz hiperprolact.
– menor ocupação dos receptores D2 estriatais
• eficácia ligeiramente melhor em relação
aos sintomas negativos
• eficazes em pacientes que não
respondem aos típicos (clozapina)
• maior risco de efeitos metabólicos
–
Exceções: ziprasidona, aripiprazol, asenapina
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• afinidade menor (dissociação rápida)
• antagonismo de heteroceptores 5HT2A
• agonismo parcial D2
NigroTuberoinestriatal fundibular
n.a..
n.a
n.a.
n.a.
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Antipsicóticos de 2ª Geração
10
Farmacocinética
Outras Formulações
• Líquido
• aripiprazol, risperidona
• Absorção
• Oral dissolvível
– boa absorção oral
– alguns antipsicóticos - absorção errática
– administração intra-muscular
intra muscular
Absorção variável
• Inalável
• loxapina
• Injetável de curta duração
• aripiprazol,
i i
l olanzapina,
l
i
ziprasidona,
i
id
h l
haloperidol
id l
• Injetável de longa duração
• aripiprazol, olanzapina, paliperidona, risperidona,
haloperidol, flufenazina, zuclopentixol
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– alta lipossolibilidade, boa penetração na BHE
– ligação às proteína plasmáticas
• asenapina
Farmacocinética: eliminação
Variação individual da concentração plasmática de
clorpromazina
p
(via
(
oral).
)
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• Biotransformação
– processos oxidativos
id ti
no sistema
i t
P450
• olanzapina - CYP1A2
• fenotiazinas - CYP2D6
• risperidona
p
- CYP2D6
• quetiapina - CYP3A4
– conjugação
• Excreção de metabólitos
– renall e biliar
bili
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• Distribuição
• Sublingual
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• urgência ou longo prazo (depósito)
• aripiprazol, olanzapina, risperidona
11
Farmacocinética
Efeitos adversos neurológicos
• Geralmente t1/2 longa: 20 - 75 horas
Bloqueio D2 estriatal:
distúrbios extra-piramidais
• Administração intra-muscular de formas
de liberação lenta aumenta a t1/2 (de efeito)
Efeitos adversos neurológicos
– tratamento: fármacos anti-parkinsonianos
Efeitos adversos neurológicos
• Acatisia
• Parkinsonismo
– sintomas - acinesia,
acinesia rigidez muscular,
muscular
máscara facial, marcha arrastada
– risco máximo - 5 - 30 dias
– incidência - 15% dos pacientes
– tratamento
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– sintomas - sensação subjetiva de aflição e
desconforto, necessidade de ficar em
movimento
– risco máximo: 5 - 60 dias
– tratamento
• redução da dose
• anti-parkinsonianos, benzodiazepínicos e
propranolol
– risco máximo: 1 - 5 dias
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– contorna a baixa adesão (atinge até 40% dos
pacientes)
• ajuste da dose
• fármacos anti-parkinsonianos:
– antimuscarínicos
– amantadina
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• limitada pela absorção
• Distonia aguda
– sintomas: espasmos
p
musculares - face,
pescoço, língua, costas, crises oculogíricas
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– flufenazina oral - t1/2 = 20 horas
– enantato de flufenazina - t1/2 = 7 - 10 dias *
– decanoato de haloperidol - t1/2 ~ 3 semanas *
12
Efeitos adversos neurológicos
Efeitos adversos neurológicos
• Síndrome neuroléptica maligna (10%
mortalidade)
• Tremor perioral
– variante tardia do parkinsonismo
– tratamento
– sintomas - catatonia, estupor, hipertermia,
pressão arterial instável, aumento da
creatinina quinase plasmática
– tratamento
Efeitos adversos neurológicos
Efeitos adversos neurológicos
• Discinesia tardia
• Discinesia tardia
– prevalência - 15 - 35%
– incidência anual - 3 - 5%
– sintomas
– prevenção
• utilizar a dose mínima
• tempo de tratamento adequado
• uso de atípicos
• suspensão do fármaco
• fármacos anti - parkinsonianos agravam
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– tratamento
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• movimentos coreiformes rápidos, involuntários
e repetitivos da face, olhos, boca, língua, tronco
e extremidades
• atetose lenta
• posturas distônicas sustentadas
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
• suspender o fármaco
• tratamento de suporte
• dantrolene e bromocriptina
• fármacos anti-parkinsonianos
13
Exemplo: ganho de peso em jovens
Risco
Antipsicótico ganho de
peso
Aumento
do apetite
Ganho de
peso
Aumento
triglicerídeos
Resistência
insulina
Hiper-Hiper
insulinemia
Clozapina
+++
Olanzapina
+++
Risperidona
++
Quetiapina
++
Pré--diabetes
Pré
Ziprasidona
+/-
Diabetes
Aripiprazol
+/-
Asenapina
+/-
Eventos
cardiovasculares
Morte prematura
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Antipsicóticos 2a ger. e síndrome metabólica
SATIETY: 205 pacientes 4-19 anos recém-iniciados no antipsicótico
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• amenorréia-galactorréia
amenorréia-galactorréia, infertilidade,
infertilidade
diminuição da libido e ginecomastia
• aumento do apetite e obesidade, síndrome
metabólica
• boca seca, perda da acomodação visual e
constipação
• hipotensão ortostática, impotência,
j
ç
dificuldade de ejaculação
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macologia - ICB/UFRJ
Síndrome metabólica – mecanismos ?
