Comércio mundial: uma visão geral

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09/02/2014
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• Os maiores parceiros comerciais do Brasil e dos Estados
Unidos
Capítulo 2 Comércio mundial: uma visão geral
• Modelo de gravidade: • a influência do tamanho de uma economia no comércio
• a distância e outros fatores que afetam o comércio
• As fronteiras e os acordos comerciais
• Globalização: passado e presente
• O padrão mutante do comércio
• Terceirização de serviços
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Quem comercializa com quem?
Exportações Brasileiras
(em bilhões de dólares)
• Os cinco maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos
em 2005 eram Canadá, China, México, Japão e Alemanha. Itália
Chile
Venezuela
Índia
Alemanha
Japão
Holanda
Argentina
EUA
China
• Em 2012 os maiores parceiros comerciais do Brasil foram a China, Estados Unidos, Argentina e Alemanha.
• Os dez maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos
representavam 56% do valor do comércio norte‐americano
em 2005.
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O tamanho importa: o modelo de gravidade
• Três dos dez maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos em 2005 eram também as três maiores economias da Europa: Alemanha, Reino Unido e França. • Esses países detêm o maior produto interno bruto (PIB) da Europa.
• O PIB mede o valor de bens e serviços produzidos por uma economia. • Por que os Estados Unidos comercializam mais com esses países europeus do que com outros na Europa?
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• Na realidade, o tamanho de uma economia está diretamente
relacionado com o volume de importações e exportações. • As economias de maior porte produzem mais bens e serviços, portanto têm mais a vender no mercado de exportação.
• As economias de maior porte geram mais renda com a venda de bens e serviços, portanto sua população pode consumir mais produtos
importados.
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O modelo de gravidade
Outros aspectos além do tamanho importam para o comércio:
1. A distância entre os mercados afeta os custos de transporte e, portanto, os de importações e exportações. •
A distância também pode afetar o contato pessoal e a comunicação, o que pode influenciar o comércio.
4. Corporações multinacionais: as empresas que se espalham por diversas nações importam e exportam muitos bens entre suas divisões.
5. Fronteiras: cruzar fronteiras implica formalidades que consomem tempo e até custos monetários, como as tarifas.
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2. Afinidade cultural: se dois países possuem laços culturais, é provável que também tenham fortes laços econômicos.
3. Geografia: portos marítimos e a ausência de barreiras montanhosas facilitam o transporte e o comércio
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• Em sua forma básica, o modelo de gravidade pressupõe que somente o tamanho e a distância são importantes para o comércio, da seguinte maneira:
Tij = A x Yi x Yj /Dij
onde Tij é o valor do comércio entre o país i e o país j
A é uma constante
Yi é o PIB do país i
Yj é o PIB do país j
Dij é a distância entre o país i e o país j
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Esses custos implícitos e explícitos reduzem o comércio. A existência de fronteiras também pode indicar a existência de línguas diferentes (ver item 2) ou moedas diferentes, qualquer dos quais pode restringir o comércio.
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• Em uma forma ligeiramente mais geral, o modelo de gravidade comumente estimado é
Tij = A x Yia x Yjb /Dijc
onde se admite que a, b e c sejam diferentes de 1.
• Talvez de modo surpreendente, o modelo de gravidade funciona razoavelmente bem na previsão dos fluxos reais de comércio, como sugere a figura anterior representando os fluxos de comércio entre EUA e UE.
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Distância e fronteiras
• Estimativas sobre o efeito da distância do modelo de gravidade prevê que um aumento de 1% na distância entre países está associado a um decréscimo no volume de comércio da ordem de 0,7% a 1%.
• Além da distância, as fronteiras aumentam o custo e o tempo necessários ao comércio.
• Os acordos comerciais entre países visam a reduzir as formalidades e as tarifas necessárias para cruzar fronteiras e, portanto, intensificar o comércio.
• O modelo de gravidade pode avaliar o efeito desses acordos sobre o comércio: um acordo comercial leva a um volume significativamente maior de comércio entre as partes envolvidas do que se poderia supor considerando‐se seus PIBs
e distância um do outro?
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• Em 1994, os Estados Unidos assinaram um acordo de livre
comércio com México e Canadá, o Tratado Norte‐Americano de Livre Comércio (NAFTA, do inglês, North American Free Trade Agreement )
• Devido ao NAFTA e à proximidade de México e Canadá dos Estados Unidos, o volume de comércio entre esses países em
relação ao PIB é maior do que entre os Estados Unidos e os
países europeus.
