Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÕES 1, 2, 3 e 4 Veja questões 22 e 23 da página 97 - Tudo vai se esclarecer quando chegarmos lá. ☺ AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 10 V2 Actp = = e da figura, vemos que Actp = a . cos60° R V2 = a . cos60°, com R = 1 m Actp = R V2 = 32 x 0,5 ⇒ v = 4 m/s 1 tg V a 60o ctp AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 11 S = 2 – 8.t + 3.t2 (SI). Determine, no instante t = 2 s: a) a velocidade do móvel Comparando com a função geral S = So + Vo .t + (a/2).t2 , temos que: So = 2m, Vo = –8 m/s, a/2 = 3 ⇒ a = 6 m/s2 Assim, V = Vo + a.t ⇒ V = –8 + 6.t Para t = 2s, temos que V = –8 + 6.t = –8 + 6x2 ⇒ V = 4 m/s b) a intensidade da componente tangencial da força resultante a aceleração escalar é o módulo da aceleração tangencial a cada instante: a TG = a = 6 m/s2 , conforme determinamos inicialmente, a partir da função horária. Aplicando a 2ª lei de Newton na direção tangencial, vem: FR - TG = m. a TG ⇒ FR - TG = 10 x 6 ⇒ FR - TG = 60 N c) a intensidade da componente centrípeta da força resultante aCTP = V2 / R , com V = 4 m/s (em t = 2 s) e R = 2m, assim : aCTP = V2 / R = 42 / 2 ⇒ aCTP = 8 m/s2 Aplicando a 2ª lei de Newton na direção tangencial, vem: FR -CTP = m. a CTP ⇒ FR - CTP = 10 x 8 ⇒ FR – CTP = 80 N d) a intensidade da força resultante Achando a resultante das duas componentes perpendiculares entre si, pelo teorema de Pitágoras, vem: Página (29) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito (FR )2 = (FR–TG)2 + (F CTP)2 (FR )2 = ( 60)2 + ( 80)2 ⇒ FR = 100 N AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 12 Conforme vimos em sala e nas questões de casa, no ponto mais alto da parábola a aceleração resultante, causada pela força resultante (peso), é exclusivamente centrípeta, portanto aR = actp = g. Adicionalmente, no ponto mais alto da parábola, a velocidade vertical da bola é nula VY = 0, portanto, a bola só apresenta velocidade horizontal VX = Vo .cos60° = 20 x 0,5 = 10 m/s. Assim, podemos escrever: VX tg aR actp ctp aR = g ( Vx ) 2 Actp = R ⇒ ( Vx ) 2 g = R ⇒ (10) 2 10 = R ⇒ R = 10 m Esse é o raio de curvatura da parábola descrita pela bola, no ponto mais alto dessa parábola (vértice). AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 16 N Fat ω P Como a moeda não apresenta aceleração vertical, ela está em equilíbrio na vertical, podemos escrever: N = P = M.g [eq-1] Na direção radial ou centrípeta, a dinâmica do movimento curvilíneo nos permite escrever a 2a Lei de Newton: FR ctp = Fin – Fout = M. (ω2 . R) Fat – 0 = M. (ω2 . R) ⇒ Fat = M. (ω2 . R) Página (30) [eq-2] Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito Lembrando que a força de atrito estática “não é a mulher-maravilha”, ela trabalha dentro de um limite, podemos escrever: Fat ≤ Fat max ⇒ Fat ≤ µ . N [eq-3] A condição para que as equações 1 e 2 sejam satisfeitas, dentro dos limites impostos pela equação 3, é encontrada, substituindo-se 1 e 2 em 3: Fat ≤ µ . N ⇒ M. (ω2 . R) ≤ µ . M.g ⇒ ω2 . R ≤ µ . g, como todos os números são positivos, podemos simplesmente isolar ω: ω≤ µ.g 0,1× 10 ⇒ ω≥ R 0,25 ⇒ ω ≥ 2 rad/s ⇒ ωmin = 2 rad/s AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 17 a resposta da apostila não estava correta ☺ - resposta correta: Fat = 0,1 N N Fat ω P Como a moeda não apresenta aceleração vertical, ela está em equilíbrio na vertical, podemos escrever: N = P = M.g [eq-1] Na direção radial ou centrípeta, a dinâmica do movimento curvilíneo nos permite escrever a 2a Lei de Newton: FR ctp = Fin – Fout = M. (ω2 . R) ⇒ Fat – 0 = M. (ω2 . R) Fat = M. (ω2 . R) A moeda estava na iminência de escorregar quando ω = 2 rad/s. [eq-2] Reduzindo ω à metade (ω = 1 rad/s) , a moeda, certamente, não está mais na iminência de escorregar. Assim, podemos acrescentar uma informação extra (porém inútil): Fat < µE . N [eq-3] Para determinarmos Fat, fazemos uso da equação [eq-2]: Fat = M. (ω2 . R) [eq-2] Fat = (0,2 kg ) x ( 1 rad/s)2 x ⇒ (0,5 m) = 0,1 N Fat = 0,1 N a resposta da apostila não estava correta ☺ Página (31) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 23 FR ctp = Fin – Fout = M.V2 / R Sendo N a normal que age no piloto e P, o peso do piloto, podemos escrever: FR ctp = Fin – Fout = M.V2 / R N N – P = M.V2 / R N = M.V2 / R + M.g N = 70 x 402 / 40 , com V = 144 km/h = 40 m/s + 70 x 10 = 3500 N = 3500 newtons P Para calcular a gravidade aparente, fazemos uso de: N = P apar = M . gapar ⇒ 3500 = 70 . gapar ⇒ gapar = 50 m/s2 = 5g !!!!! AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 24 Sendo N a normal que age no piloto e P, o peso do piloto, percebemos que apenas a normal N está sobre o eixo centrípeto, naquela posição do avião, portanto, apenas a normal N será a responsável pela aceleração N P centrípeta do avião, naquele ponto: FR ctp = Fin – Fout = M.V2 / R tg N – 0 = M.V2 / R N = M.V2 / R + M.g N = 80 x 602 / 90 , com V = 216 km/h = 60 m/s = 3200 N = 3200 newtons Página (32) ctp Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 30 Inicialmente, temos um problema de equilíbrio estático, onde qualquer par de eixos pode ser usado para resolver a questão. Escolhemos, portanto, o par de eixos que simplifique nossos cálculos. Devido à simetria do triângulo equilátero, a tração nos fio 2 fio 1 30o 30o dois fios tem o mesmo valor TA dada por: TA TA TA .cos30° + TA .cos30° = P 2.TA .cos30° = P P ⇒ TA = P / (2.cos30°) Em seguida, o fio 1 será cortado. O sistema se comportará como 30o V=0 um pêndulo simples momentaneamente em repouso (v = 0) na sua posição extrema, onde ele pára afim de inverter o sentido do eix o t an ge movimento. TB nc ial P.sen30o componente tangencial do pêndulo, P.sen30°. Haverá equilíbrio P ad ial 30o or visto que ele terá aceleração tangencial, causada pela P.cos30o ei x Logo após o corte do fio, portanto, o pêndulo já estará acelerado, momentâneo apenas na direção radial (centrípeta), visto que, momentaneamente, ainda não há velocidade (v=0), portanto, momentaneamente ainda não haverá aceleração centrípeta. A 2ª lei de Newton na direção centrípeta, logo após o corte do fio, permite escrever: No posição A, podemos escrever: FR ctp = Fin – Fout = M.V2 / R FR ctp = TB – P.cos(30°) = M.V2 / R, com V = 0. Assim: FR ctp = TB – P.cos(30°) = 0 ⇒ TB = P.cos(30°) P o T 1 4 2 1 1 Assim, temos que: A = 2. cos 30 o = = = = = 2 3 6 3 TB P. cos 30 2. cos 2 30 o ⎛ 3⎞ 2× ⎟ 2.