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Outros efeitos adversos
14
Outros efeitos adversos
Usos clínicos
• Discrasias sanguíneas
• ESQUIZOFRENIA, TRANSTORNO ESQUIZOAFETIVO...
– clorpromazina
• MANIA (2ª geração)
• leucopenia (1:10.000 pacientes)
– clozapina
• DEPRESSÃO (adjuvantes)
• agranulocitose (1 - 2% dos pacientes)
• DEMÊNCIA SENIL (ALZHEIMER)
• DELIRIUM
(baixas doses: ¼ a ½)
• SÍNDROME DE LA TOURETTE
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– clorpromazina - urticária e dermatite (5%
(
dos pacientes)
– fotossensibilidade
• DISTÚRBIOS DE COMPORTAMENTO ASSOCIADOS A:
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• Icterícia
• Alterações cutâneas
• COMPORTAMENTO DE VIOLÊNCIA IMPULSIVA
Outros usos clínicos
• DOENÇA DE HUNTINGTON (coréia) - bloqueio dos
movimentos involuntários
• CONTROLE DE NÁUSEAS E VÔMITOS
• TRATAMENTO DOS SOLUÇOS INCOERCÍVEIS
• NEUROLEPTOANALGESIA (droperidol + fentanil)
n engl j med 364;1 nejm.org january 6, 2011
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• PRÉ-MEDICAÇÃO CIRÚRGICA (BZD são preferidos)
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(clorpromazina)
15
Distúrbios afetivos ou do humor
Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais
Tipo I
Transtorno Ciclotímico
Tipo II
Transtorno Distímico
Depressão Maior
Episódio maníaco
•
•
•
•
•
•
•
Humor persistentemente elevado,
expansivo ou irritável
Excesso de auto-estima
Prolixidade
F
Fuga
de
d idéias
idéi
Menor necessidade de sono
Dispersão
Inconsequência
Leves sintomas psicóticos
Cinco diferentes sintomas de frequência diária, com
duração mínima de duas semanas
•
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•
Episódio depressivo
Humor deprimido ou irritado
•
Interesse diminuído em atividades prazeirosas
•
Anedonia
•
Alteração significativa de peso (>5%)
•
Insônia ou hipersonia
•
Agitação ou retardo psicomotor
•
Fadiga
g e perda
p
de energia
g
•
Sentimento de pouca valia e culpa
•
Capacidade de concentração diminuída
•
Pensamentos recorrentes em morte e suícídio
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Transtornos
Bipolares
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Transtornos
Depressivos
Transtorno Bipolar
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4ª edição Revisado (DSM
(DSM--IVIV-TR, 2002)
flutuações diárias de afeto excessivas em
termos de intensidade e/ou duração,
interfendo de forma significativa no
cotidiano
16
Transtorno bipolar
Carbonato de lítio
inibe liberação vesicular de dopamina e
noradrenalina
•
inibe fosfatases que reciclam inositol de IP3
•
Profilaxia do distúrbio bipolar (tanto episódios
maníacos quanto depressivos);
•
Lento início de ação (5 – 7 dias) – associação
com antipsicóticos ou benzodiazepínicos
•
Índice Terapêutico pequeno !!!!
Monitoramento dos níveis séricos
Carbonato de lítio
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
•
Tratamento da mania aguda e de episódios
hipomaníacos;
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
Estabilizadores do humor
•
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
Tratamento farmacológico:
Indicações
ç
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
• P
Prevalência
lê i mundial
di l 1 – 3%
• Pode ter início na infância, porém o
diagnóstico ocorre principalmente na fase
adulta (30 – 40 anos)
• Alto risco de suicídio
• Etiologia e substrato neural ainda pouco
elucidados
Carbonato de lítio
17
Carbonato de lítio
Carbonato de lítio
Efeitos aversos:
• tratamento prolongado pode levar a falência
renal e hipotireoidismo - RAROS
• casos mais graves levam a convulsões
generalizadas e morte
• sinais precoces de intoxicação: sonolência,
vômito secura da boca
vômito,
boca, dor abdominal
abdominal,
fraqueza muscular, letargia, tontura, fala
dificultada
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
• sede, poliúria, fadiga, aumento de peso,
erupções cutâneas (acne)
• náusea e vômito persistentes, anorexia,
discinesias faciais, síncopes, convulsões,
sintomas psicóticos, falência circulatória aguda,
coma
Tratamento de distúrbios do humor
• conduta na sobredosagem: lavagem gástrica,
hemodiálise
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
Sobredosagem:
• náuseas, diarreia, mal-estar generalizado,
tremor das mãos
Tratamento de distúrbios do humor
Antipsicóticos de segunda geração:
Anticonvulsivantes:
Aripiprazol, quetiapina, olanzapina
risperidona e ziprasidona
•
Faltam estudos que confirmem a eficácia destes
fármacos na prevenção das crises
•
Podem ser associados aos estabilizadores de
humor: lítio ou anticonvulsivantes
•
Eficácia similar ao lítio no tratamento de
crises agudas de mania
•
Faltam estudos q
que confirmem a eficácia
destes fármacos na prevenção das crises
•
Mecanismo antimaníaco não completamente
elucidado
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
Aprovados para o tratamento de crises agudas
de mania (altas doses); também eficazes em
distúrbio bipolar e até depressão
Prof. N.G. Castro – Farm
macologia - ICB/UFRJ
•
Carbamazepina, ácido valpróico,
lamotrigina
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