Slides - SAUESP

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“... É
fundamental que não deixemos os
avanços na Biologia Molecular e Estrutural,
assim como as maravilhas da Imunologia e da
genética, cegarmos para os muitos aspectos da
Psicologia, Antropologia e Sociologia Humanas,
que influenciam o mundo em que vivemos e têm
um papel tão importante na morbidade e na
mortalidades conseqüentes...”
Cecil - Tratado de Medicina Interna - Vol. 1, pág. 2, 21ª edição.
CECIL – TRATADO DE MEDICINA INTERNA
Cap. 1 – Vol. 1
MEDICINA = PRODUTO CULTURAL →
→
DETERMINADO PELO MOMENTO
HISTÓRICO
“Ao PROCURAR CUIDADOS MÉDICOS, os PACIENTES
COLOCAM SUAS VIDAS nas mãos dos mesmos (...)
CAPACIDADE
TÉCNICA
e
HABILIDADES
NO
TRATAMENTO das DOENÇAS TÃO SOMENTE NÃO
BASTAM. Os pacientes tem de achar que seu médico se
interessa por eles como pessoa, e não apenas como
pacientes (...) Os MELHORES PROFESSORES são
nossos
PACIENTES”.
Formatado por Guillermo Urbina
Ttraduzido e musicado por Ria Ellwanger
CONCEITOS →
→
- SAÚDE
- VIDA
- DOENÇA
MUDAM
⇓⇓
CONCEPÇÃO DO
ORGANISMO
VIVO
↓↓
CULTURAL
MEDICINA DA PESSOA
(Holística)
“A SAÚDE VERDADEIRA É UM ESTADO NO
QUAL SE LEVA EM CONSIDERAÇÃO QUE
- FÍSICO
SER TOTAL
- MENTAL
TUDO DEPENDE DE TUDO”
- ESPIRITUAL
Pierre
Pierre Weil
Weil –– O
O Espírito
Espírito na
na Saúde
Saúde
“DORES DO VIVER ”
DOENÇAS
MODELO MÉDICO ATUAL
→PARADIGMA CARTESIANO / NEWTONIANO
⇓⇓
ALICERCE MODELO BIOMÉDICO
- CORPO HUMANO →
→ “MÁQUINA”
- DOENÇA = “MAL FUNCIONAMENTO” DOS
MECANISMOS BIO-FÍSICO-QUÍMICOS
- PAPEL DO MÉDICO →
→ INTERVIR FÍSICA OU
QUIMICAMENTE PARA CONSERTAR ESTE
“MAL FUNCIONAMENTO”.
- ASPECTOS:
ECONÔMICOS
SOCIAIS
PSICOLÓGICOS
MEDICINA
PSICOSSOMÁTICA
REAÇÃO ANTI-ANALÍSTICA
E ANTI-REDUCIONISTA
- SURGE INÍCIO SÉCULO XX →
→ ORGANIZA-SE POR
VOLTA DE 1950 COMO CAMPO DE INVESTIGAÇÃO
CIENTÍFICA E COMO MÉTODO DE PRÁTICA DA
MEDICINA.
CONCEITO:
ESTUDO DA PESSOA COMO SER
HISTÓRICO, QUE É UMA UNIDADE
FUNDAMENTAL, CONSTITUÍDA DE TRÊS
ASPECTOS: CORPO, MENTE E MUNDO
SOCIAL.
“... Não é uma especialidade, mas um ponto de
vista que se aplica a todos os aspectos da
medicina. Não significa estudar menos o corpo,
mas estudar mais a psiquê! É a reafirmação de
que mente e corpo
interativo
e
funcionam de modo
interdependente, princípio
que
sempre tem guiado o médico inteligente...”
Weiss e Englishies (1949)
“A POSTURA MÉDICA que se
RECUSA a reconhecer que todo
paciente que BUSCA SEU
AUXÍLIO é bem MAIS do que um
aparelho ou SISTEMA BIOLÓGICO
com LESÕES OU DISFUNÇÕES
(...) é absolutamente
INACEITÁVEL Cabe defender a
INTEGRALIDADE como um
VALOR a ser SUSTENTADO e
DEFENDIDO nas práticas dos
profissionais de saúde”.
