Transplante Pumonar Digital ED.01

Propaganda
Transplante Pulmonar Digit@l
O seu canal de comunicação na rede
Ano 1
Edição Bimestral 1° Edição
Nesta edição
Transplante Pulmonar
01052011
Abril de 2011
Saiba mais
O que é Transplante
Indicações ao
Transplante de Pulmão
Captação de Órgãos
Doenças que podem levar ao
Transplante Pulmonar
A importância da Doação de Órgãos
Distribuição gratuita via email:
[email protected]
Transplante Pulmonar
Saiba mais
Índice
O que é Transplante
Indicações ao
Transplante de Pulmão
Captação de Órgãos
Doenças que podem levar ao Transplante Pulmonar
- Abestetose
- Deficiência de alfa-1
antitripsina
-DPOC - Doença Pulmonar
Obstrutiva Crônica
- Discinesia Ciliar
- Enfisema Pulmonar
- Fibrose Cística
- Fibrose Pulmonar Idiopática
- HAP (Hipertensão Arterial
Pulmonar)
- Histiocitose X
- Linfangioleiomiomatose (LAM)
- Silicose
- Talcose
- Berliose
- Bronquictasia
- Bronquiolite Obliterante
- Microlitíase Alveolar
Pulmonar (MAP)
- Artrite Reumatóide
A importância da Doação de Órgãos
Transplante
Pulmonar
Digit@l
Transplante Pulmonar
Saiba mais
O que é Transplante
Chama-se transplantação, ou simplesmente transplante, o ato de colher um órgão ou tecido,
ou parte deles, de um indivíduo (doador) e implantá-lo(s) em outro indivíduo (receptor) (ou, no
caso de tecidos, no próprio doador).
Esse tratamento que pode salvar ou melhorar a qualidade de vida é usado quando não há
outra forma de cura para a pessoa. Sua realização é necessária um cirurgia de substituição do
órgãos sólido doente pelo orgãos sólido saudável.
Já no transplante de tecidos não é necessária uma intervenção cirurgica, pois as células
são injetadas na corrente sanguinea onde realizam a renovação celular.
No caso do Transplante Pulmonar, é retirado um pulmão, ou os dois pulmões do doador e
implantado no paciente que esta a espera na fila para receber a doação.
Transplante
Pulmonar
01
Digit@l
Transplante Pulmonar
Indicações ao Transplante de Pulmão
O paciente com indicação para transplante de pulmão tem doença pulmonar, com exceção
de câncer, em estágio avançado e cujo tratamento não responde mais aos medicamentos.
Sua expectativa de vida com a doença gira em torno de dois a três anos e sua idade máxima,
no geral, não deve ultrapassar 65 anos. Além disso, ele deve ter condições de se locomover e
morar próximo ao centro de referência para tratamento prolongado.
São contra-indicados para transplante de pulmão pacientes fumantes e que apresentam
coronariopatia, cirrose, insuficiência renal, hepatite aguda; infecção extrapulmonar; HIV
e câncer, entre outras doenças em estágio avançado.
Captação de Órgãos
A captação do pulmão de doadores para transplante é um processo
bastante complexo.
O pulmão é o primeiro órgão a se deteriorar no processo de morte
encefálica. Nessa condição, geralmente o potencial doador necessita de
suporte respiratório que, muitas vezes, compromete a qualidade do
órgão.
Além disso, boa parte dos doadores com morte cerebral por acidente
tem os pulmões comprometidos por trauma torácico, o que inviabiliza a
doação. O pulmão é também um órgão sujeito à contaminação direta
pelo ar, tanto no caso do doador quanto no do receptor. Todos esses
fatores inviabilizam a captação de cerca de 80% dos pulmões doados.
Transplante
Pulmonar
02
Digit@l
Transplante Pulmonar
Doenças que podem levar ao Transplante Pulmonar
Abestose
O asbesto é um composto por silicatos minerais
fibrosos com diferentes composições químicas.
Quando inaladas, as fibras de asbestos depositam - se
profundamente nos pulmões, provocando formação de
cicatrizes.
A inalação de asbestos também pode acarretar o
espessamento de duas membranas que revestem
os pulmões (pleura). Os indivíduos que trabalham
com asbestos apresentam riscos de desenvolver
uma doença pulmonar. Os operários do setor de
demolição, que trabalham em edifícios que
contém isolamentos que contem asbesto, também
corre risco, embora menor.
Quanto mais o indivíduo expõe às fibras de
asbesto, maior é o risco de desenvolver a doença.
Sintomas
Aparecem gradualmente, somente após ter havido a
formação de muitas cicatrizes e os pulmões terem
perdido a elasticidade.
Transplante
Pulmonar
03
Digit@l
Transplante Pulmonar
Os sintomas iniciais são uma dificuldade respiratória
discreta e a diminuição da capacidade de realizar
exercícios.
Já os tabagistas inveterados podem apresentar
tosse e sibilos.
O câncer de pulmão está relacionado em parte ao grau de
exposição às fibras de asbesto.
No entanto, indivíduos com abestose, o câncer de pulmão
ocorre quase exclusivamente nos que também são tabagistas,
sobretudo naqueles que consomem mais de um maço de
cigarros por dia.
Diagnóstico
O médico diagnostica por meio de radiografia, provas de
função pulmonar e biópsia para identificar ou não presença
de tumores cancerosos.
Prevenção e Tratamento
Pode ser evitada com a minimização da poeira e fibras
de asbesto e o abandono do vicio de cigarros.
A oxigenoterapia diminua a dificuldade respiratória, e a
drenagem do líquido em torno do pulmão facilitam a
respiração.
Em determinadas ocasiões, o transplante pulmonar é
bem sucedido no tratamento da abestose.
Transplante
Pulmonar
04
Digit@l
Transplante Pulmonar
Deficiência de alfa-1 antitripsina
História natural da deficiência de alfa-1 antitripsina (AAT),
a principal complicação da deficiência de AAT e, portanto, a
mais estudada é o desenvolvimento de enfisema pulmonar.
Ao longo dos anos, a suspeita de deficiência de AAT, na
maioria das vezes, foi feita a partir do diagnóstico de
enfisema pulmonar, o que pode ter selecionado pacientes
com evolução mais grave da doença.
