ó – tráfico de escravos foi uma das principais medidas contra a escravatura, assim como Paula Beiguelman (2004), que soma a essa mesma linha de pensamento jogos políticos e partidários entre os grupos Liberais e Conservadores. Nesta linha, a historiadora credita a fatos também internos às decisões sobre o fim da escravidão. Em 1850, com a Lei ―Bill Alberdeen‖, acontece o fim do tráfico, sob a penalidade de julgamento pela corte inglesa, caso algum navio com negros fosse encontrado nos mares. O preço do escravo acabou então se elevando dentro do país, assim como em Cuba, e a expectativa de usá-los como garantias financeiras também se reduziu, já que começaram a ficar escassos. Assim, a nova garantia entre transações financeiras seriam as terras, a partir da aplicação da Lei de Terras, que visava demarcar públicas e detectar possíveis posseiros no Brasil. É interessante ressaltar que o governo Imperial propunha a compra destas terras pelo imigrante, como quesito para atração destes, desde que esse pudesse comprá-las, gerando lucros ao governo, que seriam investidos na transação entre colonos que não possuíam meios para pagar sua vinda. Dentro deste aspecto, o colono chinês teve seu destaque. Em Cuba, este destaque foi ainda maior, tanto pela maior quantidade quanto pelas palavras de Fraginals (1978), que a considera essencial para a manutenção da produção. Em 1886, Cuba experimentou o fim da escravidão, mesmo que trabalhadores assalariados já ocupassem pequeno espaço na sociedade cubana e passou a cogitar a imigração branca como forma de obter progresso econômico (SCOTT , 1991, p. 52). Esta imigração, entretanto, devia acontecer baseada no trabalho e sem outros fins. Porém, o quadro cubano é mostrado com receio, já que o país passara por uma guerra e uma brusca queda nas exportações, a Guerra dos Dez Anos (1868-1878), somando-se a isso a competição das exportações açucareiras com as Antilhas. Assim, as áreas rurais cubanas sofreram com o êxodo rural, a taxa de mortalidade crescente e a falta de produção. Todos esses quesitos estagnaram a economia e fizeram crescer a necessidade de trabalhadores nos campos, a fim de que a economia se recuperasse. Apesar do período complexo pelo qual a Ilha passava, a imigração ficou assegurada. Esta corrente migratória esteve ligada ao desenvolvimento das Centrais (Indústrias açucareiras cubanas), que, após a Emenda Platt, passaram a contar com capital norte-americano, estimulando a produção e a imigração de espanhóis e outros grupos (RIVA, 1975, p. 51). 464