APLICAÇÃO DO ACORDO ORTOGRÁFICO NAS ESCOLAS O

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APLICAÇÃO DO ACORDO ORTOGRÁFICO NAS ESCOLAS
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa será aplicado no sistema
educativo e nas escolas portuguesas, em todas as disciplinas de todos os anos
de escolaridade, a partir do início do ano lectivo de 2011/2012, em Setembro
de 2011.
Os manuais escolares utilizarão progressivamente a nova ortografia, seguindo
o ritmo das novas adopções ou quando um manual já adoptado tenha de ser
reimpresso durante o seu período de vigência. Assim, os novos manuais a
adoptar para 2011/2012 já estarão de acordo com a nova ortografia, que, até
2014, será utilizada em todos os novos manuais adoptados.
No Portal da Língua Portuguesa - http://www.portaldalinguaportuguesa.org./ -,
podem ser encontrados recursos auxiliares para a aplicação do acordo
ortográfico. Em particular, neste portal encontram-se disponíveis o Vocabulário
Ortográfico do Português e o Conversor Lince, que foram oficialmente
adoptados pelo Governo.
O texto da Resolução da Assembleia da República n.º 26/91, de 4 de Junho de
1991 e publicado no Diário da República, I Série A, de 23/08/91, contém não só
as 21 bases do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, como também a
explicação das alterações de estrutura e de conteúdo deste acordo em relação
aos anteriores.
In http://min-edu.pt (texto com supressões)
Alterações consignadas no Acordo Ortográfico:
1. Novas letras
O alfabeto da nossa língua passa a ter oficialmente 26 letras, e não apenas 23,
como sucedia até agora. Incluem-se o k (capa), o w (duplo vê ou dâblio) e
o y (ípsilon ou por i grego).
2. Supressão das consoantes mudas c e p (também designadas por
consoantes não articuladas)
Estas duas consoantes só deixarão de se escrever quando não são
pronunciadas. Em palavras como facto e opção, continuaremos a grafar estas
duas letras.
a) cc – transacionar, lecionar
b) cç – ação, seleção, reação
c) ct – ato, atual, teto, projeto
d) pc – percecionar, anticoncecional
e) pç – adoção, conceção,
f) pt – Egito, batismo
3. Emprego de maiúsculas e minúsculas
a) Os meses e as estações do ano e os pontos cardeais deverão ser escritos em
minúsculas (primavera, Janeiro, norte…);
b) Poder-se-á usar maiúsculas ou minúsculas em títulos de livros, sem que a
primeira palavra deixe de ser sempre iniciada por maiúscula (A Insustentável
Leveza do Ser ou A insustentável leveza do ser);
c) Também é permitida a dupla grafia em designações de sítios públicos e
edifícios (Rua Fernando Pessoa ou rua Fernando Pessoa, Palácio da Ajuda ou
palácio da Ajuda), em nomes de disciplinas ou campos do saber (História ou
história, Português ou português)
4. Acentuação gráfica
No que respeita à acentuação gráfica, suprimem-se alguns acentos gráficos em
palavras graves:
a) crêem, lêem, vêem, dêem e derivados passam a creem, leem, veem, deem;
pára, pêra, pêlo, pólo passam a para, pera, pelo, polo;
b) As palavras graves acentuadas graficamente no ditongo oi abertos passam
todas a ser escritas sem acento: estoico, asteroide, joia, heroico, introito;
c) Elimina-se o acento gráfico sobre a vogal tónica grafada u precedida de g
ou q e seguida de e (verbos adequar, arguir, e averiguar): adequem,
argues, averigue;
5. Emprego ou supressão do hífen
5.1. O hífen elimina-se em:
a) Por separação dos seus elementos, na maior parte das locuções: fim de
semana, água de colónia, boca de incêndio, cartão de visita, casa de banho,
cor de vinho;
b) Por junção gráfica dos seus elementos ou compostos por justaposição em que
se perdeu a noção de composição: mandachuva, bancarrota, girassol,
madrepérola;
c) Palavras derivadas por prefixação ou formadas por recomposição (com os
chamados pseudoprefixos de origem grega ou latina) cujo prefixo ou
pseudoprefixo termina em vogal e a base começa com r ou s, dobrando essa
consoante: trissílabo, ultrarrápido, auutorrádio, antirrugas, contrarrelógio,
cosseno, semisselvagem, ultrassons, minissaia;
d) Palavras cujo pseudoprefixo termina em vogal diferente da vogal inicial da
base: extraescolar, autoestrada, autoavaliação, antiaéreo, coexistir, plurianual;
e) Formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo “haver” regidas pela
preposição “de”: hei de, hás de, há de, hão de.