A partir de estudos genéticos realizados em familiares
de pacientes
inicialmente
diagnosticados, pôde-se
observar que alguns pacientes com deficiência de AAT,
mesmo em suas formas mais graves (PiZZ e PiZ-nulo),
têm melhor evolução, mostrando que outros fatores são
importantes no desenvolvimento do enfisema.
Quando são acompanhados pacientes selecionados
a partir do diagnóstico do enfisema, a doença se inicia
entre a terceira e a quarta década de vida e, em geral,
a média de vida fica em torno de 40 anos para os
fumantes e ao redor de 65 anos para os não-fumantes.
Além do tabagismo, os fatores que podem acelerar o
desenvolvimento de enfisema nesses pacientes são
exposição a outras substâncias nocivas, infecções de
repetição e hiperresponsividade brônquica. A presença
de outros fatores genéticos envolvidos também não
pode ser afastada.
Transplante
Pulmonar
05
Digit@l
Transplante Pulmonar
Conhecendo-se a história natural da deficiência de AAT,
algumas medidas preventivas em relação ao desenvolvimento
de enfisema podem ser implementadas:
- Combate rigoroso ao tabagismo;
- Vacinação contra influenza e pneumococo;
- Tratamento precoce de infecções respiratórias;
- Controle da hiperreatividade brônquica;
- Retirada de outras exposições a agentes nocivos, como
tabagismo passivo, outras fumaças e poeiras.
Em relação às demais complicações da deficiência de AAT,
grandes destaque têm sido dado ao surgimento de cirrose
hepática em indivíduos idosos que nunca fumaram.
Tratamento não específico
Os pacientes que desenvolvem enfisema pulmonar devem
receber o tratamento convencional dessa doença, que inclui:
- Tratamento medicamentoso;
- Reabilitação pulmonar;
- Oxigenoterapia domiciliar prolongada;
- Suporte ventilatório;
- Tratamento cirúrgico: cirurgia redutora de volume
pulmonar - O enfisema por deficiência de AAT é uma
situação em que os resultados da cirurgia redutora
não são bons, portanto sua indicação deve ser
individualizada criteriosamente;
- Transplante de pulmão.
Transplante
Pulmonar
06
Digit@l
Transplante Pulmonar
DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva crônica
O que é?
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença
crônica dos pulmões que diminui a capacidade para a
respiração.
A maioria das pessoas com esta doença apresentam
tanto as características da bronquite crônica quanto as
do enfisema pulmonar. Nestes casos, chamamos a
doença de DPOC. Quando usamos o termo DPOC de
forma genérica, estamos nos referindo a todas as
doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns:
- Bronquite crônica;
- Enfisema pulmonar;
- Asma brônquica;
- Bronquiectasias.
No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos em
DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite
crônica e ao enfisema pulmonar.
A bronquite crônica está presente quando uma
pessoa tem tosse produtiva (com catarro) na maioria
dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois
anos consecutivos.
Transplante
Pulmonar
07
Digit@l
Transplante Pulmonar
Mas outras causas para tosse crônica, como
infecções respiratórias e tumores, têm que ser
excluídas para que o diagnóstico de bronquite crônica
seja firmado.
O enfisema pulmonar está presente quando muitos
alvéolos nos pulmões estão destruídos e os restantes
ficam com o seu funcionamento alterado.
Os pulmões são compostos por incontáveis alvéolos,
que são diminutos sacos de ar, onde entra o oxigênio
e sai o gás carbônico.
Na DPOC há uma obstrução ao fluxo de ar, que
ocorre, na maioria dos casos, devido ao tabagismo de
longa data.
Esta limitação no fluxo de ar não é completamente
reversível e, geralmente, vai progredindo com o passar
dos anos.
Como se desenvolve
O DPOC se desenvolve após vários anos de tabagismo
ou exposição à poeira (em torno de 30 anos), levando a
danos em todas as vias respiratórias, incluindo os pulmões.
Estes danos podem ser permanentes. O fumo contém
irritantes que inflamam as vias respiratórias e causam
alterações que podem levar à doença obstrutiva crônica.
Transplante
Pulmonar
08
Digit@l
Transplante Pulmonar
O que se sente
Os sintomas típicos de DPOC são:
- Tosse;
- Produção de catarro;
- Encurtamento da respiração.
Algumas pessoas desenvolvem uma limitação gradual
aos exercícios, mas a tosse somente aparece eventualmente.
Outras, costumam ter tosse com expectoração (catarro)
durante o dia, principalmente pela manhã, e tem maior
facilidade de contrair infecções respiratórias.
Neste caso, a tosse piora, o escarro (catarro) torna-se
esverdeado ou amarelado, e a falta de ar poderá piorar,
surgindo, às vezes, chiado no peito.
À medida que os anos passam e a pessoa segue fumando,
a falta de ar vai evoluindo. Pode começar a aparecer com
atividades mínimas, como se vestir ou se pentear, por exemplo.
Algumas pessoas com DPOC grave poderão apresentar uma
fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de
inchaço nos pés e nas pernas.
Transplante
Pulmonar
09
Digit@l
Transplante Pulmonar
Como o médico faz o diagnóstico
O médico faz o diagnóstico baseado nas alterações
identificadas no exame físico, aliado às alterações referidas
pelo paciente e sua longa exposição ao fumo. O médico
poderá, ainda, solicitar exames de imagem ou de função
pulmonar, além de exames de sangue. Todos estes exames
complementares irão corroborar o diagnóstico de DPOC.
Os exames de imagem, como a radiografia ou a
tomografia computadorizada do tórax mostrará alterações
características da doença. A espirometria, que é um exame
que demonstra como está a função pulmonar, usualmente
demonstra a diminuição dos fluxos aéreos. Neste exame, a
pessoa puxa o ar fundo e assopra num aparelho que
medirá os fluxos e volumes pulmonares.
Outro exame importante é a gasometria arterial, em que
é retirado sangue de uma artéria do paciente e nele é
medida a quantidade de oxigênio. Nas pessoas com DPOC,
a oxigenação está freqüentemente diminuída.