“Atualmente, existem recursos para lidar
com cada fragmento do homem, mas
falta ao médico a habilidade para dar
conta do mesmo em sua totalidade”.
Jaspers, 1991
Mattos, Rubem Araújo
Os sentidos da integralidade
BASES CIENTÍFICAS DA PSICOSSOMÁTICA
PSICANÁLISE
+
- PSICOSSOMÁTICA
- HANS SELYE - (1936) →
→ “STRESS”.
FISIOLOGIA
+
CONCEPÇÕES HOLÍSTICAS
FISIOLOGIA →
→
- CANNON - PAVOLV - (1953) →
→
“PSICOFISIOLOGIA” →
→ REAÇÕES
DE EMERGÊNCIA (MODIFICAÇÕES
- HIPÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES →
→
POSTULARAM
QUE
MENTE
E
FISIOLÓGICAS →
→ ESTADOS DE
MEDO, DOR, RAIVA E FOME).
CORPO
CONSTITUEM UMA UNIDADE INDIVISÍVEL, OU
- MAC LEAN E PAPEZ →
→ SISTEMA
LÍMBICO
→
REAÇÕES
→
CONCOMITANTES EMOCIONAIS E
UM TODO. O ESTUDO E O TRATAMENTO DOS
DOENTES DEVE LEVAR EM CONTA A PESSOA E
NÃO SUAS PARTES ISOLADAS.
VEGETATIVAS.
-
- PESQUISA DO INCONSCIENTE.
- ROMPIMENTO DICOTOMIA: MENTE
PSICANÁLISE
/ CORPO.
ASPECTOS
SOCIAIS
- NOÇÃO DA “PESSOA DOENTE”.
RELAÇÕES DE TRABALHO →
→
IMPORTANTE
FATOR
NA
DETERMINAÇÃO DE DOENÇAS.
- FATORES SOCIAIS E ECONÔMICOS
→
→ SAÚDE E DOENÇA.
- DOENÇA.
- HISTORICIDADE DA PESSOA →
→
BIOLOGISMO
ADOECER NÃO É UM EVENTO
PSICOLOGISMO
CASUAL,
SOCIOLOGISMO
MAS
INTEGRADO
BIOGRAFIA DA PESSOA.
À
RACIOCÍNIOS ETIOLÓGICOS
REDUCIONISTAS
ESSENCIAL
Toda doença é psicossomática, já que incide
→ PSICOSSOMÁTICA → É UMA ATITUDE DE
num
ser
provido
de
soma
e
psiquê,
inseparáveis, anatômica e funcionalmente.
MEDICINA INTEGRAL, QUE CONCEBE O SER
HUMANO - TANTO NA SAÚDE COMO NA
DOENÇA - COMO UM SER BIO-PSICO-SÓCIOCULTURAL.
SEJA
QUAL
FOR
O
FATOR
ETIOLÓGICO
PREPONDERANTE, A DOENÇA INCIDE EM UM SER
HUMANO QUE É SEMPRE MENTAL, ALÉM DE
SOCIAL
E
SOMÁTICO.
PASSA
A
SER
PSICOSSOMÁTICA (NA CONCEITUAÇÃO ATUAL),
PELAS SUAS REPERCUSSÕES.
