A fala do bebê começa no útero Por FMCSV em mai 13, 2013 - de 0 a 3 anos, Gestação e Parto | 1 comentário 013 Estimular a fala do bebê é essencial ao seu desenvolvimento. O que muitos não sabem é que esse estímulo pode começar quando ele ainda está no útero. E você, que trabalha com os pais, pode sensibilizá-los a criar esse hábito com seus filhos. Uma matéria, publicada no portal UOL, chamou nossa atenção e, por isso, vamos compartilhála com você. Nela, a fonoaudióloga Aline Moreira Lucena, mestre em ciências da saúde da criança e do adolescente pela Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), dizia que, aos cinco meses de gestação “o feto tem audição para entender o ritmo, a intensidade e o tamanho das palavras”. Isso significa que ele capta os sons que serão importantes para repetir e formar seu repertório, depois que nascer. Ou seja, o que já sabemos, mas que temos de reforçar com os pais, é que falar com a criança, ainda na barriga, é muito importante ao desenvolvimento infantil. Outro especialista dá uma dica que você também pode repassar aos pais: “Converse com o bebê e ouça música com ele. A música tem de ser prazerosa para a mãe – isso ajuda a liberar hormônios de prazer, que afetarão a criança no útero. Ao mesmo tempo, brigas, gritarias e ruídos relacionados ao estresse também podem alterar o desenvolvimento da fala da criança“, diz o neuropediatra Mauro Muszkat, da Unifesp (Universidade Federal Paulista). Agora, veja estas outras informações que podem ajudá-lo no seu trabalho de sensibilização, para que os pais conheçam melhor as etapas do desenvolvimento da fala dos filhos: • Entre o primeiro e o terceiro mês de vida, o recém-nascido quer imitar os sons dos pais. • Dos quatro aos seis meses, o bebê balbucia muito e é o momento de estimular mais, porque começam a sair sons parecidos com palavras. • Com cerca de um ano, a criança pronuncia as primeiras palavras, relacionadas aos desejos imediatos: dá, “qué”, mãe, pai. • A partir dos três anos, ela cria frases com verbos e o vocabulário aumenta para em torno de 300 palavras. Mas, é importante observar esse desenvolvimento com atenção para detectar possíveis distúrbios, causados, por exemplo, por deficiência auditiva ou intelectual, má formação facial, problemas de cognição e síndromes genéticas. A criança não tem vontade de falar? Não sente prazer em conversar? É hora de entender por quê. Talvez ela tenha vivenciado alguma situação traumática, de medo ou de sofrimento. Vale investigar. O importante é diagnosticar o problema o quanto antes para ampliar as chances de recuperação. Munido dessas informações, e do que a Enciclopédia da Criança traz sobre o assunto, o seu diálogo com os pais será bem produtivo. Bom trabalho pra você! Como ajudar a criança a desenvolver a fala 1. Ofereça um ambiente de diversão sonora para a criança desenvolver plenamente a linguagem. 2. Imite os sons que a criança faz e acrescente novos para que ela também possa imitá-los. 3. “Paparicação” dos familiares (tios, avós) também estimula o desejo do bebê em se comunicar. 4. Propicie momentos de trocas, colocando o bebê em contato com outras crianças da mesma idade. 5. Cante músicas para o bebê. 6. Ao elaborar a papinha, conte ao pequeno como ela feita. 7. Dê revistas e livros para a criança manusear. 8. Deixe-a livre para brincar, porque é no brincar que a criança desenvolve a fala. O que não se deve fazer 1. Superproteção não ajuda em nada. Se a criança não tem de se esforçar para se comunicar, porque logo alguém traz ou faz o que ela quer, o desenvolvimento da fala ficará prejudicado. 2. Evite o uso de diminutivos. 3. Colocar a criança sozinha na frente da TV por longos períodos não é bom. O ideal é diminuir esse tempo e, quando ela estiver assistindo-a, permanecer ao lado dela, conversando sobre o que a telinha está mostrando.