Transplante
Pulmonar
10
Digit@l
Transplante Pulmonar
Como se trata
A primeira coisa a fazer é parar de fumar. Nas pessoas
com muita dificuldade para abandonar o fumo, podem ser
utilizadas medicações que diminuem os sintomas causados
pela abstinência deste. Os broncodilatadores são
medicamentos muito importantes no tratamento. O uso de
oxigênio domiciliar também poderá ser necessário no
tratamento da pessoa com DPOC, melhorando a qualidade
e prolongando a vida do doente. Além disso, a reabilitação
pulmonar através de orientações e exercícios também
poderá ser indicada pelo médico com o intuito de diminuir
os sintomas da doença, a incapacidade e as limitações do
indivíduo, tornando o seu dia-a-dia mais fácil.
Devemos lembrar a importância da vacinação contra a
gripe (anual) e pneumonia, que, geralmente, é feita uma
única vez.
Como se previne
Evitar o fumo é a única forma de prevenção da doença.
Transplante
Pulmonar
11
Digit@l
Transplante Pulmonar
Discinesia Ciliar
A discinesia ciliar primária é uma doença hereditária
caracterizada por anormalidades ultra-estruturais ciliares
que comprometem a atividade ciliar normal, com
conseqüências diretas, sobre o clearence mucociliar,
predispondo a infecções respiratórias repetidas e
resultando em doença obstrutiva crônica do trato
respiratório. Sua prevalência é de 1/200.00, segue um
padrão autossômico recessivo de transmissão, acomete
ambos os sexos e não apresenta predileção por grupos
raciais. Os cromossomos, 6, 7 e 19 parecem estar
envolvido com a patogênese, porem é uma condição
geneticamente heterogênea e, provavelmente, mais de
uma mutação, por seu fenótipo.
Com a progressão da doença, surgem sintomas de
infecção de trato respiratório inferior e desenvolvimento
como bronquiectasia, hipocratismo digital e déficit de
crescimento.
A tríade clássica da sinusopatia, bronquiectasia e
situs inversus está aproximadamente metade dos
pacientes, construindo a síndrome de kartagener.
No individuo adulto, pode apresentar-se tosse produtiva
crônica, sinusopatia crônica e otite media de repetição.
Infertilidade masculina pode ser queixa predominante na
presença ou não de sintomas respiratórias, uma vez que
o curso da doença é variável e alguns indivíduos podem
atingir a vida adulta com poucos sintomas respiratórios.
Transplante
Pulmonar
12
Digit@l
Transplante Pulmonar
As alterações radiológicas são pouco especificas.
A radiografia dos seios da face evidencia outras
alterações importantes para a confirmação da doença
bem como tomografia de alta resolução de tórax que tem
especial valor
na
avaliação
de bronquiectasia,
demonstrando a localização características em lobos
médios e lobos inferiores dos pulmões.
Quanto ao tipo de bronquiectasia cilíndricas são
encontradas em maior número em relação às císticas e
varicosas,
porem
não
constituem
um
padrão
característico da doença uma vez que também podem
ser encontradas em outras desordens.
Diagnóstico
A partir da suspeita clinicas, alguns exames com valor
presuntivo podem ser realizados, como o teste de sacarina.
Tratamento
O objetivo é o tratamento precoce das infecções de vias
áreas superiores e ouvido médio e a prevenção do
desenvolvimento de complicações como déficit auditivo e
bronquiectasia.
Imunizações, antibióticos e fisioterapia tem grande
importância ao bem estar do paciente.
Em casos mais avançados, o tratamento pode ser
mudado para um transplante pulmonar.
Transplante
Pulmonar
13
Digit@l
Transplante Pulmonar
Enfisema Pulmonar
Caracteriza-se o Enfisema Pulmonar por dilatação permanente
e anômala dos espaços aéreos distais ao bronquíolo terminal,
com destruição e ruptura de suas paredes.
Complicações do Enfisema Pulmonar
Enfisemas pulmonares que cursem com ampla destruição do
tecido levam à redução do leito capilar alveolar, à hipóxia
severa e à insuficiência respiratória. Conseqüentemente ocorre:
- Sobrecarga das câmaras cardíacas e insuficiência
cardíaca direita (cor-pulmonale);
- Policitemia;
- Tendência ao desenvolvimento de tromboses.
Em qualquer tipo de enfisema podem desenvolver-se
"bolhas" subpleurais que são espaços aéreos dilatados e
amplos, com paredes muito delgadas e que contêm ar
sob pressão. A rotura destas bolhas faz com que o ar
escape ao espaço pleural desenvolvendo-se pneumotórax
hipertensivo e atelectasia.
Tratamento
Deixar de fumar, antibioticoterapia, fisioterapia e possível
transplante pulmonar.
Transplante
Pulmonar
14
Digit@l
Transplante Pulmonar
Fibrose Cística
A Fibrose Cística, também conhecida como Mucoviscidose, é uma
doença genética autossômica recessiva causada por um distúrbio
nas secreções de algumas glândulas. Nos pacientes afetados, as
glândulas exócrinas produzem uma secreção muito mais espessa do
que nas crianças normais. Calcula-se que a viscosidade do muco
respiratório seja de 30 a 60 vezes maior que em indivíduos normais,
dificultando sua depuração através do batimento ciliar.
É uma situação grave, que afeta principalmente os pulmões e o
aparelho digestivo, podendo afetar também outras glândulas
secretoras do corpo, o que causa danos a órgãos como, pâncreas,
fígado e ao reprodutor.
Nos pulmões, essas secreções obstruem a passagem do ar e
retém bactérias, facilitando as infecções respiratórias.
No trato gastrointestinal, a falta de secreções adequadas
compromete o processo digestivo.Os pacientes geralmente
apresentam uma mistura de sintomas respiratórios e
gastrointestinais de graus
variáveis, podendo uns
predominar sobre os outros
Sua incidência é variável de acordo com a população estudada,
sendo razoável a incidência de um para 2500, com freqüência de
um portador do gene em 40 pessoas na raça branca. A doença é
pouco freqüente na raça negra um para 17 mil negros americanos
e rara em orientais um para 90 mil. Apesar disso a fibrose cística
ocorre em todas as raças.
Diagnóstico
Pode ser feito com um teste de dosagem de cloro no suor, pois os
indivíduos afetados segregam quantidades excessivas de sal no suor.