TOTALIDADE →
→ COMPREENDER O PROCESSO
DE ADOECER = RESPOSTA DO ORGANISMO EM
UMA PESSOA QUE VIVE
- SOCIEDADE
SITUAÇÕES CONFLITO
GERA EMOÇÕES
- RELAÇÃO COM OUTRAS
PESSOAS
TRANSTORNOS FUNCIONAIS
- ESTRUTURA CULTURAL
PLURIDIMENSIO-
- AMBIENTE FÍSICO
NALIDADE
- FATORES BIO-FÍSICOQUÍMICOS
- REPETIDOS
- PERSISTENTES
- DIETA
ALTERAM VIDA CELULAR
- CLIMA
LESÕES ORGÂNICAS
- HEREDITARIEDADE
AAEMOÇÃO
EMOÇÃO ÉÉUM
UMFENÔMENO
FENÔMENOQUE
QUE
SENTIMENTOS
CORPO
OCORRE
OCORRESIMULTÂNEAMENTE
SIMULTÂNEAMENTE
AO
AO NÍVEL
NÍVEL DO
DO CORPO
CORPO EEDOS
DOS
-- SISTEMA
SISTEMA MÚSCULO
MÚSCULO
ESQUELÉTICO
ESQUELÉTICO
MEDO
MEDO
RAIVA
RAIVA
PROCESSOS
PROCESSOSMENTAIS.
MENTAIS.
DOR
DOR
ÉÉ AAPONTE
PONTEDE
DECONEXÃO
CONEXÃO
TRISTEZA
TRISTEZA
ALEGRIA
ALEGRIA
CONJUNTO
CONJUNTO
HIPOTÁLAMO/
HIPOTÁLAMO/
HIPÓFISE
HIPÓFISE
ENTRE
ENTREO
O MUNDO
MUNDOMENTAL
MENTAL EEORGÂNICO.
ORGÂNICO.
-- SISTEMA
SISTEMA
NEUROVEGETATIVO
NEUROVEGETATIVO
↓↓
FUNÇÕES
FUNÇÕES
MOTORAS
MOTORAS
SECRETORAS
SECRETORAS
IRRIGAÇÃO
IRRIGAÇÃO
SISTEMA LÍMBICO
--
APARELHO
APARELHO DIGESTIVO
DIGESTIVO (VÔMITOS,
(VÔMITOS,
DIARRÉIA,
PRISÃO
DE
VENTRE,
DIARRÉIA,
PRISÃO
DE
VENTRE,
DISCINESIAS).
DISCINESIAS).
-- APARELHO
APARELHO RESPIRATÓRIO
RESPIRATÓRIO (ASMA).
(ASMA).
DISFUNÇÃO
MOTORA →
→
PRODUÇÃO
PRODUÇÃO DE
DE MUCO.
MUCO.
DISFUNÇÃO
SECRETORA →
→
HORMÔNIOS.
HORMÔNIOS.
SECREÇÃO
SECREÇÃO GÁSTRICA,
GÁSTRICA, BILIAR
BILIAR ETC...
ETC...
-- APARELHO
GENITO-URINÁRIO (DISÚRIA,
(DISÚRIA,
APARELHO GENITO-URINÁRIO
CÓLICA
CÓLICA PIELO-RETRAL,
PIELO-RETRAL, DISMENORDISMENOR-- DISFUNÇÃO
DISFUNÇÃO NA
NA IRRIGAÇÃO
IRRIGAÇÃO DOS
DOS ÓRGÃOS.
ÓRGÃOS.
RÉIA
RÉIA ETC...)
ETC...)
-- APARELHO
APARELHO CIRCULATÓRIO
CIRCULATÓRIO (HIPERTEN(HIPERTENSÃO,
SÃO, ENXAQUECA,
ENXAQUECA, CEFALÉIA
CEFALÉIA DE
DE
TENSÃO).
TENSÃO).
--
PELE
PELE (NEURODERMITES,
(NEURODERMITES,
PRURIDOS).
PRURIDOS).
IRRIGAÇÃO →
→
ECZEMAS,
ECZEMAS,
-- INTENSIDADE,
INTENSIDADE, DURAÇÃO
DURAÇÃO E
E REPETIÇÃO
REPETIÇÃO →
→
PODEM
PODEM OCASIONAR
OCASIONAR DIMINUIÇÃO
DIMINUIÇÃO DA
DA
RESISTÊNCIA
RESISTÊNCIA DA
DA MUCOSA
MUCOSA A
A AGENTES
AGENTES
AGRESSIVOS.
AGRESSIVOS.
-- HEMORRAGIAS.
HEMORRAGIAS.
-- ULCERAÇÕES.
ULCERAÇÕES.
