ESTOMATITE VESICULAR - Laboratório de Epidemiologia e

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ESTOMATITE
VESICULAR
Liria Hiromi Okuda
Pesquisadora científica
Responsável Técnica Substituta
Laboratorio de Viroses de Bovideos
Centro P & D de Sanidade Animal
Instituto biológico
[email protected]
Instituto Biológico
APTA/SAA/Governo do Estado de SP
Dr. Antonio Batista Filho
Diretor Geral
Centro de P & D
Sanidade Vegetal
Centro de P & D
Sanidade Animal
Centro Experimental Central
(Campinas)
Centro de P & D
Proteção Ambiental
Centro Avançado de
Pesquisa Tecnológica
Descalvado
Unidade Laboratorial
de Bastos
Instituto Biológico
APTA/SAA/Governo do Estado de SP
Dra. Josete Garcia Bersano
Diretora Centro de P & D de Sanidade Animal
(9 Laboratórios)
Laboratórios de Diagnóstico Animal (8):
- Programas Nacionais (Febre aftosa,
brucelose, tuberculose, Raiva, AIE e BSE)
- Enfermidades reprodutivas
Laboratório de Viroses de
Bovídeos (LVB)
Lab. Produção de Antígenos:
Brucelose e tuberculose
Atender
Programa Nacional
Brucelose e TB
LABORATÓRIO DE VIROSES DE BOVÍDEOS (LVB)
 ACREDITADO NA ISO/IEC 17025 E CREDENCIADO PELO MAPA para:
diagnóstico sorológico:
- Febre aftosa (FA): sistema ELISA 3ABC (screeening) e EITB (confirmatório);
- Estomatite Vesicular (EV): ELISA competição
e virusneutralização
(Laboratório de biossegurança nível 3);
- Língua azul (BT): ELISA ou Imunodifusão em gél de ágar
- Poxvirus (vaccinia, pseudovariola e ectima): virusneutralização
diagnóstico molecular:
Para realização de Treinamentos e
Pesquisa com Panaftosa
- Febre aftosa: RT-PCR e RT-qPCR;
Não atende casos clínicos de FA ou
- Estomatite vesicular: RT-PCR;
VSV
- Língua azul: RT-qPCR
- Poxvirus (vaccinia, pseudovariola e ectima): PCR
LABORATÓRIO DE VIROSES DE BOVÍDEOS (LVB)
 Diagnóstico diferencial de doenças vesiculares (após confirmação como
negativo para FA e EV pelo LANAGRO’s):
- IBR/IPV;
- BVDV;
- BTV;
- Febre Catarral maligna (FCM)
- Mamilite Herpética Bovina
 Diagnóstico diferencial de doenças reprodutivas:
- IBR/IPV;
- BVDV
- Neosporose e toxoplasmose
LABORATÓRIO DE VIROSES DE BOVÍDEOS (LVB)
 Diagnóstico diferencial de encefalites e encefalopatias:
- Herpesvirus bovino: BoHV-5 e BoHV-1;
- BVDV;
- FCM
- Neosporose
 Diagnóstico diferencial de doenças respiratórias:
- Herpesvirus bovino: IBR/IPV;
- BVDV;
- BRSV
- PI3
LABORATÓRIO DE VIROSES DE BOVÍDEOS (LVB)
 Certificação sanitária de touros e sêmen bovino:
 IBR/IPV
 Língua azul
 BVDV
 Leucose Enzoótica Bovina
 Certificação sanitária de soro fetal bovino comercial: pesquisa
de anticorpos e detecção do agente (BVDV)
 Atende os protocolos sanitários para exportação de animais
vivos e seus produtos
IBR/IPV
Língua azul
BVDV
Leucose Enzoótica Bovina
LABORATÓRIO DE VIROSES DE BOVÍDEOS (LVB)
 Parceria com Centro Panamericano de Fiebre Aftosa (PANAFTOSA):
- Participação em ensaios interlaboratorias para febre aftosa e estomatite vesicular
promovidos pelo PANAFTOSA;
- Participação em ensaios de proficiência para febre aftosa e doença vesicular dos
suínos elaborados pelo Pirbright Institute
- Organiza com PANAFTOSA, Cursos de Treinamento em diagnóstico molecular para
febre aftosa e estomatite vesicular para funcionários do Serviço Oficial da América
Latina.