Transplante
Pulmonar
15
Digit@l
Transplante Pulmonar
Também pode ser feito um exame genético com amostra de sangue.
Além do exame de suor, a doença pode ser identificada através de
exame de sangue, DNA e também através do exame do pezinho.
Tratamento
O paciente deve tomar enzimas para facilitar a digestão e
seguir uma dieta rica em calorias, vitaminas e sais minerais.
Deve também realizar fisioterapia respiratória, e fazer
tratamentos com antibióticos para prevenir complicações
pulmonares. Mesmo sem proporcionar a cura, o tratamento
tem melhorado em muito o prognóstico da doença.
A terapia gênica para Fibrose Cística já está sendo
testada e representa uma grande esperança para os
pacientes afetados.
Apesar de inquestionáveis avanços no conhecimento da
doença com a descoberta do gene, seu produto e função,
muitas questões permanecem sem respostas e o
tratamento específico ainda é perspectiva futura.
Atualmente existem evidências de que a maior sobrevida
dos afetados por FC ocorre com os pacientes tratados em
centros onde há atuação de equipe multiprofissional.
Os objetivos da equipe são a manutenção adequada da
nutrição e crescimento normal, prevenção e terapêutica
agressiva das complicações pulmonares, estimular a
atividade física e fornecer suporte psicosocial.
Fisioterapia obrigatória é parte integral no manejo de
paciente com FC e o transplante pulmonar contribui para a
qualidade de vida.
Transplante
Pulmonar
16
Digit@l
Transplante Pulmonar
Fibrose Pulmonar Idiopática
Muitas doenças podem provocar fibrose pulmonar, especialmente
as alterações do sistema imunitário.
No entanto, apesar de as causas poderem ser muitas, em
metade das pessoas com fibrose pulmonar estas não chegam a
ser descobertas. Considera-se que estas pessoas estão afetadas
de fibrose pulmonar idiopática (alveolite fibrosa, pneumonia
intersticial). O termo idiopático significa de causa desconhecida.
Sintomas e Diagnósticos
Os sintomas dependem do grau de deterioração pulmonar, da
velocidade com que a doença evolui e do desenvolvimento das
complicações, como as infecções e a insuficiência cardíaca.
Os sintomas característicos começam de forma insidiosa, como
a dispnéia durante um esforço e a diminuição da força.
Os sintomas mais habituais são tosse, perda de apetite, perda
de peso, cansaço, debilidade e dores ligeiras no peito. Nas etapas
finais da doença, à medida que a concentração de oxigênio diminui,
a pele pode tomar uma tonalidade azulada e as extremidades dos
dedos engrossam ou adquirem a forma de baqueta de tambor.
O esforço excessivo do coração pode levar à insuficiência
cardíaca. Esta insuficiência cardíaca provocada por uma doença
pulmonar subjacente chama-se cor pulmonale.
Transplante
Pulmonar
17
Digit@l
Transplante Pulmonar
A pneumonia intersticial descamativa, uma variante da fibrose
pulmonar idiopática, tem os mesmos sintomas, embora o aspecto
microscópico do tecido pulmonar seja distinto.
A pneumonia intersticial linfóide, outra variante, afeta
principalmente os lobos inferiores do pulmão.
Cerca de um terço dos casos ocorre em indivíduos que sofrem
da síndrome de Sjögren. A pneumonia intersticial linfóide pode
desenvolver-se em crianças e em adultos que sofrem de SIDA.
A pneumonia evolui de forma lenta, podendo provocar tanto a
formação de quistos nos pulmões como o linfoma.
Tratamento
Se observar uma cicatrização pouco extensa na radiografia do
tórax ou na biopsia do pulmão, o tratamento habitual consiste em
corticosteróides, como a prednisona.
O médico avalia a resposta do doente através de radiografias do
tórax e provas de função respiratória. Os outros tratamentos são
dirigidos para o alívio dos sintomas:
- Terapia de oxigênio se o conteúdo do mesmo no sangue for
baixo;
- Antibióticos para a infecção;
- Fármacos para a insuficiência cardíaca.
Vários centros médicos estão a utilizar o transplante de pulmão
em pessoas que sofrem de fibrose pulmonar idiopática grave.
Transplante
Pulmonar
18
Digit@l
Transplante Pulmonar
HAP (Hipertensão Arterial Pulmonar)
A HAP é uma síndrome caracterizada por um aumento
progressivo na resistência vascular pulmonar levando à sobrecarga
do ventrículo direito e finalmente a falência de ventrículo direito e
morte prematura.
O aumento na resistência vascular pulmonar está relacionado
com varias alterações progressivas nas arteríolas pulmonares,
incluindo:
- Vasoconstrição;
- Remodelamento obstrutivo da parede do vaso pulmonar
através de proliferação nas varias camadas das paredes dos vasos
sanguíneos (células musculares lisa e células endoteliais);
- Inflamação;
- Trombose in situ.
Na maioria dos casos o sintoma inicial é a dispnéia (falta de ar)
progressiva, inicialmente durante o exercício físico, evoluindo até
condição de repouso. Outros sintomas incluem síncope ou quase
síncope, fadiga e edema periférico. Aperto no peito e dor similar a
angina podem ocorrer, particularmente durante o exercício físico.
Embora a HAP seja uma doença rara, com uma prevalência
estimada de 30 a 50 casos por milhão, a prevalência da HAP em
alguns grupos de risco é substancialmente maior.
A HAP idiopática é mais comum em mulheres jovens com uma
média de idade ao diagnóstico de 36 anos.
Contudo ela pode ocorrer em qualquer idade.
Transplante
Pulmonar
19
Digit@l
Transplante Pulmonar
A HAP idiopática é duas vezes mais comum em mulheres que
em homens.
Embora a prevalência relativa real de HAPi, HAPf e HAPa sejam
desconhecidas, é provável que a HAPI seja responsável por pelo
menos 40% dos casos, e a HAPa pela maioria dos demais casos.
Devido à natureza não específica dos sintomas, a HAP é mais
freqüentemente diagnosticada quando os pacientes atingem um
estágio avançado da doença sugerindo que a prevalência real pode
ser maior que a documentada na literatura.
Tratamento
Não há atualmente cura para a HAP, mas os avanços no
entendimento de como a doença se desenvolve.