-- OUTROS
OUTROS ÓRGÃOS
ÓRGÃOS E
E APARELHOS.
APARELHOS.
VELHO PARADIGMA DA
MEDICINA = BIOMÉ
BIOMÉDICO
(CARTESIANO)
PRESSUPOSIÇ
PRESSUPOSIÇÕES DO NOVO
PARADIGMA DA SAÚ
SAÚDE
HOLÍ
HOLÍSTICO
1 – Corpo humano é visto como 1 – Corpo é visto como um
sistema dinâmico,
uma máquina em bom ou mal
dinâmico, dentro de um
contexto,
contexto, cujos componentes
estado de funcionamento
estão
interligados
e
interdependentes
SER HUMANO TOTAL
PARTES → Doenç
Doença = vem de
↓
“fora”
fora”
REDUCIONISTA
2 – A doenç
doença ou a deficiência
vista como mal
funcionamento dos
mecanismos bioló
biológicos.
são
2 – A doenç
doença ou a deficiência é
vista como um processo e
fenômeno multidimensional
Físico
Físico
Social
Social
Psíquico
Psíquico
Espiritual
Espiritual
3 – Dor e doenç
doença são aspectos 3 – Dor e doenç
doença são formas de
negativos por completo =
“comunicaç
comunicação”
ão” e expressões
Problemas a serem
de conflitos e desarmonias →
combatidos.
Para serem ENTENDIDOS.
combatidos.
ENTENDIDOS.
VELHO PARADIGMA DA
MEDICINA = BIOMÉ
BIOMÉDICO
(CARTESIANO)
4 – Tratamento dos sintomas
↓ - Método massificado
Órgão doente
5 – Ênfase na eliminaç
eliminação dos
sintomas e da doenç
doença.
PRESSUPOSIÇ
PRESSUPOSIÇÕES DO NOVO
PARADIGMA DA SAÚ
SAÚDE
HOLÍ
HOLÍSTICO
4 – Busca de padrões e causas,
causas,
mais tratamento dos sintomas
* PESSOA com doenç
doença.
VELHO PARADIGMA DA
MEDICINA = BIOMÉ
BIOMÉDICO
(CARTESIANO)
7 – Saú
Saúde =
- Ausência de doenç
doenças
PRESSUPOSIÇ
PRESSUPOSIÇÕES DO NOVO
PARADIGMA DA SAÚ
SAÚDE
HOLÍ
HOLÍSTICO
7 – Saú
Saúde = Processo dinâmico e
contí
contínuo
de equilí
equilíbrio
- Está
Estático
Experiência de “bem estar”
estar” =
Subjetiva.
Subjetiva.
- Objetivo – mensurá
mensurável
5 – Ênfase na obtenç
obtenção do bembemestar má
máximo,
ximo, na
“metassaú
metassaúde”
de”.
8 – Relaç
Relação Corpo X Mente =
→ Mente (???) é fator secundá
secundário
6 – Especializado →
6 – Integrado → Paciente visto
- Curativo
como um todo → Dimensão
- Modelo hospitalar
Psí
Psíquica, Social e Espiritual.
8 – Corpo X Mente = Integrados e
Separados
nas doenç
doenças orgânicas.
Interdependentes
→
Mente é fator primá
primário ou de igual
valor em todas as doenç
doenças.
VELHO PARADIGMA DA
MEDICINA = BIOMÉ
BIOMÉDICO
(CARTESIANO)
PRESSUPOSIÇ
PRESSUPOSIÇÕES DO NOVO
PARADIGMA DA SAÚ
SAÚDE
HOLÍ
HOLÍSTICO
VELHO PARADIGMA DA
MEDICINA = BIOMÉ
BIOMÉDICO
(CARTESIANO)
PRESSUPOSIÇ
PRESSUPOSIÇÕES DO NOVO
PARADIGMA DA SAÚ
SAÚDE
HOLÍ
HOLÍSTICO
12 – Prevenç
Prevenção → Integraç
Integração
Aspectos fí
físicos
Aspecto profissional
Relacionamentos
Projetos de vida
Relaç
Relação corpocorpo-mentemente-espí
espírito.
rito.
