economia/economia 13-04-13

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Expresso, 13 de abril de 2013
ECONOMIA
39
PESSOAS
António
Sarmento
50 anos
Lisboa
Solteiro
Sem filhos
Licenciado
em Ciências
Farmacêuticas
É o novo presidente da
Associação de
Estabelecimentos de Ensino
Particular e Cooperativo
(AEEP). António Sarmento,
diretor do Colégio Planalto,
sucedeu no cargo a João
Alvarenga, que assumiu
recentemente a presidência da
recém-criada Confederação
Nacional da Educação e
Formação (CNEF).
Entre as metas dos novos
órgãos sociais da AEEP, para o
triénio de 2013-2015, estão a
finalização da revisão do
Estatuto do Ensino Particular e
Cooperativo, o
aprofundamento do acordo
realizado com o Governo em
setembro de 2011 (marco
importante na autonomia e
iniciativa das escolas do EPC) e
o desenvolvimento de
instrumentos de gestão da
qualidade no ensino.
Licenciado em Ciências
Farmacêuticas, António
Sarmento soma inúmeras
outras formações na área da
educação. É professor desde
1990, sendo fundador e
presidente do Instituto de
Solidariedade e Cooperação
Universitária (ISU), membro
dos Corpos Sociais do Ponto de
Apoio à Vida e de outras
associações. Liderará agora os
destinos da AEEP.
Vasco Santos
38 anos
Madrid
Casado
2 filhos
Licenciado
em Relações
Internacionais
Acaba de assumir funções como
gestor de propriedade (property
manager) do Inter IKEA Centre
Group, ramo do grupo IKEA especializado no desenvolvimento
e na gestão de centros comerciais para os mercados de Portugal e Espanha. Vasco Santos
transita da direção-geral do
MAR Shopping e assumirá a gestão de mais de 330 mil m2 de
área comercial e cerca de 450
contratos com retalhistas nacionais e internacionais.
Rui Mayer
Vai assegurar a coordenação da
nova área de atividade da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira —
petróleo, gás e mineração (oil,
gas & mining), integrando a sociedade como sócio. Rui Mayer
é licenciado pela Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa e era, desde 2000, diretor
dos serviços jurídicos do grupo
Galp Energia.
Diogo Marnoto
40 anos
Lisboa
Casado
2 filhas
Frequência
de Gestão
de Marketing
Prepara-se para assumir a gestão integral do relacionamento
comercial da Microsoft Portugal com os fabricantes de computadores (original equipment
manufacturers). Diogo Marnoto
era até aqui responsável pela
gestão da unidade de negócio da
Microsoft Advertising, como diretor-geral (country manager),
e possui uma vasta experiência
em gestão de marketing.
Gonçalo Narciso
É o novo diretor-geral do Bela
Vista Hotel & SPA, butique hotel de cinco estrelas localizado
na Praia da Rocha, em Portimão, que integrou a Relais &
Châteaux. Gonçalo Narciso tem
29 anos, é licenciado em Gestão
Hoteleira pela Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve e desempenhou anteriormente funções de gestor de vendas naquela unidade hoteleira.
António Menezes
Foi eleito membro do conselho
de direção (board member) da
Associação das Companhias Aéreas das Regiões Europeias (ERA). António Menezes é presidente do grupo SATA e passará agora a integrar a organização não-governamental que representa os interesses no comércio intraeuropeu de transporte aéreo.
João Falcão Neves, 49 anos
é o novo diretor-geral da General Motors Portugal
Gestão sobre rodas
Guillermo Sarmiento deixou no início deste mês a
liderança da General Motors Portugal nas mãos de
João Falcão Neves, decidindo aposentar-se depois
de conduzir os destinos da GM nacional
desde maio de 2008. O novo diretor-geral soma um percurso profissional totalmente construído no sector automóvel, em Portugal e em mercados internacionais. Assume como ambição
pessoal ter, sob a sua orientação e no
seu próprio país, “uma operação completa na área automóvel, do fabrico à
comercialização”, mas confessa que
não coloca limites aos seus caminhos profissionais, a não ser
os da sua própria preparação técnica e da competência profissional
que lhe permita ser
bem-sucedido.