Tratamentos disponíveis que têm ajudado a melhorar o
prognóstico de pacientes com essa doença:
- Anticoagulantes;
- Diuréticos;
- Terapia com oxigênio;
- Bloqueadores de canais de cálcio.
Em casos muito graves, opções cirúrgicas
consideradas:
- Septostomia atrial com balão;
- Transplante de coração e de pulmão.
Transplante
Pulmonar
20
podem
ser
Digit@l
Transplante Pulmonar
Histiocitose X
A histiocitose X é um conjunto de perturbações ( doença de
Letterer-Siwe, doença de Hand-Schüller-Christian, granuloma
eosinófilo) em que proliferam macrófagos anormais (histiocitos) e
outro tipo de células do sistema imunitário chamadas eosinófilos,
especialmente no osso e no pulmão, provocando muitas vezes a
formação de cicatrizes.
A doença de Letterer-Siwe começa antes dos 3 anos de idade e,
sem um tratamento adequado, é geralmente mortal. Os histiocitos
não só deterioram os pulmões, mas também a pele, os gânglios
linfáticos, os ossos, o fígado e o baço.
Pode produzir-se também o colapso pulmonar (pneumotórax).
A doença de Hand-Schüller-Christian começa geralmente na
primeira infância, mas pode aparecer também em pessoas de meia
idade. Os pulmões e os ossos são afetados com maior freqüência.
Em casos excepcionais, a lesão da hipófise pode provocar por um
lado a protrusão dos globos oculares (exoftalmos) e, por outro, a
diabetes insípidas, um processo em que se produz grande
quantidade de urina que chega a provocar desidratação.
O granuloma eosinófilo tende a manifestar-se entre os 20 e os 40
anos. Geralmente, afeta os ossos, mas em 20 % dos casos afeta
também os pulmões, que, por vezes, são os únicos afetados.
Quando afeta os pulmões, pode surgir tosse, falta de ar, febre e
perda de peso; no entanto, algumas pessoas não têm sintomas.
Transplante
Pulmonar
21
Digit@l
Transplante Pulmonar
Uma complicação freqüente é o colapso pulmonar (pneumotórax).
Em alguns casos há indicação de transplante pulmonar.
A recuperação pode ser espontânea em indivíduos com a doença
de Hand-Schüller-Christian ou com o granuloma eosinófilo.
O tratamento para as três doenças baseia-se em corticosteróides
e fármacos citotóxicos como a ciclofosfamida, embora nenhuma
terapia seja claramente eficaz.
Para a complicação óssea o tratamento é semelhante ao dos
tumores ósseos.
Linfangioleiomiomatose (LAM)
Linfangioleiomiomatose (LAM) é uma doença rara que foi
descrita pela primeira vez na literatura médica em 1937 pelo
Dr. Von Stossel. Essa doença caracteriza-se por um tipo não usual
de célula muscular que invade o tecido dos pulmões. Com o tempo,
essas células musculares causam a obstrução dos pulmões.
Apesar dessas células não serem consideradas cancerígenas,
elas crescem sem controle dentro dos pulmões, que com o tempo,
impedem os pulmões de prover oxigênio para o resto do corpo.
A LAM, geralmente, afeta somente mulheres entre a puberdade e
a menopausa. Foram reportados alguns casos em mulheres mais
velhas. Não é preciso o número de portadoras dessa doença, mas,
calcula-se que seja em torno de 500 mulheres no país.
Transplante
Pulmonar
22
Digit@l
Transplante Pulmonar
A LAM é geralmente progressiva, levando a uma crescente
falência das funções pulmonares. A progressão da doença pode
variar muito de paciente para paciente. Conforme a doença avança,
pode haver um maior crescimento de células musculares nos
pulmões, repetidos vazamentos de líquidos na cavidade do tórax e
pneumotórax de repetição.
Com o aumento do número de cistos, o pulmão fica com a
aparência de uma colméia.
Diagnóstico
O diagnóstico da LAM pode ser difícil porque os primeiros
sintomas são muito parecidos com os sintomas de outras doenças
pulmonares, como asma, bronquite e enfisema.
Geralmente, a portadora da LAM procura ajuda médica quando
sente falta de ar ou dor no tórax e/ou nas costas.
O diagnóstico mais preciso é feito através de tomografia
computadorizada do tórax e de biópsia do tecido pulmonar. Muitas
mulheres ainda são diagnosticadas erroneamente porque muitos
médicos, mesmo pneumologistas, não conhecem a doença.
É importante obter o diagnóstico correto da doença o quanto
antes para não se correr o perigo de um tratamento inadequado.
Transplante
Pulmonar
23
Digit@l
Transplante Pulmonar
Quais são os principais sintomas?
O sintoma mais comum da Linfangioleiomiomatose é falta de ar
(dispnéia) com atividade física. No estágio inicial da doença, a
pessoa com LAM provavelmente sinta uma diminuição no fôlego
somente quando pratica exercícios físicos puxados.
Mas, conforme a doença progride, sente-se falta de ar até
mesmo quando está descansado.
Outro sintoma muito comum é dor no peito ou nas costas.
Fatiga, cansaço e tosses também são sintomas muito freqüentes.
Ocasionalmente, pacientes com LAM tossem para fora pequenas
quantidades de sangue.
Quais são os tratamentos?
Pelo fato da linfangioleiomiomatose atingir quase exclusivamente
mulheres, os cientistas acreditam que o hormônio estrogênio esteja
envolvido no crescimento anormal da célula muscular que
caracteriza a doença. Apesar de não haver nenhuma evidência
científica direta da relação entre o estrogênio e a LAM, o tratamento
tem se baseado na redução da produção ou efeitos do estrogênio.
A resposta do tratamento tem sido muito individual e nenhuma
terapia tem se mostrado totalmente eficaz.
Terapias de reposição de oxigênio podem se tornar necessárias
se a doença tiver uma piora contínua e as funções pulmonares
forem prejudicadas.
O transplante de pulmão é considerado a última opção.
Transplante
Pulmonar
24
Digit@l
Transplante Pulmonar
Silicose
A silicose é a formação permanente de tecido cicatricial nos
pulmões causada pela inalação de pó de sílica (quartzo).