9 – Crenç
Crença bá
básica em informaç
informações
quantitativas
- Fichas mé
médicas
- Exames e Testes
→ Subjetividade do profissional.
9 – Crenç
Crença bá
básica em informaç
informações
qualitativas,
qualitativas, inclusive dados
subjetivos dos pacientes
→ Intuiç
Intuição dos profissionais
valorizada.
→ Dados quantitativos são
complementares
12 – Prevenç
Prevenção → ambiental
Vitaminas
Repouso
Exercí
Exercícios
Imunizaç
Imunização
Proibiç
Proibições substâncias
10 – Os profissionais devem ser
10 – Relaç
Relação Mé
Médicodico-Paciente é
fator essencial no tratamento.
tratamento.
13 – Aspectos Espirituais
emocionalmente “neutros”
neutros”.
11 – Paciente = dependente
Profissional = autoridade
PODER ⇒ Centrado
11 – Paciente é ou deveria ser cocoresponsá
responsável
Profissional = parceiro terapêutico
PODER → Partilhado
Difí
Difícil de ser aceito.
aceito.
13 – Aspectos Espirituais
↓
Essência
???
COMO AGIR?
NOVA CONCEPÇÃO DE SAÚDE
E DOENÇA = CHAVE
→ ADOÇÃO DE UM CONCEITO HOLÍSTICO DE
SAÚDE TEORIA E PRÁTICA
EXIGIRÁ MUDANÇAS CONCEITUAIS
ADOÇÃO DE NOVO PARADIGMA
SUJEITO
Processo Complexo
• FORMA DE: • OLHAR
• ESCUTAR
• DOENÇAS
• DOENÇA
- INTEGRAÇÃO
FÍSICO
PSÍQUICO
↓↓
SINTOMAS
SOCIAL/
HISTÓRICO
• RACIOCINAR
• TRATAR
REVOLUÇÃO INICIAL
→
→ FORMA DE EXPRESSÃO DE
CONFLITOS
Curar a doença física ≠ tornar o paciente saudável
ORGÂNICA
MENTAL
SOCIAL - (VIOLÊNCIA)
SITUAÇÃO
PROBLEMA
ADOECIMENTO
ADOECIMENTO
ORGÂNICO
ORGÂNICO
INTERVENÇÃO MÉDICA/
Profissional de Saúde
ESPIRITUAL
OUTROS
SINTOMAS
SITUAÇÃO
ADOECIMENTO
PROBLEMA
ORGÂNICO
MENTE
INTERVENÇÃO MÉDICA/
CORPO
Profissional de Saúde
“Vivemos num tempo atônito que ao
debruçar-se sobre si próprio, descobre que
seus pés são um cruzamento de sombras.
Sombras que vêm do passado que ora
pensamos já não sermos, ora pensamos não
ter ainda deixado de ser.
Sombras que vêm do futuro, que ora
pensamos já sermos, ora pensamos nunca
virmos a ser...”
Boaventura
Boaventura de
de Souza
Souza Santos
Santos
PRÁTICAS DE SAÚDE
MEDICINA DA DOENÇA
MEDICINA DA PESSOA
HISTÓRIA DA DOENÇA
HISTÓRIA DA PESSOA
- DADOS SOBRE
FUNCIONAMENTO BIOLÓGICO
-BIOGRAFIA DO DOENTE
- CIRCUNSTÂNCIAS DO
ADOECIMENTO
OBJETIVO: CARACTERIZAÇÃO
DE UMA DOENÇA
OBJETIVO: COMPREENSÃO
DO ADOECER
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
↓
DISTANTE
COOPERAÇÃO TERAPÊUTICA
→ RELAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO
Toda prática de saúde está inserida numa
“Hoje, a temática sobre a relação médico-paciente,
encontra um renovado interesse na produção
científica (...) um trabalho publicado recentemente
mostra que de 1.000 a 1.200 das publicações
científicas por ano, são referentes ao tema”.