5.2. O hífen continua, no entanto, a empregar-se em:
a) Palavras compostas por justaposição, estejam ou não ligadas por preposição
ou qualquer outro elemento que designem espécies botânicas ou animais:
águia-real cobra-capelo, amor-perfeito, feijão-frade, couve-flor, abóboramenina;
b) Em palavras compostas por justaposição cujos elementos conservam valor
autónomo e equivalente e em que não se perdeu a noção de composição:
guarda-redes, abre-latas, desporto-rei, marxismo-leninismo, palavra-passe,
bebé-proveta, homem-rã, navio-escola, café-concerto, luso-americano, afroasiático, político-cultural, técnico-científico;
c) Na ênclise (grego égklisis, -eos, inclinação de terreno - Gram. 1- Emprego de
enclítica (ex.: há-de); 2- Junção enclítica; 3- Colocação do pronome átono
depois do verbo (ex.: conjugá-lo) e na tmese (grego tmêsis, -eós, acção de
cortar, divisão - Gram. Figura pela qual se divide uma palavra metendo outra
ou outras de permeio; a tmese é comum no futuro e no condicional dos verbos
portugueses, ex.: empregá-lo-ei por *empregarei-o = MESÓCLISE): levá-lo,
queixar-se, prepará-los-ei, dar-lhe-emos, dir-vo-lo-ei;
d) Nas ligações de formas pronominais enclíticas ao advérbio eis (eis-me, ei-lo) e
ainda nas combinações de formas pronominais do tipo no-lo, vo-las, quando
em próclise (francês proclise - Gram. Emprego ou qualidade de palavra
proclítica; Colocação do pronome átono antes do verbo - ex.: não o queria):
quanto ao resultado o professor não no-lo-disse;
e) Palavras cujo pseudoprefixo termina em vogal ou consoante igual à vogal ou
consoante inicial da base (à excepção de co-, que se aglutina à base iniciada
por o: cooperar): anti-constitucional, contra-almirante, micro-ondas, autoobservação, sobre-endividamento, mega-agrupamento, hiper-resistente, superrápido, inter-regional, sub-bibliotecário;
f) Palavras com pseudoprefixo e cuja base comece por h (exceptuando casos
consagrados pelo uso, como coabitar, anábil, desumano, reabilitar): antihigiénico, anti-herói, sobre-humano, sub-hepático, co-herdeiro, super-homem;
g) Palavras cujos prefixos tenham acento próprio assinalado graficamente: préhistórico, pré-aviso, pós-guerra, pós-operatório, pró-israelita, pró-americano;
h) Palavras formadas com os prefixos vice- e ex- (com valor semântico de
anterioridade ou cessamento): vice-rei, vice-presidente;
i) Palavras formadas com elementos de valor adverbial, como aquém-, além- ou
circum-: além-mar, aquém-fronteiras, circum-navegação;
j) Palavras com prefixos ou pseudoprefixos cujas bases sejam empréstimos
externos, siglas ou nomes próprios: anti-aphartheid, anti-URSS, anti-facebook.
Nota: Em caso de dúvidas, o recomendável é consultar um Vocabulário
Ortográfico
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