A silicose, a doença profissional mais antiga que se conhece,
desenvolve-se em pessoas que inalaram pó de sílica durante
muitos anos. O pó de sílica é o elemento principal que constitui a
areia, sendo por isso freqüente a exposição entre os mineiros do
metal, os cortadores de arenito e de granito, os operários das
fundições e os oleiros.
Os sintomas aparecem, geralmente, após 20 ou 30 anos de
exposição ao pó. No entanto, nos trabalhos em que se utilizam
jactos de areia, na construção de túneis e no fabrico de sabões
abrasivos que requerem quantidades elevadas de pó de sílica, os
sintomas podem surgir em menos de 10 anos.
Quando se inala, o pó de sílica entra nos pulmões e as células
depuradoras, como os macrófagos, engolem-no. Os enzimas
libertados pelas células depuradoras causam a formação de tecido
cicatricial nos pulmões.
No princípio, as zonas cicatrizadas são pequenas protuberâncias
redondas (silicose nodular simples), mas, finalmente, reúne-se em
grandes massas (conglomerados silicóticos).
Estas áreas cicatrizadas não permitem a passagem do oxigênio
para o sangue de forma normal. Assim os pulmões perdem
elasticidade e requer-se mais esforço para respirar.
Sintomas e Diagnóstico
Os indivíduos com silicose nodular simples não têm dificuldade
em respirar, mas têm tosse e expectoração devido à irritação das
grandes vias aéreas, no processo denominado bronquite.
Transplante
Pulmonar
25
Digit@l
Transplante Pulmonar
A silicose conglomerada pode causar tosse, produção de
expectoração e dispnéia.
No princípio, a dispnéia verifica-se só durante os momentos de
atividade, mas por fim manifesta-se também durante o repouso.
A respiração pode piorar aos 2 a 5 anos depois de ter deixado de
trabalhar com sílica. O pulmão lesado submete o coração a um
esforço excessivo e pode causar insuficiência cardíaca, a qual, por
sua vez, pode evoluir para a morte. Além disso, os indivíduos com
silicose expostos ao microrganismo causador da tuberculose
(Mycobacterium tuberculosis) são três vezes mais propensos a
desenvolver a tuberculose do que aqueles que não estão afetados
pela silicose.
A silicose diagnostica-se com uma radiografia ao tórax que
mostra o padrão típico de cicatrizes e nódulos.
Tratamento
A silicose é incurável. No entanto, pode deter-se a evolução da
doença, interrompendo a exposição à sílica desde os primeiros
sintomas.
Uma pessoa com dificuldade em respirar pode sentir alívio com o
tratamento utilizado para a doença pulmonar crônica obstrutiva,
como são os medicamentos que dilatam os brônquios e expelem as
secreções das vias aéreas. Dado que os indivíduos que sofrem de
silicose têm um alto risco de contrair tuberculose, devem
submeter-se periodicamente a revisões médicas que incluam a
prova cutânea para a tuberculose.
Também tem indicação ao transplante pulmonar.
Transplante
Pulmonar
26
Digit@l
Transplante Pulmonar
Talcose
O esteatito, também conhecido como talco ou pedra-sabão, é
uma rocha metamórfica compacta, plástica, de baixa dureza e fina
granulação, untuosa ao tato e facilmente riscada pela unha.
Seu principal componente é o talco, im filossilicoto de magnésio
hidratado, podendo ocorrer também clorita, serpentina, magnesita,
antigorita, enstatita e ocasionalmente, quartzo, magnetita ou pirita.
O talco possui vários usos industriais, sendo empregado
principalmente no uso na industria de cerâmicas.
A exposição ocupacional cumulativa à poeira de talco pode levar
ao desenvolvimento da talcose, peneumoconiose decorrente da
inalação e conseqüente deposição de partículas respiráveis de
talco nos alvéolos pulmonares.
A doença, caracterizada pela fibrose pulmonar progressiva,
irreversível sem possibilidade de tratamento eficaz, pode
manifestar-se vários anos após o inicio da exposição mesmo
depois de cessada a exposição.
Sintomas
O sintoma mais freqüente é a dispnéia, que é um sintoma
prevalente aos trabalhadores em exposição ocupacional as poeiras.
A peneumoconiose, costuma manifestar-se em indivíduos expostos
a poeira contendo fibras de asbestos, sobretudo aqueles com
peneumoconiose estabelecida.
Também ocorre tosse e expectoração em alguns casos.
Transplante
Pulmonar
27
Digit@l
Transplante Pulmonar
Tratamento
Entretanto, do ponto de vista da abordagem individual, a
definição precisa do tipo de peneumoconiose somente será
possível pela realização de biopsia pulmonar, considerada “padrão
ouro” para o diagnóstico da peneumoconiose, pois se trata de uma
doença de difícil diagnóstico.
A gravidade do problema e suas repercussões sobre a saúde e a
qualidade de vida dos artesãos em pedra-sabão, muitos deles
ainda crianças, exigem a adoção imediata de medidas de proteção
e de atenção à saúde desses trabalhadores.
E por ser uma doença de caráter irreversível, poderá ter como
tratamento o transplante pulmonar.
Berliose
A beriliose é uma inflamação pulmonar causada pela inalação de
poeira ou gases que contêm berílio. No passado, o berílio era
comumente extraído para ser utilizado nas indústrias eletrônicas e
químicas e na fabricação de lâmpadas fluorescentes. Atualmente,
ele é utilizado principalmente na indústria aeroespacial.
Além dos trabalhadores dessas indústrias, alguns indivíduos que
habitam regiões próximas a refinarias de berílio também
apresentam beriliose.
A beriliose difere das outras doenças pulmonares, pois os
problemas pulmonares parecem ocorrer apenas em indivíduos
sensíveis ao berílio – cerca de 2% daqueles que entram em contato
com a substância.
Transplante
Pulmonar
28
Digit@l
Transplante Pulmonar
A doença pode afetar até mesmo indivíduos cuja exposição
tenha sido relativamente curta, e os sintomas podem demorar de
dez a vinte anos para se manifestarem.
Sintomas e Diagnóstico
Em alguns indivíduos, a beriliose ocorre subitamente (beriliose
aguda), principalmente sob a forma de uma inflamação pulmonar
(pneumonite). Os indivíduos com beriliose aguda apresentam um
quadro caracterizado por tosse, dificuldade respiratória e perda de
peso. A beriliose aguda também pode afetar a pele e os olhos.