Taghavini e Saltini, 2000
Formatado por Guillermo Urbina
“A partir dos estudos de Donabediam, (...) se
conhece que a qualidade dos serviços de
Ttraduzido e musicado por Ria Ellwanger
“A técnica, por mais aprimorada que seja, tenderá a
ser inócua ou alienante, se não for veiculada por uma
boa relação profissional-paciente”.
Balint
saúde depende de 30 a 40% da capacidade
diagnóstica e terapêutica do médico, e de 40 a
50% da relação que se estabelece entre
profissional de saúde e usuário”.
Donabediam, 1990
“O remédio mais freqüentemente usado na
clínica é o próprio médico. Não importa o
frasco de remédio ou a caixa de pílulas, mas
o modo como o médico os oferece ao
paciente – em suma toda a atmosfera na
qual a substância é administrada e
recebida... E este, precisa ser mais
conhecido em sua posologia, reações
colaterais e toxidade. Muito pouco sabe-se
sobre a farmacologia de tão importante
substância”.
Balint
“Para
realizar
um
atendimento
médico
TECNICAMENTE CONSISTENTE (...) torna-se
necessário AMPLIAR o campo de PERCEPÇÃO
CLÍNICA (...) sob o risco de se desenvolver uma
ATUAÇÃO profissional SUPERFICIAL, INEFICIENTE
E DE BAIXA RESOLUTIVIDADE”.
Fernandes,
Fernandes, João
João Cláudio
Cláudio Lara
Lara
Cadernos
Cadernos de
de Saúde
Saúde Pública,
Pública, 1993
1993
PROPOSTA DA INTEGRALIDADE
- Não segmentar pacientes
- Físico
INFLUÊNCIA DA RELAÇÃO MÉDICOPACIENTE
- Psíquico
→
→ Estudos mostram que influenciam diretamente
sobre o estado de saúde dos pacientes
- Epidemio
→
→ Interfere no sucesso do tratamento →
→ Adesão
- Social
- Não definir “causalidade essencial” psicológica
no adoecer
DISCURSO LÍRICO
- INTERLIGAÇÃO
- Evidenciar a
- Discurso Científico
- PLURALIDADE dos
campos da existência
- Discurso Psicológico
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
“... Há quem conceitue a relação médico-paciente de uma
forma ingênua. Resume-a na obediência a algumas regras
de conduta, na criação de ambientes acolhedores, na
paciência em ouvir os enfermos e na capacidade de utilizar
expressões de conforto, além – é claro – de proporcionar
amizade e confiança, enfim, ser capaz de empatia, com o
que pretende sintetizar todo o problema... Tudo isto,
embora importante, não faz parte do que chamamos
relação médico-paciente do ponto de vista científico. Faz
parte, isto sim, das pré-condições para o exercício
profissional”.
Abram
Abram Eksterman
Eksterman
UM MOMENTO DE ENCONTRO!
DESENVOLVIMENTO TÉCNICO-CIENTÍFICO
Anamnese
HISTÓRIA
HISTÓRIA DE
DE VIDA
VIDA
HISTÓRIA
HISTÓRIA DE
DE VIDA
VIDA
Conversa
CONDIÇÃO
CONDIÇÃO SOCIAL
SOCIAL
CONDIÇÃO
CONDIÇÃO SOCIAL
SOCIAL
CULTURA
CULTURA
CULTURA
CULTURA
História do aparecimento dos sintomas
Olhar
Ausculta
Exames
Laboratoriais
e de Imagem
Palpação
Toque do corpo do “doente”
“O desenvolvimento científico-tecnológico reforça assim,
a possibilidade de uma prática quase sem a participação
do doente”.
Schraider, 1993
SABERES
SABERES
SABERES
SABERES
CONCEPÇÕES
CONCEPÇÕES
CONCEPÇÕES
CONCEPÇÕES
VALORES
VALORES
VALORES
VALORES
SENTIMENTOS
SENTIMENTOS
SENTIMENTOS
SENTIMENTOS
DESEJOS
DESEJOS
SINGULARES
SINGULARES
DESEJOS
DESEJOS
SINGULARES
SINGULARES
NO ENCONTRO DESTAS DUAS PESSOAS É QUE SE
REALIZA O TRABALHO EM SAÚDE
MOMENTO DO ENCONTRO...