Ao longo da carreira, João Falcão Neves pisou inúmeros
territórios. Ligado
ao sector automóvel — ora na GM,
na Chevrolet Portugal ou na Chevrolet Hungria —
desenvolveu atividade, quase sempre
em cargos de direção, em
Saragoça e no leste da Europa
(com intervenção em países
como Azerbaijão, Bulgária,
Roménia, Croácia, República
Checa, Eslováquia, Eslovénia, Bósnia, Arménia e Hungria). Destas missões guardou uma convicção: “Ser
português dá currículo e
deve ser motivo de orgulho para cada um de nós.”
Regressar a casa, à marca e ao
país que o viu crescer como
profissional foi a principal razão que levou João Falcão Neves a aceitar o desafio da GM.
Regressa com a missão de “traçar de novo o rumo da liderança para a Opel, a GM e os seus
distribuidores, apesar dos tempos difíceis que se vivem”, enfatiza. Uma adversidade que não
o intimida, até porque na sua
experiência internacional percebeu que “o ser português
nos prepara como ninguém para melhor enfrentar, compreender e encontrar soluções e plataformas de entendimento para a maior parte dos problemas
profissionais e até culturais com
que nos deparamos”. Essencial,
refere, “é conseguir liderar e gerir
as expectativas das equipas e parceiros sem perder a credibilidade,
o que no atual ambiente de incerteza e falta de confiança no futuro requer total empenho pessoal e uma
dose quádrupla de “acreditar em Portugal”. Apesar de não planear a sua carreira, o diretor-geral
da GM Portugal reconhece que há competências-chaves para liderar equipas com sucesso, sobretudo em conjunturas adversas. Responsabilidade pessoal e trabalho em equipa
são princípios de que não abre mão na
gestão quotidiana. “A clareza nos propósitos, a coerência nas ações, a comunicação transparente, a defesa intransigente
da equipa e a justiça nas decisões” são
também para Falcão Neves características-chaves dos bons líderes.
O novo diretor transita da direção-geral da Chevrolet para as
regiões da Europa central e de
leste. Não conhece barreiras
geográficas e a única coisa
que diz estar certo é que
quer tentar nunca se deixar
ascender ao seu nível de incompetência profissional
por muito que a vida lhe ofereça tal oportunidade. Porque, como diz, “todos temos o nosso nível de incompetência”.
Cargo Diretor-geral da General Motors Portugal.
Formação É licenciado
em Engenharia Mecânica
pelo Instituto Superior
Técnico e possui um MBA
pela Universidade Católica de Lisboa.
Percurso Iniciou a carreira como engenheiro-projetista de instalações especiais
na Mark & Robas, mas no currículo integra um vasto percurso
de cargos e funções, quase sempre ligados ao universo da General Motors, em Portugal e no estrangeiro. Na empresa assegurou
já o controlo de produção, a direção de logística, a direção de compras, a direção de projetos e de materiais e a direção comercial. Liderou
ainda a Chevrolet Portugal e a Chevrolet Europe, a partir da Hungria. No
exercício das suas diversas funções
atuou em mercados como Espanha,
Azerbaijão, Bulgária, Roménia, Croácia,
República Checa, Eslováquia, Eslovénia,
Bósnia, Arménia e Hungria. Está agora de
regresso a Portugal.