Outros indivíduos apresentam beriliose crônica, na qual ocorre a
formação de um tecido anormal nos pulmões e o aumento de
linfonodos.
Nesses indivíduos, a tosse, a dificuldade respiratória e a perda de
peso ocorrem de forma gradual. O diagnóstico é baseado no
antecedente do indivíduo de exposição ao berílio, nos sintomas e
nas alterações características reveladas pela radiografia torácica.
No entanto, como as radiografias da beriliose assemelham-se às
de uma outra doença pulmonar, a sarcoidose, pode ser necessária
à realização de testes imunológicos adicionais.
Prognóstico e Tratamento
A beriliose aguda pode ser grave, ou mesmo fatal. Entretanto, a
maioria dos indivíduos recupera-se, apesar de, no início, eles
apresentarem-se gravemente doentes.
Os pulmões perdem a elasticidade e a função pulmonar é ruim.
Transplante
Pulmonar
29
Digit@l
Transplante Pulmonar
Com um tratamento adequado, como a instituição de ventilação
assistida e o uso de corticosteróides, os indivíduos geralmente
recuperam-se em sete ou dez dias, não apresentando efeitos
residuais. No entanto, se os pulmões apresentarem um dano muito
importante decorrente da beriliose crônica, o coração pode ser
sobrecarregado e, conseqüentemente, pode ocorrer insuficiência
cardíaca.
Algumas vezes, corticosteróides, como a prednisona oral, são
prescritos no tratamento da beriliose crônica, apesar de, na maioria
das vezes, eles não serem muito úteis.
Bronquictasia
É o alargamento ou distorção dos brônquios. Os brônquios são
tubos por onde o ar entra e sai dos pulmões. Dentro de cada
pulmão, eles vão se ramificando como galhos de árvore, formando
a árvore brônquica.
Na árvore brônquica normal, à medida que se dirigem à periferia
dos pulmões, eles vão se dividindo e afilando.
Quando não ocorre esta diminuição de calibre ou, ao contrário, o
calibre aumenta, dizemos que existe bronquiectasia.
Esta distorção irreversível dos brônquios decorre da destruição
do componente elástico que compõe a parede destes.
A bronquiectasia, antes da existência dos antibióticos, foi uma
doença bastante comum. Com o surgimento dos antibióticos e das
campanhas de vacinação (contra o sarampo, coqueluche e
tuberculose), ela tornou-se menos comum em virtude do melhor
tratamento
e
prevenção
das
infecções
respiratórias,
respectivamente.
Transplante
Pulmonar
30
Digit@l
Transplante Pulmonar
Como se desenvolve?
A bronquiectasia pode ser congênita (desde o nascimento) ou
adquirida.
Para a bronquiectasia surgir, há necessidade da presença de
dois elementos:
- A agressão por uma infecção e
- A deficiência na resolução (“limpeza”) das secreções brônquicas.
Portanto, quanto mais agressivo o germe causador da infecção e
quanto pior os mecanismos e as condições de defesa dos pulmões
e do organismo como um todo, maiores as chances de
desenvolvimento da doença.
O que se sente?
O portador típico de bronquiectasia é aquele indivíduo que tem
tosse com expectoração (escarro) persistente e em grande
quantidade, principalmente, pela manhã.
Todavia, as manifestações da doença podem ser frustras ou a
pessoa pode até não ter nenhum sinal ou sintoma.
Existe também um tipo de bronquiectasia - bronquiectasia seca na qual não há aquela expectoração abundante e persistente de
muco (catarro) como na maioria dos casos.
Ela se manifesta como episódios de hemoptise (sangramento ao
tossir), e usualmente decorre de lesões cicatrizadas de tuberculose.
Transplante
Pulmonar
31
Digit@l
Transplante Pulmonar
Como o médico faz o diagnóstico?
Com as alterações que o doente apresenta, o médico poderá
suspeitar do diagnóstico de bronquiectasia.
No entanto, a confirmação da doença virá através dos exames
de imagem - radiografia, tomografia computadorizada.
Para se buscar possíveis fatores predisponentes para a doença,
faz-se necessário a realização de outros exames.
A radiografia do tórax pode ser normal nos indivíduos acometidos
pela doença.
Como se trata?
A cirurgia como tratamento deve ser realizado nos casos em que
a doença é localizada (quando acomete só uma parte do pulmão) e
não há melhora dos sintomas com o tratamento conservador.
Além dos antibióticos, fisioterapia respiratória é muito importante
para o tratamento.
Nos pacientes com bronquiectasias difusas, com grave prejuízo
na qualidade de vida, o transplante pulmonar poderá ser realizado.
Bronquiolite Obliterante
O que é?
A bronquiolite obliterante é uma doença respiratória comum,
aguda, geralmente grave. Normalmente, acomete crianças com
menos de 2 anos de idade.
Transplante
Pulmonar
32
Digit@l
Transplante Pulmonar
É causado por um tipo de vírus, o chamado vírus sincicial
respiratório, mas ocasionalmente por outros tipos de vírus. Pode
estar associada a algumas condições como:
- Inalação de fumaça tóxica;
- Infecção pulmonar;
- Transplante de órgãos (coração e pulmão).
A doença também pode ocorrer em associação com a artrite
reumatóide.
Sintomas e Sinais
Tosse com catarro e falta de ar são os sintomas mais comuns.
Pode haver crises de falta de ar e chiado semelhantes às crises
de asma.
Diagnóstico
O diagnóstico é geralmente difícil, baseado em achados clínicos.
A radiografia de tórax é inespecífica, à semelhança da pneumonia.
Provas de função pulmonar auxiliando diagnóstico.
Em alguns casos é necessária a biópsia do pulmão (remoção
cirúrgica de um pequeno fragmento do pulmão para a análise ao
microscópio).
Tratamento
Baseado
fundamentalmente
no
uso de
corticóides
(antiinflamatórios potentes) por via intravenosa, fisioterapias e
futuro transplante pulmonar.
Transplante
Pulmonar
33
Digit@l
Transplante Pulmonar
Microlitíase Alveolar Pulmonar (MAP)
A Microlitíase Alveolar Pulmonar (MAP) é uma doença rara, de
evolução crônica, com caráter familiar, que acomete indivíduos
adultos jovens.
