APROVADO EM 09-03-2005 INFARMED FOLHETO INFORMATIVO IMPROMEN® bromperidol solução oral COMPOSIÇÃO Solução oral doseada a 2 mg de bromperidol por ml. Embalagens de 30 ml de solução oral a 2 mg/ml. CATEGORIA FÁRMACO-TERAPÊUTICA GFT: 2.9.2 – antipsicótico RESPONSÁVEL PELA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO Janssen Farmacêutica Portugal, Lda. Estrada Consiglieri Pedroso, 69 – A - Queluz de Baixo - 2734-503 Barcarena Telf: 21 4368835 INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS O IMPROMEN® está indicado no tratamento da esquizofrenia e outras perturbações psicóticas caracterizadas por delírio e alucinações. CONTRA-INDICAÇÕES ® O IMPROMEN está contra-indicado em situações em que haja depressão do sistema nervoso central, estados de coma, e em doentes que tenham anteriormente apresentado hipersensibilidade a qualquer dos ingredientes da solução ou a outra butirofenona. O IMPROMEN® não deve ser administrado em doenças depressivas ou na doença de Parkinson. EFEITOS SECUNDÁRIOS Sintomas extrapiramidais À semelhança do que acontece com todos os neurolépticos podem ocorrer efeitos extrapiramidais como: tremor, rigidez, hipersalivação, bradicinésia, acatísia, distonia aguda. Os antiparkinsónicos do tipo anticolinérgicos podem ser prescritos quando necessários, mas não devem ser prescritos por rotina como medida de prevenção. Discinésia tardia À semelhança do que se passa com os antipsicóticos, pode surgir discinésia tardia em alguns doentes após o uso prolongado dos neurolépticos, ou após a interrupção da terapêutica farmacológica. Este síndroma é principalmente caracterizado por movimentos involuntários, rítmicos da língua, face, boca ou maxilas. Os sintomas podem persistir em alguns doentes. Este síndroma pode ser disfarçado, quando o tratamento for reinstituído, quando aumentar a dose, ou quando mudar para um antipsicótico diferente. O tratamento deve ser descontinuado logo que possível. Síndroma maligno dos neurolépticos À semelhança do que se passa com outros antipsicóticos, o IMPROMEN® tem-se associado com o aparecimento de casos excepcionais de síndroma maligno dos neurolépticos: uma resposta idiossincrática rara, caracterizada por hipertermia, rigidez muscular, instabilidade do sistema nervoso autónomo, perturbações da consciência. A hipertermia é muitas vezes um sinal deste síndroma. O tratamento antipsicótico deve-se suspender de imediato, e instituir terapêutica de suporte adequada e monitorização do doente. Outros efeitos a nível do sistema nervoso central São ocasionalmente descritos e incluem: depressão, sedação, letargia, agitação, sonolência, insónia, cefaleia, vertigem, convulsões em doentes epilépticos anteriormente controlados. Efeitos gastrintestinais APROVADO EM 09-03-2005 INFARMED Foram descritos, náusea, vómitos, perda de apetite e obstipação. Efeitos endócrinos Os efeitos endócrinos de todos os antipsicóticos, incluem hiperprolactinémia, a qual pode causar galactorreia, ginecomastia e oligo- ou amenorreia. Muito raramente, foram descritos casos de hipoglicemia, hiponatremia e síndroma de secreção inadequada de ADH. Efeitos cardiovasculares Foram ocasionalmente descritos, taquicardia, hipotensão e alterações no ECG. Vários Houve descrições ocasionais de ligeira diminuição na contagem de células sanguíneas e dos leucócitos. Foram descritos casos isolados de anomalias na função hepática ou colestase hepática. Excepcionalmente foram descritos casos de reacções de hipersensibilidade, tais como exantema e prurido. Outros efeitos secundários ocasionalmente descritos, foram: visão turva, boca seca, retenção urinária, perspiração excessiva ou salivação e descontrolo da temperatura do corpo. INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS O IMPROMEN® pode potenciar a sedação causada por outros fármacos (barbitúricos, benzodiazepinas, anti-histamínicos) e pelo álcool. Também pode aumentar o risco de ® hipotensão em doentes que tomem anti-hipertensores. O IMPROMEN inibe a acção de agonistas da dopamina, tais como a bromocriptina, o lisuride e a L-dopa. Certos fármacos indutores das enzimas hepáticos (como o fenobarbital, a carbamazepina e a fenitoína), o tabaco e o consumo regular de álcool, podem potenciar o metabolismo dos neurolépticos. Este efeito pode exigir um aumento da posologia administrada. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO Os doentes idosos podem ser particularmente sensíveis especialmente em relação aos efeitos extrapiramidais. Não existe experiência em crianças com menos de 12 anos de idade. ® O IMPROMEN deve ser administrado com cuidado em doentes com disfunção hepática. ® O Impromen deve ser administrado com cuidado em doentes com doença cardiovascular devido à possível ocorrência de hipotensão. O IMPROMEN® pode baixar o limiar dos ataques epilépticos, pelo o que se aconselha a ser usado com cuidado em doentes epilépticos. Se necessário, nestes doentes deve-se adaptar a dose dos anticonvulsivantes. Casos raros de morte súbita e inexplicada, foram descritos em doentes psiquiátricos, recebendo antipsicóticos, incluindo o IMPROMEN®. O tipo de provas, torna impossível estabelecer qualquer relação com o fármaco . IMPROMEN contem benzoatos que podem causar reacções alérgicas (possivelmente retardadas). USO DURANTE A GRAVIDEZ E ALEITAMENTO Não se observaram efeitos teratogénicos em ratos nem em coelhos. Em seres humanos, após exposição ao IMPROMEN não se observam defeitos à nascença, mas ainda não de estabeleceu a segurança em mulheres grávidas. Quando houver necessidade de administrar o IMPROMEN durante a gravidez, devem-se ponderar os possíveis riscos, em relação aos potenciais benefícios. Em ratos fêmeas o bromperidol é excretado no leite. Se o uso de bromperidol for considerado essencial, devem-se ponderar os benefícios da amamentação em relação aos seus potenciais riscos. EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS Os doentes que conduzem veículos ou que trabalham com máquinas, devem-se avisar da APROVADO EM 09-03-2005 INFARMED possibilidade de surgir sonolência e vigília mental alterada. A ingestão simultânea de álcool também pode potenciar estes efeitos. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO Psicoses ligeiras a moderadas Para cada doente (adultos) tem de se determinar a dose diária. No início administram-se doses baixas. Habitualmente a dose óptima varia entre 1 e 15 mg (dose média: 5 mg), uma vez por dia. Psicoses mais graves A titulação do efeito pode-se efectuar diariamente, uma vez que o efeito nas desilusões e alucinações pode-se avaliar 24 horas após a administração. Isto torna possível atingir o efeito desejado em cerca de três dias. Se a agitação e a ansiedade constituem um problema ® predominante, IMPROMEN pode ser parcialmente substituído pelo haloperidol ou droperidol. Ajustamentos da posologia A dose a administrar pode-se aumentar para um máximo de 10 mg por semana, na condição de não ultrapassar a dose diária de 50 mg. Estas doses devem ser reduzidas para metade quando o IMPROMEN® for administrado a doentes idosos. Depois de se atingir a dose desejada, reduz-se em 10 mg por semana, até se atingir a dose mínima, o que permite ao doente sentir-se bem. MEDIDAS A TOMAR EM CASOS DE SOBREDOSAGEM Sintomas Em geral os sintomas de sobredosagem são uma extensão do efeito farmacológico. Os sinais e sintomas extrapiramidais predominantes são: crises oculogíricas, salivação, rigidez muscular, acinésia, acatísia. Pode surgir sonolência. Também é possível alguma excitação. Tratamento Não existe nenhum antídoto específico. O tratamento consiste em tratamento sintomático e de suporte, com medidas padronizadas para remover o fármaco não absorvido. Os sintomas extrapiramidais devem-se tratar com um antiparkinsónico do tipo anticolinérgico. CONSELHOS AO UTENTE Deve comunicar ao seu médico ou farmacêutico os efeitos indesejáveis detectados e que não constem do folheto. Deve verificar o prazo de validade inscrito na embalagem ou no recipiente. Como guardar o IMPROMEN ® Guarde o IMPROMEN à temperatura de 25º C As letras "Val" na embalagem indicam que o medicamento não pode ser guardado infinitamente. portanto, não deve tomar o IMPROMEN, depois da data impressa a seguir a "Val" (mês e ano), mesmo que tenha sido guardado com os cuidados necessários. Manter fora do alcance e da vista da crianças Última revisão deste folheto: Março 2005 96986/5