Imigração italiana e a cafeicultura paulista no Brasil do século XIX. Henrique Costa Garcia, Pedro Geraldo Saadi Tosi, Campus de Franca, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, História, [email protected] – CNPq/PIBIC. Palavras Chave: cafeicultura, imigração italiana, trabalho livre. O Brasil do século XIX se destacou no cenário internacional através da produção e exportação do café. Durante esse período houve uma alteração na base da produção cafeeira: devido a alguns fatores de meados desse século, como a pressão abolicionista e escassez de mão de obra escrava no Oeste Paulista, o trabalho servil tornou-se inviável ao cafeicultor. E, diante do esgotamento desse tipo de mão de obra, a alternativa usada pelos cafeicultores foi a introdução do trabalhador livre. Cuja maioria era composta por imigrantes, dentre os quais predominava os italianos. ao problema de mão de obra servil para a lavoura cafeeira – principalmente do Oeste Paulista. E, isso conjuga com os problemas destacados por Umberto Sala, sobre a situação precária em que eles foram inseridos na sociedade brasileira, com dificuldades econômicas e sociais (dentre as quais, o regime econômico implantado nas fazendas e a falta de tutela jurídica). Diz ele que a marca do escravismo se manteve após a alteração da mão de obra servil pelo trabalho livre. Esse cônsul nos apresenta que os problemas vividos por esses imigrantes correspondem às deficiências do Estado brasileiro, cujos interesses privados sobrepunham-se aos interesses públicos. Objetivos Conclusões Compreender quais fatores proporcionaram a imigração dos italianos para este país, ao Estado de São Paulo. E, as dificuldades que tiveram para efetuarem sua mobilidade social, estando inseridos na dinâmica da sociedade cafeicultora paulista. A imigração italiana constituiu-se como solução aos problemas demográficos e econômicos da Itália e também ao problema de mão de obra na cafeicultura paulista, no Brasil do século XIX. E, através de uma conjuntura desfavorável aos trabalhadores livres das lavouras, os imigrantes tiveram que lhe dar com diversos problemas. No entanto, Umberto Sala evidencia que não deve ser duro com o país que deu espaço para eles, o Brasil. Introdução Material e Métodos Analisar o livro A Emigração Italiana no Brasil (1925), no qual existem os relatos do cônsul Umberto Sala, representante do governo italiano no Brasil na de 1922 a 1925. Os relatos de Sala só tende a acrescentar, uma vez que se tem maior conhecimento do período de 1880 e 1920. Resultados e Discussão A unificação na Itália tornou possível sua industrialização, com isso liberava mão de obra e aumentava o desemprego. De início no norte da Itália, esse fator atingiu os meeiros, pequenos proprietários e arrendatários – o desenvolvimento capitalista nessa região favorecia os grandes proprietários. Através disso, a melhor opção para esse grupo era a emigração. Esses fatores combinaram com a situação do Brasil – de maior exportador de café e necessidade de mão de obra para suprir o trabalho servil – proporcionando a vinda deles a este país. Existem divergências historiográficas sobre as justificativas da imigração italiana, mas sobretudo para o Estado de São Paulo, concordamos com o estudo de Caio Prado Júnior, História econômica do Brasil. De que a imigração se insere como solução XXV Congresso de Iniciação Científica Agradecimentos Agradeço a todos que participaram direta e indiretamente deste trabalho, principalmente ao meu professor e orientador Pedro G. S. Tosi. ____________________ SALA, Umberto. A Emigração Italiana no Brasil (1925), 2005. PRADO JR., Caio. História econômica do Brasil. 1998. TRENTO, Ângelo. Do outro lado do Atlântico – um século de imigração italiana no Brasil.1989. ALVIM, Zuleika M. F. Brava Gente! Os italianos em São Paulo (18701920). 1986. FREITAS, Sônia Maria de. E chegaram os imigrantes... (o café e a imigração em São Paulo), 1996.