DEVOÇÃO Idosa italiana doa a templo indiano coroa de ouro avaliada em US$ 42 mil íntegra em oesta.com/423299 [email protected] São Luís, 11 e 12 de fevereiro de 2017. Sábado/Domingo O Estado do Maranhão Postura agressiva de Trump prenuncia guerra fria com a China Presidente dos EUA provocou tensões com o governo chinês; na sexta-feira,10, Donald Trump prometeu ao colega Xi Jinping honrar política de "China única" AFP WASHINGTON A cúpula comunista em Pequim ainda tenta decifrar o significado da chegada de Donald Trump à Casa Branca. Em três semanas no cargo, Trump redefiniu a dinâmica do chamado G-2, montando o prelúdio de uma guerra fria entre as duas maiores economias do mundo. O republicano já havia provocado tensões com a China antes mesmo de tomar posse e, com seu estilo "elefante em loja de cristais", chocou a elite política chinesa, pouco habituada a ser confrontada. Trump começou com o pé na porta: ao ser eleito, falou por telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, tocando de cara no principal nervo da China. Na sextafeira,10, Trump amenizou o tom e prometeu, em telefonema com o presidente Xi Jinping, honrar a política de "China única". China e Taiwan se separaram depois que os comunistas liderados por Mao Tsé-Tung venceram a guerra civil em 1949 contra os nacionalistas, que foram forçados a se estabelecer em Taiwan. Para Pequim, Taiwan é um território rebelde que em algum momento será reunificado ao continente, à força se necessário. Começar tocando nesse vespeiro faria parte da estratégia de negociação que Trump leva do ramo imobiliário para a Casa Branca, especulam analistas. Blefe ou não, além de botar Taiwan na mês, Trump ameaçou sobretaxar em 45% as importações da China e assinou decreto para expandir as Forças Armadas, com ênfase na Marinha, endurecendo o jogo logo de saída. "Quem quer ampliar a Marinha não está pensando na guerra ao terror no Oriente Médio", disse à Folha Presidente da China, Xi Jinping, conversou na sexta-feira, 10, com Trump Trump falou com a presidente de Taiwan Para Pequim, Taiwan é um território rebelde um diplomata pedindo para não ser identificado, em referência ao disputado mar do sul da China, onde Pequim aumentou sua presença militar, incluindo com a construção de ilhas artificiais. Navarro é autor de três livros dedicados a advertir com tintas sombrias para as ameaças da ascensão política e econômica da China. Sua nomeação reforçou a impressão em Pequim de que a relação do G-2 sob Trump será marcada pelo confronto. Para David Shambaugh, um dos principais especialistas em China dos EUA, é prenúncio de instabilidade na região. "Claro que isso produzirá reação e retaliação da China. Também porá numa posição muito difícil aliados e parceiros dos EUA, que querem estabilidade nas relações estratégicas EUA-China e não desejam ser forçados a uma falsa escolha", disse. Nomes para o governo A retórica de Trump ganhou corpo com os nomes que indicou para o seu governo, muitos com forte tendência anti-China, como o secretário de Comércio, Wilbur Ross, o representante de comércio, Robert Lightizer, e principalmente o economista Peter Navarro, chefiar o Conselho Nacional de Comércio. Apontado como o economista mais poderoso do governo Trump, Uma possível elevação de 45% nas importações provavelmente levaria Pequim a dar o troco, numa briga sem vencedores. Segundo um estudo do Instituto Peterson de Economia Internacional, uma guerra comercial reduziria mergulharia os EUA numa recessão em 2019 e cortaria pela metade o crescimento do PIB chinês. Alvo preferencial da retórica protecionista de Trump em sua campanha, a China ironicamente foi o país que mais ganhou na mudança no poder americano. Quatro dias depois de assumir a Presidência, Trump retirou por decreto os EUA da Parceria Transpacífico, o mega-acordo comercial negociado pelo governo de Barack Obama tendo em mente deter a influência da China. Foi um alívio para a cúpula chinesa, que fica mais à vontade para desenvolver seus próprios projetos de integração asiática, em posição para ditar as normas. No dia da posse de Trump, o site oficial do Exército chinês comentava que a possibilidade de uma guerra havia ficado "mais real". O novo governo americano também tende a achar que um confronto militar é questão de tempo. Foi o que disse em março de 2016 Stephen Bannon, guru do site da extrema direita Breitbart News e atual estrategista-chefe da Casa Branca. "Vamos à guerra no mar do Sul da China em cinco ou dez anos. Não há dúvida sobre isso", disse, em referência à expansão militar da China nas suas cercanias, por onde passa grande parte do comércio mundial. Para Robert Daly, diretor de China do Wilson Center, o regime de Pequim manterá a cautela porque precisa de "um ambiente estável e previsível para continuar sua difícil transição econômica". Assad afirma que há “terroristas” entre os refugiados Presidente sírio também rejeitou a proposta de Trump de criar zonas de segurança no país TEERÃ O presidente da Síria, Bashar al Assad, afirmou que entre os milhões de refugiados que abandonaram o país pela guerra civil há terroristas, segundo uma entrevista do Yahoo News publicada na sexta-feira,10. Ao ser consultado pelas afirmações neste sentido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Assad concordou. "É possível encontrá-los na rede. Esses terroristas que na Síria portavam metralhadoras ou matavam gente são pacíficos refugiados na Europa e no Ocidente", enfatizou. O presidente não especificou quantos dos 4,8 milhões de refugiados sírios seriam terroristas. "Não é preciso um número significativo para cometer atrocidades", observou. Também rejeitou a proposta de Trump de criar zonas de segurança na Síria para civis deslocados pela violência e, desta maneira, evitar sua migração para outros países. "As zonas de segurança para os sírios só poderão ser criadas quando houver estabilidade. Onde não houver terroristas. Onde não houver apoio a esses terroristas por parte de países vizinhos ou dos países ocidentais", acrescentou. "Não é uma ideia realista de forma alguma", concluiu.