ATPS Cálculo 1 Engenharia Mecânica Uso do Cálculo Integral na analise de um gráfico de movimento Atividade apresentada à disciplina de Cálculo 1, Ministrada pelo professor Paulo Roberto. Ademir Gelais Jr – RA1108356602 André Luís da Silva Moreira – RA 2560399217 Anthony Marciano Collucci – RA 2505001198 Gabriel Silva Oliveira – RA 2504063299 Nadesda Tatiana Barbosa – RA 1190394399 Raphael Martinez – RA 1191359519 Romulo Machado Amaral – RA 2504063577 Stefany Augusta Fernandes – RA 2504005733 Wesley Lopes Fagundes - RA 1190420498 Belo Horizonte 2011 Objetivo Mensurar a velocidade a velocidade, e a aceleração de um foguete de água e ar comprimido desenvolvido pelo grupo. Referencial Teórico Quando temos o gráfico da velocidade de um objeto versus o tempo, podemos integrar o gráfico para obter a aceleração do objeto em qualquer instante dado. Como a aceleração a é definida em termos da velocidade como a=Δv/Δt, o teorema fundamental do cálculo nos diz que: ∫ Com o gráfico de distancia versus o tempo, podemos calcular a sua velocidade através da seguinte equação. ∫ Metodologia Foi pesquisada a teoria do voo aplicada a foguetes e aviões. Baseada nela e nas discussões que tivemos sobre as diferenças entre o voo do avião e o lançamento de um foguete e da análise de outros projetos, criamos a seguinte linha de trabalho. Será construído um foguete de Garrafa Pet com dois estágios. Sendo que o primeiro terá acionamento mecânico e o segundo acionamento eletrônico. No primeiro momento faremos testes estáticos para descobrir o módulo da força de propulsão, a relação entre pressão, quantidade de combustível e vazão. Com esses dados em mãos, será estimado o peso e as dimensões do projétil. Com o peso e a dimensão estimada, será calculada a força de arrasto e as dimensões do para quedas. A partir daí será iniciada a etapa de construção do Projétil. A dimensão será usada também para definição do tamanho e da geometria das aletas. Em paralelo com a construção, será construído o modelo matemático que tentaremos validar na prática. Esse modelo usará a Integral, demonstrada no referencial teórico. Durante os testes, iremos alterar as propriedades aerodinâmicas do foguete através de mudanças nas suas características físicas (peso, tamanho e posição das aletas, Centro de Pressão e Centro de Gravidade). Será executada uma comparação entre essas alterações em relação à trajetória, distância percorrida e aceleração do projétil. Resultados Durante a montagem do foguete, percebemos claramente as dificuldades em lidar com o material. Como a Garrafa Pet não foi criada com o propósito de se tornar um “foguete”, tivemos de criar todo o processo de manufatura do nosso. Podemos citar os problemas abaixo como: - As válvulas eletrônicas testadas não conseguiam abrir com a pressão utilizada - As emendas utilizadas entre as garrafas apresentavam vazamentos. (Utilizamos 3 garrafas pets, unidas através do corpo de uma válvula de Schrader , fixada na parte inferior de uma garrafa e no bico da garrafa seguinte. - A fixação não permitia uma precisão e o foguete ficava “torto”, o que causava um desvio durante o voo que não permitia que calculássemos. - Não foi possível efetuar a medição estática, pois o tempo de escape do líquido e tão pouco, que o instrumento de medida utilizado não conseguia lê-lo. Resolvemos esses problemas utilizando um acionamento eletromecânico, cujo funcionamento, foge ao tema deste trabalho. Mas basicamente quando acionado ele liberava a restrição, e assim o fluido pressurizado dentro da garrafa, tinha por onde sair, o que dava origem ao movimento. Para resolver o problema de vedação utilizamos a Câmara de ar do Pneu da Bicicleta, entre as porcas de fixação da válvula. Uma espécie de vedação por compressão. E quanto ao corpo do foguete, montamos um chassi de PVC. E colocamos as garrafas dentro dele. Esse corpo gerou o inconveniente de tornar impossível o uso do sistema