MOMENTO DO
“... Captar as necessidades singulares de saúde
neste momento, requer do profissional, abertura
ENCONTRO
CLÍNICO?
MOMENTO DO
DES-ENCONTRO
CLÍNICO?
RELAÇÃO PROFISSIONAL / PACIENTE
1. A relação profissional / paciente é fundamentalmente
uma relação de desigualdade ⇒
⇒ SABER = PODER
2. A relação profissional / paciente é uma relação de
expectativas e esperanças mútuas.
3. A relação médico-paciente é uma relação que tem
geralmente o corpo como objeto, sendo a PALAVRA,
com freqüência, uma intermediária.
para inclinar-se para o usuário, para a escuta,
para o estabelecimento de vínculo, de laços de
confiança. Implica acolher o outro, oferecer
espaço para a fala e o diálogo”.
EducarSUS
MS – FIOCRUZ - ENSP
MÉDICOS COMO PACIENTES
INÚMEROS ESTUDOS PUBLICADOS →
→ Médicos
reavaliam o modelo biomédico que adotavam
- Neurologista – Sacks (1991)
Elementos Principais
- Clínico Geral – Geiger (1995)
Racionais e irracionais
- Endócrino – Rabim (1982/1995)
Realísticos e irrealísticos
Maduros e infantis
Conscientes e Inconscientes
NEUTRALIDADE
Ria Slides
“O contato direto com seres
humanos coloca o profissional
diante de sua própria vida, saúde
ou doença, dos próprios conflitos e
frustrações. Se ele não tomar
contato com esses fenômenos,
correrá o risco de desenvolver
mecanismos rígidos de defesa, que
podem prejudicá-lo tanto no âmbito
profissional quanto no pessoal...
OLHANDO A PESSOA
- Cada ser humano tem uma íntima
relação com sua doença
⇓
⇓
Adquire sentido na história de cada um
- Ameaça potencial
Relação médico-paciente no microscópio
Maria Cezira Fantini Nogueira Martins
CREMESP - Revista Ser Médico
Edição Jan-Fev-Mar - ano V nº18
- Significados múltiplos
- Realidade a viver
- Sofrimento do outro
DOENÇA
= Ruptura na vida!
SABEDORES DESTAS VERDADES
⇓
⇓
Situação de vulnerabilidade e de espera de
reparação
Estar ou Sentir-se Doente
COMO TEM SIDO NOSSA PRÁTICA
PROFISSIONAL?
Processos de Ansiedade
Defesas Psicológicas
CONCEITOS
⇒ Como sermos Profissionais
de Saúde de PESSOAS na sua
INTEGRALIDADE ?
CONCEPÇÃO
→ SAÚDE?
→ DOENÇA?
→ TERAPÊUTICA?
HUMANIZAR
SABER
FAZER
Construir nova
RELAÇÃO → DIÁLOGO
NOVA VISÃO HOMEM
AFIRMAÇÃO DO HUMANO
- Ética profissional
PRÁTICA PROFISSIONAL ????
- Acolher diversidade → Respeito
- Saber da pessoa considerado
SUBJETIVIDADE DOS PROFISSIONAIS
SUBJETIVIDADE DOS PROFISSIONAIS
“A prática em saúde, embora embasada em uma
“Profissionais
teoria científica, é profundamente dependente
afetados nesse encontro.
dos valores morais, éticos, ideológicos e
A percepção e o entendimento dos sentimentos,
subjetivos dos profissionais, pois envolve
dos afetos aí mobilizados, estão relacionados a
interpretação, ajuizamento e decisão pessoal na
aplicação
do
conhecimento
científico
às
uma
maior
e
usuários
possibilidade
são
de
mutuamente
ESCUTAR,
de
perceber mensagens não-verbais, de acolher a
PESSOA, de estabelecer VÍNCULOS e, portanto, a
situações concretas e singulares”.