⎜⎜ 4 ⎟ ⎝ 2 ⎠ TA / TB = 2 / 3 ☺ eu adoro essa questão, muito charmosa ☺ Resposta Correta – Letra E Página (33) Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 40 Apenas duas forças agem num pêndulo: a tração T e o peso P. No caso do pêndulo cônico, a resultante centrípeta é dada por: α FR ctp = Fin – Fout = ( T.senα – 0) = T.senα = m.(ω2.R) [eq-1] Na direção vertical, podemos escrever: T.cosα = m.g [eq-2] Dividindo [eq-1] por [eq-2], vem: tanα = ω2 .R/g T.cosα T.senα eixo ctp [eq-3] P O triângulo retângulo permite determinar a tanα: Tanα = R / H [eq-4] Das relações 3 e 4, podemos escrever: H tanα = ω2 . R / g = R / H , cancelando R , vem: α L ω2 . H = g = constante (g não muda, concorda?) R Assim, podemos dizer que: ωantes2 . Hantes = ωdepois2 . Hdepois = g = constante (6)2 . 1 = (3)2 . Hdepois ⇒ Hdepois = 4 m AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 41 α α T m.g N α Fat α M T.cosα α T.senα N T M.g ctp T.cosα Fat M α T.senα M.g m.g Apenas duas forças agem num pêndulo: a tração T e o peso P. No caso do pêndulo cônico, a resultante centrípeta é dada por: FR ctp = Fin – Fout = ( T.senα – 0) = T.senα = m.(ω2.R) [eq-1] Na direção vertical, podemos escrever: T.cosα = m.g [eq-2] A caixa sobre a mesa está em equilíbrio e na iminência de escorregar. Assim, podemos escrever: Condição de equilíbrio da caixa: Vertical: T.senα + N = M.g Página (34) [eq-3] Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito Condição de equilíbrio da caixa: Horizontal: T.cosα = Fat Condição de iminência: Fat = Fatmax: Fat = µ.N [eq-4] [eq-5] Note que a tração T que age na caixa é a mesma tração T que age no pêndulo, visto que se trata do mesmo fio ideal. Substituindo 1 em 3, vem: T.senα + N = M.g ⇒ m.(ω2.R) + N = M.g ⇒ N = M.g –m.(ω2.R) [eq-6] Substituindo 6, 2 e 4 na relação 5, vem: Fat = µ.N T.cosα = µ.N T.cosα = µ. ( M.g – m.ω2.R ) m.g = µ.( M.g – m.ω2.R) µ=1 ☺ ⇒ µ = m.g 2 × 10 20 = =1 = 2 2 M.g − m.ω .R 2,4 × 10 − 2 × 2 . × 0,5 20 Resposta Correta – Letra E eixo de rotação AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 42 L α α T ω P L.senα R r trajetória circular do pêndulo Apenas duas forças agem num pêndulo: a tração T e o peso P. No caso do pêndulo cônico, a resultante centrípeta é dada por: FR ctp = Fin – Fout = ( T.senα – 0) = T.senα = m.(ω2. r) Na direção vertical, podemos escrever: T.cosα = m.g [eq-1] [eq-2] A esfera do pêndulo descreve um movimento circular de raio r em torno do eixo de rotação, tal que: r = R + L.senα = 1,5 + 10x 0,6 = 7,5 m Dividindo a equação 1 pela 2, temos que: ω 2 .r tanα = ⇒ g 0,6 ω 2 .7,5 = ⇒ ω = 1 rad/s 0,8 10 Página (35) ⇒ r = 7,5 m Anual de Física para Medicina e Odontologia 2005 - www.fisicaju.com.br - Prof Renato Brito AULA 4 – DINÂMICA DO MOVIMENTO CURVILÍNEO– QUESTÃO 43 N α α P Apenas duas forças agem no carro: a normal N e o peso P, visto que o enunciado afirma que a curva está sendo traçada sem a ajuda da força de atrito, graças à inclinação da pista. A a resultante centrípeta é dada por: FR ctp = Fin – Fout = ( Nx – 0) = N.senα = m.(V2 / R) [eq-1] Na direção vertical, podemos escrever: Ny = N.cosα = m.g [eq-2] Com V = 180 km/h = 50 m/s e R = 820m Dividindo [eq-1] por [eq-2], vem: V2 50 2 2500 tan α = = = 0,304 = R.g 820 × 10 8200 Consultando a tabela trigonométrica fornecida na questão, vemos que tan17° = 0,306 e, portanto, α = 17°. ☺ Resposta Correta – Letra A Página (36)