Tem evolução crônica, com etiologia e patogênese ainda pouco
definidas, que se caracteriza basicamente pela presença de
inúmeros
pequenos
cálculos
(denominados
calciferitos,
calcosferitos ou microlitos) (dentro dos espaços aéreos).
A doença permanece silenciosa por longo período, com
aparecimento posterior de dispnéia, dor torácica e tosse seca,
podendo evoluir para cianose, insuficiência respiratória e cianótica.
A escassez dos sintomas clínicos contrasta com as extensas
alterações nos exames radiológicos do tórax.
A detecção da doença, na maior parte dos pacientes, é feita em
exames de rotina, ou durante a investigação familiar de um
indivíduo portador de microlitíase alveolar.
A tomografia computadorizada de alta resolução tem ajudado
cada vez mais no diagnóstico da doença.
Transplante
Pulmonar
34
Digit@l
Transplante Pulmonar
Artrite Reumatóide
O que é?
Artrite Reumatóide é uma doença crônica de causa
desconhecida. A característica principal é a inflamação articular
persistente, mas há casos em que outros órgãos são
comprometidos.
É mais frequente em mulheres e costuma iniciar-se entre 30 e 50
anos de idade, mas compromete também homens e crianças.
Como se desenvolve?
Existe uma predisposição genética e alguns genes foram
identificados. Não se conhece a causa da Artrite Reumatóide e
pensa-se que haja vários estímulos diferentes, quando em contato
com indivíduos que tem defeitos de origem genética ou sistema
imune, desencadeiam resposta inflamatória.
A persistência dos estímulos ou a incapacidade do sistema
imune em controlar a inflamação levam à cronicidade da doença.
Transplante
Pulmonar
35
Digit@l
Transplante Pulmonar
A forma mais frequente de início da doença é artrite simétrica
(por exemplo: os dois punhos, os dedos das duas mãos) e aditiva
(as primeiras articulações comprometidas permanecem e outras
vão se somando).
Costuma ser de instalação lenta e pouco agressiva,
localizando-se inicialmente nas pequenas articulações das mãos.
Uma característica da Artrite Reumatóide é a rigidez matinal.
Após uma noite de sono, os pacientes amanhecem com importante
dificuldade em movimentar as articulações, a qual pemanece por
mais de 1 hora.
Nódulos Reumatóides
São nódulos localizados debaixo da pele principalmente em
áreas de apoio como cotovelos. Geralmente aparecem em casos
mais graves.
Raramente ocorrem nos pulmões, coração, olhos ou outros
órgãos, além de possível anemia, porém quando há
comprometimento do pulmão é indicado para a melhora na
qualidade de vida o transplante pulmonar.
Transplante
Pulmonar
36
Digit@l
Transplante Pulmonar
A importância da Doação de Órgãos
As doenças passíveis do transplante pulmonar podem ser
adquiridas ou congênitas.
As congênitas muitas vezes raras são aquelas que afetam um
número pequeno de pessoas quando comparado com a
população em geral. Já a adquirida no caso do pulmão tem como
exemplo a enfisema pulmonar adquirido pelo fumo e silicose
adquirida pelo trabalho com produtos de expelem sílica ou jatos
de areia.
Enquanto a maioria das doenças genéticas são raras, nem
todas as doenças raras são causadas por alterações genéticas.
Existem por exemplo doenças infecciosas muito raras, bem
como doenças auto-imunes. As doenças raras são doenças
crônicas e progressivas graves, muitas vezes com risco de vida.
Para muitas doenças raras, os sintomas podem ser observados
ao nascimento ou durante a infância e muitas delas sofrem um
déficit de conhecimentos médicos e científicos.
A grande importância da conscientização quanto a doação de
órgãos é justamente a melhora na qualidade de vida para os
doentes crônicos que não respondem mais ao tratamento
medicamentoso oferecido pelo mercado ou até mesmo a falta
dele para tratamento específico.
Transplante
Pulmonar
37
Digit@l
Transplante Pulmonar
Assim a esperança e qualidade de vida dos doentes afetados e
em alguns casos têm indicação de TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS
e com progressos fantásticos em algumas doenças, indica que
não é tempo de desistir, mas sim de intensificar o esforço na
investigação e na solidariedade social.
No Brasil aproximadamente 70 mil pessoas estão à espera de
um órgão. O principio para o bom funcionamento dessa
modalidade é sim a CONSCIENTIZAÇÃO de todas as pessoas.
O Brasil é um dos países com melhores técnicas cirúrgicas bem
como os melhores profissionais também. Sabemos que a melhora
precisa vir a existir continuamente para garantir sempre a
qualidade do serviço.
Porém cada família que tiver a conscientização do ato de doar
fará com que muitas vidas renascerão e quem ganha sempre
nessa “perda” e ganho é a vida!
IMPORTANTE: É de extrema importância a avaliação médica, o
tratamento de cada doença em sua individualidade bem como as
definições de um possível transplante pulmonar unilateral ou
bilateral, que somente será decido por uma equipe multidisciplinar
de alta qualidade. Consulte sempre um médico.
Transplante
Pulmonar
38
Digit@l
Transplante Pulmonar Digit@l
O seu canal de comunicação na rede
Relação de sites e fontes citadas
http://www.transplantepulmonar.com
www.orphanet.com
Midiacon
www.manualmerck.net
Dra. Shirley de Campos
Jornal Brasileiro da Pneumologia
www.abcdasaude.combr
www.hc.ufpr.br
www.hipertensaopulmonar.com.br
www.alambra.com.br
www.scielo.org.br
www.respiraevive.org.br
www.hipertensãopulmonar.com.br
www.phassoriation.org
www.phcentral.org
www.cm-medalha.pt/aphp/index.php
www.abcdasaude.com.br
www.fisionet.com
www.alambra.org.br
www.manualmerck.net
www.desafios.org.br
www.doacaodeorgaos.org.br
Equipe do Transplante Pulmonar
Dúvidas, sugestões, informações:
[email protected]
Esta publicação foi criada para informar e divulgar cada vez mais a
importância da Doação de Órgãos e Tecidos.
Transplante
Pulmonar
Digit@l
Download