ENSP
ENSP
FIOCRUZ
FIOCRUZ
uma
maior
capacidade
diagnóstica
e
de
efetividade na intervenção terapêutica...”
Balint, 1988
RELAÇÃO PROFISSIONAL /
PACIENTE = TERAPÊUTICA
MODELO PREDOMINANTE DAS PRÁTICAS EM SAÚDE
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
MÉDICA
MÉDICA
PSICOSSOMÁTICA
PSICOSSOMÁTICA
ACADEMIA
ACADEMIA
HUMANIZA
HUMANIZA
SUS
SUS
SAÚDE
SAÚDE
COLETIVA
COLETIVA
RESULTADOS
DES-ENCONTRO
PESSOAS
PROFISSIONAIS
PONTO DE PARTIDA
→ Queixa
↓
→ Buscam CUIDADO
Diagnóstico
↓
Tratar DOENÇA
Campos, Gastão
W. 1996
- Proposta
→
→ Propõe uma CLÍNICA AMPLIADA
“...
“... Uma
Uma clínica
clínica que
que inclua
inclua além
além da
da doença,
doença, aa pessoa
pessoa ee seu
seu
contexto,
contexto, ee se
se responsabilize
responsabilize tanto
tanto com
com aa cura
cura ee reabilitação
reabilitação
quanto
quanto com
com aa prevenção
prevenção ee aa proteção
proteção individual
individual ee coletiva.
coletiva.
Uma
Uma clínica
clínica que
que consiga
consiga compreender
compreender de
de forma
forma ampliada,
ampliada, o
o
processo
processo de
de adoecimento
adoecimento ee sofrimento
sofrimento da
da pessoa,
pessoa, ee elaborar
elaborar
projetos
projetos terapêuticos
terapêuticos singulares
singulares com
com ações
ações que
que visem
visem
intervir
intervir nas
nas diversas
diversas dimensões
dimensões relacionadas
relacionadas ao
ao
adoecimento
adoecimento ee sofrimento.
sofrimento. Enfim
Enfim uma
uma clínica
clínica com
com
compromisso
compromisso com
com aa produção
produção da
da saúde,
saúde, de
de vida...”
vida...”
Campos,
Campos, GWS
GWS –– Uma
Uma clínica
clínica do
do sujeito:
sujeito:
por
por uma
uma clínica
clínica reformulada
reformulada ee ampliada
ampliada
In:
Saúde
Paidéia,
Campos,
In: Saúde Paidéia, Campos, GWS
GWS
CONSTRUIR PONTES = TAREFA
DESAFIO
SABER
FAZER
CONSTRUIR NOVOS
CAMINHOS
• HABILIDADES DIFERENTES
ESTUDAR A PESSOA
QUE TEM A DOENÇA
• INSEGURANÇA
• SE JOGAR NO DESCONHECIDO
X
ORFANDADE DE SABER
DOENÇA QUE A PESSOA TEM
Pitágoras disse que a mais divina arte, é a
arte de curar.
E se a arte de curar é a mais divina, deve
ocupar-se com a alma tanto quanto com o
corpo: pois nenhuma criatura pode ser
saudável, enquanto sua natureza superior
estiver enferma.
Apolônio de Tyana
“O corpo é um delicado instrumento musical. É
preciso cuidar dele, para que ele produza música
(...) Mas o corpo, esse instrumento estranho, não
se cura só por aquilo que se faz medicamente com
ele. Ele precisa beber a sua própria música.
Música é remédio (...)
Em outros tempos, os médicos
sabiam disso. Cuidavam dos
remédios e das intervenções
físicas - bons para o corpo - mas
tratavam de acender a chama
misteriosa da alegria. Ela se
acende magicamente. Precisa da
voz, da escuta, do olhar, do toque,
do sorriso.
Médicos: ao mesmo tempo técnicos e mágicos, a
quem é dada a missão de consertar os instrumentos
e despertar neles a vontade de viver”.
Rubem Alves - O Médico
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