Antropologia e práticas etnográficas

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Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes – SCHLA
Departamento de Antropologia
EMENTA DE DISCIPLINA
Código
HS 101
Carga Horária
Disciplina Antropologia e Práticas Etnográficas
Ementa Antropologia e Práticas Etnográficas
Fazeres antropológicos; etnografia como
teoria e método; perspectivas e contextos
etnográficos; experiências e interlocuções
profissionais.
Teóricas
Práticas
Estágio
Total
30
30
0
60
PréReq.
Curso
Ciências Sociais
DOCENTE(S)
Professor(a) Maria Inês Smiljanic Borges
VALIDADE
Validade 1º semestre / 2016
Horário
Turma A
segundafeira
Turma B
sexta-feira
7:30 às
11:30
7:30 às
11:30
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Objetivos Refletir sobre o papel da etnografia na produção de conhecimento em
Antropologia, apontando suas possibilidades e limites como método de pesquisa.
Introduzir as principais ferramentas e estratégias metodológicas implicadas no
fazer etnográfico. Proporcionar aos alunos algumas experiências sintéticas de
observação etnográfica, por meio de exercícios curtos de campo. Apresentar
diferentes possibilidades de utilização da pesquisa etnográfica, para além da
pesquisa científica acadêmica. Refletir sobre a prática da etnografia nestes
diferentes contextos.
Programa
Introdução
Lévi-Strauss, Claude. 1993. "O campo da antropologia". In _______.
Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. pp. 11-40.
Carneiro da Cunha, Manuela. 2014 [2009]. "Relações entre saberes
tradicionais e saber científico". In _______. Cultura com Aspas e Outros
Ensaios. São Paulo: Cosac Naify. pp. 301-310.
O Trabalho de Campo em Antropologia
Malinowski, Bronislaw. “Introdução, método e objetivo de pesquisa”. In
______. Os Argonautas do Pacífico Ocidental – Um relato do
empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova
Guiné Melanésia. São Paulo: Abril Cultural, pp. 17-34.
Documentário: “Tales from the Jungle: Malinowski and The Trobriand
Islanders”. BBC Four. 27 de fevereiro de 2007.
Pesquisa em Antropologia
Guber, Rosana. 2005. “El trabajo de campo como instancia reflexiva del
conocimiento”. In ________. El salvaje metropolitano: Reconstrucctión del
conocimiento social en el trabajo de campo. Buenos Aires: Editorial
Paidos. pp. 47-57
Calavia, Oscar. 2013. “O sujeito”. In ________. Esse obscuro objeto de
pesquisa: Um manual de método, técnicas e teses em antropologia. Ilha
de Santa Catarina: Edição do autor, pp. 148-158.
Hammersley, M. & Paul Atkinson. 1994. “Los relatos nativos: Escuchar y
preguntar”. In _______. Etnografía: Métodos de Investigación. Barcelona:
Paidós. pp. 141-174.
Calavia, Oscar. 2013. “O diário de campo”. In ______. Esse obscuro
objeto de pesquisa:Um manual de método, técnicas e teses em
antropologia. Ilha de Santa Catarina: Edição do autor, pp. 165-169.
Hammersley, M. & Paul Atkinson. 1994. "Registrar y organizar la
información". In ________. Etnografía: Métodos de Investigación.
Barcelona: Paidós. pp. 193-222.
Outras reflexões sobre o trabalho de campo em Antropologia
Velho, Gilberto. 2008 (1981). “Observando o familiar”. In ______.
Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade
contemporânea. Rio de Janeiro:Jorge Zahar editor, pp. 122-134.
Ribeiro, Gustavo Lins. 1991. "Por que fazer pesquisa sobre um projeto
hidrelético?" In_________. Empresas transnacionais: Um grande projeto
por dentro. São Paulo: Editora Marco Zero e Anpocs. pp 15-35.
Favret-Saada, Jeanne. 2005. “Ser afetado”. In Cadernos de Campo, Vol.
13, Nº 13. p.155-162.
Peirano, Mariza. 2006. "Antropologia at home” e "A alteridade em contexto”.
In ______. A teoria vivida e outros ensaios da antropologia. Jorge Zahar
Editor. pp. 37-52 e 53-67.
Schuch, P. 2003. O Estrangeiro em Campo : Atritos e Deslocamentos no
Trabalho Antropológico. Antropolítica (UFF), Niterói, v. 12/13, n. 1º/2º sem.,
p. 73-91.
Smiljanic, Maria Inês. 2008. Da Observação à Participação: Reflexões
sobre o ofício do Antropólogo no contexto do Distrito Sanitário Yanomami.
In Série Antropologia. Brasília: Departamento de Antropologia.
Albert, Bruce. 2014. “Situação Etnográfica” e Movimentos Étnicos. Notas
sobre o trabalho de campo pós-malinowskiano. In Campos: Revista de
Antropologia Social. V. 15, n. 1. pp. 129-143.
Sá, Guilherme José da Silva. 2013. ’Afinal, você é um homem ou é um
rato?’. In Campos: Revista de Antropologia Social. vol. 14, n.1 e 2. pp.
243-259.
A construção do texto etnográfico
Needham, Rodney. 2007. “Psalmanaazaar, un hombre de confianza”. In
________. Ideas ejemplares o los requisitos de una etnografía
convincente. Buenos Aires: Eudeba. pp. 9-55.
Wagner, Roy. 2010 (1975). “A presunção da cultura”. In _______. A
invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, pp. 27-46.
Geertz, Clifford. 2005. Estar Lá: A antropologia e o cenário da escrita. In
________. Obras e Vidas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ. pp. 11-39.
Fabian, Johannes. 2013 [1983]. "Nosso tempo, o tempo deles e nenhum
tempo - A coetaneidade negada" e "O tempo e a escrita sobre o outro". In
_______. O Tempo e o Outro: Como a antropologia estabelece seu objeto.
Petrópolis: Vozes. pp. 71-128.
Clifford, James. 2008 (1994). “Sobre a autoridade etnográfica”. In
_______. A experiência etnográfica – Antropologia e Literatura no século
XX. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, pp. 17-58.
Ramos, Alcida Rita. 1990. “Reflexos Yanomami”. In Memórias Sanumá:
Espaço e tempo em uma sociedade Yanomami. Brasília: Editora da UnB;
São Paulo: Marco Zero.
Aulas
Práticas
As aulas teóricas serão intercaladas com exercícios de observação
etnográfica e com exposições sobre pesquisas antropológicas em
diferentes contextos.
Procedimen- Aula expositiva
tos Leitura e interpretação de texto – debates
didáticos Apresentação e discussão de filmes
Trabalho de campo
Avaliação A avaliação consistirá em um prova escrita e na apresentação de uma descrição
etnográfica baseada em trabalho de campo do aluno. A nota final será a média
aritmética simples dos dois conceitos. Os alunos que não alcançarem 70 na média
aritmética simples das duas avaliações deverão realizar prova final que será
ministrada segundo as datas previstas para os exames finais no calendário
acadêmico da UFPR, no dia e horário da disciplina. A presença é obrigatória e
discentes com mais de 25% de faltas não justificadas serão automaticamente
reprovados.
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Maria Inês Smiljanic Borges
Professor responsável
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Marcos Silva da Silveira
Chefe de Departamento
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