- Países participantes:
- 1ª Edição: Equador (2012),
- 2ª Edição: Paraguai, Bolívia e Brazil (2013);
- 3ª Edição: Paraguai, Panamá e Venezuela (2014);
- 4ª Edição: Paraguai e México (2015)
Centro Panamericano
de Fiebre Aftosa
(Panaftosa/OIE/FAO)
Referencia em
Febre Aftosa nas
Américas
Instituto Biológico
(Laboratório de Viroses de
Bovídeos)
Laboratórios do
MAPA (LANAGRO’s)
LABORATÓRIO DE VIROSES DE BOVÍDEOS (LVB)
 Pesquisas em parceria com PANAFTOSA e Pirbright Institute: padronização da RT-qPCR e
sequenciamento das estirpes brasileiras
ESTOMATITE VESICULAR
IMPORTÂNCIA ECONOMICA
EXPORTAÇÃO (animais vivos e produtos)
Suínos
Equinos
Bovinos
Família
Rhabdoviridae
Ordem
Mononegavirales
Gênero Vesiculovirus
Indiana 1
ou Clássico
Indiana
New Jersey
Indiana 2
Indiana 3
Cocal
Alagoas
Brasil
Outros
AGENTE ETIOLÓGICO
Vírus RNA
Fita simples
Polaridade negativa
Não segmentado
HISTÓRICO
1862 – EUA  cavalos do exército durante a Guerra Civil, mas sem
confirmação etiológica
1915 - França  durante 1ª Guerra Mundial: equinos importados dos EUA e
Canadá, sem confirmação etiológica
1925 - VSV-Indiana (VSV-I)  isolamento de lesões vesiculares em bovinos
transportados da cidade de Kansas, Missouri, para Richmond, Indiana. Foi
experimentalmente transmitida a equinos
1926 – surto em bovinos em New Jersey  isolamento do vírus
antigenicamente diferente do tipo VSV-I denominado VSV-New Jersey (VSVNJ)
1929 - América do Sul  Colômbia bovinos, equínos e suínos
1949 - Wisconsin  descrição em 3 pesquisadores
HISTÓRICO
1961 - Brasil  1° isolamento a partir de pulgas recolhidas de ratos dos
arredores de Belém (PA) classificado como Indiana 2 – Cocal (COCV)
1964 - O primeiro caso registrado em equinos, no estado de Alagoas.
1966 – Também em Alagoas um surto da doença em mulas.
1966  Rancharia (SP) equinos - Indiana 2 Cocal
1977  Araçuaí (MG) 1ª vez em bovinos - Indiana 3 (VSAV)
1979  Ribeirão Preto (SP): equinos - Indiana 2
1984  Sergipe isolado de equinos - Indiana 3
1984  Ceará isolamento pela 1ª vez de bovinos - Indiana 3
1986  São Paulo - Vale do Paraíba: 1ª vez de bovinos Indiana 3
EPIDEMIOLOGIA
 Ocorrência nas Américas
IND 1 E NJ
 Brasil = primeiro relato (1964) – Alagoas
/ equinos
 2005 a 2014 = 169 focos (BA, CE, GO, PE,
MA, MT, MG, PA, PB, PI, RN, RJ, SP e TO)
NJ
 2011: 16 focos
 2012: 1 foco
IND3 E
IND2
 2013: 55
 2014: 54 (BA, PI, MA e MT)
Fonte: http://www.lib.utexas.edu/maps/americas/latin_america.gif
EPIDEMIOLOGIA
 Sazonal
 Clima temperado: Verão
 Clima tropical: após estações chuvosas
 Acomete animais bi-ungulados e ungulados
 Zoonose: sintomas parecidos com gripe
 Doença de notificação compulsória
ESTOMATITE VESICULAR - HUMANOS
 São raros os casos de EV em humanos
 Geralmente ocorre em pessoas que lidam com animais infectados (natural
ou experimental) – Laboratoristas e tratadores
 O vírus pode causar manifestações clínicas semelhantes aos da gripe,
raramente ocorrem lesões de pele e mucosas.