NÃO PERCA
NO CADERNO
EMPREGO
Companhias áreas contratam em Portugal A
Ryanair vai estar em Portugal a 19 de abril a contratar profissionais. Já a Emirates está hoje no Porto e
no dia 20 em Lisboa, com
o mesmo objetivo. A participação nos Open Days de
recrutamento implica a
inscrição prévia nos sites
das companhias áreas. P2
Como as empresas fabricam os seus talentos A
captação de talento é um
dos maiores desafios das
empresas. Muitas organizações desenvolvem programas de trainees, abrindo a porta a dezenas de
recém-licenciados
aos
quais dão formação, acabando por contratar grande parte.
P4 e 5
Entrevistas bizarras São
cada vez mais as empresas que utilizam o potencial de excentricidade
nas questões que colocam nos processos de entrevista, com o intuito de
atrair os profissionais
mais criativos.
P8
Formação para desempregados O BNP Paribas
Securities Services está a
lecionar cursos cujo público-alvo são recém-licenciaP19
dos sem emprego.
OPORTUNIDADES
EM DESTAQUE
Trainee
Full-time/Sintra
P7
Família Casado e pai de quatro filhos.
Hóbis Vela, bricolage, decoração e convívios com os amigos e família, de preferência junto ao mar.
Contabilista
Full-time/Angola
P9
Sales engineer
Full-time/Brasil
P12
Linkedin pt.linkedin.com/pub/joão-falcão-neves/14/86/94
Cátia Mateus
Responsáveis zona
Full-time/Montijo
P11
[email protected]
COMPETIÇÃO
A crise económica
e a despesa pública
A situação que Portugal
atravessa foi debatida
por Medina Carreira
em mais uma sessão das
‘Conversas com Sucesso’
dos Alumnigmc
Henrique Medina Carreira acredita que a crise que Portugal
atravessa resulta da debilitação
continuada da economia com
uma expansão da despesa pública. A declaração foi proferida
no início da semana, em Lisboa,
em mais uma sessão das ‘Conversas com Sucesso’, organizadas pela Alumnigmc, a rede de
antigos participantes do Global
Management Challenge. O debate foi moderado por Henrique
Monteiro,
O currículo de Henrique Medina Carreira é vasto. Bacharel em
Engenharia Mecânica, licenciou-se mais tarde em Direito. Dedicou-se à advocacia, consultoria
de empresas e docência e tem
obra publicada. Fez ainda parte
do VI Governo Provisório e foi
ministro das Finanças do I Governo Constitucional. “A situação atual e a suas ameaças”, foi
o tema em debate no evento. Para Henrique Medina Carreira,
“a nossa crise resulta da fraqueza económica e do excesso de
despesa pública”. Nos últimos
anos a quebra no crescimento
do país tem sido continuada e as
despesas aumentaram sem o devido crescimento da receita. O
país desindustrializou-se e a agricultura também caiu.
Perante o cenário traçado, o
que fazer para reverter a situação? Para o fiscalista, há que pro-
Medina Carreira e Henrique Monteiro
ceder a uma política orçamental
austera. O primeiro passo é realizar uma análise cuidada das
despesas públicas e inevitavelmente há que eliminar muitas
delas, nomeadamente com pessoal e prestações sociais. “Não é
FOTO ALBERTO FRIAS
possível viver com o nível de despesas que temos, com a economia que possuímos”, frisou.
Uma das questões colocadas
ao orador pela plateia foi como
fazer crescer a economia nacional? Henrique Medina Carreira
acredita que não se consegue
crescer apenas pelas exportações, sendo necessário obter investimento estrangeiro. “Sem
criarmos um ambiente favorável com reformas estruturais,
não conseguimos que invistam
aqui e se não houver investimento estrangeiro em Portugal, a
nossa economia vai andar próxima do zero durante muitos e
muitos anos”, salientou.
As ‘Conversas com Sucesso’
são organizadas pelos Alumnigmc. Na perspetiva de Henrique Medina Carreira, iniciativas
como o Global Management
Challenge que ensinam a trabalhar, discutir, analisar e investigar, são úteis para quem nelas
participa.
Maribela Freitas
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