• O Brasil em 1991 assinou com Argentina, Uruguay e Paraguai
a criação do Mercadoi Comum do Sul (MERCOSUL). A Venezuela entrou no bloco em 2012.
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Blocos de Comércio
PIB
per capita
US$
Países partes
365.555.352 3.994.104
12.300
10
430.495.039 12.889.900
29.942
3
3.977.487
456.285.839 11.064.752
24.249
27
4.400.000
553.900.000 2.172.000
4.044
10
Entidade
Área
km²
População
Mercosul
17.320.270
NAFTA
21.588.638
União Europeia
ASEAN
PIB
milhões de US$
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O mundo ficou ‘menor’?
• De acordo com o modelo de gravidade, o efeito negativo da distância sobre o comércio é significativo, mas diminui no decorrer do tempo, devido aos sistemas modernos de transporte e comunicação.
• Rodas, velas, bússolas, ferrovias, telégrafo, motor a vapor, automóveis, telefones, aviões, computadores, aparelhos de fax, internet, fibra ótica, computadores de mão, satélites de GPS… são tecnologias que intensificaram o comércio.
• Mas a história tem demonstrado que os fatores políticos, como as guerras, podem modificar os padrões do comércio muito mais do que as inovações em transporte e comunicação.
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• Houve duas ondas de globalização.
• 1840–1914: as economias baseavam‐se no motor a vapor, nas
ferrovias, no telégrafo e no telefone. A globalização foi interrompida e revertida por guerras e a depressão.
• 1945–presente: as economias baseiam‐se nos telefones, aviões, computadores, internet, fibra ótica, computadores de mão, satélites
de GPS…
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• Somente nas últimas décadas o comércio internacional teve
mais importância para a economia britânica do que em 1910.
• Até os dias de hoje, o comércio internacional é menos
importante para os Estados Unidos do que era para o Reino
Unido antes de 1910.
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O padrão mutante do comércio
• Atualmente, que tipos de produto as nações comercializam e como essa composição se compara ao comércio no passado?
• Atualmente, a maior parte do volume do comércio está nos produtos manufaturados, como automóveis, computadores, vestuário e máquinas. • Serviços como expedição, seguro, taxas e gastos de turistas respondem por 20% do volume do comércio.
• Produtos minerais (como petróleo, carvão e cobre) e agrícolas
constituem um parcela realtivamente pequena do comércio.
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• No passado, uma grande parcela do volume do comércio advinha dos produtos agrícolas e minerais.
• Em 1910, a Inglaterra importava sobretudo produtos agrícolas e minerais, embora os manufaturados ainda representassem a maior parte do volume das exportações.
• Em 1910, os Estados Unidos importavam e exportavam sobretudo produtos agrícolas e minerais.
• Em 2002, os bens manufaturados compunham a maior parte do volume de importações e exportações de ambos os países.
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• Países de renda baixa e média também mudaram a composição de seu comércio.
• 2001, cerca de 65% das exportações dos países de baixa e média renda eram de bens manufaturados e somente 10% de produtos agrícolas. • Em 1960, cerca de 58% das exportações dos países de baixa e média renda eram de produtos agrícolas e somente 12% de bens manufaturados.
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Terceirização de serviços
• A terceirização de serviços ocorre quando uma empresa que presta serviços transfere suas operações a uma localidade estrangeira.
• A terceirização de serviços pode ocorrer em serviços que podem ser executados e transmitidos por meio eletrônico.
• Por exemplo, uma empresa pode transferir suas centrais de atendimento ao cliente e suas chamadas telefônicas serem transmitidas de modo eletrônico para uma localidade no exterior.
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Terceirização de serviços
• Atualmente a terceirização de serviços não constitui uma parcela significativa do comércio, mas cerca de 19% dos empregos no setor de serviços são ‘comercializáveis’ e, portanto, têm potencial para serem terceirizados.
• Em comparação, cerca de 12% dos empregos no setor industrial são ‘comercializáveis’ e, portanto, têm potencial para serem terceirizados.
• Contudo, a maioria dos empregos não são comercializáveis porque necessitam ser executados próximos ao consumidor.
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