Prova_Cecilia Palau_MS8,4

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3° Exercício de Avaliação: Prova para fazer em casa.
Teoria Antropológica 1 – Turma B
Aluna: Cecília Aguiar Silva Palau – 16/0004225
Grupo 1 – Questão 3 [2,7. Poderia ter desenvolvido um pouco mais ambos os
conceitos na relação de ambos com os segmentos tribais nuer. Além disso, ao final,
observam-se formulações pouco consistentes.]
Em seu trabalho sobre os Nuer, Evans-Pritchard aborda questões relativas ao
modo de vida e às instituições políticas desse povo. Ele considera os Nuer como um
dos povos nilotas, citando no trabalho também povos vizinhos, como por exemplo os
Dinka. As noções de tempo e distância estão no cerne da discussão para conhecer a
cultura Nuer, pois são diferentes das noções adotadas pela civilização ocidental
moderna.
Para descrever o tempo Nuer, o autor utiliza os termos tempo ecológico e
tempo estrutural, sendo o último progressivo e baseado em referências à estrutura
social. Esse termo pode ser aplicado quando um Nuer se refere às atividades por ele
realizadas ou a grupos de linhagem, uma divisão social presente. A noção de espaço
também não é abstrata. Assim como tempo, há na obra a noção de distância ecológica
e distância estrutural. A noção espacial Nuer também é relativa e baseada em sua
estrutura social. A organização em aldeias, por exemplo, reúne tribos diferentes,
porém a distância até tribos inimigas é maior do que a de uma tribo amiga.
Portanto, as noções tempo-espaciais Nuer são heterogêneas, dependem dos
valores atribuídos socialmente às pessoas e às atividades, assim abrindo espaço para a
discussão sobre se essas categorias são sociais ou não.
Grupo 2 – Questão 1 [2,7. Correta, mas ainda incompleta. Destaca aspecto central,
mas não desdobra e explicita demais aspectos importantes. Ver comentários
marginais.]
Em sua etnografia sobre as Ilhas Trobiand, Malinowski destaca a importância da
magia do Kula para os nativos desse local. Ele descreve que a magia tem papel
essencial na vida dos trobiandeses, classificando-a como uma ilusão de controle sobre
a natureza. A magia é utilizada em praticamente todas as atividades e a atividade de
destaque, o Kula, não fica de fora. Desde o processo de montagem das canoas até as
3° Exercício de Avaliação: Prova para fazer em casa.
Teoria Antropológica 1 – Turma B
Aluna: Cecília Aguiar Silva Palau – 16/0004225
expedições, diversos rituais são realizados para garantir o êxito nas viagens com a
finalidade da troca de colares e braceletes.
Malinowski se propõe a entender a totalidade da cultura e assim reconhece na
magia uma importante base para o sistema Kula. Todas as etapas econômicas das ilhas
se constroem a partir da troca do Kula e a crença dos nativos na magia permite que
esse sistema continue, sendo ela o que ele considera a força psicológica responsável
por isso. Assim, a magia têm um importante papel na manutenção da vida social.
Grupo 3 – Questão 1 [3,0. Correta, mas também incompleta. Haveria outros aspectos
igualmente importantes dos conceitos de estrutura social em ambos autores que
deveriam ter sido explicitados.]
No texto “Análise Etnológica da Cultura”, Rivers trata da estrutura social como
o aspecto mais característico da complexa cultura de um povo. Ele a descreve como o
fundamento não visto da cultura, assim é dificilmente alterada.
Seguindo com sua preocupação com o método utilizado na pesquisa
antropológica, diz que o que se pode inferir com essa definição é que é da própria
estrutura social que a análise cultural deve começar (e não da cultura material). Outro
assunto que Rivers trabalha dentro do texto é o da interação entre diferentes culturas.
A estrutura social nesse caso é a mais sólida e só é alterada em casos que ele classifica
como mistura de povos, diferente do simples contato.
Radcliffe-Brow dá um conceito diferente para o mesmo termo. A estrutura
social para ele é uma rede de relações presentes na sociedade. Ele defende que são
relações que realmente podem ser observadas (como dá o exemplo de diferenciações
sociais entre indivíduos por classe), estão inseridas na morfologia social e se fazem
funcionar através das instituições. Dentro do texto, destaca também que a estrutura
depende dos indivíduos da sociedade para seu funcionamento.
Sobre os processos de mudança na estrutura, o autor discorda de Rivers. Ele
defende que a estrutura pode sim ser alterada sem a descaracterização da sociedade.
A continuidade das estruturas é mantida desde que a vida social ainda esteja presente.
Apesar disso, não deixa de reconhecer que existam casos de quebra e surgimento de
novas estruturas.
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