de paraquedas utilizado normalmente nos foguetes de garrafa PET, que utilizam da redução do volume da garrafa PET durante a descompressão, para se soltarem. Esse problema não foi resolvido a tempo da apresentação deste trabalho. Foram realizados 5 lançamentos abaixo segue a interpretação do quarto. Análise do 1° lançamento Para tornar possível a análise aperfeiçoamos o método descrito no por Lucas Ferrari, 2009, no qual ele usava um referencial de altura conhecida, no caso a altura do pesquisador foi utilizada como referência. No nosso trabalho adaptamos uma aste de 3,5 metros, graduada de .5 em .5m atráves de uma faixa branca. Uma câmera fixada perpendicular ao solo por meio de um tripé realizou a filmagem de todo o procedimento, permitindo assim a análise do vídeo a cada centésimo de segundo por meio de um software de edição de imagem, procedimento descrito também pelo Lucas Ferrari,2009. Na figura 3 podemos visualizar como foi realizado o experimento. Figura 3 – Preparação do Lançamento Na figura 4 podemos acompanhar o trajeto do foguete: Figura 4 Com essas informações e a tabela 1 podemos traçar o Gráfico 1 no Graphmática. T D 0,05 0,08 0,1 0,12 0,13 0,15 0,16 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 Tabela 1 Grafico 1 Primeiro vamos Calcular a função do 1º Grau que representa a reta que parte do ponto 0 ao ponto 0,05. { ( ) ( ) F(x) = ax+b F(0)=a*0+b => 0a+b=0 => b=0 F(0,05)=0,05a + 0 = 0,5 => a= 0,5/0,05 => a = 10 A função é então f(x) – 10x {x ϵ R | 0<= x <= 0,05}. No GraphMática devemos então clicar em: View -> Point Tables. Depois devemos ir na caixa a Direita com o titulo de “Point Tables” clicar com o botão direito ir em settings. E escolhe a opção “custom increment” depois defini-la como 0,01. Marque a opção “lock increment” e clique em ok. Digite no console> y=10x {0,0.05} Agora vamos analisar a segunda reta. { ( ( ) ) Agora temos: 0,08*a+b=1 e 0,05*a+b = 0,5 o que nos dá a função f(x)=16,67x0,3336 No graphmatica digitamos y=16,67x-0,3336 {0.05,0.08} Esse procedimento deverá ser executado em todos os intervalos. Análise de movimento através da integral: Para o cálculo da velocidade no período de 0s a 0,05s usaremos a função abaixo. ∫ Substituindo os valores chegamos a: ∫ ( ) ( ) Dessa maneira podemos analisar a velocidade em qualquer período representado pelo gráfico, através dessa equação. Com esses dados chegamos a tabela 2 abaixo: T V 0 0,05 0,08 0,1 0,12 0,13 0,15 0,16 0 10 16,7 25 25 50 25 50 Tabela 2 Com essa tabela podemos criar a tabela 3. Utilizando –se da seguinte equação. ∫ Para calcular a aceleração do período T entre 0 e 0,05 ficaria como abaixo: ∫ ( ) ( ) Obtendo assim a tabela 3. T 0 0,05 0,08 0,1 0,12 0,13 0,15 0,16 A 0 200 223 415 0 2500 -1250 2500 Tabela 3 Conclusão Após a análise dos resultados, conseguimos detectar alguns erros de projeto, por exemplo, na análise do movimento, verificamos períodos de MRU, de desaceleração em um gráfico que teoricamente só deveria possuir aceleração, verificamos que a provável causa desse erro e o estrangulamento existente entre uma garrafa e outra, já que ele era menor do que o orifício de saída. O estudo do cálculo Integral simplificou muito esse tipo de diagnostico. Levando-se em consideração os recursos que dispúnhamos e o tempo o trabalho foi um sucesso. Descobrimos também que a análise da pressão em relação à quantidade de fluido era inviável, com os recursos matemáticos que temos até essa etapa de nosso curso. Esse objetivo então se tornou então um projeto de Iniciação Científica. Esse trabalho ainda gerou um outro projeto de Iniciação Científica, sobre propelentes, portanto ao pesar todos esses resultados cremos que esse ATPS foi uma excelente ferramenta de aprendizagem. Referências COSTA, Lucas Ferrari de; Relatório Final: Foguete de Água. Disponível em: < http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem2_2009/Lu casC_Luengo_RF2.pdf> Acesso em 19/11/2011