 A infecção geralmente é evidenciada pelos altos títulos de anticorpos.
 1917  relato do 1º caso humano  sinais típicos da doença.
 1950  detectado títulos altos de anticorpos contra VSNJV, em 3
pesquisadores da universidade de Wisconsin (USA) que apresentavam dores
musculares e febre; não houve isolamento.
ESTOMATITE VESICULAR - HUMANOS
1955  1º isolamento do tipo VSVNJ, no sangue de pesquisador que
acidentalmente entrou em contato com o vírus.
1965  1º surto, naturalmente adquirido, documentado em laboratório, no
Colorado
1987  1º caso de encefalite descrito no Panamá, em criança de 3 anos com
febre e tremores. Foi isolado o vírus tipo Indiana do raspado da garganta
SINAIS CLÍNICOS - HUMANOS
Período de incubação  2-8 dias
 febre
 calafrios
 cefaléia
 dores musculares, no peito e ocular
 náuseas e vômitos
 faringite
 perda de peso
 encefalite em crianças: O VSV invade o SNC através do
nervo olfatório
SINAIS CLÍNICOS - HUMANOS
Índia - Casos de encefalite em crianças foram atribuídos ao
vírus Chandipura:
2003, em Andhra Pradesh, com 329 casos, 183 mortes.
2004, Gujarat State, com 26 casos com pelo menos 18 mortes.
ESTOMATITE VESICULAR
MAPA
Está na lista de doenças (múltiplas espécies) que requerem
notificação imediata da suspeita ou ocorrência de doença
Lista de doenças de notificação obrigatória ao Serviço Veterinário Oficial INSTRUÇÃO NORMATIVA No 50, DE 24 DE SETEMBRO DE 2013, publicada
Diário oficial da União, 25 de setembro de 2013, Seção 1.
Doença de menor impacto econômico, restrita algumas regiões, por esse motivo
atuação em focos distinta de febre aftosa.
EPIDEMIOLOGIA
 Morbidade e mortalidade insignificante
 Baixa prevalência de sinais clínicos nos indivíduos acometidos
 Baixo potencial de impacto
 OIE (2014): retirada da estomatite vesicular na lista de doenças da OIE.
EPIDEMIOLOGIA
 Inativado pela luz solar e calor
 Sensível aos raios ultravioleta
 Sensível à solventes lipídicos
 Não sobrevive por longos períodos no ambiente, exceto em lugares
frescos ao abrigo da luz.
 Boas práticas de sanitização e desinfecção são necessárias para o controle
e não dispersão do vírus por instrumentos (fômites).
 Desinfetantes:
hipoclorito de sódio a 1%, etanol a 70 %, glutaraldeído a 2%,
carbonato de sódio a 2%, hidróxido de sódio a 4%, desinfetantes iodóforos a
2%, formaldeído e “chlorine dioxide”
OIE – NOTIFICAÇÃO DE VSV NO
BRASIL (2005 A 2016)
http://www.oie.int/wahis_2/public/wahid.php/Countryinformation/Countrytimelines
FOCOS DE EV SEGUNDO OS ESTADOS/ANO
Estados
Ano
RN
CE
PB
2008
BA
MT
PE
PI
TO
3
5
2
1
2
2009
1
2010
2011
2012
3
1
1
12
1
1
1
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
• Período de incubação: médio 3-5 dias (até 21 dias)
• Febre (40-41 ºC) - Aumento no consumo de água
• Salivação excessiva - primeira manifestação da doença
• Vesículas: porção superior da língua, palato duro, lábios,
gengivas, focinho, narinas, coroa do casco e tetos (mastites).
• Claudicação
• Anorexia - redução no consumo de alimentos e consequente
perda de peso e queda na produção de leite.
• Recuperação em alguns dias até 2 semanas
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Complicações:
mastite em rebanhos leiteiros, devido a infecções secundárias
Morbidade: (10 a 15% dos animais - pode chegar a 100%)
Mortalidade: rara
Cavalos severamente afetados
graves lesões na coroa do casco, dificultando a locomoção podendo
resultar até em descolamento
Lesões bucais podem ser agravadas em decorrência de coçar esfregar lábios nos objetos
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